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Analise esses textos de Bloch em relação à seguinte questão:
Como é possível conhecer do passado muito mais do que ele julgara sensato nos dar a conhecer ou ainda, como é possível a revanche da inteligência sobre o dado? Considerando os textos, qual dentre as respostas a seguir é consistente com a questão acima?
Por meio da aplicação do método crítico capaz de distinguir os testemunhos voluntários dos involuntários.
Por meio da proposição de um questionário flexível o suficiente para incluir novos tópicos ao longo da investigação.
Por meio da elaboração de uma narrativa capaz de expor informações não explícitas nos documentos.
Por meio de uma investigação extensa, de modo a esgotar as fontes documentais.
A partir do desenvolvimento de teorias capazes de compreender aquilo que é dado pelo documento, preenchendo suas lacunas.
As verdades da história são sempre parciais, e a história é um conhecimento fundado tanto na objetividade quanto na imparcialidade.
PORQUE
Os objetos da história são construídos por um investigador que está pessoal e subjetivamente implicado em sua investigação, associada, assim, a um ponto de vista que é, em si mesmo, histórico.
Analisando as afirmações acima, conclui-se que
as duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
as duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
a primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa.
a primeira afirmativa é falsa, e a segunda é verdadeira.
as duas afirmativas são falsas.
A micro-história italiana não foi rigorosamente definida por meio de textos teóricos. É a pesquisa empírica que permite, caso a caso, identificar princípios de base, por meio dos quais os micro-historiadores podem se reconhecer. Considerando que tais princípios existem, a micro-história NÃO é caracterizada por
propor a redução da escala de análise, por meio da qual é possível recuperar diferentes pontos de vista, valorizando a experiência dos indivíduos e suas relações.
atribuir grande importância à forma da escrita da história, pois é por meio dela que o historiador pode reconstituir a atmosfera de um dado universo social e expor os procedimentos utilizados nessa reconstituição.
demandar que os historiadores evitem utilizar pressupostos externos ao mundo que estudam, de modo a recuperar o ponto de vista dos atores diretamente envolvidos com o problema investigado.
ter relação com a tradição de estudos os quais apresentam o trabalho do historiador como um reflexo objetivo da realidade, reconstituída por meio de suas estruturas sociais, atribuindo importância a classes e grupos politicamente organizados.
redimensionar o valor das biografias e seus respectivos usos para a escrita da história, valendo-se de novos enfoques para as relações entre indivíduos e sociedade e destacando a possibilidade de recuperar as trajetórias de sujeitos comuns.
As várias teorias da história são construídas a partir de um corpus advindo das inter-relações entre a formação de seus propositores, os objetos e períodos de interesse e, também, do acesso às fontes historiográficas. Acerca dessas teorias, assinale a alternativa correta.
Uma teoria perde a validade quando é refutada. Feito isso, tal teoria deixa de ter importância para os processos históricos.
Uma fonte historiográfica serve apenas a uma teoria. Daí a importância de a construção teórica se valer das diversas fontes.
Uma teoria pode valer-se de leis mais gerais que não se aplicam somente à história, mas que dialogam com outras áreas do conhecimento humano.
Para a construção teórica, uma postulação deve se valer de fontes confiáveis e já validadas. Em Historiografia, como nas demais ciências, é importante que essas fontes permitam a reprodução de mecanismos para sua validação, como acontece com a Física e a Química, por exemplo.
Um estudo histórico, para tornar-se teoria, deve ser original e considerar a fonte mais importante da Historiografia: os produtos culturais das sociedades letradas.
As alternativas abaixo discorrem acerca dos significados da História. Assinale aquela que apresenta informações inconsistentes.
A História, como experiência humana do passado, permite indagar se, com o que se aprende acerca do passado, é possível encontrar e reconhecer certos padrões na estrutura do desenvolvimento dessas sociedades em consonância com acontecimentos contemporâneos.
Pode-se enunciar certas leis mais gerais que não se aplicam somente à história de outras sociedades, mas também à evolução geral da espécie humana.
A partir da análise dos modos como as sociedades passadas se comportavam e se relacionavam com outras sociedades, podem-se levantar informações importantes acerca da atividade comunicacional do homem, por exemplo.
Como disciplina que discorre acerca dos processos de conhecimento do passado, a História tem uma tradição rica que, desde cedo, estabeleceu raízes profundas em várias civilizações.
Como ciência, a História é uma disciplina ainda jovem, pois só nas primeiras décadas do Século XX é que a História se organizou como campo independente de pesquisa e conhecimento.
Acerca da história oral, assinale a alternativa incorreta.
A história oral é uma metodologia de pesquisa que consiste em realizar entrevistas gravadas com pessoas que podem testemunhar a respeito de acontecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida ou outros aspectos da história contemporânea.
Os arquivos recolhidos fazem parte de todo um conjunto de documentos de tipo biográfico, ao lado de memórias e autobiografias, que permitem compreender como indivíduos experimentaram e interpretaram acontecimentos, situações e modos de vida de um grupo ou da sociedade em geral.
passado, logo após a Segunda Guerra Mundial e, também, com a invenção do gravador, em 1945, nos Estados Unidos. Difundiu-se primeiramente na Europa e, após a década de 70 do século passado, no México, e, desde então, se difundiu para outras localidades.
O trabalho com a metodologia de história oral compreende todo um conjunto de atividades anteriores e posteriores à gravação dos depoimentos. Exige, antes, a pesquisa e o levantamento de dados para a preparação dos roteiros das entrevistas.
Ganhou também cada vez mais adeptos, ampliando-se o intercâmbio entre os que a praticam: historiadores, antropólogos, cientistas políticos, sociólogos, pedagogos, teóricos da literatura, psicólogos e outros.
