Questões sobre Educação dos Surdos

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Segundo a Lei Número 12.319 de 1º de Setembro de 2010 que Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS em seu Art. 4o A formação profissional do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de: I - cursos de educação profissional reconhecidos pelo Sistema que os credenciou; II - cursos de extensão universitária; e III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições credenciadas por Secretarias de Educação. Parágrafo único. A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada por organizações da sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por uma das instituições referidas no inciso III. Segundo a lei:

    A) A formação técnica para intérpretes de LIBRAS pode ocorrer de modo autônomo porque toda e qualquer pessoa ao aprender sinais, principalmente pela falta de profissionais para atender a demanda, estará apta a atuar como intérprete. Pensando nisso o MEC propôs o Pró-LIBRAS como meio de avaliar a habilidade da pessoa que mesmo tendo conhecimento em nível básico poderia atuar como TILs.

    B) A formação tecnológica para intérpretes de LIBRAS pode ocorrer de modo autodidata porque toda e qualquer pessoa ao aprender sinais, principalmente pela falta de profissionais para atender a demanda, estará plenamente apta a atuar como intérprete. Pensando nisso o MEC propôs o dicionário eletrônico como meio de democratizar a habilidade da pessoa que mesmo tendo conhecimento em nível intermediário poderia atuar como intérprete.

    C) A formação principal para intérpretes de LIBRAS pode ocorrer de modo comunitário porque toda e qualquer pessoa ao aprender sinais com amigos surdos, principalmente pela falta de profissionais para atender a demanda, estará apta a atuar como intérprete. Pensando nisso o MEC propôs a atuação entre os surdos como meio de comprovação da habilidade interpretativa do TILs.

    D) A formação para intérpretes de LIBRAS deve ocorrer de modo responsável porque toda e qualquer pessoa ao aprender sinais, principalmente pela falta de profissionais para atender a demanda, precisa de formação técnica sobre interpretação e o comprometimento com a comunidade surda no que se refere ao conhecimento técnico sobre interpretação. Isso abrange vocabulário, conhecimento direcionado e ético na atuação.

    E) A formação para intérpretes de LIBRAS deve ocorrer de modo responsável porque toda e qualquer pessoa ao aprender sinais, principalmente pela falta de profissionais para atender a demanda, precisa de formação técnica sobre interpretação e o comprometimento com as pessoas ouvintes no que se refere ao conhecimento técnico sobre interpretação. Isso abrange vocabulário, conhecimento direcionado e ético na atuação.

Leia os fragmentos a seguir:


Texto 1 - “Um grupo de pessoas se mobilizou pacificamente na manhã desta sexta-feira (29), em frente ao Paço Municipal de Sorocaba, para criticar a ausência de intérpretes de libras nas salas de aula das escolas da rede municipal de ensino. Os participantes, que revezaram o microfone para falar do problema, alegam que os estudantes surdos não têm conseguido acompanhar o conteúdo desde o início oficial do ano letivo, em 5 de fevereiro. “Não estamos pedindo esmola, apenas o que é de direito”, constava em um dos cartazes exibidos na mobilização”. Notícia extraída do Jornal O Cruzeiro no dia 29/03/2019.


Texto 2 – (Imagem) Entenda como Imagem 1 segregação, 2 inclusão, 3 integração e 4 exclusão:



    A) A reportagem apresentada pelo jornal “O Cruzeiro” se comunica diretamente com o modelo apresentado na figura 4 porque a manifestação na cidade de Sorocaba aborda a situação de descaso entre poder público e pessoas surdas, assim como os membros de sua comunidade.

    B) A reportagem apresentada pelo jornal “O Cruzeiro” se comunica diretamente com o modelo apresentado na figura 3 porque a manifestação na cidade de Sorocaba aborda a situação de preocupação entre poder público e pessoas surdas, assim como os membros de sua comunidade.

    C) A reportagem apresentada pelo jornal “O Cruzeiro” se comunica diretamente com o modelo apresentado na figura 1 porque a manifestação na cidade de Sorocaba aborda a situação de diálogo entre poder público e pessoas surdas, assim como os membros de sua comunidade.

    D) A reportagem apresentada pelo jornal “O Cruzeiro” se comunica diretamente com o modelo apresentado na figura 2 porque a manifestação na cidade de Sorocaba aborda a situação de desabafo entre poder público e pessoas surdas, assim como os membros de sua comunidade.

