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Dentre as forças indutoras de mudanças em comunidades ecológicas, as ações humanas se tornaram uma das mais fortes. Para a compreensão mais precisa dos efeitos dessas ações, ecólogos têm destacado a necessidade da proposição de modelos ecológicos que, por exemplo, descrevem os processos de mudanças na composição de espécies ao longo do tempo. Para isso, vários estudos têm sido realizados.
Leia atentamente os relatos de três desses experimentos:
− Poços e lagos recém-formados e isolados foram colonizados por anfíbios com grande rapidez após a erupção do Monte Santa Helena (EUA), ocorrida em 1980. A riqueza de espécies de anfíbios aumentou por 10 anos consecutivos, mas nunca atingiu os valores pré-erupção. Esse índice permaneceu estável por mais 6 anos, com um pequeno declínio nos últimos 4 anos.
− Uma enchente destruiu a maioria dos organismos de um riacho do deserto do Arizona (EUA). Em apenas 20 dias após esse distúrbio, a diversidade de algas atingiu valores máximos. Já a diversidade de invertebrados demorou entre 30 e 40 dias para atingir um máximo. Tanto a diversidade das algas quanto a dos invertebrados declinou após atingirem os valores mais elevados do período de estudo.
− Aberturas experimentais de espaços em costões rochosos do sul da Califórnia provocaram a colonização de várias espécies de algas vermelhas. Apesar do elevado número de espécies detectadas logo após terem sido abertos os espaços, foi observado um declínio deste índice. A causa foi a dominância gradual e consequente exclusão competitiva exercida por uma única espécie sobre as demais.
Considerando a instalação de uma represa e o impacto decorrente da inundação sobre comunidade de peixes, as descrições dos três experimentos e o conhecimento da Ecologia sobre a dinâmica das comunidades, é correto afirmar:
As previsões dos impactos na ictiofauna são fundamentadas no conceito de capacidade de suporte.
As interações entre espécies de peixes não afetam os padrões de dominância da comunidade.
A nova composição da ictiofauna será independente do grau de destruição provocado pela inundação.
A elevação da diversidade de peixes pode ter sido consequência do impacto da inundação.
As alterações na riqueza e dominância de espécies não afetam os índices de diversidade de peixes.
Em relação ao meio aquático, é correto afirmar:
A utilização de análises de sedimento como indicadora dos níveis de poluição de ecossistemas aquáticos tem uso restrito, pois os contaminantes lá acumulados tendem a permanecerem isolados quimicamente, não influenciando o metabolismo do sistema como um todo.
Processos de degradação de rios e lagos não tendem a afetar a qualidade da água dos aquíferos subterrâneos, pois estes, independentemente de seus contextos geomorfológicos e geológicos, estão praticamente isolados dos ambientes lóticos e lênticos.
Embora os potenciais de água subterrânea em bacias sedimentares costeiras sejam elevados, há um processo de degradação de qualidade da água desses sistemas nas áreas urbanas e metropolitanas, dada a exploração intensiva e desordenada desse recurso.
A substituição de florestas por áreas de agricultura pode gerar efeitos de longo alcance em riachos, tais como redução da produtividade das plantas desses ecossistemas e alterações nas características de seus leitos, que passam a acumular sedimentos mais grossos.
Represas em regiões tropicais estariam sujeitas à acentuada estratificação química do oxigênio, mas isto não ocorre dada a alta produtividade fitoplanctônica propiciada pelas altas taxas de luminosidade incidente sobre estes tipos de corpos dágua.
Em nenhum dos pontos amostrados no estudo constatou-se possibilidade de risco para saúde humana de acordo com os padrões federais estabelecidos legalmente para potabilidade.
Os dados indicam existência de possível correlação negativa entre processo de eutrofização em curso nos corpos dágua amostrados e os valores máximos de microcistinas nos pontos amostrados.
A legislação federal de potabilidade de água prevê maior probabilidade de ocorrência de cianobactérias em mananciais com menores teores de nitrogênio e fósforo.
