Questões de Conhecimentos Técnicos de um determinado Cargo/Área da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Com a constituição das escolas de circo fora da lona, a partir do final da década de 1970, outros debates sobre o fazer circense entraram em cena. A alternativa que melhor reproduz o processo histórico do surgimento das escolas de circo e os novos modos de formação profissional é:

  • A. a partir das escolas de circo, a maioria dos alunos que ali estudaram não tinham nascido em famílias circenses denominadas tradicionais. Ao aprenderem algumas técnicas e práticas, iniciaram um modo de fazer espetáculo que se diferenciava completamente do anterior, e se designaram como parte do denominado “circo novo ou novo circo”. A maioria deles foi trabalhar nas lonas circenses existentes como forma de aprendizagem;
  • B. ao aprenderem técnicas e práticas circenses, vários alunos das escolas de circo não tiveram os picadeiros dos circos itinerantes de lona como referência de lugar de trabalho. A distância entre eles e os artistas tradicionais tornou-se ainda maior, pois, além de não estarem à sua altura, profissionalmente, sua formação se deu com professores estrangeiros e universitários, o que aumentou a distância entre eles;
  • C. os alunos das escolas de circo fora da lona constituíram-se em grupos e trupes de artistas autônomos. Ocuparam diversos espaços nas cidades, o que os diferenciou do processo histórico circense anterior, que, durante toda a sua história, só trabalhou sob lonas, toldos, carpas, agora substituídos por material plástico não inflamável. Os tradicionais nunca ocuparam todas as possibilidades do espaço urbano, como os do circo novo;
  • D. o conceito de circo novo ou novo circo foi autodesignado pelos artistas oriundos de escolas de circo até pelo menos o final dos anos 1990. No início do século XXI, os artistas que não tinham como origem a família tradicional circense assumiram a denominação de circo contemporâneo, ou seja, o contemporâneo só faz referência ao fato de não serem esses profissionais membros da “família”;
  • E. o circo itinerante de lona ou tradicional, até o final da década de 1970, constituía-se em uma escola única e permanente, ou seja, durante três séculos formou e capacitou integralmente todos os produtores da linguagem circense, que dominavam cada etapa dessa produção. A organização do processo de formação/aprendizagem em escolas de circo fora da lona foi de fato um movimento novo para a história do circo no mundo, formando novos sujeitos históricos circenses.

A formação do profissional circense tem no corpo do próprio artista um de seus principais pilares, sendo por isso fundamental a manutenção das condições psicofísicas adequadas. Nesse sentido, cabe aos profissionais responsáveis pela formação dos artistas circenses:

  • A. realizar exames médicos periódicos, visando monitorar a saúde dos artistas em formação, de modo a prevenir as desistências relacionadas a lesões durante o treinamento;
  • B. contribuir para a incorporação de hábitos que ajudem a manutenção da saúde, como não fumar, reservar tempo para o descanso adequado e realizar alongamentos cotidianamente;
  • C. selecionar unicamente os ingressantes que demonstrem condições físicas ótimas e talentos especiais, dadas as demandas físicas e psíquicas específicas da atuação circense;
  • D. elaborar um sistema de treinamento focado no aumento da força e da resistência musculoesquelética, de modo a tornar o corpo do artista mais robusto;
  • E. ampliar o treinamento específico, minimizar os intervalos de férias e descanso, e intensificar a carga de treinamento diário, otimizando seu preparo físico.

Uma das principais características do circo moderno ainda muito presente na contemporaneidade é a estética do risco. Esse modelo estético representa:

  • A. alto grau de risco para os artísticas circenses;
  • B. necessidade de experiência prévia em esportes de alta performance;
  • C. oportunidade de criação e concepção do espetáculo;
  • D. alta incidência de lesões durante a formação dos artistas circenses;
  • E. necessidade de que os artistas sejam valentes e destemidos.

