Questões de História da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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Considere a afirmação abaixo.

Para conhecer tais características, é necessário

  • A.

    aplicar prontamente projetos de motivação à leitura, como Bibliotecas Móveis, e verificar os resultados obtidos por meio da freqüência observada de pais e alunos.

  • B.

    realizar entrevistas que levantem informações a respeito do uso da Internet, a fim de conscientizar os alunos sobre os prejuízos causados pela influência dessa mídia.

  • C.

    envolver preferencialmente toda a equipe escolar na investigação dos hábitos culturais daquela comunidade e realizar uma avaliação diagnóstica dos estudantes.

  • D.

    sondar a profissão e o grau de escolaridade dos pais dos alunos, priorizando inicialmente o letramento dos adultos, antes de desenvolver projetos com os estudantes.

  • E.

    avaliar os índices de reprovação registrados na escola, uma vez que estes são os principais indicadores do grau de letramento e das dificuldades da comunidade.

Na análise de fotografias em sala de aula, é importante ressaltar que estas são "recortes" da realidade, uma vez que são imagens criadas por um autor, construídas como ex-pressões de um momento específico, de acordo com téc-nicas de captação e reprodução. Sendo assim, ao analisar historicamente uma fotografia, como a reproduzida a seguir, os alunos devem aprender a questionar a imagem, ou seja,

I. formular questões a partir da observação minucio-sa, sem ler previamente a legenda, atentando para elementos como lugar, época, ação retratada, estilo das vestimentas, construções e outros detalhes.
II. procurar perceber o olhar do fotógrafo em relação à cidade, identificando os elementos que ele procurou privilegiar, como valores, hábitos e possíveis im-pressões sugeridas pela cena retratada.
III. elaborar uma narrativa ficcional, isto é, uma deter-minada história para aquela imagem, atividade mais produtiva que efetuar a interpretação da fotografia por meio de tentativas de contextualização.
IV. refletir sobre a historicidade do documento, perce-bendo que a fotografia pressupõe o domínio de cer-ta técnica, o gosto estético do seu autor e os limi-tes e possibilidades do seu contexto de produção.

É correto o que se afirma APENAS em

  • A.

    I e II.

  • B.

    II e III.

  • C.

    III e IV.

  • D.

    I, III e IV.

  • E.

    I, II e IV.

A formulação das propostas curriculares de História, nos anos noventa, contribuiu para a discussão de novos conteúdos e métodos de ensino nessa área. Dentre as inovações apresentadas por tais propostas, pode-se destacar a

  • A.

    substituição do enfoque dos aspectos sócio-políticos e culturais dos conteúdos pelos chamados eixos temáticos.

  • B.

    ampliação do conceito de cidadania e maior flexibili-zação do currículo para a montagem e organização dos conteúdos.

  • C.

    retomada da perspectiva positivista, a fim de sanar o crescente déficit de aprendizagem verificado nos alunos de escola pública.

  • D.

    ênfase na formação do pensamento crítico, através do estudo do passado com o objetivo de compreen-der o presente e projetar o futuro.

  • E.

    reformulação do papel do professor, que passou a ser encarado como um profissional técnico e não mais como um educador humanista.

Na época da colonização do Brasil, o Estado Português, segundo o historiador Boris Fausto, era um Estado Absolutista. É correto afirmar que, num Estado Absolutista, há, por definição,

  • A.

    controle total da Monarquia sobre países vizinhos e colônias subjugadas.

  • B.

    equivalência total entre os interesses da Igreja e os interesses do rei.

  • C.

    centralização de todos os órgãos administrativos na Coroa.

  • D.

    concentração dos poderes, por direito divino, nas mãos do rei.

  • E.

    subordinação da Coroa aos poderes legislativo e executivo do Estado.

A população indígena existente na época da chegada dos portugueses, no território que viria a ser o Brasil,

  • A.

    organizava-se em sociedades igualitárias, não existindo hierarquias internas.

  • B.

    caracterizava-se pela cordialidade, a não belicosidade e a cultura de subsistência.

  • C.

    definia-se como politeísta e dominava técnicas primitivas e rudimentares.

  • D.

    praticava largamente a miscigenação entre as etnias, sem preconceitos raciais.

  • E.

    distribuía-se em diversificadas etnias e tribos, muitas delas localizadas na costa litorânea.

