Questões sobre Geral

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Com relação à Filosofia Primeira ou Teologia, Aristóteles oferece

  • A.

    quatro definições, referindo-se à investigação das causas e princípios primeiros e supremos; ao ser enquanto ser; à substância; e a Deus ou substância supra-sensível.

  • B.

    quatro definições, referindo-se a Deus, substância supra- sensível; ao ser enquanto ser; às causas e princípios primeiros; à crítica à teoria das Formas de Platão.

  • C.

    três definições, referindo-se à investigação de Deus ou à substância supra-sensível; ao ser enquanto ser; à substância, ao ato e à potência.

  • D.

    três definições, referindo-se à investigação das causas e princípios últimos; ao ser enquanto ser; à substância, ao ato e à potência.

  • E.

    uma única definição, que resume todas as outras e que diz respeito ao ser enquanto ser e seu significado único.

Na ética epicurista os prazeres da vida política são considerados como

  • A.

    naturais e necessários, porque ligados à conservação da vida humana.

  • B.

    naturais mas não necessários, pois são um refinamento do instinto de conservação.

  • C.

    não naturais e não necessários, pois comprometem a ataraxía e a aponía.

  • D.

    o coroamento da ataraxía e da aponía, pois só a vida pública lhes confere sentido.

  • E.

    os únicos admissíveis, pois criam condições materiais que favorecem a ataraxía.

Para os estóicos, as ações convenientes são

  • A.

    aquelas que, em tudo e por tudo, são cumpridas segundo o logos.

  • B.

    aquelas que, embora não sendo prejudiciais, não são conformes à natureza.

  • C.

    as mais elevadas e desejáveis ações morais, próprias do homem sábio.

  • D.

    as que são feitas tendo em vista apenas a vantagem de seu autor.

  • E.

    intermediárias entre as ações perfeitas e as viciosas, ou seja, deveres.

Um princípio central da doutrina epicurista é a

  • A.

    necessidade de superar a constante ameaça da morte através da busca pelo prazer e por uma vida simples, em companhia dos amigos.

  • B.

    inexistência da liberdade e conseqüente exortação à busca pelo prazer, uma vez que a vida é mero resultado do movimento aleatório dos átomos.

  • C.

    negação da existência dos deuses como condição para a investigação da natureza, base de todo conhecimento e da busca da felicidade.

  • D.

    relação intrínseca entre a lúcida compreensão dos fenômenos naturais e a procura de uma felicidade terrena, a ser compartilhada entre mestre e discípulos.

  • E.

    afirmação da equivalência de todos os desejos, efeitos do movimento aleatório dos átomos, o que anula a imputabilidade moral dos atos humanos.

Assinale a opção que apresenta a objeção feita por Sto. Tomás ao argumento teológico de Santo Anselmo.

  • A.

    Entre aqueles que admitem a existência de Deus, nem todos sabem que ele seja "aquele do qual nada de maior se pode pensar". Mesmo admitindo isso, quando se concebe o que se encerra sob o nome de Deus, daí não se deriva que ele exista, a não ser no intelecto. A existência real, ao contrário, é demonstrada perfeitamente por meio dos efeitos, isto é, a posteriori.

  • B.

    A suma perfeição jamais poderia ser intuída pelo intelecto humano, na medida em que, sendo este imperfeito, não poderia ter a idéia de algo perfeito e, portanto, não há meios de inferir a existência do ente supremo, nem a priori nem a posteriori. A existência de Deus, portanto, não admite provas metafísicas, constituindose apenas como questão de fé

  • C.

    A idéia de perfeição não inclui, necessariamente, o predicado da existência, pois tal idéia, bem como a idéia de Deus, é variável de povo para povo e de cultura para cultura, não se sustentando, portanto, como um critério universalmente válido e aceitável para provar a existência de Deus nem para o intelecto, nem na realidade

  • D.

    O estilo da argumentação, elaborado de forma complexa e tortuosa, apresenta um retrocesso em relação aos argumentos dos teólogos anteriores, na medida em que sua compreensão exige o conhecimento das regras fundamentais da lógica aristotélica. O verdadeiro propósito da teologia, que é esclarecer a fé através da razão, acaba, desta forma, desvirtuado.

  • E.

    O argumento tem traços sofistas e é destinado à mera persuasão. Ao mesmo tempo, reforça o dogmatismo de certas posições da Igreja, pois postula a idéia de separação inconciliável entre o que é da ordem da fé e o que é da ordem da razão, através da tentativa de demonstrar a falibilidade da lógica e da impossibilidade de tratar as questões divinas pela via metafísica.

Ao abordar o problema da linguagem no De Magistro, Santo Agostinho indaga-se sobre a relação entre palavra e aprendizado. Sua posição a esse respeito

  • A.

    aproxima-se da concepção platônica, pois retoma a doutrina da anamnese, reinterpretada, porém, à luz da teoria estóica da Heimarméne.

  • B.

    rejeita a doutrina platônica da intuição intelectual das idéias pela via dialética, mas admite, sem ressalvas, a teoria da anamnese.

  • C.

    alinha-se com a concepção inatista de Platão, transformando, porém, a doutrina platônica da anamnese na teoria da interioridade e da iluminação.

  • D.

    propõe uma via inédita, pois sua teoria da iluminação é elaborada sem tomar por base nenhuma das concepções tradicionais da antiguidade.

  • E.

    ignora todas as concepções pagãs do mundo antigo, articulando elementos retirados apenas dos ensinamentos de São Paulo e do Evangelho de São João.

A posição de Guilherme de Ockam quanto à célebre questão dos universais consiste em afirmar que

  • A.

    há verdades necessárias e universais, mas tais realidades apenas podem ser captadas pelo conhecimento intuitivo e não são exprimíveis por sinais instituídos.

  • B.

    só as substâncias das coisas nos são cognoscíveis e são universais, ao contrário das suas qualidades, pois estas são sempre singulares e de origem subjetiva.

  • C.

    os universais têm existência autônoma, de modo análogo às idéias platônicas: são independentes tanto das coisas concretas quanto de nossos conceitos.

  • D.

    os universais existem nos indivíduos, não como algo de realmente distinto destes, mas apenas formalmente distinto, como na concepção aristotélico-tomista.

  • E.

    os universais não são reais, são apenas sinais abreviativos para indicar a repetição de múltiplos conhecimentos semelhantes produzidos por objetos semelhantes.

Assinale a opção que apresenta as posições adotadas por Fílon, Tertuliano e Santo Agostinho, respectivamente, quanto à relação entre fé cristã e filosofia grega.

  • A.
  • B.
  • C.
  • D.
  • E.

Ao abordar o problema do verdadeiro e do falso, em sua Quarta Meditação, Descartes conclui que o erro

  • A.

    localiza-se apenas no entendimento, pois é devido à sua própria natureza que este é privado das idéias relativas a inúmeras coisas.

  • B.

    ocorre quando a vontade, livre e mais ampla que o entendimento, é estendida também às coisas que não são conhecidas por aquele.

  • C.

    provém de um abuso da extensão do entendimento, que se põe a julgar sobre a existência de idéias que são matérias da fé.

  • D.

    é algo real, que depende da vontade de Deus, o qual muitas vezes, por bondade, nos protege de certas verdades através do engano.

  • E.

    é a simples carência ou falta de uma faculdade que o homem, por ser imperfeito e inferior a Deus, não poderia mesmo ter recebido dele.

Para Locke, a extensão é uma idéia:

  • A.

    complexa, de substância.

  • B.

    complexa, de modo.

  • C.

    complexa, de relação.

  • D.

    simples, de reflexão.

  • E.

    simples, de sensação.

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