Questões de Serviço Social

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As análises sobre a crise na previdência social têm diferentes interpretações, mas a imputação da deterioração das contas públicas como sua causa, fundamenta-se

  • A.

    no favorecimento e na competitividade do capital e não na priorização das políticas sociais que tiveram seu reflexo no modo de gestão da vida social.

  • B.

    no aumento exacerbado da previdência privada que fez com que houvesse remissão de receita na previdência dos servidores públicos.

  • C.

    no fato de que a crise da previdência acarretou a crise econômica e não ao contrário.

  • D.

    na lógica de que a crise da previdência que gerou de forma isolada o déficit das contas públicas como um todo.

  • E.

    no fato de ter resistido ao avanço da privatização e a não contribuição prévia do trabalhador rural.

As relações sociais capitalistas são determinantes para a existência da questão social e das classes subalternas. Maria Carmelita Yazbek (1993), afirma que a subalternidade

  • A.

    é expressa pela renda e, sobretudo pela formação profissional que permite ascender na carreira e galgar nova condição de vida. Desta forma, a principal luta social coloca-se em torno da formação e profissionalização.

  • B.

    é resultante direta das relações de poder na sociedade, que se expressa, não apenas pelas circunstâncias econômicas, sociais, políticas e culturais, mas nas atitudes mentais dos próprios pobres e de seus interlocutores na vida social.

  • C.

    e a pobreza não podem ser definidas a partir da categoria renda, pois ambas se confundem com a história cultural e familiar, levando em conta também a capacidade de organização da comunidade na qual se inserem.

  • D.

    deve ser considerada como homogênea no que concerne ao feixe de necessidades e requisições que a classe subalterna coloca como pauta para o Estado em torno das políticas sociais.

  • E.

    tem origem na desigualdade social e na composição numerosa das famílias, além da impossibilidade da esperança e organização social.

A divisão social do trabalho é o modo como se distribui o trabalho nas diferentes sociedades ou estruturas sócio-econômicas e que surge quando grupos de produtores realizam atividades específicas em consequência do avanço de um certo grau de desenvolvimento das forças produtivas e de organização interna das comunidades. Com a determinação de funções para as formas variadas e múltiplas do trabalho constituem-se grupos sociais que se diferenciam de acordo com a sua implantação no processo de produção. Tais grupos correspondem ao estatuto que adquirem dentro da sociedade e ao trabalho que executam. O fato histórico que originou estas profundas divisões sociais no atual mundo do trabalho foi:

  • A. A Revolução Industrial.
  • B. A Reforma Protestante.
  • C. A 2ª Grande Guerra Mundial.
  • D. A 1ª Grande Guerra Mundial.

Instruções: Para responder às questões de números 34 a 37, considere a chave a seguir:

(A) Se estiver correto APENAS o que se afirma em I.

(B) Se estiver correto APENAS o que se afirma em II.

(C) Se estiver correto APENAS o que se afirma em III.

(D) Se estiver correto APENAS o que se afirma em I e II.

(E) Se estiver correto o que se afirma em I, II e III.

O assistente social, ao ser chamado para realizar um estudo social integrando determinado projeto com outras áreas, deve comprometer-se com

I. uma prática crítica e propositiva capaz de interferir nas dinâmicas societárias e na condição de vida do cidadão.

II. o retorno e o alcance social de produções que se refere a uma intenção de fazer o caminho de volta, isto é retornar à realidade que sustentou a produção de conhecimento e mobilizar ações que transformem essa realidade.

III. apreensão da realidade e ser referência para os profissionais da categoria e de outras áreas de conhecimento, bem como alimentadoras de práticas críticas.

  • A.

    Se estiver correto APENAS o que se afirma em I.

  • B.

    Se estiver correto APENAS o que se afirma em II.

  • C.

    Se estiver correto APENAS o que se afirma em III.

  • D.

    Se estiver correto APENAS o que se afirma em I e II.

  • E.

    Se estiver correto o que se afirma em I, II e III.

Os benefícios sociais de transferência de renda, advindos do Programa Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada, estão no escopo da política de assistência social. O profissional de serviço social deve entendê-los como

  • A.

    uma benesse que o Estado oferece para os cidadãos brasileiros que se encontram em situação de vulnerabilidade e risco social e, portanto, não podem atingir patamares de universalidade.

  • B.

    parte das estratégias dos governos que adotam programas paliativos e, com isso, desrespeitam o campo dos direitos sociais, pois transferência de renda não pode ser considerada uma forma de direito.

