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Segundo o Manual Genérico de Procedimentos, anexo à Portaria nº 46, de 10 de fevereiro de 1998, para a elaboração e implantação do Plano de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, é CORRETO afirmar:
A construção e verificação prática do diagrama operacional é um dos passos da etapa que prevê a seqüência lógica de aplicação dos princípios da APPCC, e ocorre antes da identificação dos riscos e análise dos perigos.
Devemos integrar ao corpo gerencial da empresa, na etapa de formação da equipe, um técnico que possua experiência comprovada em implantação de Planos de APPCC e que não tenha incorporado os vícios do processo de fabricação da empresa em questão. Daí a importância de que este técnico seja um agente externo, recém contratado.
Na avaliação dos pré-requisitos para o Sistema APPCC, devemos fazer um diagnóstico da estrutura física existente, definindo de forma precisa todos os pontos de controle a serem implantados.
A organização do estabelecimento industrial deverá ser apresentada em forma de diagrama, com indicação dos setores que efetivamente participam do desenvolvimento, implantação e manutenção do Plano de APPCC. Na elaboração do organograma, o posicionamento do Setor de Garantia da Qualidade deverá estar diretamente ligado aos setores de produção e comercialização, isentos da influência da Direção-Geral e dos setores financeiros da Empresa.
Os Programas de Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) baseiam-se em princípios básicos. Dentro da lógica dos princípios desse programa, NÃO é correto afirmar:
Consideramos como situação de perigo a não conformidade com o Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) ou Regulamento Técnico estabelecido para cada produto.
O Ponto de Controle Crítico é qualquer ponto, operação, procedimento ou etapa do processo de fabricação do produto, em que aplicamos sistematicamente medidas corretivas, sobre um ou mais fatores, com o objetivo de mantermos o padrão de qualidade.
Durante o processo de produção de alimentos, consideramos como situação de perigo a contaminação ou recontaminação inaceitável de produtos semi-acabados ou acabados por microrganismos, substâncias químicas ou materiais estranhos.
Nos Programas de APPCC em indústrias de alimentos, a Análise de Risco consiste na avaliação sistemática de todas as etapas envolvidas na produção de um alimento específico, desde a obtenção das matérias-primas até o uso pelo consumidor final, visando estimar a probabilidade da ocorrência dos perigos, levando-se também em consideração como o produto será consumido.
A pesquisa de inibidores de Crescimento Bacteriano no leite visa à detecção de resíduos de substâncias capazes de impedir ou inibir o crescimento microbiano, sejam elas anti-sépticas, antibióticas ou quimioterápicas. O Brasil tem se preocupado com esse problema, principalmente na cadeia do leite. Sobre este tema, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
Resíduos de alguns antibióticos podem ter ação direta sobre o organismo do consumidor. Deste modo, resíduos de cloranfenicol podem induzir à anemia aplástica em pessoas susceptíveis.
Resíduos de alguns antibióticos podem ter ação direta sobre o organismo do consumidor. Os resíduos de penicilina podem levar à manifestação de fenômenos de hipersensibilidade imediata ou tardia nas pessoas alérgicas e previamente sensibilizadas por este antibiótico.
Há o risco de indução de resistência bacteriana e posterior transferência de multirresistência entre microrganismos, especialmente Gram negativos, através de plasmídeos pelo uso indiscriminado de antibióticos na alimentação animal.
A legislação brasileira proíbe o processamento na Granja ou o envio de leite a Posto de Refrigeração ou estabelecimento industrial adequado, quando oriundo de animais que estejam sendo submetidos a tratamento com drogas e medicamentos em geral, passíveis de eliminação pelo leite, pelo período de cinco dias, de forma a assegurar que os resíduos da droga em alimentos não sejam superiores aos níveis fixados pelas normas específicas de cada produto.
Sobre a colheita de amostra e sua remessa ao laboratório, NÃO é correto afirmar:
As amostras para exame microbiológico deverão ser enviadas separadamente daquelas destinadas aos exames físico-químicos.
Os frascos para a colheita de água clorada devem ser adicionados de tiosulfato de sódio (0,1 ml de solução 15% por frasco de 250 ml).
No caso de envio para o laboratório para análise microbiológica, o produto deve ser enviado na embalagem original, não se permitindo o fracionamento em qualquer hipótese.
