Questões de Psicologia da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

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Como atesta Gláucia Diniz, ao analisar os paradoxos das relações violentas (In: Fères-Carneiro, 2016), entre os motivos que impedem as mulheres de denunciar a violência física ou psicológica de que são vítimas nas relações conjugais, destaca-se

  • A. a valorização, pela mídia, do ideal de mulher forte e autônoma que reage às agressões.
  • B. o esforço em sustentar relacionamentos recentes e pouco estáveis.
  • C. a internalização das prescrições normativas que impedem a mulher de ter voz própria.
  • D. a falta de uma legislação específica de proteção da mulher contra o cônjuge agressor.
  • E. o desejo feminino de assegurar seu sustento por um homem, mesmo que violento.

Nas Varas de Família, há um crescente esforço para que os casais resolvam seus conflitos por meio de

  • A. mediação.
  • B. aconselhamento psicológico.
  • C. coaching conjugal.
  • D. acordos entre advogados.
  • E. ações em juizados de pequenas causas.

O trabalho e a pesquisa com conflitos conjugais, conforme demonstrado na obra organizada por Fères-Carneiro (2016), têm revelado que

  • A. as estratégias de resolução de conflito podem ser claramente identificadas como positivas ou negativas para a resolução dos conflitos conjugais.
  • B. a violência conjugal via de regra contribui para que o cônjuge agredido seja mais proativo quando apoiado nas tentativas de mediação.
  • C. a postura de ataque de um dos cônjuges de modo geral constitui um grande entrave para a negociação.
  • D. a estratégia de evitação, por um ou ambos os cônjuges, costuma ser uma estratégia positiva para o enfrentamento de questões críticas da relação.
  • E. casais que adotam estratégias de demanda e recuo são mais flexíveis e, portanto, têm maior probabilidade de resolver seus conflitos.

Diante da multiplicidade de configurações da família contemporânea, para além do arranjo representado pela união de um homem e uma mulher que desejam ou não ter filhos, Isabel Gomes se pergunta (In: Fères-Carneiro, 2016), se ainda seria válida a visão de Sigmund Freud sobre as mulheres e seu papel na família: centrado na figura masculina, trazendo à tona a incompletude emocional e social. A autora conclui que

  • A. a ausência de referenciais de apoio para a subjetividade contemporânea e a consequente variedade de arranjos interpessoais tornam as ideias de Freud obsoletas.
  • B. o modelo tradicional de casamento, influenciado pela transmissão de legados transgeracionais, é compatível com a lógica complementar de homem-mulher em Freud.
  • C. o declínio da função paterna e uma representação social de homem frágil e incompleto na contemporaneidade impedem a manutenção da visão de Freud.
  • D. as ideias de Freud sempre serão aplicáveis, pois explicitam como as instâncias inconscientes atuam em prol da sobrevivência da espécie.
  • E. a dicotomia de papeis presente na obra de Freud não mais se aplica aos atuais arranjos conjugais, pois hoje a distinção entre os gêneros está menos definida.

Segundo Alda Britto da Motta (In: Minayo e Coimbra, 2011), a modernidade capitalista construiu uma visão segmentar das idades: periodiza as gerações, constrói e ‘desconstrói’ idades. No caso da velhice, afirma-se constatar que

  • A. há uma integração social/natural mais explícita na concepção da velhice, na medida em que a baixa expectativa social reflete o menor vigor natural do idoso.
  • B. a há uma integração social/natural mais explícita na concepção da velhice, na medida em que a baixa expectativa social reflete o menor vigor natural do idoso.
  • C. há uma integração social/natural mais explícita na concepção da velhice, na medida em que a baixa expectativa social reflete o menor vigor natural do idoso.
  • D. essa lógica é subvertida no conceito de “melhor idade”, cujos membros são valorizados por conta do seu dinamismo e potencial consumidor.
  • E. a concepção de velhice se desvinculou dos processos degenerativos, porque os cuidados de si abrem a perspectiva de superação das limitações do envelhecimento.

