Questões de Segurança e Saúde no Trabalho (Teoria e Normas) da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

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À prevenção de acidentes com máquinas e equipamentos importa considerar aspectos construtivos da máquina ou equipamento, assim como a possibilidade de aplicação de dispositivos. Entre as possibilidades de proteção coletiva disponíveis, tem-se que

  • A. o uso do capacitor de radiofrequência, que não permite a partida da máquina com o campo capacitor interrompido, apresenta como limitação a perda de liberdade de movimento do operador.
  • B. a proteção ou barreira interligada permite acesso à máquina para a remoção de obstáculos sem consumo de tempo na remoção e instalação da barreira de proteção.
  • C. a proteção ou barreira interligada permite acesso à máquina para a remoção de obstáculos sem consumo de tempo na remoção e instalação da barreira de proteção.
  • D. no método barra ou vareta de desengate, tem-se a vantagem de alcançar a proteção não só do operador, mas também das pessoas presentes ao redor da operação.
  • E. entre as principais vantagens da utilização da célula fotoelétrica, estão a de proteger contra falhas mecânicas da máquina e prescindir de constantes alinhamentos e calibrações.

No período de um ano, em um certo estabelecimento, ocorreram 8 acidentes com afastamentos de 8 trabalhadores para um tempo computado de 64 dias, devido às lesões provocadas pelos acidentes. Nesse período, o total de Horas-Homem de Exposição aos Riscos foi de 320 000. As taxas de frequência e de gravidade são, respectivamente,

  • A. 200 e 8.
  • B. 250 e 4.
  • C. 25 e 200.
  • D. 5 e 16.
  • E. 25 e 16.

No exercício da Administração aplicada à Segurança e Saúde no Trabalho, são imprescindíveis algumas estatísticas, como

  • A. o número médio de dias perdidos em consequência de incapacidade temporária total, obtido pela multiplicação do número de tais eventos por um milhão, e dividindo- -se o resultado pelo número total de horas trabalhadas.
  • B. a Taxa de Frequência de acidentados com lesão e afastamento, expressa com aproximação de centésimos, e calculada multiplicando-se o número de acidentados com lesão e afastamento por um milhão, e dividindo-se o resultado pelo número de Horas- -Homem de Exposição ao Risco.
  • C. a Taxa de Frequência de Acidentes, que deve ser expressa com aproximação de centésimos, e calculada multiplicando-se o número de acidentes por um milhão, e dividindo-se o resultado pelo total de Horas- -Homem Contratadas.
  • D. o Índice de Avaliação da Gravidade, que deve ser expresso com aproximação de centésimos, e calculado multiplicando-se o número de dias perdidos por um milhão, e dividindo-se o resultado pelo total de Horas-Homem Trabalhadas.
  • E. o número médio de dias debitados em consequência de incapacidade permanente, que é obtido multiplicando- se o número de acidentes associados a tais eventos por um milhão, e dividindo-se o resultado pelo Índice de Gravidade.

De acordo com a legislação vigente, o treinamento para os membros da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes deverá contemplar, entre outros, os seguintes itens:

  • A. álcool e outras drogas no ambiente de trabalho; metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho e organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão.
  • B. princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos; noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção e noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa.
  • C. estudo do ambiente físico e social, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo; segurança viária e direção defensiva e noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho.
  • D. noções sobre Toxicologia Industrial; princípios gerais de proteção de máquinas e arranjo físico e noções sobre as legislações da saúde, trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho.
  • E. princípios gerais da prevenção e combate a incêndios; estudo do ambiente e das condições de trabalho insalubres ou perigosas e mapeamento de riscos e medidas de controle coletivas e individuais.

Entre os conhecimentos demandados na área de prevenção e combate a incêndios, tem-se que

  • A. no ponto de combustão do material não há mais a necessidade de chama externa, e os gases desprendidos do combustível, apenas ao contato com o comburente, pegam fogo.
  • B. a velocidade de propagação é o parâmetro empregado para classificar as combustões em oxidação lenta, oxidação rápida, combustão simples, deflagração e explosão.
  • C. na reação em cadeia, a energia do processo que desencadeia a reação pode ser calculada pela diferença entre o nível energético residual e a energia inicial do material em combustão.
  • D. na condução, a propagação do calor é feita de molécula para molécula do corpo, por movimento vibratório, e a taxa de condução do calor vai depender basicamente da condutividade térmica do material, superfície e espessura.
  • E. na temperatura de ignição, tem-se a temperatura mínima em que o combustível sólido, sendo aquecido, desprende gases que, em contato com fonte externa de calor, incendeiam-se.

Atualmente, a necessidade de as organizações possuírem e demonstrarem um sistema de gestão ambiental é realçada por um contexto legislativo cada vez mais exigente e uma cobrança social por processos sustentáveis. Dessa forma,

  • A. torna-se imperioso considerar, no dimensionamento dos efluentes, a plena utilização da capacidade de assimilação do ecossistema, de forma que sua capacidade de renovação seja preservada.
  • B. já é frequente a prática de as organizações criarem mecanismos de comparações com o desempenho das organizações congêneres que apresentam os resultados mínimos necessários à continuidade das operações.
  • C. recomenda-se a adoção de normas para o sistema de gestão ambiental, como aquelas do sistema ISO, que não abordam e não incluem requisitos relativos à gestão da segurança e saúde no trabalho.
  • D. caberá aos processos internos de auditoria, no propósito de identificar não conformidades, a tarefa de indicar responsáveis pelo não cumprimento de metas ambientais, de forma a preservar a imagem pública da organização.
  • E. o sistema de gestão ambiental adotado pela organização não deve ostentar ligações relevantes com outras iniciativas gerenciais existentes, de maneira que as demandas ambientais não encontrem qualquer tipo de restrição na matriz decisória da organização.

