Questões de Engenharia Agronômica do ano 2016

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Produtividade agrícola constitui a expressão da produção vegetal em quantidade, por unidade de área e por unidade de tempo. Ao explorar uma propriedade rural, a intenção do produtor é aliar maiores rendimentos aos menores custos. Em qualquer situação, a produtividade obtida é resultante da ação integrada e simultânea dos fatores que compõem cada agroecossistema.

Considerando que planta, solo, clima e manejo são os principais fatores que afetam a produtividade agrícola, é correto afirmar que:

  • A. em caso de diferenças marcantes entre a produtividade obtida e a produtividade potencial, deve-se identificar as razões para tal e ajustar as estratégias de produção;
  • B. uma vez garantidas as condições ideais dos principais fatores que afetam a produtividade de uma cultura, nada poderá comprometer o sucesso da lavoura;
  • C. em ambiente protegido, as culturas apresentam maior produtividade do que em condições de campo;
  • D. o vigor híbrido, decorrente da propagação por via sexuada, garante o melhor desempenho na produção vegetal;
  • E. a utilização de cultivares de alta produtividade é a condição primordial para superar fatores limitantes para uma lavoura lucrativa.

Sob o ponto de vista agronômico, solo é a cobertura superficial da crosta terrestre, constituída por material mineral e orgânico, com capacidade de armazenar água e ar e de fornecer suporte ao crescimento de plantas e de outros organismos. Por ser um recurso natural, as características dos solos variam com o tempo, caracterizando um sistema dinâmico em constante transformação. Portanto, sua formação e suas propriedades dependem de outros fatores além do tempo, dentre os quais se destacam:

  • A. textura, estrutura, densidade e capacidade de retenção de água e ar;
  • B. material de origem, modificações antrópicas, relevo e clima;
  • C. modificações antrópicas, textura, relevo e clima;
  • D. textura, estrutura, porosidade e clima;
  • E. material de origem, relevo, clima e organismos.

O perfil do solo é uma sequência de horizontes e/ou camadas resultantes de fatores e mecanismos de formação. Os horizontes, mais evoluídos do que as camadas, apresentam maior diferenciação na cor, textura ou desenvolvimento de estrutura. Horizontes e camadas apresentam características químicas, físicas e biológicas específicas, cujo conjunto define o perfil do solo. Os horizontes e as camadas são representados por letras maiúsculas e constituem a base de classificação dos solos.

Aquele que apresenta maior expressão de características para a classificação da maioria dos solos, conhecido como horizonte diagnóstico é denominado:

  • A. horizonte ou camada H;
  • B. horizonte A;
  • C. horizonte B;
  • D. horizonte ou camada O;
  • E. horizonte D.

Desde a Revolução Industrial, muitas inovações da engenharia têm modificado profundamente as atividades humanas, incluindo a agricultura. Entretanto, o desenvolvimento tecnológico ainda não permite a redenção energética das fontes de energia não renováveis, para o agricultor em geral, de forma que a produção de alimentos seja majoritariamente dependente de fontes renováveis de energia, tais como:

  • A. sol, vento, queda d’água, gás natural e esterco;
  • B. sol, vento, queda d’água, biomassa e oscilação das marés;
  • C. biomassa, madeira reflorestada, carvão mineral, turfa e gradientes térmicos dos oceanos;
  • D. sol, vento, biogás, xisto e biomassa;
  • E. biomassa, xisto, turfa, carvão mineral e queda d’água.

A energia solar está presente em todas as partes do planeta, sendo o sol uma fonte não poluente, praticamente inesgotável. Entretanto a energia solar apresenta-se de forma dispersa e com baixa densidade energética, sendo necessário concentrá-la pela exposição direta ou através do dimensionamento de painéis solares fotovoltaicos, que produzirão energia elétrica para diversas finalidades, inclusive na agricultura.

Dois parâmetros são importantes para a exploração da energia solar na agricultura:

  • A. o índice de insolação e a intensidade da irradiação solar que atinge a Terra;
  • B. os ventos e a poluição do ar;
  • C. o índice pluviométrico e a pressão atmosférica;
  • D. índice pluviométrico e a pressão atmosférica;
  • E. a qualidade da radiação solar que atinge a terra e a intensidade de partículas em suspensão na atmosfera.