A partir das considerações de Uchôa e colaboradores (In: Minayo e Coimbra, 2011), é correto afirmar que os programas voltados para os idosos devem

  • A. integrar os recursos disponíveis, individuais e coletivos, em um processo que compense as perdas e promova a adaptação do idoso às condições de sua vida.
  • B. substituir a representação cultural negativa do envelhecer por representações positivas que dissociem envelhecimento de processos de adoecimento e morte.
  • C. valorizar a ideia de que, no nível individual, a juventude é um bem que pode ser conquistado no plano psicológico, apesar das perdas físicas.
  • D. levar o idoso a voltar sua atenção para pequenas atividades que lhe deem prazer, desviando-a daquilo que possa lhe trazer dor e desalento.
  • E. subordinar a experiência do envelhecer a planos para o futuro e novas possibilidades de realização do idoso na fase que vivencia no momento.

Ao analisar o impacto dos processos demenciais do idoso na família, Caldas, C. P. O. (In: Minayo e Coimbra, 2011) constata que

  • A. as mulheres da família costumam prestar a assistência doméstica ao idoso porque têm mais competência para compreender o idoso demenciado e atender às suas necessidades.
  • B. os programas e serviços para os idosos são imprescindíveis, pois muitos deles necessitam de alternativas à assistência familiar inadequada ou da qual não dispõem.
  • C. a dinâmica da atenção ao idoso demenciado tem estrutura essencialmente igual à da atenção a idosos sem comprometimento cognitivo.
  • D. o suporte ao idoso demenciado tende a ser fornecido pela rede formal de assistência, porque os familiares não se qualificam para prover os cuidados necessários.
  • E. a principal competência para atender as necessidades do idoso com demência está relacionada à capacidade do cuidador de compreender a evolução do quadro.

Em termos de visão de si, Alda Britto da Motta (In: Minayo e Coimbra, 2011) destaca que o idoso

  • A. incorpora uma identidade positiva, na medida em que a ciência lhe oferece condições de superar as dificuldades orgânicas.
  • B. enfrenta um crescente processo de exclusão, decorrente da subjetividade essencialmente narcisista da sociedade capitalista.
  • C. sustenta concomitantemente a imagem tradicional do velho inativo e inútil, e a nova imagem, mais dinâmica e participante.
  • D. assume uma visão de si coesa e positiva, alimentada pelas representações sociais que valorizam virtudes de sabedoria e compaixão.
  • E. mantém uma identidade negativa, em consequência da crescente perda de funções orgânicas e de atratibilidade sexual.

Considerando a natureza e a origem da tendência antissocial, quando a conduta antissocial assegura ao jovem ganhos secundários, como no caso da prostituição, Donald W. Winnicott (2012) recomenda a adoção de iniciativas alinhadas à

  • A. psicanálise, por possibilitarem a reconstrução das relações objetais na transferência com o analista.
  • B. atuação em grupos operativos, que favorecem a noção de pertencimento e a cura pelo trabalho junto à comunidade.
  • C. modelagem do comportamento, dada a impossibilidade do jovem, nessas condições, de desenvolver sentimentos de culpa.
  • D. internação em ambiente controlado, de modo a promover, no jovem, o resgate da confiança no ambiente.
  • E. substituição da perspectiva de cura por medidas de redução de danos e provimento de condições de saúde adequadas.

Donald W. Winnicott (2012) é bastante claro quanto à natureza da conduta antissocial. Para o autor, ao transgredir, a criança ou jovem estará

  • A. expressando a agressividade decorrente do baixo grau de resistência à frustração.
  • B. demonstrando a fragilidade de um superego que não chegou a se constituir.
  • C. atacando o pai simbólico representado pelas leis e normas do grupo social.
  • D. reivindicando do ambiente experiências boas que chegou a ter, mas foram perdidas.
  • E. explicitando à sociedade sua postura de não conformidade ao que lhe é imposto.
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