Questões de Fonoaudiologia da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

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Numa perda condutiva unilateral, espera-se que as medidas de imitância acústica sejam:

  • A.

    curva timpanométrica tipo A em uma das orelhas e tipo B ou C na outra orelha; compliância estática normal em uma das orelhas e baixa na outra orelha; reflexos acústicos ausentes bilateralmente ou presentes na orelha com a curva tipo A.

  • B.

    curva timpanométrica tipo A bilateralmente, compliância estática dentro da variação normal bilateralmente; reflexo acústico presente numa orelha e ausente na outra.

  • C.

    curva timpanométrica tipo B em uma das orelhas e tipo C na outra orelha; compliância estática baixa bilateralmente; reflexos acústicos ausentes bilateralmente.

  • D.

    curva timpanométrica tipo As em uma das orelhas e tipo C na outra orelha; compliância estática normal em uma das orelhas e baixa na outra orelha; reflexos acústicos presentes bilateralmente.

  • E.

    curva timpanométrica tipo Ad em uma das orelhas e tipo B na outra orelha; compliância estática normal em uma das orelhas e alta na outra orelha; reflexos acústicos presentes bilateralmente.

Analise o gráfico.

O gráfico permite afirmar que os reflexos do contra

  • A.

    direito estão presentes, pois o grau da perda auditiva da orelha direita é leve e não há comprometimentos da orelha média na orelha esquerda; os reflexos do contra e ipsi esquerdo encontram-se ausentes devido à alteração da orelha média na orelha direita e ao provável grau da perda auditiva na orelha esquerda; curva timpanométrica sugestiva de disfunção de tuba auditiva no lado direito.

  • B.

    direito estão ausentes devido às alterações de orelha média na orelha esquerda; os reflexos do contra esquerdo estão alterados devido ao grau da perda; curva timpanométrica sugestiva de otite bilateral.

  • C.

    e do ipsi direito encontram-se em níveis normais; os reflexos do contra esquerdo sugerem a presença de recrutamento; curva timpanométrica sugestiva de disfunção de disjunção de cadeia ossicular no lado direito.

  • D.

    direito estão alterados sugerindo comprometimento da orelha interna; os reflexos do contra e do ipsi esquerdo estão ausentes devido às alterações de orelha média na orelha direita e do grau da perda na orelha esquerda; curva timpanométrica sugestiva de otosclerose no lado direito.

  • E.

    direito estão presentes, pois o grau da perda é leve e não há comprometimentos de orelha média no lado esquerdo, os reflexos do contra direito e do ipsi esquerdo indicam a presença de recrutamento; curva timpanométrica normal bilateral.

Ao analisar os dados audiométricos de via aérea e via óssea exemplificados a seguir, constata-se a necessidade do uso do mascaramento

  • A.

    somente na via aérea.

  • B.

    na via aérea e na via óssea.

  • C.

    na via aérea, na via óssea e na logoaudiometria.

  • D.

    na via óssea e na logoaudiometria.

  • E.

    somente na via óssea.

A análise dos recursos comunicativos, sociais e cognitivos de crianças pequenas permite avaliar como está ocorrendo o desenvolvimento infantil. Crianças, com alterações na aquisição da linguagem oral, consideradas como um Distúrbio Específico de Linguagem, geralmente apresentam

  • A.

    modo de manipulação dos objetos tipicamente sensóriomotor; ausência de condutas simbólicas; ausência de comportamentos intencionais para garantir a interação e a comunicação; dificuldade de compreensão verbal e não-verbal.

  • B.

    manipulação variada dos objetos; atribuição de significados convencionais e simbólicos aos objetos; maior dificuldade na imitação de sons e palavras; dificuldades mais centradas na área da linguagem expressiva; compreensão verbal preservada.

  • C.

    ausência de condutas simbólicas; dificuldade de atenção e tempo de concentração reduzidos; dificuldade para imitar ações com os objetos; dificuldade para manter atenção conjunta; comunicação limitada a gestos e vocalizações não-simbólicas.

  • D.

    atraso global do desenvolvimento; atividade construtiva pouco desenvolvida; dificuldade para imitar movimentos não visíveis no próprio corpo; a função dos comportamentos comunicativos tende a ser principalmente regulatória; limitações em termos de compreensão verbal e não-verbal.

  • E.

    ausência de atribuição de significados práticos, convencionais e simbólicos aos objetos; imitação de modelos ausentes elementar e pouco precisa; formas de comunicação simbólicas não-verbais; recursos simbólicos na comunicação são mais elementares; compreensão verbal e não-verbal muito limitadas.

