Questões de Fonoaudiologia do ano 2012

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A deglutição no recém-nascido a termo

  • A.

    apresenta a mesma coordenação sensorial e motora da que ocorre durante todo o período intrauterino.

  • B.

    independe do peso e da maturidade do bebê.

  • C.

    ocorre de maneira idêntica à deglutição no adulto.

  • D.

    raramente é alterada, uma vez que a posição mais baixa da laringe evita episódios de penetração e/ou aspiração do alimento deglutido.

  • E.

    acaba ocorrendo como uma consequência dos movimentos rítmicos e coordenados da sucção.

A afasia

  • A.

    geralmente é causada por traumatismo cranioencefálico e interfere na produção da fala, ficando preservada a capacidade de compreensão da linguagem.

  • B.

    de Wernicke se caracteriza por presença de fala não fluente, compreensão razoavelmente preservada, habilidades de repetição intactas, dificuldade com a fala espontânea, sintaxe mais limitada e dificuldades na nomeação.

  • C.

    é uma alteração da comunicação, causada por lesão neurológica, em geral por acidente vascular encefálico.

  • D.

    sempre terá o mesmo grau de alteração independentemente dos fatores individuais, ou seja, dos aspectos como a idade ou a dominância manual do paciente.

  • E.

    somente deve ser tratada em sua fase aguda ou recente, uma vez que tratamentos oferecidos além dessas fases não trazem nenhum benefício.

Considerando-se os fatores que influenciam no tratamento de pacientes disátricos, sabe-se que

  • A.

    uma alteração da comunicação, causada por lesão neurológica, em geral por acidente vascular encefálico.

  • B.

    os adultos apresentam prognóstico muito desfavorável já que não possuem mais neuroplasticidade.

  • C.

    o prognóstico independe das características de personalidade do sujeito, como, por exemplo, otimismo/ pessimismo, motivação/desmotivação.

  • D.

    em resposta à lesão, alguns pacientes desenvolvem mecanismos compensatórios que podem melhorar ou prejudicar a articulação da fala.

  • E.

    a terapia fonoaudiológica deve ser exclusiva, uma vez que outras atividades e/ou terapias podem dispersar o paciente, comprometendo sua recuperação.

A paralisia cerebral do tipo espástica é caracterizada por comprometimento

  • A.

    no sistema extrapiramidal, acarretando espasticidade, hiporreflexia e diminuição do tono muscular.

  • B.

    no sistema piramidal, resultando em espasticidade, hiperreflexia e aumento do tono muscular.

  • C.

    nos gânglios da base, levando ao quadro de espasticidade, presença de reflexos patológicos e ataxia.

  • D.

    na formação reticular, causando espasticidade, alteração da visão e arreflexia.

  • E.

    no corpo caloso, o que gera espasticidade, altera o desenvolvimento motor principalmente dos membros inferiores, comprometendo o desenvolvimento da linguagem.

A reabilitação mioterápica, nos casos de paralisia facial,

  • A.

    deve iniciar o quanto antes e pode necessitar de cirurgia para reparação nervosa.

  • B.

    tem bom prognóstico fonoaudiológico somente nos casos de paralisia facial central.

  • C.

    deve ocorrer somente após a fase de reinervação, evitando que os exercícios mioterápicos interfiram no estabelecimento das conexões motoras e sensoriais.

  • D.

    prevê o uso exclusivo de exercícios de relaxamento da musculatura orofacial afetada.

  • E.

    só deve ser realizada com o uso do biofeedback na hemiface normal.

Em relação às disartrofonias, a postura atual de tratamento prevê que

  • A.

    o distúrbio vocal deve seguir o curso natural da degeneração ou da recuperação neurológica, uma vez que a fonoterapia tem um prognóstico limitado.

  • B.

    as terapias de longo prazo são as mais efetivas, pois a técnica e o controle articulatório ficam fixados, além de o profissional desenvolver laços afetivos com o paciente mantendo-o sempre motivado.

  • C.

    as terapias generalistas, nas quais se trabalham intensivamente a linguagem e alguns componentes articulatórios, são as que trazem melhores resultados a curto e a longo prazo.

  • D.

    as doenças degenerativas, como a esclerose lateral amiotrófica ou a esclerose múltipla, beneficiam-se somente de técnicas mais impactantes como as técnicas protéticas.

  • E.

    os melhores resultados são obtidos por meio de terapias breves e intensivas direcionadas ao trabalho fonoarticulatório, centradas no componente funcional que mais impacta a comunicação.

Relaciona-se à compressão mediana glótica deficiente, atrofia ou alteração estrutural na mucosa ou ainda deficiência no músculo tireoaritenoide. Seus correlatos fisiopatológicos podem ser disfonias neurológicas, presbifonia, atrofia muscular e sulco vocal estria. Esses fatores podem gerar voz rouco-soprosa, rouco áspera, bitonal e desagradável.

 Essas são características de fenda vocal

  • A.

    triangular posterior.

  • B.

    dupla.

  • C.

    ampulheta.

  • D.

    fusiforme ântero-posterior.

  • E.

    paralela.

As disfonias organofuncionais são alterações vocais acompanhadas de uma série de lesões, quase exclusivamente, ou essencialmente, decorrentes de alterações no comportamento vocal. A lesão vocal que tem o maior grau de envolvimento comportamental em sua etiopatogenia é

  • A.

    a úlcera de contato.

  • B.

    o granuloma.

  • C.

    a leucoplasia.

  • D.

    o edema de Reinke.

  • E.

    o nódulo vocal.

É uma lesão posterior na laringe, podendo ser causada por um intenso atrito repetitivo devido a fechamento glótico agressivo por fonotrauma. É caracterizada por uma depressão cruenta no processo vocal da cartilagem aritenoidea. A voz pode ser bastante adaptada ou haver emissão extremamente grave, de qualidade crepitante e tensa. O tratamento medicamentoso e por reabilitação são as primeiras opções de conduta.

Essas características são compatíveis com

  • A.

    nódulos vocais.

  • B.

    pólipos vocais.

  • C.

    úlcera de contato.

  • D.

    sulcos vocais.

  • E.

    laringomalácia.

Sobre a avaliação da voz, pode-se afirmar que

  • A.

    a avaliação otorrinolaringológica oferece o diagnóstico médico, podendo ser realizada por fonoaudiólogo especialista em voz com treinamento específico em laringologia.

  • B.

    a avaliação perceptivo-auditiva é soberana sobre a avaliação acústica, podendo ser realizada com diversas estratégias, escalas, índices e protocolos específicos que minimizam a subjetividade envolvida nesse procedimento.

  • C.

    a avaliação visual da função laríngea durante a fonação, chamada fonoscopia, define o grau do impacto social da disfonia na vida do paciente.

  • D.

    os dados acústicos são exploratórios da função vocal e devem ser usados isoladamente na decisão diagnóstica e na conduta terapêutica.

  • E.

    a análise acústica vocal pode substituir a análise perceptivo- auditiva, e a análise visual representa a avaliação completa do paciente.

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