Questões de Línguas Outras da Instituto Federal do Ceará (IFCE / CEFET CE)

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Sobre o processo tradutório, é correto revelar-se que

  • A. no trabalho profissional do tradutor, o que se observa é maior competência referencial em detrimento à competência linguística.
  • B. a relação ideal do tradutor é quando há os domínios excelentes dos códigos fonte e alvo como também dos referentes fonte e alvo e a relação real é quando há um desequilíbrio nas competências linguística e referencial do tradutor.
  • C. para ser intérprete, é necessário amplo domínio de, pelo menos, duas línguas: a língua de origem e a língua-alvo, mas esse domínio refere-se ao conhecimento dos aspectos fonológicos da língua e da cultura que perpassam cada uma das línguas.
  • D. uma boa tradução deve atender ao conteúdo e à forma do texto da língua-alvo, pois a equivalência textual é uma questão de conteúdo e a correspondência formal é uma questão de forma.
  • E. o tradutor e intérprete necessita ter um distanciamento profissional máximo que lhe permita o não envolvimento no processo tradutório, sendo ele apenas um ‘elo’ de comunicação.

É correto afirmar-se sobre o processo de Formação do Tradutor e Intérprete de Língua de sinais:

  • A. a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS), na década de 1980, realizou o primeiro encontro nacional dos intérpretes de Libras e, na década seguinte, os primeiros cursos de formação de profissionais intérpretes.
  • B. o decreto 5.626/2005 expressa o processo de formação, responsabilidades e profissionalização do tradutor e intérprete de Libras.
  • C. a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS) não pode expedir certificado de formação para o tradutor e intérprete de Libras, pois se trata de uma entidade representativa dos surdos e não dos profissionais tradutores e intérpretes.
  • D. a formação do tradutor e intérprete de Libras – Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada apenas por instituições de ensino superior que ofertem cursos de extensão universitária.
  • E. o exame de proficiência para tradutor e intérprete de Libras, previsto no Decreto 5296/2005, é realizado por Instituições de Ensino Superior, juntamente com o MEC.

Sobre a relação com os preceitos éticos e a atuação do intérprete de língua de sinais da área da educação, é correto afirmar-se que

  • A. a presença do Intérprete em sala de aula e o uso da língua de sinais garantem que as condições específicas da surdez sejam contempladas e respeitadas nas atividades pedagógicas.
  • B. o intérprete deve observar as orientações de gênero, raça e religião dos alunos e professores; caso as suas ideologias sejam diferentes das do intérprete, ele não deve fazer a interpretação.
  • C. segundo o MEC, o professor-intérprete é o profissional intérprete que assume as atividades de acompanhamento, tutoria e disciplina dos alunos.
  • D. o intérprete deve conhecer o conteúdo da disciplina a ser abordado pelo professor, por isso poderá planejar juntos e construir estratégias de ensino para os alunos surdos.
  • E. o intérprete educacional poderá assumir a sala de aula da educação infantil à pós-graduação; para isso, o profissional precisa ter o domínio da língua de sinais.

Inseridos na perspectiva de um modelo de interpretação que considera o tradutor e intérprete um profissional bilíngue e bicultural, com base no papel do tradutor e intérprete de Libras nessa perspectiva, é correto dizer-se que

  • A. o tradutor e intérprete deve manter a fidelidade ao espírito do enunciador, mesmo que a tradução se torne ininteligível ao receptor.
  • B. o papel do intérprete de língua de sinais é realizar a interpretação da língua oral para a língua de sinais e vice-versa, observando o código de ética sobre confiabilidade, parcialidade, discrição e envolvimento profissional e afetivo.
  • C. como sujeito bilíngue e bicultural, deve transferir os conceitos culturais da língua-fonte para a língua-alvo, sem preocupar-se com adaptações.
  • D. deve possuir apenas as competências linguísticas e o conhecimento cultural, para cumprir com o seu papel profissional.
  • E. o tradutor e intérprete é o mediador responsável por traduzir/interpretar, não somente as línguas envolvidas no processo, mas as culturas dos povos envolvidos na situação de tradução.

Sobre competência tradutória, é correto afirmar-se que é

  • A. o mesmo que competência bilíngue e é composta por diversos componentes linguísticos e extralinguísticos.
  • B. o mesmo que competência comunicativa e é composta por componentes linguísticos.
  • C. diferente da competência bilíngue e é composta por diversos componentes linguísticos e extralinguísticos.
  • D. diferente da competência comunicativa e é composta por componentes linguísticos.
  • E. o mesmo que competência bilíngue e é composta unicamente por componentes linguísticos.

