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Para a antropóloga Dominique Gallois, o contato coloca um grupo indígena diante de lógicas espaciais diferentes da sua e que passam a ser expressas também em termos territoriais. (...) o contato é um contexto de confronto entre lógicas espaciais. Por este motivo, as diversas formas de regulamentar a questão territorial indígena implementadas pelos Estados Nacionais não podem ser vistas apenas do ângulo do reconhecimento do direito à terra, mas como tentativa de solução deste confronto. Na base deste pensamento está o argumento de que:
Do ponto de vista da história da Antropologia, o trabalho de campo intensivo e de longa duração representou uma verdadeira revolução na pesquisa antropológica. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.
I A pesquisa etnográfica constitui-se do exercício do olhar (ver) e do escutar (ouvir) que impõe ao pesquisador um deslocamento de sua própria cultura para se situar no interior do fenômeno por ele ou por ela observado, pela sua participação efetiva nas formas de sociabilidade, por meio das quais a realidade investigada se lhe apresenta.
II Considera-se a pesquisa de campo como uma etapa do método histórico que busca, em última instância, colocar as várias sociedades estudadas pelos antropólogos em uma escala evolutiva única.
III O antropólogo brasileiro Roberto Cardoso de Oliveira recorreu a uma expressão em inglês para definir a experiência de escrever sobre a experiência de observar o outro e escutar o outro: Semantical Gap. Isto quer dizer que o antropólogo vivencia, seja na interação face a face, seja no ato de refletir sobre essa experiência, o momento de descoberta do outro, e é este o momento no qual o pesquisador faz um retorno a si mesmo, porque ele também se redescobre nessa descoberta.
IV Se o método etnográfico é composto por inúmeros procedimentos, incluindo levantamento de dados de pesquisa probabilística e quantitativa (demografia, morfologia, geografia, genealogia etc.); a observação direta é sem dúvida a técnica privilegiada para investigar os saberes e as práticas na vida social e reconhecer as ações e as representações coletivas na vida humana.
V O antropólogo reconhece, ao se relacionar com o outro na pesquisa de campo, uma similitude, uma aproximação, uma ponte entre valores que são definidos, desde a fundação da premissa de estranhar o outro, como parte do relativismo cultural.
A quantidade de itens certos é igual a
1
2
3
4
5
Povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais são categorias muito presentes hoje nos discursos de antropólogos, biólogos, engenheiros florestais e de outros profissionais da área socioambiental. A categoria populações tradicionais abrange um grupo social muito amplo e que vem ganhando cada vez mais expressão em políticas públicas de conservação ambiental, incluindo seringueiros, castanheiros, babaçueiros, caiçaras, pescadores artesanais. Entretanto, há um aspecto importante que distingue esta categoria das categorias de quilombolas e povos indígenas:
Acerca da proteção dos direitos culturais de populações indígenas e tradicionais na Constituição Federal, julgue os itens a seguir e assinale a alternativa correta.
I São reconhecidos aos índios os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
II As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente.
III Cabe aos índios o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos existentes nas terras tradicionalmente ocupadas por eles.
IV Cabe ao Estado a proteção das manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
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No campo das políticas públicas, a área do patrimônio vem demonstrando especial vitalidade com o surgimento de novas categorias de bens de interesse difuso ou público, que despertam hoje a atenção de organismos nacionais e internacionais e cujo valor reside fundamentalmente na possibilidade e na necessidade de seu uso coletivo, garantindo o mais amplo possível acesso da população a eles, posto que constituem recursos essenciais para a garantia de vida digna da população humana, inclusive as futuras gerações. Entre estas novas modalidades de patrimônio destacam-se:
Quanto aos principais antropólogos brasileiros, assinale a alternativa incorreta.
Manuela Carneiro da Cunha não identifica na obra de Gilberto Freyre qualquer conhecimento aprofundado sobre o que eram as sociedade indígenas brasileiras.
A principal crítica de Eduardo Viveiros de Castro à obra lévi-straussiana deve-se a sua análise de que títulos como Tristes Trópicos e O Pensamento Selvagem devem ser analisados sobretudo como ficção, como uma literatura sensível e de alto nível, mais do que como etnologia.