Ações que visam à humanização do trabalho e à valorização do trabalhador constituem intervenções relevantes para a prevenção de acidentes do trabalho, ressaltando a importância da Psicologia do Trabalho na gestão da segurança e saúde no trabalho. Assim,

  • A. entre os principais desafios a enfrentar, na relação entre comportamento humano e acidentes de trabalho, está a necessidade de entender que a segurança é valor que integra a natureza humana e que levou à continuidade da sua raça em condições inóspitas.
  • B. as ações educativas entre adultos devem privilegiar a abordagem da andragogia, balizando-se pelas regras emanadas dos trabalhadores mais experientes, que são validadas sem questionamentos pelos empregados mais jovens.
  • C. a instituição de indicadores individuais de desempenho irá desmistificar o conceito de que os acidentes têm raízes organizacionais, evidenciando que a gestão do comportamento de cada trabalhador é o caminho para o acidente zero.
  • D. as principais contribuições da Psicologia na administração científica do trabalho estão na análise do trabalho e estudo da carga cognitiva associada, na avaliação da fadiga humana e na definição da repartição de responsabilidades entre a concepção e a realização da tarefa.
  • E. a elaboração de conhecimentos sobre o trabalho deverá incorporar, no próprio processo de produção, a experiência dos trabalhadores, o conhecimento dos saberes produzidos no e pelo trabalho, além de sua confrontação com os saberes produzidos nos diversos campos da ciência.

A realização de auditorias periódicas destina-se à avaliação do sistema de gestão da segurança e da saúde no trabalho e de seus elementos quanto à sua eficácia na prevenção de acidentes e doenças do trabalho. Dessa maneira,

  • A. conforme consagrado em normas internacionais, a auditoria deve basear-se em alguns princípios, tais como imparcialidade, senso de justiça, zelo na emissão de juízo de valor, abordagem fundamentada no raciocínio lógico e confidencialidade.
  • B. podem ser internas, algumas vezes chamadas auditorias de primeira parte, sendo conduzidas pela própria organização, ou em seu nome, para análise crítica pela direção da organização e outros propósitos internos.
  • C. atendendo à classificação usual imposta por responsabilidades e objetivos da auditoria, denomina-se auditoria de segunda parte aquela realizada por organizações externas de auditoria independente, tais como as de certificação.
  • D. a preparação para a auditoria envolve a realização de reuniões prévias com as lideranças dos setores a serem auditados, independentemente de ocuparem cargos de chefia ou supervisão, para garantir a normalidade das operações objeto de auditoria.
  • E. em conformidade com a norma NBR ISO 19001, define-se auditoria como um processo sistemático, documentado e contratado especificamente para colher evidências e informações, avaliá-las de forma objetiva ou subjetiva, conforme o caso, e emitir juízo sobre o atendimento de critérios preestabelecidos.

As Auditorias do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho promovem uma verificação periódica da sua adequação e eficácia. Com esse propósito, devem atender a alguns requisitos, como

  • A. a preparação prévia de todos os setores e operações, de maneira que os métodos de trabalho adotados por trabalhadores terceirizados e próprios se aproximem, ao máximo, daqueles descritos no processo de certificação.
  • B. a orientação da Organização Internacional do Trabalho, expressa nas Diretrizes Sobre Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, de que a organização apresente os resultados e conclusões da auditoria preliminarmente ao sindicato de trabalhadores da categoria profissional.
  • C. a clara identificação de todos os elementos que deverão ser objeto de avaliação por auditores externos ou por pessoal interno, previamente selecionado e capacitado, cujo auditor chefe definirá o grau de sigilo da documentação interna de processos.
  • D. a realização de capacitação adequada daquele pessoal da própria organização ou terceiros envolvidos na condução do processo, de maneira tal que estejam em condições de executar a auditoria de forma objetiva e imparcial.
  • E. a avaliação obrigatória do pleno atendimento de algumas normas regulamentadoras de caráter genérico ou de caráter específico de um determinado setor econômico, que se mostrem estratégicas para a obtenção de bons resultados no sistema de gestão adotado pela organização.

O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT deverá, em conformidade com a legislação vigente,

  • A. ser elaborado e implementado nos estabelecimentos que contem, independentemente da existência de vínculo empregatício com a empresa responsável, com mais de 70 trabalhadores.
  • B. substituir, para fins da fiscalização empreendida pela auditoria fiscal do trabalho, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, o Programa de Preservação Auditiva – PPA e o Programa de Proteção Respiratória – PPR.
  • C. conter memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em conta riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas.
  • D. ser elaborado pelo coordenador do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou por profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho, após ouvida a CIPA ou o designado do estabelecimento.
  • E. apontar, para cada fase da obra, os responsáveis pela área de vivência, demolição, escavação e movimentação de terra, carpintaria, armações de aço, acessos temporários de madeira, instalações elétricas provisórias, andaimes e demais elementos construtivos.
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