A ciência e a prática da Agronomia devem dosar e balancear a quantidade de produto obtido, o impacto no meio ambiente e o benefício social da atividade. É necessário garantir para as gerações futuras um ambiente propício à produção de alimentos. Esse é o corolário do conceito de desenvolvimento sustentável.

Sobre as principais culturas produzidas no Brasil, é correto afirmar que:

  • A. o povo brasileiro é o que mais aprecia e consome feijão, sendo produzidos no país diferentes materiais genéticos em diversas regiões produtoras, predominando os gêneros Phaseolus e Vigna, sendo que o feijão comum Phaseolus vulgaris é o mais produzido e consumido. Por ser nativo do nosso país, o feijão comum já era cultivado pelos indígenas brasileiros antes da chegada da colonização europeia. Pertencem a essa espécie o feijão preto, o carioca, o manteiga, o mulatinho, o branco e várias outras cultivares de preferência regional;
  • B. a mandioca é a mais brasileira e versátil de todas as culturas, não só pela sua origem e domesticação no país, sendo plantada em todo o território nacional e consumida por todas as classes sociais, como também pela sua fácil propagação vegetativa, elevada tolerância a períodos de estiagem, boa produção em solos de baixa fertilidade e com pouca adubação, além de apresentar alta resistência a pragas e doenças, dispensando o uso de agrotóxicos, apesar de todas as cultivares apresentarem toxicidade, causada por quatro tipos de glicosídeos cianogênicos, facilmente eliminados pelo aquecimento;
  • C. a civilização ocidental é completamente dependente do milho. No caso de interrupção de sua produção e oferta, por um período de uma ou duas safras, projetam-se resultados alarmantes, como crises em toda a cadeia agroalimentar e no sistema financeiro internacional, uma vez que, além de ser alimento básico para muitos países pobres em todo o mundo, a produção animal também seria afetada, principal fonte de proteína para os países ricos do ocidente. Assim como a mandioca e o feijão, o milho é cultivado em todo o território nacional, a partir das sementes produzidas na própria lavoura, independentemente do sistema de produção utilizado;
  • D. o Brasil é um grande exportador de soja, cultura que gera divisas vultosas, da ordem de bilhões de dólares, sendo o grande motor do agronegócio brasileiro. Além de manter milhares de empregos diretos ou indiretos, a prosperidade decorrente dessa commodity tem impulsionado também o setor industrial, trazendo grandes benefícios para a agricultura e a economia nacional, de forma sustentável e socialmente responsável;
  • E. as culturas do feijão, da mandioca, do milho e da soja são estrategicamente relevantes para o conjunto da população brasileira, não só por sua importância na alimentação humana e animal, como também por seu impacto positivo na economia, desenvolvimento industrial e social, além de serem, no nosso país, exploradas com base nas boas práticas de produção agrícola comprometidas com o desenvolvimento sustentável.

A partir dos anos 1970, o Brasil iniciou um desafio que resultou, trinta anos depois, no completo domínio tecnológico de uma cultura que se tornou sua mais importante commodity agrícola. Ao longo desse tempo, a cultura da soja foi alvo de intensa pesquisa científica e tecnológica, através do uso experimental de novas técnicas e metodologias, base do sucesso e da competitividade internacional de seus produtos. Dentre as resultados obtidos nas pesquisas, destaca-se a possibilidade do plantio da cultura em todas as regiões do país, através da utilização de:

  • A. manejo integrado de pragas (MIP);
  • B. controle biológico de insetos;
  • C. inoculantes com bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico;
  • D. melhoramento genético que permitiu a obtenção de cultivares com período juvenil longo;
  • E. manejo artificial do comprimento do dia em condições de campo.

A olericultura é a arte ou ciência relacionada ao ensino, pesquisa, desenvolvimento e aplicação de tecnologias de produção intensiva de hortaliças que, apesar de se caracterizarem pelo cultivo em áreas menores em relação às grandes culturas, em alguns casos são exploradas de forma extensiva no Brasil, como por exemplo:

  • A. o tomate in natura, pela sua grande demanda na culinária nacional;
  • B. o milho-doce, para consumo in natura como espiga cozida;
  • C. o alho-poró, para uso industrial em sopas desidratadas;
  • D. a salsa e cebolinha, para a produção de cheiro verde;
  • E. o café, para produção de cápsulas.