Nos pontos onde foi registrada não conformidade com parâmetros legalmente estabelecidos para potabilidade em nível federal, o tratamento de água convencional não eliminará as microcistinas.
Caso a concentração de cianobactérias excedesse a 20.000 células/mL (2 mm3/L de biovolume) em algum ponto da Tabela, seria necessária análise mensal de cianotoxinas.
A análise de dados de indicadores de qualidade da água deve considerar o contexto e os resultados de outros indicadores que possibilitem inferência sobre quais processos estão ocorrendo, como por exemplo, em um corpo dágua onde será realizada captação.
Com base no exposto, é correto afirmar que:Águas com nível de ferro elevado podem apresentar várias características associadas, como a cor mais intensa e a turbidez excessiva. Estes níveis elevados podem ser resultado da baixa movimentação de água de períodos de estiagem.
O alumínio tem frequentemente concentrações maiores em águas com pH neutro, mas em águas afetadas por efluentes de mineração, com pH muito baixo, os teores desse metal podem atingir concentrações muito baixas.
Supersaturação de oxigênio dissolvido na camada superior de um corpo d'água pode estar associado a um processo de eutrofização, com formação de crostas verdes de algas à superfície em lagos com temperaturas diurnas maiores que 20 °C e baixa velocidade.
Os parâmetros estabelecidos em legislação de qualidade da água para os teores de cromo consideram que apenas a forma trivalente desse elemento, que está presente em águas naturais, tem potencial de dano à saúde humana.
A condutividade depende das concentrações iônicas e da temperatura da água. Esse indicador serve como medida indireta da concentração de poluentes, pois possibilita inferir concentrações relativas de componentes minerais da água.
Um sistema de abastecimento de água deve ser projetado, construído e operado de maneira que a qualidade da água distribuída não oscile significativamente. Sua operação deve ser controlada para que o próprio sistema, ou um ou mais de seus componentes, não seja, em si, impactante para a bacia hidrográfica onde se localiza.
Assim, é importante que:
− o monitoramento da água dos mananciais seja constantemente revisto para que inclua, por exemplo, os denominados contaminantes emergentes;
− as estações de tratamento da água tenham tecnologias e procedimentos adequados à qualidade da água bruta que recebem e desempenhem melhoria contínua sobre o controle e a mitigação de seus impactos ambientais.
A integração destas ações visa manter a compatibilidade da qualidade da água bruta com o processo de tratamento de água, garantindo a segurança do sistema de abastecimento, sem deixar de atender aos preceitos de qualidade ambiental.
Com base nesse contexto, é INCORRETO afirmar:
Caso a água de lavagem de filtros de Estação de Tratamento de Água apresente valores superiores a 0,5 mg/L para chumbo total (Pb), esse efluente não poderá ser lançado em corpo hídrico, de acordo com a Resolução CONAMA 357 de 2005.
Reservatórios com elevadas concentrações de Ferro (Fe) e Manganês (Mn) podem induzir à decisão de pré-cloração, porém esse procedimento não é recomendado dada a formação de trihalometanos (THM).
As substâncias conhecidas como disruptores ou interferentes endócrinos não são mencionadas na Portaria 518 de 2004 do Ministério da Saúde, mas poderiam ser incluídas em programas de monitoramento de mananciais, pelo princípio da precaução.
Estações de tratamento de água do tipo convencional ou filtração direta têm apresentado problemas de redução da qualidade da água produzida quando concentrações importantes de microalgas e cianobactérias estão presentes em seus mananciais.
A remoção ou inativação das microalgas e cianobactérias com o pré-tratamento da água bruta com cloro seria possível, uma vez que é comprovada a inexistência de queda na qualidade dágua produzida quando este procedimento é adotado.
A utilização de água de reúso como parte de estratégia para reduzir a pressão de consumo de água dos mananciais tem tido crescimento destacado nos últimos anos. Sobre possibilidades de implantação de um sistema de reúso, é correto afirmar:
A prática da recarga artificial de aquíferos não confinados com efluentes através do tipo de Tratamento Solo Aquífero ou TSA, na qual o efluente é lançado em poços de injeção artificial é possível e, em condições hidrogeológicas favoráveis, tratado devidamente para a recarga segura.
