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Fonoaudiologia - Geral - Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP) - 2006
Assinale a alternativa correta sobre as disfonias neurológicas.
Geralmente, todos os pacientes com problemas neurológicos apresentam disfonia, variando de alteração vocal leve a severa.
São distúrbios vocais que acompanham lesões ou alterações no sistema nervoso, podendo ser descritas sob o nome genérico de transtornos motores da fala.
São caracterizadas exclusivamente por alterações na execução neuromuscular, as quais podem ocorrer por alterações no sistema nervoso central ou periférico.
São caracterizadas exclusivamente por alterações que afetam a programação dos atos motores da voz e da fala, havendo incapacidade de programar os comandos sensório- motores para o posicionamento e movimentação adequada dos músculos
É um déficit na produção da fala, resultante de alteração no sistema nervoso central, que afeta principalmente a respiração e a fonação.
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Na produção da fala é comum a hipernasalidade, com emissão nasal do ar audível. Qualidade vocal soprosa, rouquidão, loudness reduzida, pitch grave, tosse fraca e vocal fry em alguns casos. Ocorre imprecisão articulatória, caracterizada por pouca pressão intra-oral, devido à incompetência velofaríngea e/ou imobilidade dos lábios e língua, causada por lesões nos nervos facial e hipoglosso. Comumente, os reflexos de gag e tosse estão reduzidos, podendo haver fasciculações e atrofia de língua e movimentos lentos. Essas alterações são freqüentemente encontradas na disartria
atáxica
hipercinética.
espástica.
flácida
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Em relação à classificação da voz, é correto afirmar que a
soprosidade normalmente está relacionada à redução ou ausência da onda de mucosa das pregas vocais.
voz considerada clara relaciona-se à colocação da voz em região póstero-superior e articulação fechada.
voz escura indica projeção vocal anteriorizada e articulação aberta.
rouquidão correlaciona-se com a irregularidade vibratória da mucosa, havendo ou não fenda glótica associada.
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O pólipo tem como qualidade vocal característica
rouquidão com freqüência fundamental grave, podendo haver restrição na modulação da voz, pelas adaptações do trato vocal, tipo de inserção, tamanho e presença ou não de lesão contralateral.
variável entre áspera e rouco-áspera, dependendo da altura em que a lesão se encontra, ou ainda bitonal, quando ocorre assimetria de vibração da onda de mucosa, freqüência fundamental aguda, pitch pode ser agudizado.
rouquidão com freqüência fundamental aguda, pitch agudo, dependendo da compensação do trato vocal e ressonância de foco alto.
aspereza pela restrição e retenção na vibração da mucosa, freqüência fundamental aguda, bitonalidade e quebra de sonoridade pela assimetria de vibração da onda de mucosa.
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Em relação aos exercícios vocais, o fonoaudiólogo deve considerar que
quando a soprosidade está presente, como nas paralisias de pregas vocais, faz-se necessário realizar exercícios que envolvam emissão suavizada por meio de sons vibrantes, nasais ou fricativos, utilizando, também, escalas ascendentes e descendentes.
a técnica do huming (emissão do "hum") é um dos exercícios vocais mais utilizados para suavizar o ataque vocal brusco, pois promove o aumento da constrição supraglótica e a maior mobilidade laríngea no sentido vertical.
quando a qualidade vocal é tensa, faz-se necessário utilizar exercícios vocais que favoreçam a subida da laringe para uma posição mais elevada no pescoço, como a técnica do som basal e do /b/ prolongado
os pacientes com qualidade vocal rouca devido ao aumento de massa das pregas vocais, beneficiam-se de exercícios vocais que visem ampliar a vibração da mucosa das pregas vocais, como as técnicas de sons vibrantes ou os fonemas fricativos sonoros.
nos casos de pacientes portadores de disfonia hipercinética, a utilização da fonação inspiratória deve ser feita, pois promove maior coaptação glótica e desloca o foco de ressonância para a cavidade nasal, promovendo uma maior projeção vocal.
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A abordagem fonoaudiológica atual nas fissuras labiopalatinas
deve incentivar, antes da cirurgia, as massagens no palato duro, facilitando a correção cirúrgica e a cicatrização.
deve informar aos pais que, no período pós-operatório da queiloplastia, o lábio superior da criança não deve ser tocado visando a um resultado estético e funcional mais adequado.
prevê o fornecimento de informações e orientações aos pais já no período pré-natal.
prevê o acompanhamento fonoterápico tradicional por anos a fio, até que o paciente realize todas as correções cirúrgicas, protéticas ou ortodônticas necessárias ao seu caso.
prevê, nos casos de distúrbios articulatórios compensatórios, como o golpe de glote e a fricativa faríngea, a correção da alteração anatômica (freqüentemente alteração da oclusão) sem a necessidade de fonoterapia.
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Nos casos de fissuras labiopalatinas, a fonoterapia para a eliminação dos distúrbios articulatórios compensatórios
deve ser realizada somente após a correção cirúrgica da fissura ou da disfunção velofaríngea.
deve utilizar exercícios com os órgãos fonoarticulatórios e com as funções neurovegetativas para melhorar a articulação e o fechamento velofaríngeo.
utiliza exercícios de assobio e de sopro para pacientes que não possuem nenhum tipo de fechamento velofaríngeo durante a aplicação de provas terapêuticas para a produção de algum som oral.
diminui consideravelmente a hipernasalidade e o escape de ar nasal, na presença de disfunção velofaríngea, antes da cirurgia.
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Segundo Souza, in Lianza, a classificação quanto ao tipo de paralisia cerebral é
atetóide: movimentos involuntários, lentos e serpenteantes, presentes nas extremidades.
extrapiramidal: incoordenação motora de origem cerebelar.
espástica: movimentos involuntários rápidos, presentes nas raízes dos membros.
distônica: ausência total de contração muscular e tremores nos segmentos distais do corpo.
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Em relação à disfagia nos portadores de paralisia cerebral
as alterações da deglutição na fase oral são caracterizadas por manutenção do vedamento labial; excesso de lateralização da língua e excesso de pressão da ponta da língua contra a papila palatina.
o aumento da sensibilidade oral juntamente com a hipertonia do bucinador são fatores freqüentemente presentes e interferem na formação e na ejeção do bolo alimentar.
só as alterações na fase faríngea da deglutição estão relacionadas com a aspiração, enquanto que as alterações na fase oral nunca causam esse problema.
moderada ou severa, o sintoma disfágico é freqüente, seja pelas alterações motoras na fase oral da deglutição, seja pela incoordenação entre a fase oral e a faríngea.
as alterações na fase faríngea são devidas à alteração na contração faríngea, diminuição do tempo de trânsito faríngeo, aumento da peristalse faríngea, hiperelevação da laringe e do hióide e alteração na função epiglótica.
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Nos casos de muda vocal atrasada ou prolongada por distúrbios funcionais, a terapia fonoaudiológica consiste na utilização
da voz sussurrada para aumentar a coaptação glótica, pois freqüentemente ocorre presença de fenda triangular médio-posterior.
do vocal fry relaxado, como facilitador à introdução do tom grave masculino e à fixação do tom ideal por meio de exercícios de melodia e voz salmodiada.
de exercícios com a posição alta da cabeça, para o favorecimento da emissão do tom grave e abaixamento do tom para a região ideal a partir do som basal.
de exercícios de pushing para diminuir a força muscular do véu palatino e aumentar a força da musculatura intrínseca da laringe.
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