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Uma paciente de 23 anos de idade, com diagnóstico de DM tipo 1 há 10 anos, vem apresentando edema de MMII e palpebral, inicialmente matutinos, notados no último mês. Relata, ainda, urina "espumosa" e avermelhada, com diminuição do volume. Faz acompanhamento médico irregular e apresenta controle metabólico inadequado (Hb glicosilada de 10%). Ao exame físico, apresenta edema palpebral bilateral e edema de MMII ++/4. PA = 150 mmHg/100 mmHg. FC = 92 BPM. AR: MVF abolido bilateralmente em bases. Abdome: macicez móvel presente.
Exames complementares:
Hb: 11g%
Ht: 33%
uréia: 160 mg/dL
creatinina: 6 mg/dL
Na: 132 mEq/L
K: 6,2 mEq/L
glicemia: 288 mg/dL
EAS: proteinúria +++, hematúria +++, glicosúria ++++, cetonúria negativa
proteinúria de 24h: 3g/24h
depuração de creatinina: 15 mL/min
Rx tórax: derrame pleural bilateral
FO: retinopatia diabética não proliferativa.
Tendo como referência esse caso clínico e os dados apresentados, assinale a opção correta.
O controle metabólico é fundamental para o não agravamento da nefropatia diabética terminal que essa paciente apresenta.
A presença de hematúria sugere infecção urinária associada.
A paciente provavelmente apresenta também uma cardiopatia descompensada, dada a presença de derrame pleural.
É indicada a realização de biópsia renal para conclusão do diagnóstico etiológico do caso em questão.
De acordo com as conclusões dos estudos DCCT (1993) e UKPDS (1998), assinale a opção incorreta.
Esses estudos comprovaram que o controle metabólico rigoroso diminui a incidência de microangiopatia no diabetes.
No UKPDS, concluiu-se que, apesar do controle metabólico adequado do diabetes melito tipo 2, a incidência de macroangiopatia continua superior à população geral.
A incidência de hipoglicemia é maior nos pacientes com DM tipo 1 sob tratamento intensivo.
Esses estudos mostraram maior incidência de coronariopatia nos pacientes tratados com insulina.
Ainda considerando o texto apresentado, assinale a opção incorreta relacionada a recomendações da ADA (American Diabetes Association) para prevenção do diabetes melito tipo 2 em indivíduos de alto risco.
A utilização de tratamento farmacológico, como metformina ou acarbose.
Perda de peso e atividade física regular.
Screening (glicemia de jejum e(ou) teste oral de tolerância a glicose) deve ser considerado em indivíduos com idade inferior a 45 anos e que apresentam índice de massa corporal $ 25 kg/m2 e fatores de risco associados.
Rescreening para DM deve ser realizado, a cada 3 anos em indivíduos que apresentem normoglicemia inicial.
Texto para as questões 36 e 37
A obesidade primária e o diabetes melito são doenças que vêm apresentando, mundialmente, taxas alarmantes de incidência. Estima-se que aproximadamente 17 milhões de norte-americanos tenham diabetes, 90% deles com diabetes melito tipo 2. Estimase, ainda, que 1/3 dos norte-americanos diabéticos desconheçam sua condição e que, em 2030, a população mundial de diabéticos alcançará cerca de 366 milhões de pacientes.
Com relação ao assunto tratado no texto acima, assinale a opção que apresenta condição clínica que não é considerada fator de risco para o DM tipo 2.
sedentarismo
hipertensão arterial
ovários policísticos
doença pulmonar obstrutiva crônica
A respeito da patogênese do hipertireoidismo, assinale a opção incorreta.
A produção ectópica de TSH é a principal causa de hipertireoidismo no struma ovarii.
Ocorre hiperfunção autônoma de nódulo adenomatoso na doença de Plummer .
Ocorre tirotoxicose e não hipertireoidismo na tireoidite subaguda de Quervain, já que a liberação excessiva de hormônios tireoidianos é decorrente do processo inflamatório.
Pode ocorrer, na presença de tumores hipofisários secretores de TSH (TSHoma), bócio e hipertireoidismo.
Em relação ao hipercortisolismo endógeno, assinale a opção que apresenta o exame complementar não indicado para sua confirmação.
