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Uma das marcas dessa presença foi a vasta reprodução de gravuras provenientes de livros franceses, no material didático brasileiro, entre meados do século XIX até os anos 30 do século XX. Esse fenômeno pode ser historicamente relacionado
à implementação do Enciclopedismo no Brasil, segundo o qual as ilustrações tornariam os livros compreensíveis para o público analfabeto.
à importância mundial que a França adquiriu após sua Revolução, como polo irradiador de conhecimento, caracterizando um imperialismo cultural.
à dependência econômica do Brasil em relação à França, principalmente no século XIX, quando esta passou a ser a mais importante compradora de café.
ao consumo exclusivo de produtos culturais franceses pela elite eclesiástica brasileira, responsável pelo sistema escolar existente.
à Missão Francesa patrocinada por D. Pedro II, com o objetivo de sistematizar um método de ensino francês no Brasil.
Analisando livros didáticos japoneses de História antes e depois da II Guerra, o historiador Marc Ferro (A manipulação da História no Ensino e nos meios de comunicação) constatou que a exaltação nacionalista e a celebração das virtudes militares, antes predominantes nos textos, diminuíram drasticamente após 1945. Essa mudança tem relação com o desfecho da II Guerra Mundial, no qual
os antigos impérios, como o Japão e o Austro-Húngaro, passaram por completa reestruturação para se adequarem ao capitalismo.
a tragédia da bomba atômica resultou no antiamericanismo, na reafirmação de valores tradicionais e na difusão da ideia de que a democracia sempre existiu no Oriente.
a intervenção armada da Organização das Nações Unidas nos países que pertenciam ao Eixo obrigou a que ocorresse a democratização dessas sociedades.
a Guerra Fria pressionou os países derrotados a se aliarem à União Soviética e a cultuarem os valores políticos e culturais caros ao socialismo.
a derrota do Japão, juntamente com os países do Eixo, resultou na reescrita de sua história e na revisão de aspectos de sua identidade.
Sobre a micro-história, gênero historiográfico que emergiu na década de 1970, na Europa, inicialmente associado a estudos de casos de resistência à Inquisição, é correto afirmar que
contribuiu para a história cultural ao enfocar fenômenos sociais amplos, pouco estudados, como o feudalismo.
propôs tratar de fenômenos de curta duração, desconectados de temporalidades mais extensas.
abordou a história a partir da perspectiva de indivíduos letrados, que produziram crônicas e relatos sobre suas comunidades.
conquistou o grande público por abrir mão do uso de documentos e enfatizar a história subjetiva, narrada de forma literária.
foi alvo de algumas críticas, como a deficiente relação entre o local e o global que marcou parte dos estudos publicados.
Leia a letra de música.
O Brazil não merece o Brasil
O Brazil tá matando o Brasil
Estes versos da canção Querelas do Brasil, de Mauricio Tapajós e Aldir Blanc, admitem várias interpretações e foram relacionados, no contexto político de 1978, quando foram gravados, com a denúncia da existência de mortos e desaparecidos no Brasil por motivos políticos. Alguns organismos exerceram importante atuação pressionando para que o governo brasileiro respeitasse os Direitos Humanos. Dentre esses organismos, estão
a Anistia Internacional e a Comissão de Justiça e Paz.
a Organização Mundial do Comércio e a Unesco.
a CIA e as emissoras de televisão, como a Rede Globo.
o Vaticano e o Partido dos Trabalhadores.
a OTAN e a campanha pluripartidária pelas Diretas Já.
O esquema cronológico que o quadro identifica, segundo Marc Ferro (A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação, 1983) inscreve-se na concepção de História sob o ponto de vista
globalizante.
eurocêntrico.
romântico.
cultural.
social.