O malabarismo está presente na sociedade ocidental há séculos, tendo seu espaço garantido nos espetáculos circenses. De um modo geral, o malabarismo pode ser definido como:

  • A. conjunto de práticas em que o artista utiliza diferentes materiais para mostrar amplo domínio do capacidade de equilíbrio e força;
  • B. arte que envolve um amplo domínio sobre ações motoras complexas de manipulação de objetos, cuja virtuoso se mede pela capacidade de manter os objetos em equilíbrio;
  • C. pesquisa de materiais e formas de manipulação que permitam a elaboração de uma relação corpo-objeto (s) inovadora e passível da apreciação externa;
  • D. D) sucessão de lançamentos e agarres (recepções) que, em conjunto, formam um número de manipulação, buscando o domínio do maior número de objetos;
  • E. arte de equilibrar múltiplos objetos simultaneamente e combinar os lançamentos e as recepções.

A segurança representa um tema central no debate sobre a formação dos artistas circenses. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir, considerando V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):

I. Embora existam diferentes tecnologias que auxiliam no controle de riscos, e, por tanto, a manutenção da segurança, os acidentes ainda são mais frequentes do que o desejado.

II. O emprego de instrumentos que aumentem a segurança dos artistas influenciam negativamente a qualidade técnica e estética do espetáculo, pois compromete a atuação do artista;

III. É preciso evitar as modalidades aéreas, uma vez que produzem os acidentes mais graves.

A sequência correta é:

  • A. V, F, F;
  • B. V,V, F;
  • C. F,V, F;
  • D. F, F,V;
  • E. V,V,V.

Embora não seja um tema recente, foi principalmente a partir das últimas duas décadas que o ensino do circo alcançou maior destaque como conteúdo programático de instituições educacionais (projetos sociais; escolas regulares; ONGs, universidades, etc.). Nesse sentido, o ensino das artes circenses para além das escolas profissionalizantes de circo pode:

  • A. converter-se numa ameaça à preservação da cultura e do legado circense;
  • B. impedir o aumento da qualidade artística, uma vez que essa abertura pode gerar uma avalanche de pseudo-artistas no mercado de trabalho;
  • C. significar um perigo para a integridade física dos “novos praticantes” uma vez que o próprio circense é o único profissional apto a lecionar os saberes próprios do circo;
  • D. estabelecer o diálogo com outros conhecimentos e ampliar os espaços de atuação profissional para os artistas circenses, sendo estes os únicos profissionais qualificados para esse tipo de atividade;
  • E. representar uma oportunidade de ampliar o conhecimento dessa linguagem e de fomento da cultura circense, bem como o diálogo com outros conhecimentos que fazem parte do processo educativo.

Durante séculos a construção dos materiais e equipamentos circenses foi realizada de modo artesanal e em pequena escala. Atualmente observamos o surgimento de algumas empresas (fabricantes e revendedoras) de diferentes implementos, modificando, em parte, o cenário acima descrito. Essa relação pode ser melhor compreendida se:

  • A. entendemos a construção artesanal como uma característica fundamental da arte circense, e que, apesar da atual oferta de distintos materiais industrializados, segue presente na rotina de muitos artistas circenses, permitindo, por exemplo, a criação de novas tecnologias e espetáculos;
  • B. consideramos que a construção artesanal ficou obsoleta e deve ser totalmente substituída pela produção industrial, que, por sua vez, é mais segura, mais ágil e de melhor qualidade;
  • C. percebemos um processo comum aos tempos modernos, que revela um diálogo constante entre formas consolidadas e outras recentes de produção técnica e tecnológica, sem esquecer que a maior acessibilidade a esse tipo de material e equipamento pode representar uma ameaça, por competir com os saberes dos profissionais circenses;
  • D. observamos a industrialização como a passagem de um período de precariedade para uma situação de conforto, de acesso a novas tecnologias e garantia de aumento da qualidade do espetáculo circense;
  • E. vemos uma radical diminuição dos circenses que continuam construindo equipamentos, o que resulta em maior dificuldade de acesso a materiais adequados, levando artistas brasileiros a adquirir equipamentos no exterior, com consequente aumento dos custos para a criação e a manutenção dos espetáculos.