ACTH plasmático
cortisol salivar às 23 horas
cortisol livre urinário
teste de supressão com dexametasona 1 mg
Considere um paciente de 15 anos de idade que solicita avaliação médica devido a ginecomastia. Ao exame físico, apresenta estatura no percentil 97, acima do canal familiar, ginecomastia bilateral, ausência de odor axilar adulto ou pelos axilares. Genitália masculina, testículos tópicos, com maior diâmetro de 2 cm e consistência endurecida. O diagnóstico mais provável é de
síndrome de Turner.
síndrome de Klinefelter.
síndrome de Kallman.
retardo puberal constitucional.
Uma paciente 25 anos de idade é atendida na emergência. Apresenta queixa de dispnéia, desconforto precordial e palpitações há 60 minutos. Ao exame físico, apresenta-se em REG, emagrecida, corada, hidratada, taquipneica e acianótica. FC= 180 BPM, FR= 35 IRM, PA = 110 mmHg/50 mmHg, T axilar = 38 ºC. Apresenta, ainda, discretos creptos em bases pulmonares, ritmo cardíaco regular 2T, com SS ++/4 em FM e FA, e sem alterações abdominais ou edema de MMII. Refere, dois episódios semelhantes nos últimos 3 meses, transitórios e com resolução espontânea. ECG traçado no momento revela taquicardia paroxística supraventricular, prontamente revertida com administração endovenosa de verapamil.
O diagnóstico mais provável para essa paciente é de
hipertireoidismo.
feocromocitoma.
hipoglicemia.
neuropatia autonômica diabética.
Uma paciente de 23 anos de idade procurou endocrinologista por orientação do ginecologista devido à detecção de hiperprolactinemia em exame de rotina. A paciente nega galactorréia, diminuição de libido ou irregularidade menstrual. Faz uso de anticoncepcional oral e apresenta concentração plasmática de prolactina de 98 ng/mL.
A conduta mais adequada ao caso clínico hipotético consiste em
solicitar ressonância magnética de sela túrsica.
suspender anticoncepcional oral e repetir dosagem de prolactina.
solicitar exame de dosagem de prolactina com pesquisa de macroprolactinemia.
solicitar exame de imagem de hipófise e iniciar cabergolina.
Um paciente de 40 anos de idade, branco, casado, natural e procedente de Brasília, foi atendido em consultório apresentando queixa de dispnéia, inicialmente, em grandes esforços e, atualmente, em repouso (evolução de 3 semanas), associada a ortopnéia e dispnéia paroxística noturna. Relata, ainda, edema de MMII há 1 semana. Até a data do início dos sintomas era um indivíduo saudável, referindo apenas poliúria e polidipsia há 6 meses, com perda ponderal de 5 kg no período, além da diminuição da libido e potência sexual há 2 anos, atribuídas ao estresse profissional. Nega história de hipertensão, coronariopatia ou DM na família. Ao exame, apresenta-se em REG, dispnéia leve, hidratado, descorado ++/4, acianótico, anictérico e afebril. Percebe-se pele de tom bronzeado. O paciente relata que vem apresentando escurecimento da pele nos últimos 2 anos. IMC = 23 kg/m 2 . Tireóide normopalpável. Turgência jugular a 45.º AR: MVF, com creptos em ambas as bases. ACV: RCR 3T (B4), bulhas normofonéticas, SS +/6 em FT, sem irradiação. FC: 126 BPM. PA: 110 mmHg/70 mmHg. Abdome: plano, normotenso, com hepatimetria de 18 cm. Fígado a 6 cm do RCD, doloroso à palpação, borda romba, consistência endurecida, superfície micronodular. Traube ocupado. Baço impalpável. Sem evidências de ascite. Genitália: masculina, testículos tópicos. TD e TE com aproximadamente 3,5 cm no maior diâmetro (N: 4,5 a 6 cm). Extremidades: edema ++/4.
Tendo com referência o quadro clínico acima e os dados apresentados, assinale a opção que apresenta o diagnóstico mais provável.
síndrome de Nelson
doença de Addison
hemocromatose
sarcoidose
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