Questões de Fonoaudiologia da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

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Assinale a alternativa correta sobre o desenvolvimento da comunicação não verbal.

  • A.

    Os quatro primeiros meses de vida do bebê são marcados por comportamentos reativos, sendo que o bebê reage ao mundo de forma reflexa e, nessa fase inicial, tenta se comunicar por meio de olhares e expressões faciais de modo intencional.

  • B.

    Dos dois aos oito meses de idade, o bebê vai apresentando maior interesse pelos objetos e pessoas, maiores recursos para interagir e maior domínio motor; nessa fase o bebê ainda não se diferenciou como sujeito e ainda não apresenta comportamentos comunicativos intencionais propriamente ditos.

  • C.

    Aos doze meses de idade, a criança já apresenta comportamentos comunicativos intencionais de caráter convencional, ou seja, utiliza a linguagem falada para referir- se a situações passadas e a objetos que não estão presentes no campo perceptual.

  • D.

    A partir dos quinze meses de idade, a criança passa a apresentar comportamentos comunicativos intencionais, ou seja, busca meios de comunicar alguma coisa para alguém, mas ainda não responde às tentativas de interação que partem dos outros.

  • E.

    Ao redor do primeiro ano de vida, a criança torna-se capaz de fazer uso da comunicação simbólica, ao comunicar- se por meio de gestos que representam ações ou objetos, como, por exemplo, pedir uma boneca fazendo o gesto de ninar.

A linguagem e a comunicação do idoso saudável

  • A.

    permanecem inalteradas tanto do ponto de vista mnêmico quanto do raciocínio lógico.

  • B.

    sofrem declínio acentuado, independentemente da história de vida do indivíduo.

  • C.

    se deterioram de maneira homogênea, ou seja, as habilidades cognitivas sofrem o mesmo grau de deteriorização, independentemente das diferenças individuais.

  • D.

    permanecem inalteradas em relação à velocidade da fala e da capacidade de raciocínio.

  • E.

    se mantêm adequadas em relação ao conhecimento vocabular.

As alterações da memória no idoso

  • A.

    são determinadas por fatores ambientais.

  • B.

    são devidas à perda da plasticidade cerebral, mesmo em idosos expostos a estímulos para o cérebro se manter atento.

  • C. independem das características genéticas do indivíduo.
  • D.

    ocorrem tanto em condições de recordação imediata quanto tardia.

  • E.

    são mais freqüentes nos idosos do sexo masculino e alteram principalmente a memória remota.

Em relação à dominância cerebral e linguagem, é correto afirmar que

  • A.

    a capacidade de exercer a linguagem é marcada pela participação indiferenciada dos dois hemisférios cerebrais ao mesmo tempo.

  • B.

    a linguagem, no ser humano, apóia-se em estruturas límbicas (córtex frontal medial, amídala, cíngulo).

  • C.

    no hemisfério esquerdo, as áreas de Broca e de Wernicke são importantes sítios neurais que garantem, respectivamente, a integridade das habilidades de emissão da fala e de recepção.

  • D.

    na maioria dos indivíduos destros, o hemisfério direito provê a base neural para muitos aspectos da compreensão e da expressão da linguagem (leitura, escrita, fala, nomeação, formação de conceitos, raciocínio analítico, memória verbal).

  • E.

    nos indivíduos canhotos, a categorização da informação em unidades discretas e temporalmente organizadas, bem como sua produção, são garantidas pelo hemisfério direito.

Compreensão oral gravemente comprometida, discurso fluente e abundante, fala logorréica e jargonafásica, freqüente presença de anosognosia, déficit acentuado nas provas de repetição, redução na expressão gráfica com ditado sempre muito alterado e pior do que a cópia. Essas características são típicas da afasia

  • A.

    de Wernicke.

  • B.

    transcortical motora.

  • C.

    de condução.

  • D.

    transcortical sensorial.
  • E. de Broca.

Em relação à avaliação das afasias, o fonoaudiólogo deve

  • A.

    aplicar uma bateria de testes como único instrumento na avaliação da linguagem.

  • B.

    criar uma boa situação de interação com o paciente, que possibilite saber se o acidente vascular encefálico foi isquêmico ou hemorrágico.

  • C.

    utilizar somente avaliações informais, por meio de objetos concretos, familiares e do dia-a-dia, pois estas facilitam a melhor compreensão das tarefas propostas.

  • D.

    evitar aplicar testes fechados para não frustrar e desestimular o paciente.

  • E. aplicar teste padronizado e recolher um grande número de dados a respeito do comportamento verbal e não-verbal em um grande número de circunstâncias.

A deglutição em indivíduos pós-acidente vascular encefálico

  • A.

    nunca se encontra alterada durante os primeiros dias pós- AVE.

  • B.

    freqüentemente se caracteriza por presença do reflexo de deglutição exacerbado.

  • C.

    em alguns casos caracteriza-se por dificuldade no controle da língua, atraso ou ausência do reflexo de deglutição, paralisia faríngea unilateral, hemiparesia ou paralisia de pregas vocais.

  • D.

    encontra-se alterada na fase preparatória e na fase esofágica devido à falta de fechamento labial e à incompetência endolaríngea

  • E.

    somente se encontra alterada quando o AVE causa um déficit neurológico transitório.

A esclerose lateral amiotrófica é a forma mais comum das doenças do neurônio motor e caracteriza-se por

  • A. resultar em disartria, dispnéia, disfonia e disfagia.
  • B.

    comprometimento dos neurônios motores superiores, o que acarreta espasticidade e hiper-reflexia.

  • C.

    alteração dos neurônios motores inferiores, resultando em fraqueza, atrofia muscular e fasciculação.

  • D.

    ser mais freqüente em mulheres e apresentar comprometimento sensitivo, autonômico e visual.

  • E. apresentar sintomatologia flutuante, de acordo com a intensidade da atividade muscular.

Dificuldade de memória recente, alterações da deglutição que afetam a fase oral e a fase faríngea, aumento da freqüência das aspirações, sendo comum o aparecimento de complicações pulmonares. Esses dados são encontrados na

  • A.

    doença de Parkinson.

  • B.

    doença de Alzheimer.

  • C.

    paralisia supranuclear progressiva.

  • D.

    atrofia de múltiplos sistemas.

  • E. ataxia espino-cerebelar.

Em alguns casos, mesmo após a remoção da obstrução nasal, o paciente permanece com o hábito de respirar pela boca. Isso pode acontecer devido a

  • A.

    hipertonia da musculatura labial.

  • B.

    assimetria de força entre os masseteres.

  • C.

    presença de sobremordida profunda.

  • D.

    menor força de contração dos músculos elevadores da mandíbula e do orbicular.

  • E.

    permanência da língua retroposta na cavidade oral.

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