Questões de Artes da Centro de Produção da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CEPERJ)

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Com relação às mudanças ocorridas no ensino da Arte, pode-se afirmar que, até o início do ano 1980, o compromisso que sustentava o referido ensino era apenas com o desenvolvimento da expressão pessoal do aluno (livre expressão), ideia claramente influenciada pelo movimento Modernista. Para os adeptos do referido movimento, entre os fatores envolvidos na criatividade, o de máximo valor era a:

  • A. desconstrução
  • B. elaboração
  • C. contextualização
  • D. originalidade
  • E. flexibilidade

Nas afirmativas:

“O que importa é o processo criador da criança e não o produto que realiza”, “Aprender a fazer, fazendo” e “A arte adulta deve ser mantida fora dos muros da escola, pelo perigo da influência que pode macular a genuína e espontânea expressão infantil”, a concepção de ensino da Arte evidenciada refere-se à tendência:

  • A. renovadora
  • B. tecnicista
  • C. escolanovista
  • D. tradicional
  • E. libertária

No livro “Arte na Educação Escolar”, as autoras propõem algumas orientações metodológicas para um planejamento da atuação profissional docente preocupado com a experiência e o crescimento cultural/artístico do estudante. “Conhecer a prática social e cultural vivida pelos alunos com relação aos aspectos artísticos, estéticos e históricos abordados nas unidades do programa; identificar ao mesmo tempo o que lhes falta saber sobre o assunto” são diretrizes ou objetivos considerados pelas autoras como:

  • A. sínteses de cada etapa do programa
  • B. processo de desenvolvimento das aulas
  • C. pontos de partida do planejamento
  • D. objetivos gerais da metodologia
  • E. questões qualitativas de cada unidade

“Se a Arte é tratada somente como um ‘grito da alma’, não estamos oferecendo uma educação nem no sentido cognitivo, nem no sentido emocional.”

(Ana Mae Barbosa)

Uma prática pedagógica que articule a criação, a análise e o conhecimento da produção artística e estética da humanidade, compreendendo-a histórica e culturalmente, pressupõe uma concepção da Arte, sobretudo, como:

  • A. conhecimento
  • B. técnica
  • C. sensibilização
  • D. disciplina
  • E. atividade

Os Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte para o ensino fundamental definem objetivos gerais para o ensino da Arte. Um dos objetivos gerais definidos pelo referido documento, é:

  • A. identificar as principais características artístico-estéticas presentes nos diferentes períodos históricos, com ênfase no renascimento e na modernidade, bem como as marcas produzidas pelos referidos períodos na arte contemporânea
  • B. reconhecer e classificar os diversos estilos de época nas diferentes modalidades de Arte, identificando os aspectos técnicos que dominam cada um desses estilos, bem como o contexto histórico
  • C. compreender os fundamentos teórico-filosóficos da Arte no período clássico, bem como as marcas técnicas e estéticas que caracterizam as principais obras produzidas nas artes visuais, no teatro e na dança
  • D. desenvolver parâmetros de apreciação estética a partir da produção de um quadro de referências sustentando por princípios de qualidade artística, como parâmetro de julgamento de obras nas diferentes linguagens da arte
  • E. observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando, indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando arte de modo sensível

Na primeira metade do século XX, o ensino da Arte nas escolas primárias e secundárias brasileiras, utilizava práticas pedagógicas diretivas, que valorizavam principalmente as habilidades manuais, os dons artísticos, os hábitos de organização e precisão. Essa perspectiva evidencia, ao mesmo tempo, uma visão do ensino da arte:

  • A. contextualista e culturalista
  • B. utilitarista e imediatista
  • C. conteudista e tecnicista
  • D. linear e cartesiana
  • E. reticular e progressista

Para que a produção artística do aluno ganhe sentido e possa se enriquecer também pela reflexão sobre a arte como objeto de conhecimento, os Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte propõem que: “Além do conhecimento artístico como experiência estética direta da obra de arte, o universo da arte contém também um outro tipo de conhecimento, gerado pela necessidade de investigar o campo artístico como atividade humana.” Para tanto, o referido documento delimita o fenômeno artístico não só como estrutura formal mas, também, como:

  • A. desenvolvimento da criatividade e liberação emocional
  • B. resultado do treino e reprodução de obras de arte
  • C. processo de sensibilização e criação singular
  • D. conhecimento dos estilos e sondagem de talentos
  • E. produto das culturas e parte da história

Segundo Martins, Picosque e Guerra (1998), o trabalho com projetos possibilita sintonizar os conteúdos que queremos ensinar com aqueles trazidos pelos aprendizes (...) ampliando e aprofundando o conhecimento em arte, alimentando o questionamento, a dúvida as possíveis soluções e o prazer de estar vivo no processo de aprender e ensinar.

Com isto, as autoras propõem um processo de ensino-aprendizagem em Arte sob a ótica de projetos em ação e, como tal trabalho caracteriza-se como um “vir-a-ser”, ele permite o desenvolvimento, entre outras, das seguintes habilidades:

  • A. simplificar, sistematizar e justificar
  • B. classificar, ordenar e valorar
  • C. teorizar, coordenar e liderar
  • D. propor, discutir e decidir
  • E. relacionar, identificar e conceituar

De acordo com Martins etalii (1998), uma avaliação é uma bússola de excelente qualidade para o professor se orientar. Ela é um diagnóstico dos alunos, do professor e do assunto tratado. É ponto de chegada e de partida; é meio, começo, fim e reinício.

As autoras relacionam, na avaliação em Arte, uma série de “pontos de chegada”, dentro de cada linguagem específica, a partir de três campos conceituais que subsidiam o trabalho em arte. Esses campos conceituais foram denominados como:

  • A. criação/produção; percepção/análise; conhecimento da produção artístico-estética
  • B. conteúdo/habilidade; objetivo/competência; destreza no uso de instrumentos
  • C. objetivo geral/específi co; comportamento/atitude; identificação dos estilos estéticos
  • D. leitura/fruição; aprimoramento/aprofundamento; julgamento da qualidade artística
  • E. história/contexto; produto/resultado; evolução do gosto estético

Segundo Vygotsky (apud Martins et alii, 1998), a imaginação criativa não é um dom ou talento especial. Portanto, valorizar a criatividade nas aulas de Arte seria proporcionar aos alunos uma variedade de experiências sensíveis, desenvolvendo a capacidade presente na espécie humana de organizar novas combinações a partir de:

  • A. elementos da realidade que dispõem
  • B. técnicas observadas nas grandes obras de arte
  • C. referências presentes na história da arte
  • D. memórias de emoções de cada aluno
  • E. dados teóricos transmitidos pelo professor
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