Com uma afinidade muito grande com a obra de Roberto DaMatta, Lívia Barbosa desenvolve conceitos que vêm desde as oposições duais de A Casa e a Rua, aprofundando-se em temas como o conceito de meritocracia nas organizações e nas sociedades, em um estudo comparativo do entendimento desse conceito em algumas sociedades, a brasileira, inclusive.
Em O Processo Civilizatório, Darcy Ribeiro defende que o conceito básico subjacente às teorias de evolução sociocultural é o de que as sociedades humanas, no curso de longos períodos, experimentam dois processos simultâneos e mutuamente complementares de autotransformação: um deles responsável pela diversificação; e o outro, pela homogeneização das culturas.
A Utopia Urbana, de Gilberto Velho, é fruto de sua tese de mestrado. Fortemente influenciado pela etnografia, por trabalhos como Os Argonautas do Pacífico e Os Nuer, o autor, a partir do interesse em como se comportavam as camadas médias urbanas, empreendeu um trabalho pioneiro no Brasil, de aplicação do método antropológico ao estudo do meio urbano.
Luiz Roberto Cardoso de Oliveira, quando presidente da Associação Brasileira de Antropólogos ABA escreveu uma nota em maio de 2008, onde se posicionava com relação ao conflito instaurado na Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Segundo ele, ter-se-ia desencadeado uma inesperada avalanche de declarações anti-indígenas no país que se faziam valer de argumentos centrados na idéia de que os indígenas estariam sendo privilegiados e de que as políticas indigenistas poderiam estar representando ameaças à segurança nacional. Segundo Oliveira, uma verdadeira onda de desinformação se alastra pelos canais de comunicação, criando na opinião pública a impressão de que tudo se resume a um conflito de opiniões. De acordo com a nota da ABA, o Governo, através do Decreto Presidencial de 2005, oficializou a demarcação continuada da Terra Indígena Raposa Serra do Sol depois que os interesses e argumentos dos arrozeiros e do governo de Roraima foram ouvidos e examinados, tanto no processo administrativo, quanto em múltiplas ações judiciais, cumprindo minuciosamente uma importante fase do processo. A nota da ABA está se referindo neste caso a fase do(a):
A respeito do social e do cultural como categorias do estudo da Atropologia, julgue os itens que se seguem e assinale a alternativa correta.
I Dado o fato de que a cultura pode ser reificada no tempo e no espaço (por meio de sua projeção e materialização em objetos), ela pode sobreviver à sociedade que a atualiza em um conjunto de práticas concretas e visíveis.
II Pode haver cultura sem sociedade, embora não possa haver sociedade sem cultura.
III Ter tradição não significa, necessariamente, vivenciar as regras de modo consciente, colocando-as dentro de uma forma qualquer de temporalidade.
IV Não se pode afirmar que sociedades sem tradição sejam sistemas coletivos sem cultura.
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João Pacheco de Oliveira compara os povos indígenas que estão na região Nordeste com aqueles que estão na região da Amazônia. Segundo ele, dadas as características e a cronologia da expansão das fronteiras na Amazônia, os povos indígenas detém parte significativa de seus territórios e nichos ecológicos, enquanto no Nordeste tais áreas foram incorporadas por fluxos colonizadores anteriores, não diferindo muito as suas posses atuais do padrão camponês e estando entremeadas à população regional. Dadas as diferenças entre estes dois pólos de ocupação indígena, o desafio da ação indigenista particularmente no caso da região Nordeste tem se caracterizado por:
Acerca das características do aparato legal-burocrático que define as relações entre o Estado brasileiro e as populações indígenas, assinale a alternativa incorreta.
Segundo a Constituição Federal, em face da natureza específica das culturas e das sociedades indígenas, os grupos indígenas necessitam de proteção do Estado e, por isso, não podem ter os mesmos direitos básicos de todo cidadão brasileiro.
característica das leis que dizem respeito aos direitos dos índios é que elas são leis feitas pelos nãoíndios para definir os direitos dos índios.
A prática administrativa de demarcação participativa das terras indígenas exemplifica a tendência no sentido da quebra progressiva do regime tutelar que se observa no presente, graças, entre outras coisas, às mudanças jurídicas promovidas depois da Constituição de 1988.
Um dos pressupostos dos preceitos constitucionais sobre os direitos dos povos indígenas é o de que a terra é, para estes grupos, muito mais do que simples meio de subsistência.
A Constituição Federal reconhece aos índios os direitos relacionados a organização social, costumes, línguas, crenças e tradições.
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