Questões de Sociologia do ano 2008

Lista completa de Questões de Sociologia do ano 2008 para resolução totalmente grátis. Selecione os assuntos no filtro de questões e comece a resolver exercícios.

Para Michel Foucault, o poder está diretamente relacionado ao exame. Este último supõe a

  • A.

    visibilidade do poder, e não daqueles que estão submetidos a ele.

  • B.

    invisibilidade do exercício do poder e a visibilidade daqueles que se submetem a ele.

  • C.

    visibilidade do poder, visto que a ele é associada uma ênfase minuciosa em registros, uma acumulação documentária e a visibilidade dos casos.

  • D.

    visibilidade do poder, visto que a ele é associada uma ênfase minuciosa em registros, uma acumulação documentária e a visibilidade dos casos.

  • E.

    invisibilidade do exercício do poder e daqueles que a ele estão submetidos.

Embora seja recorrente o tratamento do Direito a partir dos binômios formalismo do Direito e a realidade social, lei e fatos, Clifford Geertz visa lançar uma interpretação simétrica a respeito dos princípios jurídicos. Para o autor, a construção do princípio jurídico é definida pelo contexto particular em que o Direito se constrói e se apresenta. A parte jurídica do mundo não é simplesmente um conjunto de normas, regulamentos e princípios, mas faz parte das maneiras específicas de imaginar a realidade. Do ponto de vista do autor, portanto, o julgamento é fruto

  • A.

    da capacidade do juiz em interpretar os fatos a partir de seu livre convencimento.

  • B.

    das interpretações levadas a cabo pelos diferentes atores a respeito de um caso.

  • C.

    da capacidade de um sistema jurídico em conjugar na descrição de um evento o conjunto de significados e percepções das experiências locais.

  • D.

    da análise crítica e acurada dos agentes públicos responsáveis pela administração dos conflitos.

  • E.

    das representações coletivas sobre as ações dos agentes sociais sobre os fatos.

Segundo o sociólogo Michel Misse, a reação moral e normalizadora que vincula o consumo de diferentes tipos de substâncias a vícios de comportamento é a principal causa de criminalização de drogas ilícitas, embora não haja comprovação de que, apenas e exclusivamente, o uso das mesmas seja causa isolada de comportamentos violentos entre tais consumidores. A repressão que se segue a tais práticas e comportamentos, segundo o autor, é

  • A.

    maior ou menor, em função da desvalorização que o consumidor dispense ao fato de que deve ele mesmo manter o autocontrole.

  • B.

    inversamente proporcional ao segmento social a que pertença o consumidor.

  • C.

    diretamente proporcional à tipificação penal em que se enquadre o consumidor, de acordo com a substância ingerida.

  • D.

    sancionamento negativo que visa repreender a capitulação ao papel sedutor que tais práticas exercem, sobre o indivíduo moderno, no desprezo às previsões normativas.

  • E.

    punição à conduta desrespeitosa da lei, que se veicula legitimamente em decorrência de ser expressão de um contrato social amplo e aplicável indistintamente aos distintos segmentos sociais.

O trabalho do antropólogo se constitui em olhar, ouvir e escrever. Essa afirmação de Roberto Cardoso de Oliveira, no entanto, separa essa produção em dois momentos. Um primeiro seria caracterizado pelas práticas dominantes de olhar e ouvir, fundamentos para as interlocuções e coletas de dados no trabalho de campo. Escrever caracterizaria o segundo momento. Atividade externa ao campo, ela se daria no ambiente institucional a que pertence o pesquisador, para produção de um texto reflexivo sobre a primeira etapa. O autor afirma que o pesquisador, no exercício de seu ofício, goza de autonomia epistêmica, que deve ser mediada de forma a que a interpretação dos dados seja balizada pelas categorias e conceitos básicos constitutivos da disciplina. Para que se assegure que essa autonomia esteja vinculada aos dados empíricos, é necessário

  • A.

    submeter o texto produzido, em função dos dados coletados, ao crivo dos principais interlocutores no campo.

  • B.

    relatar, descritivamente, as situações vivenciadas no campo, privilegiando o detalhamento dos dados de maneira a possibilitar exercícios comparativos por analogia.

  • C.

    permitir sempre o controle dos dados pela comunidade profissional.

  • D.

    equilibrar a veiculação dos dados de natureza qualitativa e quantitativa, de forma a possibilitar o controle recíproco das variáveis.

  • E.

    retomar o trabalho de campo, após concluído o texto, para submissão das hipóteses veiculadas na conclusão do mesmo a novas observações direta e participante.

“Ao pensar uma representação, é fácil supor que o conteúdo da encenação é somente uma extensão expressiva do caráter do ator e ver a função da representação nestes termos pessoais. Essa é uma concepção limitada e pode obscurecer diferenças importantes na função da representação para a interação como um todo” (GOFFMAN. Erving (1985). A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis: Editora Vozes. P: 76) As contribuições de Erwing Goffman para a Sociologia foram inúmeras, tendo provocado significativas mudanças teóricas e metodológicas. Uma das contribuições originais do autor foi a

  • A.

    demonstração de que os indivíduos em interação buscam dissimular suas identidades para maximizarem seus lucros.

  • B.

    compreensão de que a Sociologia deve se preocupar sobre o lugar das representações sociais na organização coletiva.

  • C.

    ênfase dada ao caráter dramatúrgico das interações dos atores e a conseqüente pluralidade na composição das identidades.

  • D.

    demonstração de que os atores representam na vida cotidiana para exprimirem suas vontades e sentimentos.

  • E. ênfase destinada ao lugar das representações coletivas na constituição dos fatos sociais.