No caso de envio para o laboratório para análise físico-quimica, o volume ou peso encaminhado não deve ser inferior ao volume requerido para a análise pelo laboratório, sendo permitido o fracionamento da embalagem original, quando o volume for muito superior ao volume mínimo requerido. Nesses casos, os dados de identificação do produto, fabricante, data de fabricação e lote deverão estar contidos no documento de coleta.
A introdução de novos produtos derivados do leite no mercado brasileiro, como os leites denominados "leites de longa vida" e as bebidas lácteas, não foI acompanhada de campanhas de esclarecimento à população. Em adição, casos de fraudes foram identificados por órgãos de inspeção, expondo os consumidores brasileiros. Sobre este aspecto, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
No Brasil, o método oficial de detecção de soro de leite no leite é baseado na presença de Glicomacropeptídeos (GMP) livres derivados da K-caseína (capacaseína), resultantes da ação da renina.
Nas embalagens de Bebida Láctea de cor branca, deve constar do painel principal do rótulo, logo abaixo do nome do produto, a expressão: CONTÉM ...% DE SORO DE LEITE, enquanto nas embalagens de Bebida Láctea colorida, deve constar do painel principal do rótulo, logo abaixo do nome do produto, a expressão: CONTÉM SORO DE LEITE.
Entende-se por Leite Esterilizado ou Leite Ultra Alta Temperatura (UAT) o leite homogeneizado que foi submetido, durante 2 a 4 segundos, a uma temperatura entre 114ºC e 150ºC, mediante um processo térmico de fluxo contínuo, imediatamente resfriado e envasado sob condições assépticas em embalagens estéreis e hermeticamente fechadas.
Entende-se por Leite Reconstituído o produto resultante da dissolução em água do leite em pó, adicionado ou não, de gordura láctea, até atingir o teor gorduroso fixado para o respectivo tipo, seguido de homogeneização e pasteurização.
Sobre a Listeriose e seu agente, a Listéria monocytogenes, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
Muitos animais carreiam a Listéria monocytogenes em suas fezes como um habitante normal do intestino, mas apenas uma pequena percentagem destes desenvolvem a doença, geralmente em função da diminuição da resistência do hospedeiro.
No homem, a infecção pode ser marcada por um quadro semelhante ao estado gripal acompanhado de diarréia e febre branda. Esta fase pode passar despercebida com formação de portadores (5% deles eliminam a L.monocytogenes nas fezes).
A L. monocytogenes invade os macrófagos onde cepas virulentas se multiplicam e, após a ruptura destas células, causam septicemia, que é a manifestação mais freqüente, acompanhada de febre (adultos). A mortalidade dentro do grupo de risco é de 30%. As formas de listeriose envolvendo o sistema nervoso central têm como manifestação mais comum a meningite, sendo que a mortalidade, nesses casos, pode alcançar 70%.
A Listéria monocytogenes é um organismo psicrotrófico capaz de multiplicar-se em temperaturas entre 1 e 45ºC, que pode sobreviver no leite por mais de um ano, quando estocado à temperatura ambiente. Este agente é facilmente eliminado pela pasteurização. Os riscos para a Saúde Pública têm sido freqüentemente rediscutidos, após a identificação de cepas presentes nos rebanhos ovinos da Nova Zelândia que tem capacidade de formar esporos e que podem sobreviver à pasteurização. No entanto, estes esporos são eliminados pelo tratamento UHT.
Sobre agentes causais de toxinfecções alimentares, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
Dentre os agentes de doenças veiculadas por alimentos, o gênero Salmonella, pertencente à família Enterobacteriaceae e composto de espécies ou tipos gram-negativos não esporulados, é um dos principais responsáveis por complicações clínicas dos afetados, podendo ocorrer inclusive casos fatais. O quadro clínico se instala de 8 a 18 horas após a ingestão de alimentos com agente e com a apresentação de dores abdominais, diarréia, vômitos e febre. A velocidade de aparecimento dos sintomas e sua intensidade variam de acordo com vários fatores, dentre eles a quantidade do inóculo e a idade do infectado.
O gênero Salmonella, pertencente à família Enterobacteriaceae, é composto de espécies ou tipos gram-negativos não esporulados. As espécies S. typhi-murium e S. enteritidis são agentes de salmoneloses em animais e no homem. As salmonelas são abundantes no trato intestinal das aves mesmo sadias. São relatados casos de contaminação das carcaças durante o processo de abate, sendo freqüente sua ocorrência durante a última fase do resfriamento (Chiller), uma vez que estas bactérias se multiplicam bem em baixas temperaturas. Nesses casos, o controle deve ser feito com a utilização de cloro na água.