    E) A reportagem apresentada pelo jornal “O Cruzeiro” não se comunica diretamente com o modelo apresentado na figura 4 porque a manifestação na cidade de Sorocaba não aborda a situação de descaso entre poder público e pessoas surdas, assim como os membros de sua

Leia o fragmento:


“...é necessário mudar o discurso em circulação no que tange a diversidade humana. Outra alegoria que exclui parecendo elogiar é o estigma da superação. As pessoas surdas, cegas, Down, Martin Bell, cadeirantes, entre tantas outras possibilidades, não são obrigadas, tampouco querem ser exemplos de superação para as demais pessoas. Esse tipo de marketing ultrapassado, não contribui para uma sociedade igualitária. Ser enunciado como sinônimo de superação não é elogio. Afinal, quando o meio não acolhe, não é a pessoa que é “deficiente”, mas o ambiente no qual e com o qual ela precisa interagir é que se faz deficitário. Grosso modo, e isso já deveria ter sido superado nos ambientes escolares, de trabalho e lugares públicos, não é a pessoa que precisa superar os obstáculos, mas os ambientes é que deveriam ser projetados para todos os biotipos.” (GARCIA, 2019, p.08)


O conceito de deficiência apresentado pelo autor é denominado pela socioantropologia como:

    A) Deficiência Bioecológica

    B) Deficiência Socioantropológica

    C) Deficiência Biotecnológica

    D) Deficiência Sociointeracionista

    E) Deficiência Biopolítica

Segundo a Lei Brasileira de Inclusão, Lei 13.146: Art. 4 Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. § 1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas. § 2º A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios decorrentes de ação afirmativa. Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante. Parágrafo único. Para os fins da proteção mencionada no caput deste artigo, são considerados especialmente vulneráveis a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência. Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
•I – casar-se e constituir união estável; •II – exercer direitos sexuais e reprodutivos; •III – exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; •IV – conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; •V – exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e •VI – exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade competente qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa com deficiência. Parágrafo único. Se, no exercício de suas funções, os juízes e os tribunais tiverem conhecimento de fatos que caracterizem as violações previstas nesta Lei, devem remeter peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico. Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de:
•I – proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; •II – atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público; •III – disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas; •IV – disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e garantia de segurança no embarque e no desembarque; •V – acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis; •VI – recebimento de restituição de imposto de renda; •VII – tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências.
§ 1º Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao acompanhante da pessoa com deficiência ou ao seu atendente pessoal, exceto quanto ao disposto nos incisos VI e VII deste artigo. § 2º Nos serviços de emergência públicos e privados, a prioridade conferida por esta Lei é condicionada aos protocolos de atendimento médico. Se tratando da LBI, tendo a lei como fundamentos dos direitos das pessoas com deficiências serão falsas as seguintes afirmações:
I – Os surdos não são assistidos assegurados pela LBI porque se trata de identidade e não de uma deficiência. II – Os TILs não são profissionais que se encaixam como meio de acessibilidade porque seu trabalho é de interpretação de uma língua e por isso não estabelece conexão com o sentido de inclusão. III – Se uma pessoa nasceu ouvinte e perdeu a audição, nesse caso ela será beneficiada pela LBI porque se trata de um déficit e por isso compreendido como deficiência. O surdo não. IV – A LBI não faz distinção de pessoas. Todos são dotados de direitos e esse é um princípio de legitimação da condição humana. São falsas as seguintes afirmações:

    A) III, IV, II

    B) IV, I, III

    C) II, III, I

    D) I, IV, II

    E) I, II, IV

Deu no site da Revista Eletrônica Brasil Escola: A Língua Brasileira de Sinais, conhecida amplamente por Libras, é usada por milhões de brasileiros surdos e ouvintes. De acordo com o IBGE, há mais de dez milhões de pessoas com alguma deficiência auditiva no Brasil. A educação de surdos no país – que resultou na criação da Libras – remonta à instalação da primeira escola para surdos no século XIX. O desenvolvimento de políticas de inclusão para a comunidade surda fez com que, em 2002, a Libras fosse reconhecida como língua oficial durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, pela Lei nº 10.436. Isso foi resultado de ampla mobilização da comunidade surda na luta pela ampliação de seus direitos. Assinale a alternativa correta:

    A) O autor do texto comete dois grandes erros: 1- A Libras não foi criada, é uma língua legitima e atende a todo processo cultural e cognitivo das pessoas surdas. 2 – Deficiência auditiva é uma coisa e pessoa surda outra. O primeiro se trata de perdas auditivas por meio de ouvintes e o segundo de pessoas que constroem o seu universo cultural por meio de construções imagéticas.

    B) O autor do texto não comete erros porque a Libras foi criada pelos franceses, é uma língua legitima e atende a todo processo cultural e cognitivo das pessoas surdas. 2 – Deficiência auditiva é uma coisa e pessoa surda outra. O primeiro se trata de perdas auditivas por meio de ouvintes e o segundo de pessoas que constroem o seu universo cultural por meio de construções imagéticas.

    C) O autor do texto expõe de modo claro as necessidades da comunidade surda de criar uma língua para atender a sua deficiência auditiva, afinal, é muito dificultoso para as pessoas com surdez aprenderem a língua oral auditiva em função de seu problema auditivo. Portanto, compreender a importância da LIBRAS e sua invenção é informação importante.

