Questões de História da Universidade da Amazônia (UNAMA)

NAS QUESTÕES NUMERADAS DE 16 A 40, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA QUE RESPONDE CORRETAMENTE AO ENUNCIADO.

João Goulart, o último dos presidentes da fase do populismo no Brasil, foi empossado no dia 07/09/1961, sob a égide do regime parlamentarista, isso porque:

• A.

  a Constituição em vigor na época, a de 1946, previa que em caso de o presidente da república renunciar ou morrer antes de um ano de governo, como era a situação em questão devido à renúncia de Jânio Quadros, o vice deveria ser empossado dentro do regime parlamentarista.

• B.

  vivia-se o auge da Guerra Fria com o mundo dividido entre os regimes capitalista e socialista e nesse embate estava a América Latina pressionada pelos EUA a aderir ao seu bloco, o que limitava políticos comunistas a assumirem o governo dos países desse continente com os poderes que o presidencialismo lhes conferia.

• C.

  o país vivia uma grande crise econômica, política e social provocada pela renúncia do presidente Jânio Quadros, após um (1) ano de governo marcado por turbulências provocadas pelas tentativas de golpes militares, greves de trabalhadores e desobediência de vários segmentos da população.

• D.

  os Ministros Militares, uma parte das Forças Armadas e segmentos civis da população brasileira não queriam sua posse, acusando-o de ser socialista, daí porque assumiu como presidente dentro de um regime parlamentar que deveria ser referendado ou não através de um plebiscito popular.

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A partir da leitura do documento acima e dos estudos que a História nos oferece sobre a industrialização brasileira no início do século XX, podemos dizer que:

• A.

  a maioria das indústrias brasileiras se concentrava no sudeste brasileiro e era predominantemente voltada para a fabricação de tecidos e alimentos, sendo os nossos primeiros industriais emergentes da aristocracia cafeeira.

• B.

  as indústriais no Brasil se concentravam na região sul do país, com uma fabricação diversificada de produtos e os primeiros industriais eram brasileiros que haviam enriquecido com fazendas de café.

• C.

  as indústriais no Brasil se concentravam na região sul do país, com uma fabricação diversificada de produtos e os primeiros industriais eram brasileiros que haviam enriquecido com fazendas de café.

• D.

  as indústrias brasileiras eram, na sua maioria, pequenas fábricas de tecidos que se concentravam no sudeste do país e tinham como proprietários imigrantes europeus e brasileiros, esses últimos enriquecidos pela lavoura e comércio cafeeiro.

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A partir da leitura do documento acima e dos estudos históricos que se têm sobre a borracha na Amazônia, podemos afirmar corretamente que:

• A.

  a borracha, assim como outros produtos econômicos brasileiros, o açúcar na Colônia e o café no Império e República, se caracterizaram por uma prosperidade e fausto passageiros. No caso da borracha, esta permaneceu na região através da suntuosidade das construções públicas e privadas que atendiam à elite gomífera.

• B.

  o sistema de produção e trocas que vinha desde o período colonial na Amazônia foi a base em que se assentou a produção gomífera. Esse sistema, conhecido como aviamento, constituía-se em um sistema de créditos, caracterizado pelas trocas que eram feitas entre as casas aviadoras e responsáveis pelo abastecimento dos seringais e as casas exportadoras da borracha.

• C.

  a Amazônia, entre a primeira metade do século XIX e início do XX, viveu um breve período de expansão da produção do látex, mas isso lhe deu status para participar do comércio internacional, o que trouxe para a região muitos excedentes de capitais que se materializaram em obras de infra-estrutura para uma indústria nascente.

• D.

  a partir dos finais do século XIX, até a Segunda Guerra Mundial, a Amazônia foi a maior produtora de látex e esse fato lhe trouxe um grande desenvolvimento devido à criação das "casas aviadoras", o que inaugurava na região o sistema de fornecer mercadorias a crédito.

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Dentre os grandes projetos implantados na Amazônia nas décadas de 70 e início de 80, temos a Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Sobre ela é correto afirmar que:

• A.

  foi construída no final da ditadura militar e a sua grande finalidade seria o aproveitamento do rio Tapajós, no sudeste do Pará, de modo a contribuir para integrar a região Amazônica ao Sul do país, dento de um plano de desenvolvimento regional que tinha como meta a implantação de indústrias que necessitavam desse potencial hídrico.

• B.

  sua construção se deu no período da ditadura militar e foi sustentada pelo discurso de progresso para a região, a partir do aproveitamento da sua bacia hidrográfica, em vista do seu potencial hidrelétrico, de modo a viabilizar a implantação de projetos minero-metalúrgicos, como o da Albrás e o Grande Carajás, especialmente em um momento em que ocorria a crise internacional de petróleo.

• C.

  sua efetivação se deu nos momentos finais do período da ditadura militar, mas fazia parte dos planos do desenvolvimento regional desde o início dos anos 70, pois garantiria energia elétrica para Belém e Manaus, ao mesmo tempo em que integraria a região Amazônica às regiões Nordeste e Sudeste.

• D.

  a construção dessa hidrelétrica trouxe profundas alterações para o espaço amazônico, pois, para a formação do reservatório hidráulico, alguns municípios paraenses foram totalmente inundados. Em contrapartida, a Eletrobrás, responsável por sua construção, ergueu vários núcleos urbanos em seu entorno, absorvendo, assim, a população dos municípios que haviam submergidos.

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Em seu livro Introdução à História, o conhecido historiador francês Marc Bloch afirmou que algumas vezes se toma a História por uma "ciência do passado", quase desconsiderando a especificidade do ofício de historiador. Nesse sentido, é correto afirmar que, hoje, esse ofício caracteriza-se por:

• A.

  localizar fontes e descrever os fatos tal qual ocorreram no passado, de forma a tornar a história uma ciência das sociedades humanas.