Nos últimos anos, o espaço educacional tem se tornado o maior campo de atuação do intérprete de Libras. Por isso, o MEC tem estabelecido as atribuições desse profissional. É verdadeiro sobre as responsabilidades do intérprete educacional:

  • A. como o intérprete é um profissional bilíngue do par linguístico Libras/Português, uma de suas responsabilidades é a correção e a aplicação das notas das redações que os surdos elaboram.
  • B. a atuação do intérprete ultrapassa a interpretação em sala de aula e estende-se a todo o ambiente educacional, no qual o profissional está inserido.
  • C. uma vez que o intérprete realiza interpretações das mais diversas disciplinas, ao ser solicitado por suas chefias imediatas a ministrar aulas de reforço para os surdos (em salas de Atendimento Educacional Especializado, por exemplo), o profissional não deve se negar a fazê-las.
  • D. realização de atividades de formação continuada em Libras para professores também passa a ser uma das atribuições do intérprete educacional, dado que ele é a pessoa mais indicada para fazer isso no espaço educacional.
  • E. com a presença do intérprete educacional, a sala de aula passa a ter mais um mediador no processo de ensino-aprendizagem. Assim sendo, em uma sala de educação inclusiva, por exemplo, enquanto a aprendizagem do aluno ouvinte é responsabilidade do professor, a do aluno surdo é responsabilidade do intérprete.

“É melhor reinar no inferno do que servir no céu”. Esta é uma frase da epopeia Paraíso Perdido (Paradise Lost), do poeta inglês John Milton (1608-1674), publicada em 1667. A frase produz o ápice da sede de poder de Lúcifer, o denominado anjo caído, personagem principal do poema miltoniano. Anos mais tarde, William Blake (1757-1827) e Gustave Doré (1832-1883) realizaram algumas das mais importantes ilustrações dessa obra. Duas delas podem ser vistas abaixo.

Observando-se as ilustrações de William Blake e Gustave Doré, com base em Paraíso Perdido, é correto afirmar-se que, sob uma nova forma de representação semiótica, Paraíso Perdido compõe uma categoria específica de tradução, a qual os Estudos da Tradução chamam de

  • A. interlinguística.
  • B. transmutação.
  • C. reformulação.
  • D. decalque.
  • E. intralinguística.

Poeta, ensaísta e tradutor literário, o brasileiro Haroldo de Campos (1929-2003) deixou importantes contribuições, não só para a literatura, mas também para os Estudos da Tradução. Traduziu nomes da literatura mundial, como Dante, Goethe, Homero, Maiakóvski e Mallarmé. Realizou traduções de textos bíblicos direto do hebraico para a língua portuguesa, como Qohélet – O-que-sabe (Eclesiastes), sem intenções teológicas ou religiosas. Na verdade, Haroldo de Campos oferece aos leitores uma tradução com ritmo e sonoridade poéticos, uma vez que o seu grande interesse esteve voltado para os textos estéticos. Isso o levou a desenvolver ideias inovadoras em tradução, e sua teoria, nessa área, é conhecida como Teoria

  • A. da Equivalência Dinâmica.
  • B. da Tradução Semântica.
  • C. do Escopo.
  • D. da Transcriação.
  • E. da Equivalência Formal.

O intérprete de Libras pode valer-se de diferentes estratégias, para interpretar um discurso. Melhor define a estratégia de interpretação consecutiva é

  • A. o intérprete observa a sinalização em Libras e realiza a interpretação para a modalidade escrita da língua oral-auditiva.
  • B. o intérprete observa a sinalização em Libras e realiza a interpretação para a modalidade escrita da língua oral-auditiva.
  • C. o intérprete lê um texto e realiza a sinalização para a Libras.
  • D. o intérprete observa/ouve o enunciado, processa a informação, e, esperando a pausa a ser realizada pelo enunciador, realiza a interpretação.
  • E. o intérprete ouve um enunciado em língua oral-auditiva e realiza uma interpretação sussurrada.

Ao sistematizar as ideias de Hans Vermeer e de Katharina Reiss, Christiane Nord desenvolveu um modelo de análise textual a ser observado por tradutores. Para esses pesquisadores, a tradução é, sobretudo, um processo que envolve culturas. Como toda ação humana, a tradução também possui objetivos e intenções. A tradução está firmada sobre a óptica funcionalista. Não faz parte do pensamento funcionalista da tradução:

  • A. como o escopo das traduções é a equivalência linguística, uma vez que as culturas esperam uma fidelidade do profissional, o tradutor deve ter em mãos um modelo de análise textual que o guie nas tomadas de decisões, para que essa equivalência ocorra.
  • B. tanto fatores extratextuais (tempo e local da comunicação, por exemplo) como intratextuais (léxico e estrutura frasal, por exemplo) fazem parte de um modelo funcionalista para a tradução.
  • C. mesmo a tradução de textos literários pode ser guiada por propósitos funcionalistas. Afinal de contas, são textos com escopos.
  • D. fidelidade, em uma tradução funcionalista, está ligada à intenção do autor do texto-fonte, por isso é importante, para o tradutor, identificar a intenção do autor do texto de partida.
  • E. como a tradução envolve culturas, o tradutor precisa pensar em como o texto-fonte está representado na cultura de partida e em como o texto-alvo deve ser representado na cultura de chegada. Isso significa que elementos do texto-fonte (e da cultura-fonte) podem ser nulos no texto-alvo (e na cultura-alvo).
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