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Em relação às doenças hepáticas relacionadas com o trabalho é incorreto afirmar que
a denominação de hepatotoxinas é restrita às substâncias químicas naturais como as micotoxinas e toxinas de cogumelos.
o carcinoma hepatocelular primário está associado à exposição a hidrocarbonetos clorados e agrotóxicos contendo arsênio.
exposição à sílica, mica e poeira de cimento pode induzir a formação de granulomas, os quais podem progredir mesmo após cessada a exposição.
no caso de dano hepático agudo ou crônico, o paciente pode ser assintomático.
produtos como tetracloreto de carbono, triclocetileno e tetracloroetano podem causar hepatite aguda.
Sobre a relação trabalho e doenças respiratórias é incorreto afirmar que
a exposição ocupacional ao berilio pode causar dano alveolar difuso, com intensa fibrose intersticial e formação de granuloma tipo sarcóide.
na asbestose, as lesões tendem a iniciar-se na região subpleural, nos lóbulos inferiores, e gradualmente estendem-se para a parte superior do parênquima pulmonar.
na asma ocupacional o melhor método para o estabelecimento do nexo causal é a realização de medidas seriadas de pico de fluxo expiratório com um medidor do pico de fluxo expiratório (peak flow meter).
na exposição à poeira de algodão é considerada como a principal causa da bissinose, porém, essa exposição pode levar ao desenvolvimento de pneumonia tóxica, asma ocupacional e bronquite crônica.
a silicose é uma doença incurável, no entanto sua progressão é dose-dependente, estabilizando a sintomatologia frente à eliminação da exposição.
Em relação à pneumoconiose dos trabalhadores de carvão é incorreto afirmar que
trata-se geralmente de doença decorrente da exposição crônica à poeira de carvão vegetal.
a presença de sílica nas poeiras de carvão influenciam a resposta pulmonar.
o desenvolvimento da pneumoconiose dos trabalhadores de carvão é geralmente tempo-dependente.
trata-se de doença crônica, irreversível, de evolução lenta e pouco sintomática.
o exame radiográfico revela a presença de opacidades regulares tipo "p", "q" ou "r" disseminadas, iniciando normalmente nos campos pulmonares superiores.
Em relação à associação entre trabalho e doenças cardiovasculares é incorreto afirmar que
o cor pulmonale crônico pode ser caracterizado como doença do trabalho, apresentando-se geralmente como complicação evolutiva das pneumoconioses.
fatores ocupacionais como a exposição ao cloreto de vinila, vibrações e frio estão associados às doenças vasculares periféricas.
a exposição ocupacional ao cobalto pode resultar em lesão do miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva.
exposição ocupacional à poeira de carvão mineral e de pó de mármore e granito, pode resultar em pericardite, pleurite e edema pulmonar não cardiogênico.
a intoxicação pelo arsênio pode acarretar lesão miocárdica, além de cardiomegalia e derrame pericárdico.
Em relação aos testes audiométricos é incorreto afirmar que
os símbolos referentes à via de condução aérea devem ser ligados utilizando-se linha contínua para a orelha direita e linha interrompida (---) para a orelha esquerda.
os símbolos da via de condução óssea não devem ser interligados.
genericamente, a primeira freqüência a ser testada, tanto na via de condução aérea, quanto na via óssea é a de 1000Hz.
a audiometria tonal é o exame de referência para fins previdenciários, trabalhistas e judiciais.
na audiometria, quando do uso de cores para a caracterização das orelhas, utiliza-se a cor vermelha para caracterizar a orelha esquerda.
Em relação aos fatores que influenciam as perdas auditivas relacionadas ao trabalho é incorreto afirmar que
indivíduos portadores de perdas auditivas do tipo condutivas, como nos casos de seqüelas de otite média crônica, perfurações timpânicas e timpanoesclerose, são mais suscetíveis ao ruído.
indivíduos portadores de perdas auditivas sensorioneurais não-ocupacionais são naturalmente mais sensíveis ao ruído e constituem um grupo de alto risco para trabalhar em ambientes ruidosos.
características do ruído tais como a intensidade, o aspecto de freqüência e o tipo de ruído (contínuo, intermitente) constituem importantes fatores para o aparecimento da doença.
agentes como os fumos de chumbo, mercúrio e manganês, assim como solventes como o tolueno e o tetracloretileno são ototóxicos, e em exposições concomitantes ao ruído intenso podem apresentar efeitos sinérgicos sobre o aparelho auditivo.
a associação das exposições ao ruído intenso e à vibração podem apresentar efeito interativo na perda auditiva.
Sobre as doenças neurológicas associadas à exposição ocupacional a agentes químicos, é incorreto afirmar que
a acrilamida afeta as fibras nervosas sensitivas de médio e grande calibres.
nos casos de intoxicação aguda por monóxido de carbono podem ocorrer lesão hipóxico-isquêmica com congestão dos vasos menígeos e hemorragias petequiais.
o hexaclorofeno, apesar de produzir edema generalizado da substância branca, não consegue afetar o nervo ótico.
o manganês reduz o número de neurônios na substância negra, globo pálido e núcleo caudado, ocasionando a depleção dos níveis de dopamina.
o mercúrio orgânico pode levar à degeneração das células granulares do cerebelo e à deposição de granulos de mercúrio nos núcleos olivar inferior e denteado.
Em relação às doenças neurológicas passíveis de serem caracterizadas como doenças do trabalho é incorreto afirmar que
os transtornos do plexo branquial é uma das doenças integrantes do grupo LER/DORT, caracterizada pela compressão do feixe neurovascular.
a síndrome do túnel do carpo é caracterizada pela compressão do nervo cubital em sua passagem pelo canal ou túnel do carpo.
a compressão do nervo supra-escapular pode ter seu diagnóstico clínico feito por meio de eletroneuromiografia, mostrando lesão exclusiva do nervo.
os transtornos do nervo trigêmeo de origem ocupacional estão associados principalmente à exposição ao tricloroetileno.
os transtornos do nervo olfatório estão associados à exposição ocupacional ao cádmio, formaldeído e poeira de cimento.
Em relação às neoplasias malígnas é incorreto afirmar que
de um lugar para outro (estado, país), neoplasias como as de pele podem apresentar variações nas taxas de incidência de até 500 vezes.
baseado nas avaliações feitas pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), agentes químicos como o arsênio, asbesto, cádmio e óxido de etileno apresentam potencial carcinogênico, tendo como principal órgão atingido o pulmão.
a fuligem e os óleos xistosos estão relacionados epidemiologicamente ao câncer de pele.
o cloreto de vinila, usado entre outras atividades, na fabricação de plástico, é classificado pelo IARC como tendo potencial carcinogênico.
a poeira de madeira, apesar de apresentar fortes evidências de potencial carcinogênico em cavidade nasal e seios paranasais, é inconclusiva em relação a sua associação ao câncer de pulmão.
Em relação aos conceitos básicos utilizados em epidemiologia é incorreto afirmar que
os estudos epidemiológicos são, geralmente, classificados como estudos observacionais.
os estudos do tipo coorte são exemplos típicos de estudos transversais.
nos estudos transversais as medidas de prevalência, razão de prevalência e de diferenças de prevalência são as mais utilizadas.
os estudos de coorte podem ser tanto do tipo prospectivo, quanto retrospectivo.
o risco atribuível é uma medida de associação ou de efeito caracterizado pela diferença entre as incidências de um determinado evento em um grupo de expostos e em um de não-expostos.
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