Questões de História do ano 2016

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Em se tratando de refletir sobre as concepções de ensino de História que têm circulado na realidade educacional brasileira, podemos fazer as seguintes considerações acerca dos livros didáticos:

  • A. Os livros didáticos de História que têm circulado nas escolas brasileiras sempre foram e continuam sendo influenciados pelo paradigma positivista.
  • B. A prática pedagógica dos professores de História no cenário atual brasileiro não tem sido mais fundamentada nos conteúdos dos livros didáticos, mas no uso das tecnologias e das mídias digitais.
  • C. Após o período de redemocratização do Brasil, os livros didáticos que passaram a circular e serem adotados nas escolas foram marcantemente influenciados pelo paradigma marxista, indo de encontro à herança do ensino positivista que fazia apologia aos heróis nacionais e contribuía para a reprodução de alunos passivos e acríticos.
  • D. Considerando-se a estreita relação que há entre o ensino de história na universidade e o ensino de história nas escolas da educação básica, é visível a forte influência dos livros didáticos que são sugeridos pelos professores da educação superior na escolha dos livros que são adotados nas escolas.
  • E. Todos os livros didáticos que estão sendo aprovados pelo PNLD apresentam narrativas históricas influenciadas pela nova história cultural francesa.

O desconhecimento da história da Paraíba, por parte de seus moradores contribui para o processo de reprodução da memória oficial celebrativa. Em se tratando de falar das revoluções paraibanas, é consensual no discurso local, a referência à Revolução de 30, porque está associada à reprodução do mito João Pessoa, que inclusive gerou a mudança do nome da cidade Parahyba para João Pessoa. A Revolução de 1817 é uma experiência de movimentos sociais que faz parte da memória silenciada pela historiografia tradicional celebrativa. Alguns pesquisadores locais têm dado visibilidade aos outros sujeitos históricos e às outras revoluções paraibanas, nesta virada epistemológica da narrativa histórica crítica os estudos mostraram que a Revolução de 1817 representou:

I) Um movimento protagonizado exclusivamente pela elite agrária paraibana e pernambucana.

II) Uma resposta à conjuntura de recessão da economia local paraibana no século XIX.

III) Um movimento social pouco relevante, uma vez que teve a participação popular e chegou a proclamar a República, a Paraíba aderiu à revolução e instituiu sua própria república em 15 de março de 1817.

IV) A recuperação de uma memória de liderança e resistência paraibanas, por meio da imagem de militantes como: Amaro Gomes Coutinho, Antônio Pereira de Albuquerque, Francisco José da Silveira, Inácio Leopoldo de Albuquerque Maranhão e José Peregrino de Carvalho, todos foram enforcados, esquartejados e tiveram suas mãos e cabeças expostas publicamente na capital da Paraíba.

V) A relação entre movimentos sociais populares e a valorização do patrimônio edificado da cidade, uma vez que a pesquisa gerou um processo de recuperação das placas com os nomes das vítimas das forças militares que se encontram expostas no centro da cidade de João Pessoa.

Estão corretas apenas as alternativas:

  • A. I, II, e IV.
  • B. I, III, e V.
  • C. I, II e V.
  • D. II, IV e V.
  • E. II, III e IV.

Nos cordéis, na música, na poesia, no cinema e na literatura, por meio de muitas linguagens artísticas, o Cangaceirismo foi representado como uma experiência que contribuiu para a construção de uma imagem e uma identidade nordestina. Sobre esse movimento social é INCORRETO dizer que:

  • A. Lampião, Maria Bonita e o seu bando podem ser considerados ícones na cristalização de uma imagem para o nordeste estereotipada no nosso imaginário nacional.
  • B. Os cangaceiros foram grandes protagonistas da história e assumiram uma identidade de movimento social muito fixa e homogênea, sempre tendo como inimigos, os coronéis.
  • C. A astúcia dos cangaceiros no enfrentamento das relações de poder no auge do coronelismo nordestino foi uma experiência marcante na história dos movimentos sociais brasileiros.
  • D. Os novos paradigmas da história contribuíram para repensar todos os movimentos sociais considerados espontaneístas e pouco valorizados pela historiografia marxista mais radical. Esse novo olhar com relação aos movimentos sociais, pós-crise do marxismo economicista, trouxe para a cena movimentos como o Messianismo e o Cangaceirismo com muita positividade em termos de atuação política.
  • E. Os cangaceiros assumiram uma trajetória de luta multifacetada e difícil de decifrar, uma vez que os coronéis, em alguns momentos apareciam como seus inimigos, em outras cenas históricas, eles se tornavam aliados dos coronéis.