  • C.

    um caminho para construir a justiça social e o fortalecimento da democracia, no entanto, esses benefícios não compõem o âmbito da política de assistência social, pois seu atual sistema de gestão se dá pelas políticas de educação e saúde.

  • D.

    uma das estratégias de enfrentamento das desigualdades sociais, muito embora ainda tenham desafios como a universalidade e equidade, além da necessidade de integrar os benefícios e serviços.

  • E.

    benefícios sociais de caráter continuado e de atenção exclusiva dos governos municipais, portanto, as reclamações por direitos devem sempre ser direcionadas para a responsabilização das secretarias de saúde e educação dos municípios.

A relação estabelecida entre as organizações da sociedade civil e do Estado podem provocar alterações na estrutura administrativa do Estado, contribuindo assim, para o desenvolvimento de formas organizacionais mais democráticas. Pode-se citar como variáveis desse processo:

I. variável do desenho institucional: a escolha do desenho institucional influencia na quantidade e qualidade da participação, ou seja, os arranjos institucionais podem potencializar o exercício do controle social pela sociedade civil e atuar com poder de mobilização popular.

II. variável política: o aspecto legal por si só, não é fator suficiente para a garantia do processo participativo, que está ligado também às forças sociais presentes, assim como, o comprometimento dos gestores públicos na partilha do poder.

III. variáveis contextuais: relaciona-se com a capacidade de organização política, condição financeira e administrativa para a concretização das demandas, o que pode proporcionar eficácia à participação.

Está correto o que se afirma em

  • A.

    I, apenas.

  • B.

    II, apenas.

  • C.

    III, apenas.

  • D.

    I e II, apenas.

  • E.

    I, II e III.

Relacione as categorias marxistas aos seus significados e marque a alternativa correta:

Marque a alternativa que não condiz com o referencial teórico atualmente adotado pela profissão.

  • A. 3, 4, 5, 1, 2.
  • B. 3, 4, 5, 2, 1.
  • C. 3, 4, 2, 5,1.
  • D. 4, 3, 5, 2, 1.

Segundo Carmelita Yazbek (1993), exclusão e subalternidade configuram-se como indicadores sociais que ocultam e revelam o lugar que o segmento de classes subalternas ocupa no processo produtivo, e sua condição de vida. Ela define classe subalterna como:

  • A.

    os sujeitos mergulhados no social, na trama da reciprocidade que constituem as relações sociais.

  • B.

    os beneficiários dos programas sociais que se colocam de forma subalternizada na relação com o profissional e a instituição na qual buscam atendimento.

  • C.

    o segmento proletário oriundo e herdeiro do escravismo e do modelo mercantil de produção.

  • D.

    o conjunto de sujeitos cuja compreensão de subalternidade deve ser apreendida de forma abstrata e idealmente.

  • E.

    os principais destinatários das políticas sociais, sobretudo aqueles que ao buscarem os serviços não o compreendem como um espaço de promoção social.

Na política de proteção social, a metodologia de trabalho com a família que se encontra em situação de vulnerabilidade deve ser orientada para

  • A.

    uma consciência a-crítica sobre a família e se ater nas situações conforme elas se apresentam, em sua aparência, que já são suficientes para dar os subsídios necessários para a intervenção profissional.

  • B.

    o estabelecimento de estratégias que possam propiciar o desenvolvimento das capacidades da família em mobilizar seus recursos, com vistas à superação da condição de vulnerabilidade.

  • C.

    uma prática direcionada à promoção social da família, compreendendo-a como aquela que necessita ser ajustada aos padrões de conduta de socialização do sistema capitalista.

  • D.

    o desenvolvimento de um planejamento com a participação somente dos técnicos, sem envolvimento da família usuária do serviço.

  • E.

    o conceito de família estabelecido nas regulamentações da área social, complementares à Constituição Federal de 1988, que a definem por um conjunto de pessoas unidas por laços consanguíneos.

O conhecimento das diferenças dos modelos do Estado tem relevância para a compreensão das políticas sociais. São diferenças trazidas pelo modelo de Estado Social em relação ao Estado liberal:

I. a politização das relações civis por meio da intervenção do Estado na economia, e na garantia dos direitos sociais dos cidadãos.

II. a legalização e o reconhecimento da classe operária e de suas organizações.

III. a instituição de uma sociedade concebida como somatório de pessoas, na qual os indivíduos não estão organizados em classe social.

Está correto o que se afirma em

  • A.

    I, apenas.

  • B.

    II, apenas.

  • C.

    III, apenas.

  • D.

    I e II, apenas.

  • E.

    I, II e III.

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