Um dos aspectos negativos da aplicação de água de reúso para fins agrícolas é a degradação da qualidade do solo, decorrente da maior concentração de matéria orgânica, que causa uma redução da retenção de água, e, consequentemente, aumento das taxas de erosão.
O efluente gerado na lavagem dos filtros utilizados na etapa de filtração de tratamento de água bruta pode ser recirculado no processo, sem risco de comprometimento das etapas seguintes, devido às baixas cargas de parasitas desse tipo de efluente após tratamento.
O reúso urbano não potável é uma possibilidade de baixo custo e risco para a irrigação de parques, jardins, lavagens de pátios, estacionamentos e logradouros. Neste caso, não ocorrerão custos adicionais de sistemas duplos de distribuição ou riscos de conexão cruzada entre estes sistemas.
As águas de reúso geradas em ETEs podem ser destinadas aos sistemas de resfriamento semiabertos de vários tipos de indústrias, uma vez que apresentam exigências de qualidade similares; além disso, podem ser destinadas a usos menos restritivos, como lavagem de pisos e equipamentos.
Em relação às Estações de Tratamento de Esgoto − ETEs com sistema de lodos ativados e nível de tratamento secundário, é INCORRETO afirmar:
Em sua fase sólida, as ETEs tratam os lodos primários e secundários para a destinação. As ETEs na RMSP − Região Metropolitana de São Paulo fazem o adensamento por gravidade dos lodos primário e secundário. A flotação precede a digestão tanto para os lodos primários quanto para os secundários. A digestão, o condicionamento químico, a desidratação por filtro prensa são as etapas mais comuns.
Na fase líquida, ocorre a geração de efluentes com concentrações de nitrogênio, por exemplo. Dosagens de diferentes formas químicas de nitrogênio devem integrar o monitoramento de impacto do lançamento de efluentes de ETEs em rios, pois a relação entre estas formas auxilia na identificação de diferentes zonas de autodepuração natural nesses ecossistemas.
Ao longo do processo ocorre geração de resíduos em várias etapas, começando pelo acúmulo de lodo no decantador primário, com a sedimentação de sólidos em suspensão não grosseiros. Já no decantador secundário ocorre a sedimentação da biomassa, mantida em suspensão nos tanques de aeração. Os lodos primários e secundários seguem para tratamento.
Material gradeado, areia, material peneirado e escuma podem ser os outros tipos de resíduos sólidos gerados ao longo do processo de tratamento de esgotos por lodo ativado. Geralmente os tratamentos dos lodos geram tortas prensadas, que, juntamente com os demais tipos de resíduos, serão transportados para aterros sanitários, entre outras possibilidades.
Metais pesados e poluentes orgânicos, além de agentes patogênicos, estão presentes entre os lodos gerados nestes tipos de estações. Caso pretenda-se a destinação de lodo de estação de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados para uso agrícola, há o requisito legal da Resolução CONAMA 375 e sua retificadora, no 380, ambas de 2006.
o efluente 3 é o melhor indicado para o tratamento biológico.
o efluente 2 apresenta carga orgânica maior do que o efluente 3.
o efluente 1 é o mais indicado para tratamento físico-químico.
haverá melhor desempenho utilizando tratamento biológico para o efluente 2 do que o 1.
haverá melhor desempenho utilizando tratamento físico-químico para o efluente 1 do que o 3.
I.
III.
II.
I e IV.
III e IV.
Entre os atributos físicos, químicos e biológicos mais usados na caracterização de solos e substratos degradados, estão, respectivamente, nesta ordem,
diversidade microbiana do solo, cálcio e magnésio trocáveis e condutividade elétrica.
densidade do solo, acidez ativa e trocável e carbono da biomassa microbiana.
fauna do solo, sódio e potássio trocáveis e carbono orgânico.
acidez ativa e trocável, densidade de partícula e diversidade microbiana do solo.
nitrogênio total, metais pesados e carbono da biomassa microbiana do solo.
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