Sérgio Buarque de Holanda, em Raízes do Brasil destaca, a respeito dos colonizadores portugueses, as seguintes características:

I. O espírito aventureiro, a plasticidade social e a grande capacidade de adaptação às condições e circunstâncias que se apresentavam na colônia.
II. A prática constante da cooperação entre os indivíduos, a fim de superar obstáculos e dificuldades para a comunidade, como os constantes ataques indígenas.
III. O empenho no planejamento do meio urbano, ainda que predominassem, nos ambientes sociais e domésticos, o patriarcalismo e os valores aristocráticos.
IV. A supervalorização das relações afetivas e pessoais, a prática do bacharelismo e o predomínio do "privado" sobre o "público".

É correto o que se afirma APENAS em

  • A.

    I e II.

  • B.

    I e III.

  • C.

    I e IV.

  • D.

    II e III.

  • E.

    III e IV.

O historiador Boris Fausto considera que as bandeiras foram a grande marca deixada pelos paulistas na vida colonial do século XVII. Dentre os efeitos provocados por essas expedições, destaca-se:

  • A.

    destruição e saque de aldeias, abertura de caminhos rumo ao litoral e ao interior, fundação de vilas e apresamento de índios.

  • B.

    descobrimento de minas, delimitação das fronteiras territoriais da colônia, oposição à Coroa e aos princípios do catolicismo.

  • C.

    independência econômica de São Paulo, liquidação de quilombos e destruição de missões jesuíticas.

  • D.

    conflitos com a Metrópole, expansão do cultivo do trigo e da cana-de-açúcar, branqueamento da população urbana do sudeste.

  • E.

    crescimento interno do tráfico negreiro, sincretismo com a cultura indígena, difusão da pequena propriedade rural.

Pode-se afirmar que, no tipo de sociedade gerada pela economia açucareira, vigente no período colonial, existia, além de Senhores de Engenho e Escravos, um grupo social de homens livres, composto por

  • A.

    mulatos ou negros libertos, por meio da concessão de alforrias, que se tornavam trabalhadores assalariados nas plantações de grande porte.

  • B.

    artesãos especializados em atividades urbanas, como carpinteiros, mestres-de-açúcar, ferreiros, barqueiros e serralheiros.

  • C.

    plantadores de cana independentes que não possuíam recursos para montar um Engenho e se estabeleciam nas proximidades de algum destes.

  • D.

    padres e jesuítas que viviam como agregados nas fazendas, muitas vezes habitando a Casa Grande junto com a família senhorial.

  • E.

    mascates que abasteciam as fazendas dos produtos alimentícios que não podiam ser facilmente produzidos.

Considere a imagem e os enunciados abaixo sobre a Inconfidência Mineira.

I. Foi um movimento de rebeldia protagonizado por membros da elite mineira e influenciado pelas novas idéias que surgiam na Europa e na América do Norte, nessa época.
II. Ocorreu devido à luta pelos ideais abolicionistas, em Minas Gerais, encampada por padres, mineradores e agricultores anti-lusitanos que ansiavam pela modernização e pela independência da Colônia.
III. Originou-se como reação às muitas restrições, tributos e exigências impostos pela Coroa à região das Minas, contou com a participação de intelectuais e o apoio de alguns militares do Rio de Janeiro.
IV. Contribuiu, apesar de seu fracasso, para disseminar ideais independentistas e mitificar um herói nacional, Tiradentes, posteriormente transformado em mártir durante a República.

É correto o que se afirma APENAS em

  • A.

    I e II.

  • B.

    II e III.

  • C.

    II e IV.

  • D.

    I, II e III.

  • E.

    I, III e IV.

No século XIX, Dom Pedro II estimulou instituições de pesquisa como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e patrocinou estudiosos e historiadores como Francisco Adolfo Varhagen e Karl Phillipp Von Martius. O empenho do imperador em investir em estudos sobre a História do Brasil era motivado principalmente pela

  • A.

    curiosidade dos viajantes e negociantes estrangeiros que constantemente instigavam o Imperador a respeito de explicações sobre a origem de certos hábitos e valores arraigados na cultura brasileira.

  • B.

    constatação da crescente degradação da cultura e da população indígenas, que precisavam ser salvas e revalorizadas por meio da divulgação de seus costumes ancestrais, sem o filtro do olhar do colonizador branco.

  • C.

    reivindicação veemente da sociedade brasileira, que clamava medidas urgentes para solucionar o problema da baixa escolaridade e da falta de informação sobre a história de seu próprio país.

  • D.

    necessidade de legitimar-se no poder, associando sua figura a uma tradição exemplar de autoridades luso-brasileiras e à idéia de que a Nação possuía um passado marcado por grandes efemérides.

  • E.

    visão liberal e iluminista desse Imperador que procurou incentivar as ciências e as artes nacionais a fim de difundir uma imagem positiva na Europa e ser lá reconhecido como um déspota esclarecido.

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