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A respeito desse poema de Carlos Drummond de Andrade e da poesia que caracteriza o segundo momento modernista no Brasil, assinale a opção correta.
Ao afirmar Hoje sou funcionário público (v.17), o autor revela sua preferência pela segurança da vida burocrática em detrimento de sua carreira de poeta.
No poema, o humor modernista impede que o lirismo apresente elementos românticos de melancolia e tristeza.
Em Noventa por cento de ferro nas calçadas (v.4), evidenciase o caráter didático e informativo da poesia modernista.
O verso esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil sintetiza a articulação conflituosa que permeia todo o poema passado e futuro, o eu e o mundo, Itabira e o Brasil.
No poema, fica clara a tendência da poesia desse período para o subjetivismo extremado, do qual se vale o poeta para alienar-se do mundo exterior.
A pequena história narrada no poema relata um fato corriqueiro não sendo possível extrair dela elementos significativos de crítica social.
A presença de elementos prosaicos no texto ratifica a intenção dos modernistas da primeira geração de dessacralizarem a poesia, aproximando-a do cotidiano popular.
No poema, a tensão entre classes sociais distintas advogados (v.4) e carroceiro (v.7) é amenizada pela resolução final: E castigou o fugitivo atrelado / Com um grandioso chicote (v.9-10).
O vocábulo erudito alimária, no título do poema, aproxima a composição poética da tradição parnasiana.
O texto é um exemplo de poema-piada, característico do Barroco brasileiro e retomado pelos primeiros modernistas.
Assinale a opção correta acerca de Os Sertões e do Prémodernismo, momento literário em que a obra foi escrita.
Os Sertões extrapolam o caráter documentário, pois o seu autor relata os fatos históricos sem perder a força contraditória do momento vivido nem o distanciamento necessário à reflexão sobre ele.
Em Os Sertões, o narrador se revela identificado ao protagonista da cena narrada, o que demonstra o quanto Euclides da Cunha apoiava a rebelião liderada por Antônio Conselheiro.
No Pré-modernismo, os escritores estavam distantes das influências de escolas anteriores, como o Naturalismo e ainda não haviam incorporado as inovações trazidas pelas vanguardas europeias.
Em Os Sertões, os elementos históricos são recriados pelo autor como revelação de um mundo, muitas vezes, mais assombroso e cruel que a vida real.
Como literatura de testemunho, em Os Sertões, o intelectual Euclides da Cunha deixou o trabalho com a linguagem em segundo plano, em favor do relato marcado pela força da oralidade.
As metáforas poéticas estruturam-se sobre associações previsíveis entre os objetos: as flores eram cabeças de santos (v.3).
O clima de pesadelo atenua a atmosfera surreal do poema e remete o leitor à realidade imediata da vida moderna na cidade.
A dimensão semântica do poema reúne vocábulos que remetem ao sonho e ao inconsciente, instaurando no mundo do poema uma realidade presente, ainda que transfigurada.
A rígida estrutura formal do poema atenua o impulso não racional das imagens, mantendo o poema sob o domínio do consciente.
Nos versos, a relação entre o sujeito e a ação que ele pratica é usual e cotidiana: O mar soprava sinos (v.1).
A descrição e a repetição, predominantes no poema, criam um efeito estético no qual o movimento é nulo e o silêncio impera.
Ao optar pelo soneto sem rima e métrica definidas, o poeta se aproxima do verso livre modernista.
As imagens poéticas sugerem uma íntima e gradativa relação entre a duração do dia e o nascimento, a vida e a morte do poeta.
A recorrência de imagens nebulosas e etéreas limita o poema à atmosfera incompreensível do sonho, sendo nulas as referências aos elementos da natureza.
Embora haja menção a símbolos religiosos, nesse poema, a espiritualidade é esvaziada pelo refrão.
No que se refere às características gerais do Simbolismo, assinale a opção correta.
Na poesia simbolista, a realidade externa se sobrepõe à realidade interior expressa pelo sujeito lírico, de modo que prevaleça o caráter descritivo.
O Simbolismo preconizava a correspondência entre poeta, poesia e natureza, e vigoravam, na poética simbolista, o inefável e a música dos versos.
No poema simbolista, a imaginação poética livre transcende os limites da realidade externa, o que se evidencia na forma poética desapegada da rima e da métrica rígida.
Os simbolistas consideravam a arte, sobretudo, trabalho exigente: o poema era um artefato raro e precioso, e o poeta devia buscar a expressão objetiva.
Embora o Simbolismo europeu esteja muito ligado ao decadentismo, essa tendência não teve nenhuma repercussão entre os poetas brasileiros simbolistas.
No poema, o vaso chinês é descrito de forma objetiva, distante e fria, desprezando-se o detalhe em favor da produção da cena estática.
A estética da arte pela arte adotada por Alberto de Oliveira no poema valoriza a plasticidade da forma literária.
A predileção pelo soneto e pelos ritmos medievais vincula esse poema à tradição lírica romântica.
No poema, é rejeitada qualquer temática do cotidiano, evidenciando-se tratamento estético grandioso.
O poema caracteriza-se pela ausência absoluta do eu lírico e de qualquer referência ao sentimento amoroso.
Tendo como referência os textos I e II, assinale a opção correta acerca da representação literária da vida social pelas obras realistas e naturalistas.
No Naturalismo, o escritor evidencia a subjetividade de personagens objetivamente degradados.
Em O Cortiço, o determinismo impede que os personagens alcancem um destino social e econômico diferente daquele determinado pelo meio em que vivem.
Aluísio Azevedo procura aproximar sua arte das ciências naturais e sociais, o que o impede de produzir uma representação social marcada pelo preconceito de classe e pelo racismo.
Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, predomina a descrição dos ambientes sobre a ação dos personagens.
Na obra realista, o foco na perspectiva psicológica dos personagens impede a representação profunda e crítica da vida social.
A partir da leitura comparativa entre os textos I e II, assinale a opção correta acerca da diferença entre a produção literária realista e a naturalista no Brasil.
No texto I, o narrador, onisciente, relata os acontecimentos em terceira pessoa e distanciado da ação; no texto II, o narrador participa da ação e narra em primeira pessoa.
O texto machadiano apresenta uma relação amorosa legitimada pela sociedade da época, enquanto o de Azevedo refere-se a uma situação condenada socialmente: o adultério.
No texto I, Virgília é descrita de maneira humanizada; no texto II, Rita é apresentada de forma zoomorfizada.
Os personagens de Machado de Assis pertencem às classes populares e os de Aluísio Azevedo representam as classes dominantes.
O casal Aurélia e Seixas ajusta-se perfeitamente ao estereótipo do par amoroso idealizado pelo Romantismo brasileiro.
A referência ao dinheiro, em Senhora, deve ser compreendida como metáfora que revela ao leitor a intensidade do amor de Fernando Seixas por Aurélia.
O ideal do amor cortês de origem medieval predomina em Senhora, pela expressão de submissão do vassalo enamorado às ordens e caprichos de sua senhora.
A cena retratada no fragmento sintetiza tema característico dos romances urbanos românticos: o arrebatamento causado pelo amor, que determina a ação dos personagens.
A influência do Romantismo europeu, que questionava as relações sociais burguesas mediadas pelo dinheiro, é perceptível em Senhora.
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