Questões de Engenharia Agronômica do ano 2016

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No que se refere aos horizontes e sub-horizontes do perfil de um solo, assinale a opção correta.

  • A. O horizonte B latossólico, horizonte diagnóstico dos latossolos brasileiros, é um horizonte mineral raso, de coloração escura e com pouco grau de intemperismo.
  • B. No estudo de diagnóstico de solos, é essencial a dissociação entre os horizontes diagnósticos A e B, para que as características de um tipo não interfiram no outro.
  • C. Para a classificação do solo, são considerados os horizontes diagnósticos superficiais. Caso estes não estejam visíveis ou disponíveis, devem ser considerados os horizontes diagnósticos de subsuperfície.
  • D. Os horizontes diagnósticos superficiais são horizontes minerais, espessos, escuros e com saturação de base elevada.
  • E. O estudo de horizontes diagnósticos é um parâmetro diferencial na classificação dos solos caracterizados pela relação entre o teor de material orgânico e o teor de material mineral existentes nos horizontes A e B, respectivamente.

Acerca do estudo dos perfis de solos, assinale a opção correta.

  • A. Embora algumas características morfológicas do solo, como espessura, cor, textura, estrutura, consistência e transição entre os horizontes, sejam escolhidas para serem analisadas no estudo de cada horizonte ou camada do solo, elas são dispensáveis para a classificação deste.
  • B. No estudo do solo, a coleta de amostras precede a análise do perfil, a fim de se garantir que as amostras não sejam contaminadas durante o estudo do perfil do solo.
  • C. Classifica-se como latossolo amarelo distrófico antrópico um solo que tenha sido profundamente modificado por atividades humanas.
  • D. Uma trincheira deve ter dois metros de profundidade, medida que deve ser mantida para que se possam comparar os resultados de diversos estudos em que ela seja utilizada.
  • E. No campo, o solo é estudado a partir do seu perfil, ou seja, por meio de um corte vertical com profundidade preestabelecida não variável, não se devendo chegar até a rocha originária.

Com relação ao assoreamento de rios, assinale a opção correta.

  • A. O assoreamento que atinge barragens e corpos hídricos próximos a barragens causa redução da velocidade natural dos recursos hídricos, o que motiva o depósito gradual de sedimentos na jusante e(ou) montante de reservatórios.
  • B. Embora a diminuição da drenagem natural provocada pelo assoreamento de rios cause uma redução nos aquíferos, ela contribui para a contenção da poluição deles por materiais contaminados.
  • C. Embora se saiba que os desmatamentos generalizados promovem o assoreamento dos rios, a legislação brasileira isenta os proprietários de terra da manutenção das matas ciliares, que constitui uma forma efetiva de proteção dos recursos hídricos.
  • D. O aumento de ocorrências de enchentes no meio urbano indica presença e intensificação de assoreamento nos rios próximos às cidades. Entretanto, o agravamento do assoreamento dos rios próximos às cidades não aumenta as chances de ocorrerem enchentes no meio urbano.
  • E. O assoreamento não é considerado uma forma de poluição de rios e lagos, uma vez que é consequência de um processo erosivo natural.

Acerca da implementação de um SGA, assinale a opção correta.

  • A. As organizações realizam investimentos na questão ambiental, como a implementação de sistemas de gestão ambiental, pois o retorno financeiro dessas práticas ocorre em curto espaço de tempo.
  • B. A contratação de uma empresa certificadora para um SGA é dificultada para pequenas empresas devido aos seus elevados custos e à falta de alternativas para reduzi-los.
  • C. Na implementação de um SGA, é vetada às organizações a utilização de um sistema cooperativo em que cada participante reúna seus recursos financeiros e compartilhe os gastos e benefícios da implementação do sistema.
  • D. A disponibilização de recursos financeiros para possibilitar a adequação e melhoria da organização para a minimização dos impactos ambientais de determinadas atividades pode se tornar um problema na implementação de um SGA.
  • E. Apesar de requerer mudanças nas organizações, a implementação de um SGA costuma ser recebida positivamente pelo recurso humano envolvido no processo.

