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Sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo, não é verdadeira a seguinte afirmação:
Na infância a prevalência é maior entre meninos.
Quando há prejuízo da crítica, o diagnóstico diferencial com transtornos psicóticos é mais difícil.
Sensibilidade aos efeitos colaterais, medo de "perder o controle" e dúvidas sobre a eficácia do tratamento, são alguns dos fatores que atrapalham a adesão ao tratamento.
Há modelos neurofisiológicos baseados na hipersensibilidade dos receptores pré-sinápticos à serotonina.
O triptofano pode ser utilizado como coadjuvante, havendo ensaios clínicos controlados que comprovam sua eficácia.
Assinale a patologia que menos comumente é confundida com transtorno do pânico:
Paciente com 25 anos de idade. Conta que desde que levou uma mordida de cachorro, quando tinha 10 anos de idade, preocupa-se muito com a possibilidade de encontrar cachorros na rua. Até fotos de cachorros a perturbam, tendo que retirá-las de sua frente. Ela compreende o absurdo de seus temores, mas não consegue evitá-los, tendo sudorese profusa quando colocada a enfrentar tais situações. Ao longo da vida houve períodos de melhora e piora deste medo, estando atualmente em uma fase ruim. Relata estar muito triste com as limitações que esse quadro lhe impõe, pois não sai mais de casa sozinha. Em relação ao tratamento para esta paciente, assinale a alternativa incorreta:
A introdução de benzodiazepínicos de meia vida curta costuma apresentar bons resultados.
A terapia comportamental é uma das terapêuticas possíveis.
O uso de antidepressivos poderia ser usado para propiciar a melhora dos sintomas.
Orientar a respeito da doença e evitar comportamentos que reforcem aspectos patológicos da paciente pode ser feito em atendimentos aos familiares.
O uso de neurolépticos não está indicado, pois não há sintomatologia psicótica associada.
Sobre o retardo mental é verdadeira a seguinte afirmação:
No retardo mental leve, há com freqüência etiologia genética detectável.
O diagnóstico baseia-se nos testes específicos para avaliar inteligência.
Modelos diagnósticos que consideram os aspectos adaptativos do sujeito, estão em desuso.
Estratégias de acompanhamento à gestação diminuem, mas não eliminam o risco de retardo mental.
A formas mais comuns são as moderadas, que apresentam etiologia desconhecida.
Sobre as características clínicas das demências, é correto afirmar que:
surgimento abrupto, curso flutuante e sinais neurológicos focais aumentam a probabilidade de demência degenerativa não-vascular.
a perda de memória de fixação e a alteração de consciência são patognomômicos do diagnóstico de demência.
o complexo cognitivo-motor, relacionado à Aids, caracteriza-se por tremor fino de mãos e lentificação no processamento de informações, entre outros.
as demências vasculares são as mais comuns em nosso meio, sendo mais prevalentes em mulheres.
na presença da tríade: demência, incontinência e nistagmo, deve-se levantar a hipótese de Hidrocefalia de pressão normal.
Assinale a alternativa falsa a respeito dos transtornos paranóides:
São transtornos de início mais precoce intimamente relacionados ao contexto sócio-cultural do paciente.
São transtornos nos quais não há desorganização do pensamento.
Particularmente na Paranóia, as alterações senso-perceptivas são raras.
Os delírios têm conteúdo persecutório na maioria das vezes.
Assinale a alternativa que contém a associação incorreta entre o distúrbio de personalidade e aspectos de sua descrição, segundo a Classificação Internacional das Doenças da OMS:
O distúrbio anancástico caracteriza-se por sentimentos excessivos de dúvida e cautela, preocupações com ordem e perfeccionismo e rigidez na conduta.
O distúrbio ansioso caracteriza-se por sentimentos persistentes de tensão e apreensão, de inadequação social e inferioridade, medo de críticas, timidez excessiva.
O distúrbio sádico caracteriza-se por padrão global de comportamento cruel, humilhante e agressivo, prazer com o sofrimento dos outros.
O distúrbio limítrofe caracteriza-se por instabilidade emocional, distúrbios de auto-imagem, sentimento crônico de vazio.
O distúrbio paranóide caracteriza-se por frieza emocional, introspecção, isolamento e inadequação dos afetos.
Sobre os transtornos mentais, associados ao puerpério, é verdadeira a seguinte afirmação:
As multíparas apresentam maior risco para transtornos psicóticos associados ao puerpério, em comparação com as primíparas.
A profilaxia com o carbonato de lítio reduz o desenvolvimento de psicose e não inviabiliza a amamentação.
A disforia do pós-parto ocorre nos primeiros dias do puerpério e a conduta é introduzir o antidepressivo o quanto antes, dado o risco de evoluir para psicose puerperal.
Dificuldades no relacionamento conjugal não têm se mostrado um fator de risco para depressão puerperal.
Nos quadros de depressão puerperal, podem ser usados antidepressivos tricíclicos, que não estão contra-indicados na lactação.
Paciente com 12 anos de idade, caçula de uma prole de três, comparece ao serviço relatando que, desde que seu irmão mais velho faleceu, há 10 meses, sente que é como se tivesse dupla personalidade. Quer agir como o irmão, vestir suas roupas e tocar os mesmos instrumentos que ele tocava. A mãe relata que ele acorda no meio da madrugada, insone, e que às vezes o encontra chorando pela casa. Também não tem se alimentado bem e encontra-se bastante indisposto. Foi avaliado pelo pediatra do serviço de saúde, que o encaminhou ao Psiquiatra por "não encontrar nada de alterado fisicamente". Quando questionada sobre as circunstâncias da morte de seu filho, evita falar no assunto e afirma que já foi superado pelo grupo familiar, havendo apenas os sintomas de seu filho caçula para serem medicados. O paciente fala que está muito angustiado com tudo isso e, por vezes, se sente culpado da morte do irmão, mesmo que a mãe negue qualquer sentido nesta afirmação. A respeito da terapêutica mais adequada, assinale a alternativa incorreta:
O uso de neurolépticos, com ação em sintomas negativos, está indicado, dado o nível de gravidade da sintomatologia apresentada pelo paciente.
O uso de antidepressivos está indicado pelos sintomas somáticos apresentados.
A terapia familiar está indicada, embora possam ocorrer dificuldades iniciais de adesão ao tratamento.
A internação psiquiátrica fechada está contra-indicada.
O risco de suicídio não deve ser descartado, havendo necessidade de vigilância contínua.
São características do sonambulismo:
Apresentar descarga autonômica excessiva e intenso terror ou pânico.
Investigação dos antecedentes familiares é negativo e há liberação de esfíncteres durante o episódio.
Apresentar baixo nível de consciência e não lembrar do ocorrido durante o episódio.
O início é no final da adolescência e há confusão ao despertar.
Ocorrer no final da noite, em geral, com alto risco de ferimentos.
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