O gênero Clostridium pertence à família Bacillaceae, é composto de espécies anaeróbias com capacidade de formar esporos. A propriedade mais destacada em todos os clostrídios patogênicos é a produção de exotoxinas. O significado e a interpretação da presença de C. perfringens dependem da forma e do número encontrados, bem como da possibilidade de multiplicação deste microrganismo no produto sob análise. Cabe assinalar que este microrganismo não altera o produto de forma a ser perceptível pelos caracteres organolépticos nas quantidades capazes de provocar toxinfecção alimentar.
A pesquisa de coliformes nos alimentos é utilizada, dentro de alguns parâmetros, como indicador de qualidade microbiológica. No entanto, NÃO é correto afirmar:
O grupo coliforme, que não identifica os membros individualmente, tem menor valor interpretativo que o grupo coliforme de origem fecal, pois o grupo coliforme pode conter alguns membros não entéricos como o gênero Serratia e Aeromonas.
O termo coliforme de origem fecal não pretende identificar, mas apenas indicar, a presença de E.coli, não separando esta bactéria das demais, geralmente consideradas de pouco ou nenhum significado em saúde pública.
A utilização do grupo completo de Enterobacteriaceae não tem validade como indicador para avaliação da qualidade microbiológica de produtos processados termicamente (leite pasteurizado) e água clorada. Até o momento a E. coli é o marcador sanitário ideal na análise microbiológica nestas situações. Sua presença em números significativos indica falhas no processo e, conseqüentemente, risco para o consumidor.
A presença de microrganismo do grupo de origem fecal no alimento pode ser atribuída a uma contaminação pelo ambiente e não necessariamente a uma contaminação fecal direta, e o seu número pode estar associado ao desenvolvimento no próprio produto. Por sua vez, a presença de E. coli em um alimento indica que ocorreu uma contaminação de origem fecal e que conseqüentemente existe o risco potencial de que tenham chegado ao alimento outros microrganismos patogênicos de origem entérica.
Sobre os processos de deterioração dos alimentos, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
A produção de ácido acético pelos coliformes a partir da fermentação da lactose é a principal causa da alteração do pH do leite e conseqüente perda de estabilidade das proteínas à temperatura de fervura.
Os bolores e leveduras podem causar problemas nos alimentos, devido a sua resistência a calor, congelamento, antibióticos e irradiação, além da formação de toxinas. Podem também transformar substratos impróprios em favoráveis ao desenvolvimento de bactérias patogênicas.
A deterioração hidrolítica e oxidativa das gorduras do alimento causada pelos agentes microbianos leva a alterações do odor do mesmo e diminuição da qualidade. As lipases são enzimas exocelulares, podendo estar atuando na gordura do alimento mesmo após a destruição da célula microbiana por processos tecnológicos. No entanto, estas enzimas são inativas em alimentos com baixa atividade hídrica (congelados e alimentos em pó).
Alguns psicrotróficos deteriorantes são fortemente proteolíticos, causando alterações indesejáveis em produtos cárneos, laticínios e pescados. Espécies proteolíticas são comuns entre os gêneros Bacillus, Clostridium, Pseudomonas e Proteus, sendo importantes as proteases termorresistentes produzidas por algumas espécies de Pseudomonas, que podem alterar leites esterilizados.
Em relação à contagem de microrganismos mesófilos, termófilos e psicotróficos, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
A presença de aeróbios termófilos em grande número está relacionada com a qualidade higiênica da matéria prima ou com processamento térmico insuficiente.
Em muitos casos, como nos alimentos processados, a contagem padrão de aeróbios demonstra o nível geral de higiene durante a fabricação, as condições de armazenamento e transporte, etc. daquele alimento, enquanto em produtos não processados pode ser indicador da qualidade do alimento.
Nos alimentos processados termicamente ou não, submetidos a operações que visam à prevenção de deterioração, como acidificação artificial ou redução de atividade de água, a presença de pequenos números de anaeróbios mesófilos não tem significância em relação ao risco potencial de deterioração.
A presença de anaeróbios estritos psicotróficos em queijos de leite pasteurizado pode significar processamento térmico em temperatura e/ou tempo abaixo do requerido; a elevação do seu número em queijos fabricados com leite cru está sempre associada a uma estocagem prolongada em ambientes úmidos, abafados e que apresentam temperatura entre 18ºC a 21ºC.
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