Questões de Psicologia da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

Lista completa de Questões de Psicologia da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP) para resolução totalmente grátis. Selecione os assuntos no filtro de questões e comece a resolver exercícios.

A obra Processo Diagnóstico e as Técnicas Projetivas (Ocampo e colaboradores, 2009) recomenda iniciar o processo de psicodiagnóstico por uma entrevista

  • A. totalmente livre, que permita, ao sujeito, revelar sua visão da situação atual e expressar sua ansiedade diante da situação.
  • B. informal, deixando que o sujeito se sinta à vontade para escolher sobre o que falar, sem se sentir ameaçado.
  • C. dirigida, nos moldes da anamnese, de modo a coletar os dados mais relevantes do histórico e da demanda.
  • D. interventiva, que favoreça a elaboração e possivelmente o insight diante das questões mais relevantes trazidas pelo sujeito.
  • E. inicialmente diretiva, para apresentação mútua e de enquadramento, para então passar para a entrevista livre.

A inserção do psicólogo de base psicanalítica no contexto jurídico, conforme comentado por Leila D. Paiva (In: Shine, 2014),

  • A. leva o psicólogo a elaborar relatórios mais profundos que promovem o insight do periciando e exercem função terapêutica.
  • B. abre a possibilidade de o psicólogo vir a ocupar outro lugar, rompendo com o compromisso único de elaborar laudos e pareceres.
  • C. permite ao psicólogo privilegiar os elementos do discurso mais relevantes para subsidiar a tomada de decisão pelo operador da lei.
  • D. permite nomear e categorizar o sofrimento humano de acordo com o que é normatizado na lei, balizando, assim, as decisões de seus agentes.
  • E. opõe o psicólogo e o sistema, dado que a expectativa de que venha a oferecer uma “verdade” é epistemologicamente incompatível com a Psicanálise.

A psicologia jurídica nasceu na psicologia clínica, mais especificamente na avaliação psicológica. Tendo isso em mente, Sidney Shine (2014) defende que

  • A. os contextos clínico e forense são equivalentes, na medida em que o psicólogo-perito busca algo benéfico para o sujeito avaliado.
  • B. as técnicas da avaliação psicológica clínica não podem ser usadas na avaliação psicológica forense porque, nesse contexto, o cliente é o operador do Direito.
  • C. na avaliação psicológica forense, além de descrever processos psicológicos, o perito deve declarar a aceitabilidade legal do desempenho do sujeito.
  • D. no contexto jurídico, o psicólogo-perito deve assegurar que sua posição de perito, na avaliação psicológica, e os objetivos do processo estejam claros para o sujeito-periciando.
  • E. aspectos como setting e sigilo, centrais na avaliação psicológica clínica, devem ser os mesmos na avaliação psicológica forense.

Ao discutir o relatório psicossocial do adolescente em conflito com a lei, Costa, Penso, Sudbrack e Jacobina (2011) defendem que

  • A. para além de sua utilidade como peça de subsídio ao juiz, o relatório psicossocial deve enriquecer o modus operandi do judiciário, trazendo a esse contexto a realidade social do sujeito.
  • B. a entrevista clínica não é adequada para fundamentar o relatório psicossocial, porque, no contexto jurídico, o entrevistado, via de regra, não confia no entrevistador e não fornece informações fidedignas.
  • C. a conclusão do relatório psicossocial quanto às perspectivas de reabilitação do adolescente infrator deverá ser de caráter opinativo por parte do psicólogo, dado que não há instrumentos adequados para fundamentá- la.
  • D. o relatório psicossocial deve demonstrar o potencial de cada medida socioeducativa para a socialização do jovem impossibilitado de inserção no mundo social, de modo a demonstrar, para o juiz, a melhor decisão a ser tomada.
  • E. como o relatório se destina a subsidiar as decisões do juiz, seu conteúdo deve se ater às circunstâncias da infração cometida e às características psicológicas que levaram à conduta transgressora.

Um importante sinal de dificuldade de acolher uma criança a ser adotada, apontada na obra Laços e Rupturas – leituras psicanalíticas sobre adoção e o acolhimento institucional (Ferreira e Ghirardi, 2016), é o casal apresentar necessidade recorrente de fazer referência

  • A. ao intenso desejo de ter uma criança.
  • B. à ansiedade quanto à própria competência parental.
  • C. à família biológica da criança.
  • D. ao luto sofrido por perdas anteriores.
  • E. ao temor de que a criança seja problemática.