Uma das dificuldades enfrentadas pelos circenses contemporâneos é a formação e a manutenção de trupes numerosas para a realização de números que exigem um grande contingente de artistas, como, por exemplo, a báscula russa ou o trapézio de voos. Sobre essa realidade, analise as afirmativas a seguir:

I. Sendo essa uma tendência mundial, é preciso considerar o fator econômico e fomentar números individuais ou com grupos formados por poucos artistas.

II. O Brasil nunca teve tradição em números de báscula russa e trapézio de voos, portanto este fenômeno não afeta as escolas de formação profissionalizante de circo.

III. O mercado do circo contemporâneo determina a produção artística, e neste caso, o desenvolvimento do circo deve focar os números que envolvam poucos artistas.

Assinale se:

  • A. somente I está correta;
  • B. somente II está correta;
  • C. somente III está correta;
  • D. I, II e III estão corretas;
  • E. nenhuma afirmativa está correta.

Quanto à formação do malabarista, analise as afirmativas a seguir, considerando F para a(s) falsa(s) e V para a(s) verdadeira(s):

I. Ao contrário do que acontece com o acrobata ou o aerialista (trapezista, por exemplo), a formação do malabarista requer menor atenção na preparação corporal e foco na pesquisa e elaboração do número.

II. Os malabaristas devem dedicar a maior parte do seu tempo treinando as técnicas específicas que o objeto e o projeto artístico requerem. O condicionamento físico acontecerá de modo natural, sem a necessidade de uma atenção especial.

III. O artista malabarista necessita de constante preparação corporal, que envolve alongamentos e condicionamento físico específico, aliado a outras atividades criativas e de formação expressiva.

A sequência correta é:

  • A. V, F, F;
  • B. V,V F;
  • C. F,V, F;
  • D. F, F,V;
  • E. F, F, F.

A formação do circense contemporâneo engloba um vasto conjunto de modalidades e técnicas, que podem ser agrupadas em: aéreos (trapézio fixo, trapézio de balaço, lira, tecido, trapézio de voos, argolas aéreas, passeio aéreo, ...); acrobáticas (mão-a-mão, báscula, cama-elástica, icários, parada mãos, ...); de manipulação (malabares com bolas, aros, claves, chapéus, laço, chicote; tranca, ...); de equilíbrio (arame fixo baixo, arame alto, corda bamba, perna-de-pau, monociclo, rola-rola, ...); palhaço (mímica, pantomima, ...); bem como um conjunto de modalidades hibridas (percha, mastro-chinês, bola-monociclo, ...). Dessa forma, os profissionais responsáveis por esse tipo de formação devem:

  • A. dominar o maior número de modalidades possível, de modo a garantir uma formação completa e a produção de números em todas essas especialidades;
  • B. garantir um excelente nível de qualidade no ensino de uma única modalidade, definida conforme o projeto político-pedagógico-artístico da instituição, e fomentar a ampliação dos conhecimentos por meio de intercâmbios, cursos intensivos, visitas técnicas, após a conclusão do curso;
  • C. propiciar o desenvolvimento de outro conhecimento, como, por exemplo, a dança, a maquiagem, a cenografia, mostrando que a formação do circense requer uma dedicação constante e prolongada, e não se restringe à escola profissionalizante;
  • D. focar numa formação especializada, isto é, numa única modalidade, construindo uma orientação individualizada desde o inicio da formação, ampliando assim as chances de que o profissional se destaque no mundo artístico;
  • E. E) fazer uso de sua competência para escolher os alunos com melhor capacidade de adequação aos seus interesses e à modalidade que estão mais preparados para ensinar durante o período da formação.
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