Questões sobre Teoria em História

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É importante frisar a contribuição da história para as novas gerações, considerando-se que a sociedade atual vive um presente contínuo, que tende a esquecer e anular a importância das relações que o presente mantém com o passado. Nos dias atuais, a cultura capitalista impregnada de dogmas consumistas fornece uma valorização das mudanças no moderno cotidiano tecnológico e uma ampla difusão de informações sempre apresentadas como novas e com explicações simplificadas que as reduzem aos acontecimentos imediatos.

No que se refere ao assunto abordado acima, é INCORRETO afirmar:

  • A.

    O direito à memória faz parte da cidadania cultural e revela a necessidade de debates sobre o conceito de preservação das obras humanas.

  • B.

    A constituição do Patrimônio Cultural e sua importância para a formação de uma memória social e nacional sem exclusões e discriminações é uma abordagem necessária a ser realizada com os educandos.

  • C.

    Introduzir na sala de aula o debate sobre o significado de festas e monumentos comemorativos, de museus, arquivos e áreas preservadas, é irrelevante a compreensão do papel da memória na vida da população.

  • D.

    Ao sintetizar as relações entre as durações e a constituição da memória e da identidade sociais o ensino de História pode favorecer o redimensionamento do presente na continuidade com os processos que o formaram e a construção de identidades com as gerações passadas.

Considerando os conceitos estruturadores da História, analise as afirmativas abaixo:

 I. O passado pode ser definido como uma série de eventos que tiveram lugar num momento anterior àquele que a consciência das pessoas identifica como momento presente.

II. O passado está intrinsecamente relacionado com o presente, e é nele que os historiadores, na prática de seu ofício de reconstituir o passado ou construir o conhecimento histórico, encontram as “lentes” com que olham para o passado.

III. O passado é, portanto, uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana. IV. O passado pode ser utilizado como padrão para determinadas sociedades que procuram reproduzir ou conservar em seu cotidiano as “velhas formas do viver”.

Estão corretas:

  • A.

    Somente I e II

  • B.

    Somente I, II e III

  • C.

    Somente I, III e IV

  • D.

    Todas as afirmativas

  • A.

    apesar de ser uma tarefa difícil, tanto para os colonizadores espanhóis quanto para os historiadores contemporâneos, é fundamental sujeitar a realidade aos seus próprios métodos de conquista ou de análise histórica.

  • B.

    a incompetência demonstrada pelas sociedades pré-colombianas em conduzir sua própria história foi consequência de sua incapacidade de estabelecer modelos civilizatórios semelhantes aos dos europeus.

  • C.

    um modelo pronto e acabado não foi uma aspiração exclusiva dos colonizadores espanhóis nem da análise histórica de muitos pesquisadores, porém, seu principal problema consiste em obrigar a realidade, por bem ou por mal, a adquirir a forma do modelo.

  • D.

    a superioridade cultural dos espanhóis à época da conquista da América foi benéfica para os indígenas, visto que estes não possuíam seus próprios modelos e viviam como animais selvagens.

  • E.

    a História da América não começa com o passado indígena porque a inexistência de modelos nestas sociedades impossibilita que o historiador desenvolva métodos de análise e de reconstituição histórica.

O foco no estudo dos processos históricos a partir de uma escala reduzida de análise que privilegie as práticas sociais específicas, os indivíduos anônimos, as ocorrências ordinárias do quotidiano e as realidades locais, enquanto meios para se atingir a compreensão de aspectos específicos de uma sociedade mais ampla enquadra-se nos pressupostos de qual escola historiográfica?

  • A.

    Escola dosAnnales.

  • B.

    Historicismo

  • C.

    Micro-História.

  • D.

    Nova História.

  • E.

    História Regional.

Em relação ao enfoque metodológico do historicismo alemão, pode-se afirmar que:

  • A.

    privilegiava as relações da cultura com a economia, a política e a sociedade como forma de compreender o processo histórico.

  • B.

    privilegiava os eventos em sua sequência, os personagens ilustres e os eventos políticos, militares e diplomáticos.

  • C.

    buscava na exaustiva análise dos diversos documentos históricos suas relações intrínsecas com o contexto linguístico ao qual estavam inseridos.

  • D.

    orientavam-se por meio da busca de indícios históricos presentes nos eventos quotidianos como forma de chegarem à verdade histórica.

  • E.

    privilegiava a história das massas desfavorecidas, propondo-se enquanto alternativa à história dos vencedores.