No desenvolvimento normal da linguagem, espera-se que

  • A.

    após os dois anos, o desenvolvimento ocorra considerando os níveis de organização lingüística, a saber, fonologia, sintaxe, semântica e pragmática.

  • B.

    entre o primeiro e o segundo ano de vida, a criança apresente o desenvolvimento da linguagem oral completo.

  • C.

    após os dois anos, o desenvolvimento ocorra considerando apenas os níveis de organização lingüística, a saber, sintaxe e semântica.

  • D.

    crianças sem irmãos apresentem desenvolvimento mais lento, adquirindo a sintaxe somente após os quatro anos de idade.

  • E.

    somente após os três anos e meio, o desenvolvimento ocorra considerando os níveis de organização lingüística, a saber, fonologia, sintaxe, semântica e pragmática.

A aquisição da linguagem é um processo de aprendizagem por imitação e, como tal, obedece a condições universais (maturação e perfeição biológica, desenvolvimento psicológico e estimulação ambiental) e segue passos graduados e seqüentes, numa ordem também universal; a linguagem tem a função primordial de representar um conhecimento já dado e a função secundária de permitir a comunicação desse conhecimento e de outras vivências. Essas são as idéias centrais da teoria de

  • A.

    Piaget.

  • B.

    Chomsky.

  • C.

    Vygotsky.

  • D.

    Skinner.

  • E.

    Luria.

Em relação ao desenvolvimento fonológico, pode-se afirmar que

  • A.

    geralmente o processo fonológico mais freqüente nas crianças entre 5 e 6 anos é a omissão dos fonemas fricativos.

  • B.

    no segundo ano de vida, o inventário fonético é considerado pré-lingüistico e caracteriza-se pela vocalização de sons existentes e não existentes na língua.

  • C.

    entre um e um ano e seis meses, a criança apresenta um vocabulário de aproximadamente 250 palavras, usadas de forma justaposta.

  • D.

    a fase de maior expansão do sistema fonológico ocorre entre os 2 e os 3 anos, quando a criança adquire as consoantes fricativas e líquidas e o arquifonema {R}.

  • E.

    a aquisição do sistema fonológico, incluindo o inventário fonético e as regras fonológicas, ocorre gradativamente, até aproximadamente os sete anos de idade.

A teoria de Ferreiro e Teberosky propõe 4 fases para o desenvolvimento da escrita. A fase silábico-alfabética

  • A.

    caracteriza-se pela execução de traços no papel sem a preocupação de realizar o registro sonoro da palavra que foi proposta para se escrever.

  • B.

    corresponde à tentativa de estabelecer relações entre o contexto sonoro e o seu registro gráfico, utilizando sistematicamente uma letra para representar cada sílaba.

  • C.

    é uma fase de transição, na qual ora a criança faz uso de uma letra para cada sílaba, ora representa as sílabas de modo completo, considerando as relações entre fonemas e grafemas.

  • D.

    é o período no qual a criança torna-se alfabética, compreendendo que a representação gráfica corresponde a valores sonoros menores que a sílaba, ocorrendo a associação precisa entre fonemas e grafemas.

  • E.

    corresponde à descoberta de que a identidade do som não garante a identidade da letra e vice-versa, de modo que uma mesma letra pode representar vários sons.

A grafia "caxorro" para cachorro indica que a criança, provavelmente,

  • A.

    apresenta dificuldade na discriminação auditiva.

  • B.

    está na da fase silábica do desenvolvimento da escrita.

  • C.

    tem alterações de caráter visuo-espaciais.

  • D.

    não compreendeu que um mesmo som pode ser escrito por mais do que uma letra.

  • E.

    apresenta alteração de análise-síntese e no processamento fonológico.

A atuação fonoaudiológica na escola, partindo de uma visão desenvolvimentista, tem foco principal

  • A.

    no trabalho voltado para o desenvolvimento de ações de detecção, tratamento e prevenção das alterações de comunicação oral e escrita.

  • B.

    na otimização do aprendizado dos alunos normais e dos alunos com dificuldades e na promoção da saúde vocal e do uso profissional da voz dos professores.

  • C.

    na assistência clínica fonoaudiológica direcionada aos alunos com alterações de linguagem oral ou escrita, voz ou audição.

  • D.

    na maximização do potencial de ensino do professor por meio de aplicação de técnicas para recuperar a saúde vocal e promover o uso profissional da voz.

  • E.

    na participação no planejamento e desenvolvimento do programa escolar , inserindo ações voltadas para o tratamento dos alunos que apresentam alterações fonoaudiológicas.

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