Questões de Engenharia Agronômica da Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (FUNCAB)

Ao se fazer um corte vertical num solo, em condições naturais, observa-se sua formação em camadas superpostas, denominadas horizontes. A seção que compreende os vários horizontes componentes do solo é conhecida como perfil. Sendo o perfil de um solo normal, geralmente, formado pelas camadas superpostas A, B e C, as camadas A e B são denominadas zonas de:

• A.

  iluviação, presenteemtodos os solos.

• B.

  transição, presente ou não nos solos.

• C.

  lixiviação, presente em todos os solos.

• D.

  eluviação, presente ou não nos solos.

• E.

  mutação, presente em todos os solos.

O solo possui poros de diferentes formas e dimensões, que imprimem uma característica peculiar em cada solo. A fração do solo que mais decisivamente determina sua peculiaridade física, em função de ser a fração mais ativa nos processos físico-químicos, é a argila. Esta característica deve-se a sua:

• A.

  menor densidade aparente.

• B.

  maior porosidade aparente.

• C.

  menor peso específico.

• D.

  maior área específica.

• E.

  maior volume aparente.

A determinação do pH do solo é feita em suspensão de terra em água, na relação 1:2,5 usando elétrodos de vidro e referência. A determinação em solos de baixo poder-tampão, solos arenosos com baixos teores de matéria orgânica, pode oferecer problemas, principalmente se o pH for elevado. Nestes casos, para acelerar a obtenção do equilíbrio, recomenda-se:

• A.

  movimentar o elétrodo na suspensão.

• B.

  diminuir a relação da suspensão de terraemágua.

• C.

  manter a suspensão em repouso até condensar.

• D.

  alternar as determinações em períodos curtos.

• E.

  agitar a solução e mintervalos estabelecidos.

Entende-se por uso racional de adubos a aplicação dos fertilizantes em consonância com a fertilidade do solo e as necessidades das plantas. A formulação do adubo a ser utilizado deve levar em consideração, além da racionalização, os custos elevados dos elementos nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K).O cálculo da quantidade de elementos na formulação dos adubos deve levar em conta o teor do nutriente na formulação química. Dessa forma, considerando a fórmula de uma mistura igual a 4 – 14 – 8, será necessária a seguinte quantidade, em quilos, de superfosfato simples com 20% de fósforo, para preparar 1.000 kg de adubo:

• A.

  140.

• B.

  280.

• C.

  700.

• D.

  840

• E.

  1400.

Para ser absorvido pela planta é necessário que um nutriente, que se encontrar na solução do solo, em contato com a superfície ativa do sistema radicular, esteja na forma passível de absorção e utilização pela planta. O transporte de nutrientes do solo às plantas ocorreemfunção dos seguintes processos:

• A.

  convecção, fluxo de volume e adsorção radicular.

• B.

  propagação, lixiviação direcional e dessorção radicular.

• C.

  infiltração, escoamento superficial e osmose radicular.

• D.

  condução, infiltração de soluto e aderência radicular.

• E.

  difusão, transporte de massa e interceptação radicular.

Através dos estômatos entra o gás carbônico (CO ) que participa da fotossíntese, síntese de açúcares realizada à custa da energia solar. As plantas que seguem o ciclo fotossintético de carboidratos com a formação do PGA são denominadas plantas C3; as que produzem o malato são denominadas C4 e as plantas que apresentam outro sistema de fixação do CO são denominadas CAM. Entre as CAM podem-se destacar as:

• A.

  curcubitáceas.

• B.

  malváceas

• C.

  solonáceas.

• D.

  clusiáceas.

• E.

  crassuláceas.

Respeitando os limites específicos, quanto mais a planta interceptar a radiação solar maior poderá ser a fotossíntese e, consequentemente, a produtividade. A interceptação da radiação solar está relacionada com o índice de área foliar (IAF), que, para a cultura do arroz, deve estar entre 5 e 6 para a obtenção de uma máxima produtividade. A adubação nitrogenada é o fator mais marcante no aumento do IAF da cultura do arroz, graças ao aumento do número e do tamanho, respectivamente, de:

• A.

  perfilhos e folhas.

• B.

  panículas e cachos.

• C.

  colmo e radículas.

• D.

  rácimos e espiguetas.

• E.

  glumas e pedículos.

A planta de milho apresenta uma característica que decorre principalmente do ajuste osmótico, considerado um dos mais eficazes para a manutenção da turgescência celular, o que favorece a manutenção da abertura estomática e da fotossíntese sob condições de baixo potencial hídrico no solo. Esta particularidade é denominada:

• A.

  anisofilia

• B.

  anídrico

• C.

  anidrose.

• D.

  aniso-hídrico.

• E.

  anisótropo.

A alta produtividade da planta de milho é decorrente de seu eficiente mecanismo fotossintético. Contudo, a despeito desta eficiência, existem duas características intrínsecas às plantas de milho que podem contribuir para a diminuição potencial da intercepção de luz pelas folhas e o consequente comprometimento da produtividade. São elas:

• A.

  disposição das folhas e manutenção do pendão inativo.

• B.

  adensamento da cultura e tamanho da planta.

• C.

  espaçamento das plantas e orientação do plantio.

• D.

  encurtamento do dia e incidência de ventos.

• E.

  temperatura diária e incidência solar.

A cultura de milho é caracterizada pela fecundação cruzada, com cerca de apenas 3% de autofecundação. O grão de pólen germina logo após o seu contato com o estigma, desencadeando o desenvolvimento do tubo polínico no estigma, com posterior fecundação do óvulo em sua base. A liberação do pólen começa ao nascer do sol e reduz-se em função da seguinte condição psicrométrica:

• A.

  baixa temperatura.

• B.

  alta razão de mistura.

• C.

  baixa umidade relativa.

• D.

  alta pressão de vapor.

• E.

  baixa entalpia.