Questões sobre Crimes Contra a Administração da Justiça

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No que toca aos crimes contra a administração da justiça, acertado afirmar que

  • A. não configura coação no curso do processo usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em juízo arbitral.
  • B. não configura crime a conduta de provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de contravenção que sabe não se ter verificado.
  • C. configura favorecimento pessoal a conduta de auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de detenção.
  • D. não configura denunciação caluniosa dar causa à instauração de investigação policial contra alguém, imputando-lhe contravenção penal de que o sabe inocente.
  • E. configura o crime de autoacusação falsa a conduta de acusar-se, perante a autoridade, de contravenção penal inexistente ou praticada por outrem.

No crime de falso testemunho ou falsa perícia,

  • A. incide-se no crime quando a afirmação falsa é feita em juízo arbitral.
  • B. a conduta é tipificada quando realizada apenas em processo penal.
  • C. a retratação do agente, antes da sentença em que ocorreu o falso testemunho, é causa de diminuição de pena.
  • D. a pena aumenta da metade se o crime é praticado mediante suborno.

Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o escopo de vingar-se do seu desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, faz uma denúncia escrita de crime eleitoral perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo da inocência deste, apresentando- se como Moisés para não ser identificado. O Inquérito Policial é instaurado pela Autoridade Policial. Neste caso Xisto cometeu crime de

  • A. denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço.
  • B. comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, aumentada de um terço.
  • C. denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte.
  • D. comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, sem qualquer majoração.
  • E. denunciação caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração.

Quanto aos crimes contra a administração da justiça,

  • A. não tipifica denunciação caluniosa dar causa à ins- tauração de investigação policial ou de processo ju- dicial contra alguém, imputando-lhe contravenção penal de que o sabe inocente.
  • B. qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do delito de sonegação de papel ou objeto de valor probatório.
  • C. configura o delito de favorecimento pessoal o ato de auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que for cominada pena de deten- ção.
  • D. há tergiversação quando o advogado defende na mesma causa, simultaneamente, partes contrárias.
  • E. só o advogado pode ser sujeito ativo dos delitos de patrocínio infiel e exploração de prestígio.

Segundo disposição expressa da lei penal, quem insere na folha de pagamento, ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência so- cial, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório incorre nas penas cominadas ao delito de

  • A. sonegação de contribuição previdenciária.
  • B. falsificação de documento público.
  • C. uso de documento falso.
  • D. falsificação de documento particular.
  • E. falsidade ideológica.

Referente aos crimes contra a Administração da Justiça, é correto afirmar que o crime de

  • A. denunciação caluniosa é cometido por aquele que provoca a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado.
  • B. comunicação falsa de crime ou de contravenção é cometido por aquele que dá causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando- lhe crime de que o sabe inocente.
  • C. falso testemunho ou perícia é conduta atípica se praticado em juízo arbitral.
  • D. autoacusação falsa, ocorre quando o sujeito ativo acusa-se, perante a autoridade, de crime inexistente, sendo que se a autoacusação tratar-se de crime praticado por outrem, o crime será de calúnia.
  • E. coação no curso do processo pode ocorrer em processo judicial, policial, administrativo, ou em juízo arbitral.

Com relação ao crime de "Exercício arbitrário das próprias razões”, considere o artigo 345 do Código Penal:

Art. 345 - ...... justiça pelas próprias mãos, para satisfazer ...... , embora ...... , salvo quando ...... o permite.

Completa correta e, respectivamente, as lacunas da definição do tipo penal:

  • A. Fazer − objetivo − ilegítima − o juiz
  • B. Fazer − pretensão − legítima − a lei
  • C. Buscar − pretensão − lícita − o juiz
  • D. Fazer − pretensão − lícita − o juiz
  • E. Buscar − dívida − legal − a lei

No que concerne aos crimes contra a Administração da Justiça, é correto afirmar que

  • A. constitui crime de exploração de prestígio patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.
  • B. há delito de tergiversação se o advogado ou procurador judicial, sucessivamente, passa a defender na mesma causa interesses de partes contrárias.
  • C. constitui crime de patrocínio infiel solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
  • D. impedir arrematação judicial apenas constitui crime se houver fraude ou oferecimento de vantagem.
  • E. constitui favorecimento pessoal prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime.

A postura de profissional de advocacia que, atuando em causa própria de natureza penal, deixa de devolver processo para procrastinar o normal andamento pode configurar o delito de:

  • A. favorecimento pessoal;
  • B. favorecimento real;
  • C. fraude processual;
  • D. sonegação de papel ou objeto de valor probatório;
  • E. exercício arbitrário das próprias razões.

“X”, uma senhora idosa, foi presa em flagrante pela prática do crime de falsificação de documento público. Não ofereceu qualquer resistência à prisão, mas ainda assim foi algemada. Por hipótese, a conduta dos policiais que efetuaram a prisão de “X”

  • A. tipifica o crime de exploração de prestígio.
  • B. é prevista em lei, portanto, não configura crime.
  • C. tipifica o crime de exercício arbitrário ou abuso de poder.
  • D. tipifica o crime de violência arbitrária.
  • E. é polêmica, mas em razão da prisão em flagrante é considerada lícita.
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