Em dezembro de 2014 o IBGE lançou o livro “O Censo entra em campo: o IBGE e a história dos recenseamentos agropecuários”. A publicação reúne artigos que fornecem uma visão abrangente da maneira como os censos agropecuários foram executados, tratando tanto de aspectos metodológicos quanto do contexto histórico e social. A nomenclatura clara dos termos técnicos utilizados é essencial para a interpretação indubitável dos resultados apresentados em cada recenseamento agropecuário publicado.

Na elaboração do item “Áreas dos estabelecimentos, segundo a sua utilização”, no último censo publicado, foram consideradas as seguintes categorias:

  • A. lavouras permanentes - lavouras temporárias - terras em descanso - pastagens naturais - pastagens plantadas - matas naturais - matas plantadas - terras produtivas não utilizadas - terras inaproveitáveis;
  • B. culturas intensivas - culturas extensivas - terras em descanso - pastagens naturais - pastagens plantadas - matas naturais - matas plantadas - terras produtivas não utilizadas - terras inaproveitáveis;
  • C. culturas permanentes - culturas temporárias - terras em descanso - pastagens naturais - pastagens plantadas - matas naturais - matas plantadas - terras produtivas não utilizadas;
  • D. lavouras permanentes - lavouras temporárias - culturas intensivas - culturas extensivas - pastagens naturais - pastagens plantadas - matas naturais - matas plantadas - terras produtivas não utilizadas;
  • E. lavouras permanentes - lavouras temporárias - terras em descanso - pastagens naturais - pastagens plantadas - matas naturais - terras produtivas não utilizadas - terras inaproveitáveis.

No último censo agropecuário publicado, todas as categorias do item “Áreas dos estabelecimentos, segundo a sua utilização” foram definidas de forma clara para evitar diferentes interpretações.

Nesse sentido, a definição de lavouras ou culturas temporárias e permanentes, além da necessidade ou não de novo plantio após cada colheita, respectivamente, considera que:

  • A. a categoria ‘permanente’ não inclui as áreas ocupadas para viveiro de mudas de culturas permanentes e a categoria ‘temporária’ inclui as áreas ocupadas com plantas forrageiras destinadas ao corte;
  • B. a categoria ‘permanente’ inclui as áreas ocupadas para viveiro de mudas de culturas permanentes e a categoria ‘temporária’ inclui as áreas ocupadas com plantas forrageiras destinadas ao corte;
  • C. a categoria ‘permanente’ não inclui as áreas ocupadas para viveiro de mudas de culturas permanentes e a categoria ‘temporária’ não inclui as áreas ocupadas com plantas forrageiras destinadas ao corte;
  • D. a categoria ‘permanente’ inclui as áreas ocupadas para viveiro de mudas de culturas permanentes e a categoria ‘temporária’ não inclui as áreas ocupadas com plantas forrageiras destinadas ao corte;
  • E. a definição de cada uma das categorias varia conforme as características de produção em cada região do território nacional.

De um modo geral a humanidade dispôs, ao longo do tempo, de 4 estratégias para a melhoria da performance de plantas em cultura – mudanças ambientais, mudanças genéticas, poda e fitorregulação química.

Nesse contexto, pode-se considerar que:

  • A. as quatro estratégias sempre foram utilizadas, conscientemente, pelo homem no manejo da produção vegetal;
  • B. mudanças genéticas e regulação química podem levar a resultados semelhantes, sendo que a primeira estratégia traz resultados mais rápidos e permanentes, e a segunda é mais lenta, com resultados temporários;
  • C. nenhuma das demais estratégias pode substituir a fitorregulação química;
  • D. todo hormônio vegetal é um fitorregulador porém nem todo fitorregulador é um hormônio vegetal;
  • E. não é possível a ocorrência de interação entre estratégias no manejo de produção vegetal.

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura. O estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares.