    D) O autor do expõe comete dois acertos: 1- Define que a LIBRAS é uma língua criada para auxiliar as pessoas surdas. 2 – Define que deficiência auditiva, surdez e surdos são a mesma coisa. Em função disso, explica seu processo de nascimento como meio de auxiliar as pessoas surdas em sua comunidade e estudos.

    E) O autor propõe pensar sobre a importância da invenção e nascimento da LIBRAS como meio de comunicação para as pessoas surdas. Em função disso apresenta a pessoa surda como aquele que apresenta a deficiência auditiva como a causa impeditiva de fazer uso das ínguas orais. Comete dois acertos: 1- Libras e sua criação. 2 – A necessidade de seu ensino.

Observe atentamente o quadro abaixo:


http://sarasrcortez.blogspot.com/2011/07/algumas-charges-sobre-pessoas-com.html



Tendo como referência a charge, considere as alternativas que se comunicam com sua proposição:


I – A charge mostra que o preconceito relacionado a língua de sinais ocorre porque a maioria das pessoas acreditam que o surdo é mudo e em função disso tem um problema de saúde e não uma identidade.

II – A charge mostra que quando se trata de LIBRAS, algumas pessoas não se interessam porque desconhecem seu status de língua. Muitos pensam que as línguas sinalizadas são meios para ajudar as pessoas surdas/mudas.

III – A charge mostra como, algumas pessoas, não possuem preconceito em relação às pessoas surdas porque a acolhem na maioria das vezes sem distinção.

IV – A charge mostra como as pessoas conhecem LIBRAS e estão despreparadas para usar seus sinais e por isso tem medo e vergonha de se aproximarem das pessoas surdas.


São verdadeiras as seguintes afirmações:

    A) I II

    B) II IV

    C) III I

    D) IV II

    E) II III

Leia o texto a seguir:


Modalidades de tradução-interpretação - língua brasileira de sinais para português oral, sinais para escrita, português para a língua de sinais oral, escrita para sinais - Uma tradução sempre envolve uma língua escrita. Assim, poder-se-á ter uma tradução de uma língua de sinais para a língua escrita de uma língua falada, da língua escrita de sinais para a língua falada, da escrita da língua falada para a língua de sinais, da língua de sinais para a escrita da língua falada, da escrita da língua de sinais para a escrita da língua falada e da escrita da língua falada para a escrita da língua de sinais. A interpretação sempre envolve as línguas faladas/ sinalizadas, ou seja, nas modalidades orais-auditivas e visuais-espaciais. Assim, poder-se-á ter a interpretação da língua de sinais para a língua falada e vice-versa, da língua falada para a língua de sinais. Vale destacar que o termo tradutor é usado de forma mais generalizada e inclui o termo interpretação (QUADROS,2004).


Sobre o texto é possível entender que:

    A) Embora tenha sido escrito em 2004 está desatualizado porque a interpretação da Língua Portuguesa para a Língua Brasileira de Sinais não se relaciona com as proposições apontadas pela autora.

    B) Embora tenha sido escrito em 2004, o texto permanece atualizado porque não importa qual processo de tradução/interpretação será aplicado, as proposições da autora se aplicam a toda e qualquer língua.

    C) Embora tenha sido escrito em 2004 não está desatualizado porque a interpretação da Língua Portuguesa para a Língua Brasileira de Sinais não se relaciona com as proposições apontadas pela autora.

    D) Embora tenha sido escrito em 2004, o texto permanece atualizado porque o que importa é o processo de tradução/interpretação aplicado, as proposições da autora não se aplicam a toda e qualquer língua.

    E) Embora tenha sido escrito em 2004, o texto não condiz com a realidade porque o que importa é o processo de tradução aplicado, as proposições da autora não se aplicam a toda e qualquer língua.