Um psicólogo, no processo de avaliação psicológica dos candidatos à adoção, segue as orientações de Leila D. Paiva (In: Shine, 2014) ao indagar sobre as expectativas do casal em relação à criança a ser adotada. Assim, ao entrevistá-lo, o psicólogo deverá

  • A. se limitar a aspectos concretos de idade e sexo, de modo a indicar que outras expectativas serão construídas pelo casal no convívio com a criança real.
  • B. ignorar os dados da dinâmica familiar, dado que o funcionamento do grupo familiar será alterado com o ingresso da criança adotada na família.
  • C. evitar explorar os sentimentos dos solicitantes quanto à família biológica da criança, de modo a propiciar-lhes um espaço imaginário íntegro para “gestar” a criança que virá.
  • D. ir além das características físicas, pois falar sobre o que espera ou imagina da criança contribuirá para que o casal a insira em seu curso desejante.
  • E. focalizar as escolhas racionalmente justificadas pelo casal, porque no âmbito jurídico este é o nível de informações que interessa aos operadores da lei.

A partir de estudos de base psicanalítica sobre relações dos educadores de instituições-abrigo e crianças abrigadas, Almeida de Sousa e colaboradores (In: Ferreira e Ghirardi, 2016) observam que o caráter de transitoriedade da instituição-abrigo

  • A. promove a desvalorização da instituição em relação à família e pode ser visto como impedimento para o estabelecimento de vínculos.
  • B. aumenta a probabilidade de adaptação e disponibilidade afetiva da criança à família que venha a abrigá-la definitivamente no futuro.
  • C. justifica o desestímulo à formação de vínculos afetivos da criança com profissionais das instituições, a fim de evitar novas rupturas de laços vivenciada por ela.
  • D. fundamenta a necessidade de uma atuação dos profissionais focada no aqui-agora, compatível com a curta duração do vínculo com a criança.
  • E. legitima a prioridade do regime disciplinar nas instituições- abrigo, com vistas a aumentar a probabilidade de êxito de uma adoção por família estruturada e funcional.

Ao discutir a Síndrome de Alienação Parental (SAP), proposta por Richard Gardner, Sousa (2010)

  • A. defende que o diagnóstico seja feito em termos individuais, pois se trata de configuração clínica constelada no nível da vida privada e da história particular de cada indivíduo que venha a apresentar a síndrome.
  • B. aponta que o surgimento e a rápida difusão da teoria de Gardner sobre a SAP foram facilitados por uma racionalidade que privilegia o indivíduo e favorece, com isso, a proliferação de discursos sobre a existência de patologias individuais.
  • C. demonstra que os instrumentos de psicólogos e psiquiatras asseguram o rigor de suas avaliações e, em consequência disso, conferem validade científica à teoria de Gardner e desnaturalizam a questão da alienação parental.
  • D. destaca a importância de se identificar precocemente a síndrome, como medida preventiva, dado que o alienador costuma apresentar traços de psicopatia, sociopatia ou tendência à violência que põem em risco a família.
  • E. declara que há consenso quanto à primazia da figura paterna como alienadora, por ser o pai habitualmente menos favorecido no ambiente jurídico em caso de litígio sobre a guarda dos filhos.

As famílias, com histórico de abuso sexual intrafamiliar, constituem sistemas com características bastante similares entre si. Um dos aspectos mais comuns nesses sistemas familiares é

  • A. a presença de limites geracionais altamente definidos e cristalizados.
  • B. o alto grau de permissividade observado na relação dos pais com os filhos.
  • C. o intenso engajamento do pai nos cuidados físicos a bebês e crianças pequenas.
  • D. o estabelecimento de uma fronteira organizacional muito pouco permeável ao exterior.
  • E. a existência de dificuldades sexuais acentuadas entre o casal, como a frigidez materna.

Um fenômeno comum entre mulheres vítimas de relações violentas é que raramente elas empregam o termo “violência” ao relatarem as agressões sofridas. Para Gláucia Diniz (In: Fères-Carneiro, 2016), essa dificuldade indica

  • A. a esperança de que as relações harmoniosas sejam restabelecidas com a intervenção jurídica, sem risco de punição excessiva para o agressor.
  • B. a crença de que, no fundo, a agressão ocorreu por falha sua, trazendo para si a culpa pelas agressões sofridas na relação.
  • C. o esforço em manter uma relação não mais do que tangencial com o sistema jurídico, visto com profunda desconfiança.
  • D. a tendência a reconhecer como violência somente as agressões que levam a danos físicos visíveis e significativos.
  • E. a distância entre as experiências vividas e a possibilidade de reconhecimento e nomeação dessas experiências.
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