O século XX conheceu, no campo da historiografia, uma extraordinária mudança na concepção do documento e das fontes históricas disponíveis ao historiador. Sobre este aspecto, pode-se afirmar que:

  • A.

    houve, a partir dos pressupostos da escola metódica, uma reavaliação do valor de fontes históricas tradicionalmente utilizadas enquanto documentos históricos. Ou seja, as fontes orais, vestígios arqueológicos, objetos e utensílios deixaram de ter valor documental, dando espaço para as fontes textuais e escritas que permitiam aos historiadores confirmar sua veracidade.

  • B.

    a expansão documental começa com a gradual diversificação do que se entendia por fontes textuais, tradicionalmente registradas por meio da escrita. Por conseguinte, amplia a noção de fontes não textuais, que a partir de então também estariam disponíveis ao historiador: fontes orais, fontes iconográficas, objetos e utensílios, fontes naturais, etc. Marc Bloch foi um expoente desta problematização.

  • C.

    a escola do Annales, da qual Fustel de Coulanges e Georges Duby fizeram parte, foi responsável por uma mudança considerável nos paradigmas historiográficos sobre o documento histórico, bem como nas novas possibilidades metodológicas ao afastarem da análise econômica e da história política a história cultural. A cultura, a partir de então, deveria ser analisada fora da área de influência da economia e da política.

  • D.

    a História Social inglesa, da qual fizeram parte os historiadores Christopher Hill e E. P. Thompson, esteve envolvida na busca de novas fontes e novas concepções de documentos, bem como na ruptura com o materialismo histórico e a superação da metodologia marxista de análise histórica das sociedades.

  • E.

    Lucien Febvre, historiador francês integrante dos Annales, foi o responsável pela sistematização da vertente historiográfica posteriormente conhecida como História das Mentalidades. Nesta modalidade a compreensão dos sentimentos e subconscientes dos atores históricos era possibilitada por meio da análise de relatos obtidos junto à psicologia. Ciência, que com Sigmund Freud, ganhara notoriedade no início do século XX.

Segundo o historiador José Carlos Reis, no seu livro A História entre a filosofia e a ciência, quando se discutem paradigmas para a História, a pergunta a ser feita é: “houve alteração no coração da História, isto é, na concepção do tempo histórico?” (REIS, 1999, p. 61). Logo abaixo, estão transcritas três concepções historiográficas para o tempo histórico. Assinale a alternativa que traz, respectivamente, a escola historiográfica que assume cada uma dessas concepções.

I O tempo da historiografia [...] é, portanto, iluminista: progressivo, linear, evolutivo em direção à sociedade moral, igual, fraterna. (REIS, 1999, p. 15);

II [...] compreende a história como uma aceleração do tempo em direção ao futuro livre. O presente é consumido pelo futuro, não pela evolução gradual e pacífica, mas pela crise permanente. (REIS, 1999, p. 51);

III [...] o conceito de tempo histórico consiste, fundamentalmente, na superação estrutural do evento [e] considera a longa duração e os tempos articulados. (REIS, 1999, p. 63-71).

  • A.

    Positivismo, Annales, Materialismo.

  • B.

    Historicismo, Materialismo, Annales.

  • C.

    Romantismo, Positivismo, Historicismo.

  • D.

    Positivismo. Materialismo, Annales.

  • E.

    Materialismo, Positivismo. Romantismo.

Leia o texto abaixo, e em seguida assinale a alternativa correta: “De fato, tal como na recordação, no historiador a herança do passado não é uma simples acumulação dos acontecimentos. Ao invés, tudo se passa como se a consciência do presente saltasse anos e séculos para escolher os momentos em que ela encontra a sua arqueologia e os momentos fortes do sentido que quer dar ao seu percurso. Atitude que, porém, não pode acionar a destemporalização do sujeito-historiador como se este estivesse podido estar lá, no passado, quando este foi presente. Mas ela também não pode cingir-se à curiosidade ‘antiquária’, ou à função de coveiro a desenterrar cadáveres após o cumprimento do ciclo da putrefação (e do esquecimento).”

  • A.

    Devido ao seu papel de “guardião de memórias”, cabe ao historiador, sobretudo para fazer frente ao imediatismo do mundo contemporâneo, a função de preservar as lembranças do maior número de fatos passados.

  • B.

    Munido de uma formação acadêmica específica, o historiador, como todo pesquisador, deve manter uma inflexível imparcialidade frente ao seu objeto de estudo. No caso específico do conhecimento historiográfico, isso é facilitado pela distância temporal que separa o sujeito-pesquisador do seu objeto.

  • C.