“A LIBRAS como toda língua humana terá sua singularidade em nível de maturação e de desenvolvimento social. Sendo ela reconhecida como língua, isso se deu devido a seu desenvolvimento ocorrer por meio dos mesmos processos de qualquer outra língua, pois são esses processos inerentes às línguas, independentemente da modalidade na qual elas se desenvolvem. Esse estatuto de língua é muito importante para os surdos pois durante séculos as línguas viso espaciais foram vistas apenas como linguagem. No decorrer da história os estudos elaborados por meio dos conceitos de Saussure (1977), Merleau-Ponty (1990), Chomsky (2008), Piaget (1964), e Wallon (1975), embora tenham sido concebidos por diferentes olhares, acabaram possibilitando maior clareza, por meio da intertextualidade, ao tema. Cada teórico com suas análises se compara às peças de um quebra-cabeça, cujo todo permite a compreensão das partes, sendo que ao tratarem do tema acabam Inter textualizando-se, o que faz do mesmo algo universalizado. Essa universalização é o que dá o caráter dicotômico da linguagem; e nesse aspecto, o biológico influencia o social e vice-versa. Por meio desse dinamismo muitos consideram a linguagem um fenômeno natural e a língua humana um fenômeno social. Sendo que na dicotomia das línguas, devemos conceber que toda língua será uma linguagem, mas nem toda linguagem, será uma língua. Isso porque as línguas são a maturação da linguagem e deste modo, sendo a língua humana uma linguagem, será ela também expressão do pensamento humano por essência de forma complexa. Deste modo, a linguagem humana está intimamente ligada ao pensamento humano, possibilitando assim o desdobramento de uma língua natural. Para La Taille (1992, p.44) "a linguagem nutre e conduz o pensamento". Já segundo Lent (2005, p.625) "a primeira tarefa linguística do cérebro se confunde com os mecanismos do pensamento humano", logo pensamento e linguagem se tornam em nível de indivíduo, algo uníssono e Inter independente.” (GARCIA, 2012).
Segundo o texto:

    A) a linguagem é uma potencialidade inata

    B) a linguagem não é inata, é potência

    C) a linguagem é inventada em potência

    D) a linguagem é uma criação potencializada

    E) a linguagem é potência escolarizada

Não é verdadeiro afirmar que:


I – a LIBRAS é linguagem e não língua.

II – a LIBRAS é restrita aos surdos.

III – a LIBRAS usada em Portugal é a mesma usada no Brasil.

IV – a LIBRAS é mímica


São falsas:

    A) Somente I e IV

    B) Somente IV e III

    C) Somente II e I

    D) Quase todas

    E) Todas

“Estamos desenvolvendo estudos sobre aquisição bilíngue bimodal por crianças Kodas e por crianças surdas com implante coclear (IC) que possuem acesso irrestrito ou restrito à língua de sinais, e que receberam e ativaram o IC precocemente (entre 2 e 4 anos de idade). As crianças surdas com IC, filhas de pais surdos, possuem acesso irrestrito à língua de sinais, enquanto que, as crianças surdas com IC, filhas de pais ouvintes, possuem um acesso restrito à língua de sinais (a exposição à língua de sinais geralmente é menor, pois os pais estão iniciando a aprendizagem da língua de sinais, e a criança interage com usuários da língua de sinais em outros contextos fora do lar). Dessa forma, para essas crianças o processo de aquisição da linguagem ocorre desde o nascimento ou muito cedo, por meio da língua de sinais e o atraso no início do processo de aquisição da linguagem é evitado. Nesses casos, a criança surda tem a oportunidade de desenvolver-se linguisticamente de forma esperada (normal), pois entre o período de diagnóstico da perda auditiva e realização da cirurgia para colocação do IC, ativação do mesmo, mapeamento (regulagens) e 'real acesso' à língua oral a criança tem acesso à língua de sinais por meio de interações com nativos ou não-nativos fluentes.” (QUADROS, 2016)
Quando a pesquisadora faz uso do conceito de normalidade em relação a criança surda que recebeu implante coclear ela pretende:

    A) explicar que para as pessoas surdas a sinalização, ainda que sejam pessoas com implante coclear, representa no território da cultura da linguagem a normalidade porque, sendo o ser humano alguém que nasce apto a “falar”, será inato na pessoa surda a potencialidade do pensar, comunicar-se e interagir no mundo por meio das línguas sinalizadas.

    B) explicar que para as pessoas surdas a oralização, ainda que sejam pessoas com implante coclear, representa no território da cultura da linguagem a normalidade porque, sendo o ser humano alguém que nasce apto a “falar”, será inato na pessoa surda a potencialidade do pensar, comunicar-se e interagir no mundo por meio das línguas sinalizadas.

    C) explicar que para as pessoas surdas a leitura labial, ainda que sejam pessoas com implante coclear, representa no território da cultura da linguagem a normalidade porque, sendo o ser humano alguém que nasce apto a “falar”, será inato na pessoa surda a potencialidade do pensar, comunicar-se e interagir no mundo por meio das línguas sinalizadas.

    D) explicar que para as pessoas surdas a gestualidade, ainda que sejam pessoas com implante coclear, não representa no território da cultura da linguagem a normalidade porque, sendo o ser humano alguém que nasce apto a “falar”, será inato na pessoa surda a potencialidade do pensar, comunicar-se e interagir no mundo por meio das línguas sinalizadas.

    E) explicar que para as pessoas surdas a mímica, ainda que sejam pessoas com implante coclear, representa no território da cultura da linguagem a normalidade porque, sendo o ser humano alguém que nasce apto a “falar”, será inato na pessoa surda a potencialidade do pensar, comunicar-se e interagir no mundo por meio das línguas sinalizadas.

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