O Positivismo foi a primeira das escolas de pensamento que definiu a especialidade do estudo científico da sociedade, estabelecendo conceitos e uma metodologia de investigação. Como um dos princípios teóricos dessa escola, aponta-se a
percepção de que o conhecimento humano é uma revelação resultante da contemplação e da fé, sendo a sociedade regulada pelos princípios divinos que embasam a moral.
concepção da sociedade como um organismo constituído de partes integradas e coesas, que funcionam harmonicamente, de acordo com um modelo físico ou mecânico.
crença na ideia de que os princípios reguladores da sociedade devem ser pautados na religião e no senso comum, já que tais leis são universais e inatas aos seres humanos.
transposição de conceitos sociológicos e antropológicos para o estudo do comportamento humano, garantindo ações guiadas por preconceitos e interesses particulares.
preocupação em resolver os conflitos sociais por meio da negação da possibilidade de harmonia entre os indivíduos, pautando seus métodos à luz das ciências naturais.
O fragmento da música acima trata da desigualdade que pode ser encontrada em qualquer cidade brasileira.
Utilizando-se os estudos de Karl Marx para explicar as desigualdades socioeconômicas, tem-se:
A dominação da burguesia capitalista sobre a massa é legitimada pela industrialização dos países em desenvolvimento, criando possibilidades para a ascensão social do proletariado.
O subdesenvolvimento socioeconômico dos países está intimamente ligado à luta de classes, uma vez que evidencia o caráter harmônico e justo da sociedade capitalista e das suas relações de produção.
As relações de poder entre as classes depende das qualificações, habilidades, méritos e interesses dos membros de cada um dos grupos que fundam a sociedade, uma vez que a origem da desigualdade está na capacidade individual de cada um em adquirir status.
As desigualdades sociais são produto de um conjunto de relações pautado na propriedade dos meios de produção, dando origem a um sistema social em que uma das classes domina, enquanto a outra é dominada.
Os grupos sociais obtêm status a partir do critério de posições socioprofissionais valorizadas e integradas na sociedade, uma vez que os indivíduos estão vinculados por meio da complementaridade das posições que ocupam na divisão do trabalho.
O pensamento sociológico alemão caracteriza-se pela associação entre história, esforço interpretativo e discernimento das diversidades. O sociólogo alemão Max Weber destacava que não havia oposição entre indivíduo e sociedade. Na visão weberiana,
cada indivíduo age levando em conta a resposta ou a reação de outros indivíduos, já que o sentido das ações é sempre social.
a ordem social submete os indivíduos coercitivamente, pois a sociedade caracteriza-se como uma força exterior a eles.
a sociedade é aquilo que pesa sobre os indivíduos e que determina seus comportamentos e os sentidos de suas ações.
o indivíduo é produzido pela sociedade, e o papel de suas ações limita-se à reprodução dos valores de seu grupo.
os acontecimentos que integram o social têm origem na luta de classes, sendo exteriores aos indivíduos.
Identificada como a ciência do homem no tempo, a História, ao estudar o passado das sociedades, auxilia-nos a compreender as transformações experimentadas pela humanidade ao longo dos séculos, reunindo, dessa forma, elementos que lançam luzes sobre o presente. Os períodos iniciais do desenvolvimento humano correspondem ao que se convencionou chamar de préhistória, conceito questionável atualmente. As primeiras civilizações floresceram no Oriente, em geral dependentes de grandes rios. A Antiguidade Clássica (greco-romana) assentou-se no trabalho escravo e, sob vários aspectos, constituiu-se na base cultural da civilização ocidental contemporânea.
Considerando essas observações como referência inicial, bem como os temas por elas abordados, julgue os itens a seguir.
Na afirmação de que o Egito era um presente do Nilo, o historiador grego Heródoto enfatiza a importância do grande rio para a existência da civilização egípcia.
Identificada como a ciência do homem no tempo, a História, ao estudar o passado das sociedades, auxilia-nos a compreender as transformações experimentadas pela humanidade ao longo dos séculos, reunindo, dessa forma, elementos que lançam luzes sobre o presente. Os períodos iniciais do desenvolvimento humano correspondem ao que se convencionou chamar de préhistória, conceito questionável atualmente. As primeiras civilizações floresceram no Oriente, em geral dependentes de grandes rios. A Antiguidade Clássica (greco-romana) assentou-se no trabalho escravo e, sob vários aspectos, constituiu-se na base cultural da civilização ocidental contemporânea.
Considerando essas observações como referência inicial, bem como os temas por elas abordados, julgue os itens a seguir.
A Grécia antiga constituiu imponente império que implantou a democracia no Oriente, experiência que se consolidou definitivamente na região.
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