    A destemporalização defendida pelo autor diz respeito à necessidade que sente o historiador de se desligar do seu próprio tempo e enveredar por um tempo pretérito. Só através desse exercício, o historiador poderá ser honesto com os fatos que salva do esquecimento.

  • D.

    O ofício do historiador está envolvido numa encruzilhada temporal: se, por um lado o seu objeto teve uma existência no passado, por outro, os interesses e problemáticas que movem este pesquisador surgem dos anseios do seu próprio tempo.

  • E.

    A metáfora do historiador-coveiro serve para nos lembrar que a função primeira do ofício de historiador é resgatar do passado a memória dos sujeitos esquecidos. Desse modo, este profissional será tão mais competente quanto menos interferir nas narrativas desses sujeitos.

O hermeneuta Paul Ricoeur, ao pontuar as interseções entre a narrativa historiográfica e a ficcional, fez a seguinte colocação:

“O problema será, então, mostrar como a refiguração do tempo pela história e pela ficção se concretiza graças a empréstimos que cada modo narrativo toma do outro. Esses empréstimos consistirão no fato de que a intencionalidade histórica só se efetua incorporando à sua intenção os recursos de ficcionalização que dependem do imaginário narrativo, ao passo que a intencionalidade da narrativa de ficção só produz os seus efeitos de detecção e de transformação do agir e do padecer assumindo simetricamente os recursos de historicização que lhe oferecem as tentativas de reconstrução do passado efetivo. Desses intercâmbios íntimos entre historicização na narrativa de ficção e ficcionalização da narrativa histórica, nasce o que chamamos de tempo humano, e que é senão o tempo narrado.”

(RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Tomo III. Campinas, SP: Papirus, 1997, p. 176-177). A partir do pensamento exposto e das discussões travadas nas últimas décadas no âmbito da historiografia, julgue os itens e assinale a alternativa correta:

I Hoje há um consenso entre os historiadores de que a narrativa historiográfica não se diferencia da narrativa ficcional, logo a produção acadêmica de um historiador tem o mesmo estatuto e objetivos da produção de um literato.

II Divergências à parte, é cada vez mais comum a aceitação de que as narrativashistoriográfica e ficcional, embora mantendo as suas respectivas particularidades, se aproximam em muitos aspectos e tomam “emprestados”, uma da outra, recursos narrativos para melhor sustentar seus enunciados e dialogar com seus públicos.

III Fenômeno essencialmente histórico, o tempo, ou seus efeitos sobre os homens, só pode ser entendido e descrito pela historiografia. Desse modo, entende-se o porquê da ficção, em termos de capacidade de narrativização de experiências e sentimentos humanos, continuar a manter um estatuto inferior em relação às narrativas historiográficas.

Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)

  • A.

    Apenas a alternativa I.

  • B.

    Apenas a alternativa II.

  • C.

    Apenas a alternativa IIII.

  • D.

    As alternativas I e II.

  • E.

    As alternativas II e III.

O texto a seguir serve de parâmetro para pensar o fenômeno de vendas em que se transformaram os livros com temáticas históricas. Após a leitura, marque a alternativa INCORRETA.

  • A.

    Segundo a crítica da autora, a produção da dita história “não acadêmica” encontra acolhida entre o grande público devido, entre outros motivos, ao seu diálogo com fórmulas de explicação simplistas, já há algum tempo criticadas na Academia.

  • B.

    Se, por um lado, essa “história de massas” simplifica processos históricos complexos na tentativa de construir uma veia explicativa que possa ser entendida pelo grande público, por outro, força uma reflexão no sentido de tornar, na medida do possível, o conhecimento historiográfico acessível a uma parcela maior de leitores.

  • C.

    Levando-se em consideração que a modalidade “não acadêmica” da história se orienta pelas crenças e curiosidades comuns ao seu tempo, entende-se o porquê de, por volta dos anos 2000 e 2008, ter havido, no Brasil, um boom editorial de livros cujas temáticas envolveram, respectivamente, a chegada dos portugueses à América e a transferência da família real portuguesa para o Brasil.

  • D.

    Adotando um princípio teleológico de explicação, onde todos os fatos estariam ligados entre si e levariam a um desfecho inevitável, a produção “não acadêmica” da história possibilita, ao leitor não especializado, um entendimento confortável do passado.

  • E. Sem ligação com questões de ordem comercial, o sucesso de vendas de livros com temática histórica se deve às iniciativas bem sucedidas de historiadores, das mais variadas correntes, no sentido de transpor os muros das Universidades e alcançar o grande público.
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