Sobre o tema, é correto afirmar que:

  • A. são analisados exclusivamente os parâmetros climáticos, a partir de uma metodologia validada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e adotada pelo Ministério da Agricultura;
  • B. os estudos de zoneamentos agrícolas de risco climático contemplam um terço (1/3) de todas as unidades da Federação;
  • C. o Zoneamento Agrícola de Risco Climático foi usado pela primeira vez na safra de 1996 para a cultura do arroz. Recebe revisão anual e é publicado na forma de portaria no Diário Oficial da União e no site do MAPA;
  • D. são quantificados os riscos climáticos envolvidos na condução das lavouras que podem ocasionar perdas na produção. Esse estudo resulta na relação de municípios indicados ao plantio de determinadas culturas, com seus respectivos calendários de plantio;
  • E. para fazer jus ao Proagro, ao Proagro Mais e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural, o produtor deve observar as recomendações desse pacote tecnológico, embora os agentes financeiros não condicionem a concessão do crédito rural ao uso desse zoneamento.

O solo, mesmo quando detentor de adequada fertilidade natural, tende a apresentar, após cultivos sucessivos, diminuição em sua capacidade de fornecimento de nutrientes e demais elementos benéficos em quantidade necessária para a manutenção dos níveis de produtividade das lavouras. Para evitar que ocorra redução da disponibilidade de nutrientes, deve-se:

  • A. proceder a correção, manutenção ou aumento da fertilidade do solo, de forma eficiente, através da inoculação de plantas com fungos micorrízicos arbusculares (FMA), tanto em culturas anuais quanto perenes;
  • B. aplicar corretivos e adubos orgânicos e/ou minerais, de forma eficaz, adotando práticas de manejo que preserve as características físicas, químicas e biológicas do solo, considerando o ajuste às condições climáticas, com base na temperatura média anual, para cada região produtiva;
  • C. utilizar calcário, gesso agrícola e silicatos de cálcio, independentemente dos teores de alumínio e do nível de acidez, uma vez que a calagem contempla plenamente a necessidade nutricional das culturas;
  • D. utilizar modelos de manejo da fertilidade do solo que pressupõem redução da poluição da água e do solo, através da seleção de cultivares de alta produtividade e do uso de insumos “modernos”, tais como adubos minerais, defensivos agrícolas e sistemas de irrigação que garantam, no mínimo, a manutenção da produtividade;
  • E. otimizar a eficiência agronômica dos nutrientes nos sistemas de produção, através de práticas que potencializem a fertilidade do solo, como a manutenção da palhada sobre o solo, a rotação de culturas, o plantio de espécies fixadoras de nitrogênio e a reciclagem de nutrientes, sobretudo de resíduos agrícolas e agroindustriais.

Estima-se que a domesticação de plantas teve início entre 10.000 e 11.000 anos atrás, sendo as culturas anuais e bienais as primeiras a serem domesticadas. As plantas perenes foram por muito mais tempo exploradas na forma extrativista, atividade que perdura até hoje em muitos locais. Além dessa classificação as culturas vegetais de importância econômica também podem ser classificadas a partir de outros critérios, com base em diferentes parâmetros. Com relação às diferentes formas de classificação das culturas de importância econômica, é correto afirmar que:

  • A. as culturas hortícolas se caracterizam por reunir espécies botânicas que constituem lavouras temporárias, com ciclos produtivos de até dois anos em sistemas intensivos de produção;
  • B. as grandes culturas, também conhecidas como culturas extensivas ou culturas de campo, se caracterizam por lavouras permanentes, de ciclos perenes em sistemas extensivos de produção;
  • C. as culturas hortícolas se caracterizam pelo caráter intensivo de produção, que permite rentabilidade em áreas de pequenas dimensões e é constituída por espécies cuja produção individual de uma planta tem valor de mercado;
  • D. as culturas hortícolas e as grandes culturas se diferenciam pela dimensão da área utilizada para produção comercial, pelo sistema de produção empregado e pelo ciclo de produção de cada cultura;
  • E. as grandes culturas apresentam expressão comercial quando plantadas em grandes áreas, exclusivamente, com plantas de ciclo perene.
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