Na propagação vegetativa de plantas por estaquia, o uso de fitorreguladores químicos, de natureza exógena, ainda é incipiente para diversas culturas, apesar de a experimentação indicar resultados promissores em alguns casos. Muitas vezes os produtos comerciais, já formulados, não contemplam as indicações propostas pela pesquisa experimental, ou a própria experimentação precisa ser desenvolvida junto a cada unidade produtora, levando em consideração as plantas matrizes disponíveis e o próprio ambiente de produção. Nesses casos, o técnico responsável precisa formular ou orientar a formulação da solução ou dispersão a ser utilizada na propriedade.

Considerando o princípio ativo de ácido indolbutíricobb (AIB), comercial, com elevado grau de pureza, é correto afirmar que, para preparar:

  • A. 1 litro de solução estoque na concentração de 20%, é necessário solubilizar 10g do AIB em KOH 1N, com volume suficiente para dissolver os cristais do princípio ativo, sob agitação, e complementar o volume final com água destilada + etanol (50%), devendo ser armazenada em ambiente opaco e refrigerado, só sendo retirada para preparo de soluções de trabalho;
  • B. 100 ml de solução de trabalho a 2000 ppm, a partir de solução estoque na concentração de 20%, é necessário diluir uma alíquota de 10 ml em 90 ml de água destilada, que deverá ser utilizada de imediato, ou armazenada em ambiente opaco e refrigerado;
  • C. 50 g de dispersão a partir do AIB comercial na concentração de 2000 ppm, é necessário solubilizar 50 mg do AIB em KOH 1N, com volume suficiente para dissolver os cristais do princípio ativo e, sob agitação, adicionar acetona e o ingrediente inerte em pó (talco puríssimo de Veneza ou pó de carvão), até formar uma calda homogênea, deixando evaporar a acetona, em ambiente protegido, até a secagem total da formulação que poderá ser utilizada de imediato ou armazenada em ambiente opaco e refrigerado;
  • D. 100 ml de solução de trabalho a 2000 ppm, a partir de solução estoque na concentração de 20%, é necessário diluir uma alíquota de 40 ml em 60 ml de água destilada, que deverá ser utilizada de imediato, ou armazenada em ambiente opaco e refrigerado;
  • E. 50 g de dispersão a partir do AIB comercial na concentração de 2000 ppm, é necessário solubilizar 100 mg do AIB em volume de KOH 1N, suficiente para dissolver os cristais do princípio ativo e, sob agitação, adicionar acetona e o ingrediente inerte em pó (talco puríssimo de Veneza ou pó de carvão), até formar uma calda homogênea, deixando evaporar a acetona, em ambiente protegido, até a secagem total da formulação que poderá ser utilizada de imediato ou armazenada em ambiente opaco e refrigerado.

A maior área plantada com grandes culturas no Brasil é ocupada por soja, milho, cana-de-açúcar, mandioca e arroz, sendo que nas culturas que ocupam de 250 mil a 1 milhão de hectares os grandes destaques são o milho forrageiro e o algodão. Sobre o tema, é correto afirmar que:

  • A. a mandioca e o arroz destinam-se somente ao mercado interno, sendo produzidos em pequenas proporções por pequenos agricultores familiares de várias regiões do país;
  • B. grande parte dos produtos da lavoura de soja, campeã de área plantada no Brasil e no mundo, destina-se à exportação. No mercado interno, a soja é usada, principalmente, para produção de ração para suínos e aves;
  • C. a cana-de-açúcar, embora ocupe a segunda posição em área plantada no país, destaca-se pelo volume de produção e pela homogeneidade da produtividade em todo o território nacional;
  • D. a área plantada com algodão herbáceo tem se mantido estável nas últimas duas décadas, apesar da queda da produtividade decorrente da praga do bicudo;
  • E. diferentemente do milho em grão, o milho forrageiro é destinado exclusivamente à pecuária, para a alimentação de gado leiteiro e de corte, sobretudo na forma de silagem, que utiliza a planta integralmente, antes da maturação completa dos grãos.
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