Em seu texto “A sociedade contra o Estado” Pierre Clastres afirma que as sociedades primitivas, objeto tradicional da Antropologia nas primeiras décadas de institucionalização da disciplina, não estariam condenadas à economia de subsistência em razão de uma pretensa inferioridade tecnológica. O argumento do autor se sustenta, fundamentalmente,

  • A.

    na compreensão de que a divisão do trabalho entre homens e mulheres propiciava excedentes que possibilitavam trocas para além das necessidades básicas do grupo.

  • B.

    no entendimento de que as sociedades primitivas dominavam o meio natural adaptado e relativo às suas necessidades.

  • C.

    na idéia de que os grupos nessas sociedades dominavam absolutamente a natureza e, dessa forma, proviam de forma equilibrada e igualitária as necessidades básicas da sociedade.

  • D.

    na convicção de que, por se tratarem de sociedades sem Estado, não havia necessidade de produção de excedentes para a manutenção de grupamentos voltados para o exercício da guerra.

  • E.

    na comprovação empírica de que as trocas entre grupos de distintas sociedades como, por exemplo, o casamento, possibilitava o uso compartilhado de variados recursos naturais.

Analise os dois trechos abaixo.

I. Às vezes penso que eu assisto tv Como o cãozinho que olha o frango rodar Que mais e mais saboroso de se ver Aguça cada vez mais meu paladar E quando uma gotinha de óleo cai Como uma novidade que entra no ar Eu paro tudo, eu paro de pensar Só pra ficar te olhando, televisão (Pato Fu. Televisão de Cachorro)

II. A atrofia da imaginação e da espontaneidade do consumidor cultural de hoje não tem necessidade de ser explicada em termos psicológicos. Eles são feitos de modo a vetar, de fato, a atividade mental (…), esses produtos podem estar certos de serem alegremente consumidos em estado de distração. (Adorno e Horkheimer. Dialética do Esclarecimento)

 O processo ao qual os trechos se referem, bem como as chaves teóricas que os intérpretes da Escola de Frankfurt o analisaram estão corretos, respectivamente, em:

  • A.

    desencantamento do mundo; alienação e fetichismo da mercadoria.

  • B.

    indústria de massa; alienação e dominação do indivíduo.

  • C.

    indústria cultural; fetichismo da mercadoria e barbárie

  • D.

    indústria cultural; alienação e fetichismo da mercadoria.

  • E.

    indústria cultural; arte como técnica e burocratização da cultura.

As classificações primitivas não constituem, pois, singularidades excepcionais, sem analogia com as que estão entre povos os mais cultivados; parecem, ao contrário, se ligar sem solução de continuidade às primeiras classificações científicas. Com efeito, embora difiram profundamente destas últimas sob certos aspectos, não deixam todavia de possuir todos os caracteres essenciais das mesmas.

(Durkheim e Mauss. Algumas formas primitivas de classificação)

 Para estes autores, o estudo das formas primitivas de classificação tem como finalidade

  • A.

    entender a relação acidental dos sistemas de classificação das sociedades primitivas.

  • B.

    distinguir o totemismo das outras formas primitivas de classificação.

  • C.

    diferenciar as formas de organização primitivas das complexas.

  • D.

    contrapor-se aos estudos realizados por Spencer e Gillen.

  • E.

    estabelecer uma relação entre o pensamento primitivo e o sistema lógico.

As chamadas metodologias qualitativas privilegiam, de modo geral, a análise de microprocessos através do estudo das ações individuais ou grupais. Realizando um estudo intensivo dos dados, tanto em amplitude quanto em profundidade, os métodos qualitativos tratam as unidades sociais investigadas como totalidades que desafiam o conhecimento do pesquisador.

(Heloísa Helena Martins. Metodologia Qualitativa de Pesquisa)

 O texto baseia-se na perspectiva da sociologia crítica. Segundo essa abordagem a relação mais adequada entre teoria e pesquisa empírica ocorre em:

  • A.

    teoria como proposição que atua na explicação e antecede o objeto.

  • B.

    teoria como diálogo realizado entre conceitos abstratos e pesquisa concreta.

  • C.

    teoria como reflexão que determina a construção de um problema de pesquisa.

  • D.

    teoria como resultado produzido de uma pesquisa realizada previamente.

  • E.

    teoria como recusa aos modelos explicativos: racionalista e empirista.

A chave estrutural para a interpretação das formações sociais é, para Marx, a produção social historicamente determinada; para Weber, a ação social e a relação social, sendo o ponto de partida a primeira. É a partir das definições de modo de produção e ação social que se constroem os edifícios da filosofia marxista e da sociologia weberiana.

 (Sedi Hirano. Castas, Estamentos e Classes Sociais)

Com base no texto, é correto afirmar:

  • A.

    Na teoria marxista, a sociedade condiciona os indivíduos, retirando-lhes a autonomia.

  • B.

    Na teoria weberiana, a sociedade é anterior e exterior ao indivíduo.

  • C.

    Na perspectiva de Marx vigora o determinismo econômico e, na de Weber, o individualismo metodológico.

  • D.

    Na perspectiva de Marx, a ação social é secundária enquanto em Weber a relação social é prioritária.

  • E.

    A relação entre indivíduo e sociedade é marcada pelo economicismo em Marx e pelo politicismo em Weber.

Provas e Concursos

O Provas e Concursos é um banco de dados de questões de concursos públicos organizadas por matéria, assunto, ano, banca organizadora, etc

{TITLE}

{CONTENT}

{TITLE}

{CONTENT}
Provas e Concursos
0%
Aguarde, enviando solicitação!

Aguarde, enviando solicitação...