No nosso imaginário nacional fomos condicionados a buscar incessantemente o salvador de nossa pátria, isso é consequência do ensino de história positivista apologético que fabricou os chamados e proclamados heróis nacionais, com as respectivas datas comemorativas e o registro oficial de seus grandes feitos. Neste sentido, podemos considerar o ex presidente Getúlio Vargas:

I) Um estadista tão audacioso e empreendedor que ousou mudar a capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília.

II) O único presidente da República que foi na contramão da história das elites no poder e que aderiu a um modelo de gestão inspirado pelo socialismo e pelo paradigma marxista.

III) Um grande investidor da construção da identidade nacional, uma vez que em seu governo tomou iniciativas no âmbito econômico e cultural no sentido de afirmar as potencialidades do Brasil.

IV) Um gestor que destruiu todos os direitos mais valiosos dos trabalhadores brasileiros.

V) Um gestor populista com muita eficiência, uma vez que ele conseguiu silenciar os movimentos sociais, fazendo reformas que beneficiaram os trabalhadores em seus direitos, de modo a frear a onda revolucionária que estava se consolidando no país.

Estão corretas apenas as alternativas:

  • A. I, II e V.
  • B. II, III e V.
  • C. I e II.
  • D. I, II e IV.
  • E. III e V.

Na trajetória histórica de construção de uma memória oficial celebrativa, por meio da qual passamos a crer que os sujeitos históricos sempre foram e sempre serão homens brancos, letrados e pertencentes às elites dominantes, falar de CIDADANIA implica em reconhecer que, EXCETO:

  • A. Ainda não aprendemos a exercitar a cidadania em uma perspectiva republicana, uma vez que a nossa cultura política em pleno século XXI ainda carrega vícios da política oligárquica, desempoderando os homens comuns e mitificando as celebridades.
  • B. A nossa herança de colonizado no que diz respeito às nossas relações internacionais, bem como a nossa herança de apadrinhado no âmbito nacional têm paralisado os nossos passos rumo à conquista de uma cidadania, conforme está configurada na Constituição Federal.
  • C. O chamado quarto poder, a mídia, tem assumido uma performance predominantemente esclarecedora e construtora de leitores críticos e identidades cidadãs.
  • D. Os cidadãos têm sido substituídos e silenciados pela figura dos consumidores, isso é fruto de um modelo de capitalismo que se afirma e se consolida cada vez mais pela sedução.
  • E. A nossa cultura midiática tem sido coadjuvante na história da nossa alienação política, uma vez que constrói uma política de imagem que heroiciza os bandidos e banditiza todos os movimentos sociais, de modo a intimidar a capacidade de luta e o exercício da soberania do povo brasileiro que está testemunhando o enterro de seus direitos mais preciosos de forma arbitrária e autoritária.

“Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir que não há tempo que volte amor”...assim como Lulu Santos está apresentando nessa canção uma concepção de tempo, nós historiadores também exercitamos essa leitura da categoria tempo, a partir de diversos olhares, de conformidade com o paradigma da história , ao qual nos filiamos. Podemos relacionar os diversos olhares sobre o tempo relacionando, EXCETO:

  • A. A história positivista propôs uma concepção de tempo linear e evolucionista.
  • B. O tempo dos historiadores marxistas é o tempo curto dos grandes acontecimentos, uma vez que a sua narrativa histórica é factual, se assemelhando ao discurso dos jornalistas.
  • C. A nova história gerada na França, tendo como marco a publicação da revista Analles em 1929 trouxe no primeiro momento uma proposta para os historiadores de trabalhar com o tempo da longa duração.
  • D. O trabalho com as fontes orais tem contribuído para uma educação histórica bastante significativa no sentido de gerar pertencimento das pessoas comuns à sua espacialidade. Nessa perspectiva, o diálogo entre a memória e a história possibilita a vivência de uma sensibilidade temporal mais subjetiva e qualitativa e não meramente cronológica.
  • E. A nova história social inglesa procurou romper com o marxismo economicista e propôs um diálogo entre a dimensão econômica e cultural. Thompson é um historiador emblemático nessa direção. O trabalho desse historiador com o tempo também vai na direção da subjetividade.