• B.

  interpretar documentos escritos e orais à luz de perguntas / problemas contemporâneos, abrindo um diálogo que une ciência, arte e cultura na escrita da história humana.

• C.

  descobrir novas fontes escritas para recuperar a organização das sociedades através das vozes e ciência plena dos governantes e de suas ações históricas.

• D.

  interpretar documentos e estatísticas para mapear os fundamentos científicos, exatos e econômicos sustentadores da sociedade do passado e do presente.

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A partir do documento acima e dos estudos que se têm sobre a produção historiográfica podemos dizer que:

• A.

  a historiografia atual, escrita em grande parte no século passado, é conhecida como La nouvelle histoire, A Nova História, e surge nos inícios do século XX, através de um grupo que se reunia em torno da revista dos Annales e que se insurgiu contra a historiografia tradicional, que valorizava a narrativa tradicional de acontecimentos.

• B.

  a França, através de um grupo de historiadores marxistas, dentre os quais Marc Bloch e Lucien Febvre, propunha reinterpretar a história tradicionalmente conhecida como positivista e reescrevê-la a partir dos paradigmas econômicos.

• C.

  uma grande parcela da produção historiográfica atual vem da França, que legou aos historiadores de outros países e, muito particularmente, aos brasileiros uma história vista de baixo, que será o paradigma principal proposto pela Nova História Francesa.

• D.

  historiadores franceses e norte-americanos, a partir da Primeira Guerra Mundial, irão propor uma história escrita com base em conceitos marxistas como estrutura e luta de classe, opondose ao paradigma tradicional, que privilegia os fatos políticos.

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A história escrita a partir de grandes acontecimentos políticos, que privilegia os heróis, as datas e é narrada linearmente é conhecida como:

• A.

  Nova História.

• B.

  Iluminista

• C.

  Marxista.

• D.

  Positivista.

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São poucos os vestígios arqueológicos pré-históricos que nos restaram hoje. Trata-se basicamente de dois tipos de artefatos: os líticos, obtidos a partir de seixos, blocos de pedra de lascas finas ou espessas, e os artefatos líticos polidos, obtidos a partir de seixos, blocos de pedra e lascas espessas. Identifique a alternativa que expressa a diferença entre esses dois tipos de artefatos líticos ou de pedra:

• A.

  os seus usos são diferentes: os de pedra lascada serviam para matar animais e os de pedra polida para cortá-los e prepará-los melhor para serem absorvidos de forma mais correta pelo organismo humano.

• B.

  foram inventados em períodos diferentes: os de pedra lascada eram usados pelos homens do paleolítico (Idade das Pedras) e os de pedra polida eram típicos das primeiras civilizações, como as do Egito e Mesopotâmia.

• C.

  quanto a sua durabilidade e eficiência, os de pedra polida eram mais fáceis de quebrar, pois foram limados; já os de pedra lascada, mais avançados, eram mais resistentes, dando chance ao homem pré-histórico de melhorar a qualidade de sua alimentação.

• D.

  quanto ao tempo e aos usos mais elaborados, os de pedra lascada (Idade da Pedra lascada) foram os primeiros a serem inventados, sendo mais rústicos; já os de pedra polida (Neolítico) são mais precisos e mais eficientes para dominar e matar inimigos/comida.

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"Democracia: palavra grega (...) O que significava ela em grego e na Grécia? Poder do povo, certamente. Mas a palavra demos podia designar também (...) a multidão (...) que os gregos também denominavam os "maus", os "pobres"." (François Hartog."Os Antigos". In: Robert Darnton (org.) Democracia.São Paulo: Record, 2001, p. 89).

O trecho acima identifica uma ambigüidade no conceito grego de democracia. Na Atenas do século V a. C., a democracia era para os 'maus' e 'pobres' um sistema político que os:

• A.

  incluía parcialmente, pois os que eram poderosos e ricos, aqueles denominados de os "maus", eram incluídos, mas os "pobres", reconhecidos por atenienses livres e escravos sem dinheiro, não o eram.

• B.

  excluía totalmente, já que "maus" e "pobres' eram os escravos e trabalhadores livres sem propriedades e estes estavam fora da democracia representativa ateniense.

• C.

  incluía parcialmente, já que os "pobres" eram cidadãos desde que livres e atenienses e os "maus" sempre eram cidadãos plenos, mesmo sem merecerem sê-lo.

• D.

  excluía totalmente, já que a cidadania ficava restrita na Atenas antiga aos "ricos" e "bons", aqueles que detinham o poder político e social em um mundo escravocrata.

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Na Europa moderna, um burgo designava geralmente uma cidade comercial, que se desenvolvia fora das muralhas do núcleo urbano primitivo, senhorial. O aparecimento dos primeiros burgos modernos caracterizaram o:

• A.

  aparecimento das primeiras cidades atuais, com a divisão social do trabalho sustentada pelos setores do comércio, indústria e pelo setor agrícola. Os donos dos burgos eram os burgueses.

• B.

  surgimento das cidades modernas, como núcleos urbanos diferentes daqueles da Idade Média, onde os senhores feudais donos dos burgos e dos castelos mandavam e governavam.

• C.

  fim do mundo medieval, demarcado pelo poder descentralizador dos feudos. Os burgos abriram caminho para a urbanização moderna e o surgimento da burguesia.

• D.

  fim da Idade Média e o surgimento da burguesia. Os burgos atraíam comerciantes, os burgueses, que enriqueciam derrubando os reis absolutistas e centralizadores, os sustentadores do poder rural na Idade Média européia.