A respeito da conceituação e das abordagens do termo patrimônio histórico, julgue os itens a seguir.
I Patrimônio histórico pode ser definido como um bem material, natural ou imóvel que possui significado e importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade. Esses patrimônios foram construídos ou produzidos pelas sociedades passadas, por isso representam uma importante fonte de pesquisa e preservação cultural.
II Estudos sobre as configurações de patrimônios como práticas sociais visam indexar e representar fragmentos da memória social e se valem da divisão do patrimônio em material e imaterial. O primeiro considera expressões, conhecimentos, práticas, artefatos, lugares e grupos. O segundo, por sua vez, considera bens culturais, bens móveis e bens imóveis, como, por exemplo, belas artes, sítios arqueológicos e acervos museológicos.
III O termo patrimônio histórico cultural refere-se aos imóveis e aos bens naturais que têm valores significativos e representações na história. A preservação desses começou no século XIX com a restauração de antigas construções destruídas parcialmente pelas guerras e se intensificou no século XX, após o período da Segunda Guerra Mundial.
IV Quando um imóvel é tombado por algum órgão do patrimônio histórico, ele não pode ser demolido nem mesmo reformado. Pode apenas passar por processo de restauração, seguindo normas específicas, para preservar as características originais da época em que foi construído. Tal orientação contribui para a manutenção de construções de relevante valor histórico.
V A Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (UNESCO) é o órgão responsável pela definição de regras e proteção do patrimônio histórico e cultural da humanidade. A partir dessa orientação, há uma preocupação mundial em preservar os patrimônios históricos locais, por meio de leis de proteção e restaurações que possibilitam a manutenção das características originais. Esse cuidado determina a relevância cultural de determinada localidade e empreende ganhos de várias ordens (sociais, culturais, históricos e financeiros, por exemplo).
A quantidade de itens certos é igual a
1
2
3
4
5
Acerca das inter-relações entre identidade e memória e a preservação a partir da mediação tecnológica, assinale a alternativa correta.
Estudos acerca das relações entre identidade social e manutenção de acervos materiais e imateriais apontam para a necessidade da preservação por meio de recursos tecnológicos que privilegiem minorias em risco.
Abordagens acerca da memória como referência política para a produção e apropriação de territórios materiais e simbólicos devem contemplar as culturas cujo espaço geográfico seja de relevância para uma sociedade. Sociedades indígenas que se contaminaram culturalmente perderam sua relevância como produtoras de culturas.
A produção audiovisual do espaço e da memória pode ser analisada pela qualidade dos meios de preservação e acessibilidade. Os registros digitais, por exemplo, são de relevante valor em relação àqueles de comprovada materialidade.
Estudos culturais nos países centrais e latinoamericanos são analisados a partir de contextos tecnológicos. Produções culturais mais próximas aos Estados Unidos, por exemplo, adquirem maior visibilidade, dada à aproximação das matrizes culturais.
As produções culturais em âmbito global, local ou virtual, bem como as redes de sociabilidades passaram a ser inseridas nos contextos de discussões de preservação e acessibilidade graças à mediação tecnológica. Ferramentas como a Internet, por exemplo, favorecem o acesso aos acervos virtuais e podem estabelecer novas formas de socialização de manifestações e produtos culturais.
Acerca do aspecto cíclico da história, assinale a alternativa incorreta.
Alguns pensadores na Antiguidade Clássica (Grécia e Roma antigas) observaram que existia certa repetição cíclica na sequência da história da humanidade por meio de guerras, desastres, destruição de cidades, ascensão e quedas de impérios e civilizações, que desde tempo imemorial, flagelavam a humanidade.
No século VI da Era Cristã, em Cartago, o filósofo Santo Agostinho, na sua obra Cidade de Deus, perguntou se havia algum sentido na evolução histórica da humanidade, se havia um sentido na história, ou se essa teria uma função.
Ao construir a história, seja pela sua escrita ou pelo seu estudo, alguns pensadores antigos indagaram também a razão de ser da história. Seria uma área do conhecimento humano, cujos métodos, diferenciados, poderiam facilitar seu entendimento e, assim, transmitila às gerações futuras?
Um fato histórico, ao se repetir, pode trazer reflexões profundas acerca de como a sociedade lida com os acontecimentos. Assim, as guerras, por exemplo, apresentam os descompassos entre as diferenças de povos, ideologias, culturas, religiões e espaços geográficos.
Em meados do século XX, a História Serial introduziu a possibilidade de constituir séries de fontes e abordá-las de acordo com técnicas específicas. Assim, essa abordagem refere-se tanto ao tipo de fontes quanto ao método de trabalhá-las.
Assinale a alternativa incorreta acerca de espaço, território e territorialidade nos processos historiográficos.
O território pode ser considerado uma representação coletiva, uma ordenação social do espaço. É, também, essência para a formulação coletiva da identidade social.
A transformação do espaço em território é, basicamente, um fenômeno de representação, pelo qual os grupos humanos constroem sua relação com a materialidade.
A noção de território, sem dúvida, é formada pelo dado imediato da materialidade, mas esse é apenas um componente, já que todas as demais representações sobre o território são abstratas.
O conceito que interrelaciona espaço, território e territorialidade é originário do Realismo Histórico Alemão e está frequentemente relacionado ao século XIX. Nessa concepção, o espaço historiográfico ligase, conscientemente, às relações do homem com a natureza.
Os sujeitos constroem suas identidades baseando-se na sua localização com relação a um grupo e na relação que possuem com a totalidade, de tal forma que o território passa a ser determinado e vivido por meio do conjunto das relações institucionalmente estabelecidas pela sociedade.
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