A pedagogia griô é uma experiência de ensino de história herdada da cultura africana e indígena que pode contribuir para a expansão do sentimento de historicidade no ambiente escolar, de modo que as novas gerações adquiram o gosto pelo passado por meio da presença de narradores na sala de aula, uma vez que os griôs são os guardiões de memória, possibilitando que os alunos se libertem desse sintoma terrível de desenraizamento por desconhecimento histórico. Essa possibilidade pedagógica se anunciou devido

  • A. Às contribuições do ensino de história positivista que trabalha com as biografias dos excluídos da história.
  • B. Às reformas nas políticas públicas educacionais nacionais que cada vez mais têm valorizado o investimento curricular no ensino da história e da geografia local, isso se confirma nos conteúdos do ENEM.
  • C. Ao profundo diálogo que existe entre a educação histórica na academia e a educação histórica nas escolas.
  • D. À sensibilidade histórica de nossos gestores que têm investido na expansão da conquista da cidadania dos moradores das cidades brasileiras, valorizando cada vez mais o ensino de história local e formando os sujeitos críticos em busca de seu protagonismo.
  • E. Ao amplo leque de possibilidades teóricas, metodológicas e temáticas que foi aberto com a chamada nova história, reconhecendo outras fontes para o ensino e para a pesquisa, para além das fontes escritas. Essa abertura contribuiu para a valorização das fontes orais no que diz respeito à escrita da história local, aprofundando crescentemente o diálogo entre a memória e a história.

“É que Narciso acha feio o que não é espelho”... Em se tratando da cultura política predominante no Brasil e no estado do Rio Grande do Norte, esse trecho da música do sábio compositor Caetano Veloso pode ser relacionado, EXCETO:

  • A. A uma histórica trajetória de planejamento urbano autoritário e vertical que reflete exclusivamente a concepção de cidade dos gestores e urbanistas.
  • B. Ao reflexo de uma cultura política e prática de planejamento urbano fundamentada nos interesses e necessidades de toda a população das cidades.
  • C. A uma herança autoritária e personalista no desenho arquitetônico das cidades brasileiras.
  • D. Aos resquícios da cultura oligárquica que fabrica e reproduz uma memória oficial celebrativa e de apologia aos ditos heróis com seus grandes feitos.
  • E. A uma concepção de patrimônio histórico enquanto vitrine das grandes obras edificadas construídas pelas celebridades, desenhando cidades com a fisionomia dos seus gestores, tornando opaca toda a escrita do texto cidade feita pelos excluídos.

Eric Hobsbawm, historiador britânico, identificou períodos subsequentes do século XIX, como a Era das Revoluções (1789–1848), a Era do Capital (1848–1875) e a Era dos Impérios (1875–1914), que levaram ao triunfo global do capitalismo. Em relação ao que chamou de breve século XX (1914–1991), formado pelo impacto da Revolução Russa, o autor propôs a Era dos Extremos, permeada pela Era da Catástrofe (1914–1945) e pela Era do Ouro (1947–1973). O autor ressalta que talvez a característica mais significativa do fim do século XX seja a tensão entre a acelerada globalização e a incapacidade conjunta das instituições públicas e do comportamento coletivo dos seres humanos de se acomodarem a ela.

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes, acerca dos regimes políticos e das principais correntes ideológicas que influenciaram os períodos relatados no texto.

Conforme as ideias liberais, o Estado vincula-se às iniciativas voltadas para a garantia do patrimônio público, mantendo-se alheio à atividade econômica.

  • C. Certo
  • E. Errado

Eric Hobsbawm, historiador britânico, identificou períodos subsequentes do século XIX, como a Era das Revoluções (1789–1848), a Era do Capital (1848–1875) e a Era dos Impérios (1875–1914), que levaram ao triunfo global do capitalismo. Em relação ao que chamou de breve século XX (1914–1991), formado pelo impacto da Revolução Russa, o autor propôs a Era dos Extremos, permeada pela Era da Catástrofe (1914–1945) e pela Era do Ouro (1947–1973). O autor ressalta que talvez a característica mais significativa do fim do século XX seja a tensão entre a acelerada globalização e a incapacidade conjunta das instituições públicas e do comportamento coletivo dos seres humanos de se acomodarem a ela.

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes, acerca dos regimes políticos e das principais correntes ideológicas que influenciaram os períodos relatados no texto.

A lenta democratização da sociedade burguesa teve, na experiência de 1848, a contribuição decisiva para converter o operariado em sujeito revolucionário e para que segmentos capitalistas reconhecessem a importância de medidas estatais voltadas para mínimas garantias aos trabalhadores e para as reformas sociais.

  • C. Certo
  • E. Errado
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