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Houve marcada redução da mortalidade por FEBRE REUMÁTICA aguda nas últimas décadas, sobretudo pelo advento dos antibióticos. Contudo, em nosso país, a doença ainda é um sério problema de saúde pública. Com relação à febre reumática, assinale a opção INCORRETA.
A febre reumática é responsável pela maioria dos casos de doença valvar cardíaca adquirida no Brasil.
Na vigência de febre reumática e cardite aguda, deve-se suspender imediatamente o uso de corticosteroides e iniciar antibioticoterapia, devido ao risco de endocardite bacteriana aguda.
Segundo os critérios revisados de Jones (1992), para o diagnóstico de alta probabilidade de febre reumática aguda, exige-se, além da presença de duas manifestações maiores ou uma maior e duas menores, e necessariamente, a evidência de infecção prévia pelo estreptococo do grupo A (cultura positiva para estreptococo beta-hemolítico do grupo A ou teste rápido para detecção de do antígeno estreptocóccico ou elevação de título de ASLO).
Os nódulos subcutâneos e o eritema marginado são achados clínicos infrequentemente observados nos pacientes com febre reumática.
De acordo com os critérios de Jones revisados (1992), cardite, coréia de Sydenham, artrite, nódulos subcutâneos e eritema marginado são consideradas manifestações maiores.
Sobre a GRAVIDEZ e doenças reumáticas, assinale a alternativa INCORRETA.
Pacientes com doenças reumáticas não tem risco maior de infertilidade que a população em geral, a menos que tenham feito uso de ciclofosfamida.
Medicações que podem ser empregadas na gravidez se necessárias para o controle da doença de base: hidroxicloroquina, azatioprina, sulfasalazina e prednisona.
Medicações que devem ser retiradas antes da gravidez: methotrexato, leflunomida, micofenolato mofetil e ciclofosfamida.
A prednisona é metabolizada pelas 11-hidroxilase placentária, com o feto sendo exposto a apenas ½ (metade) da dose empregada na mãe.
Na monitorização de grávida com nefrite lúpica, deve se ter em mente que gravidez há um aumento da volemia, levando ao aumento da função renal e a um decréscimo fisiológico da creatinina sérica (normal de 0,4 a 0,7 mg% durante gravidez).
Sobre drogas empregadas no tratamento do LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO, assinale a alternativa INCORRETA.
O micofenolato mofetil é a droga de escolha para o tratamento da nefrite lúpica por sua equivalência com a ciclofosfamida e menor taxa de efeitos adversos.
A azatioprina é provavelmente equivalente ao micofenolato mofetil como droga de manutenção da remissão na nefrite lúpica.
As 3 drogas classicamente associadas ao Lupus-induzido por drogas (isoniazida, procainamida e hidralazina) não devem ser empregadas tratamento do Lupus Eritematoso Sistêmico, pois podem ser indutoras de exacerbação.
Methotrexato e leflunomida são os agentes que podem ser empregados para tratamento da artrite no Lupus Eritematoso Sistêmico.
A hidroxicloroquina é a droga de primeira escolha para o tratamento das manifestações cutâneas do Lupus Eritematoso Sistêmico.
Qual das seguintes condições NÃO é associada com VHS (velocidade de hemossedimentação) baixa?
Afibrinogenemia/disfibrinogenemia.
Agamablobulinemia.
Policitemia extrema (hematócrito > 65).
Síndromes de hiperviscosidade.
Nenhumas das respostas acima.
Nos anos 70s, Urowitz e Gladman (1976) relataram um padrão bimodal para causas de mortalidade no LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO. No primeiro pico (precoce), as mortes eram causadas predominantemente por atividade da doença de base. O principal causa de mortalidade atribuída ao segundo pico (tardio), que é ainda mais prevalente nos dias atuais que há 35 atrás é:
também por atividade da doença de base (Lupus ativo);
insuficiência renal;
infecções;
mortalidade cardiovascular, por aterosclerose acelerada;
nenhuma das respostas acima.
Um paciente em decúbito ventral, com JOELHO fletido a 90°, apresenta dor em porção medial de joelho quando o examinador faz a rotação medial da perna, pressionando, simultaneamente, o pé para baixo. Não há dor quando se faz a rotação da perna tracionada para cima, estabilizando-se a coxa. O diagnóstico mais provável para esse paciente é o de lesão de:
ligamento cruzado anterior;
ligamento cruzado posterior;
menisco medial;
ligamento colateral medial;
tendões da pata de ganso.
Sobre a SÍNDROME DE SJÖGREN, assinale a alternativa INCORRETA.
A Síndrome de Sjögren primária é uma doença sistêmica autoimune que está associada à disfunção precoce e progressiva das glândulas salivares e lacrimais, mas também manifestações extraglandulares acometendo a tireoide, rins, fígado, nervos periféricos, pulmões e outros órgãos.
A Síndrome de Sjögren secundária ocorre em associação com outras desordens autoimunes, sendo a mais comum a Doença Reumatoide.
Vários estudos têm mostrado o desenvolvimento de Linfomas em pacientes com Síndrome de Sjögren. Entre os fatores de risco nestes pacientes estão a crioglobulinemia, hipocomplementemia, níveis extremamente baixos de C2, púrpura palpável, faixa etária mais avançada e aumento prolongado de glândulas salivares.
Os pacientes com a Síndrome de Sjögren associada com Hepatite C apresentam alta prevalência de crioglobulinemia, envolvimento hepático e neoplasias (principalmente Linfomas de células B) em comparação com pacientes com Síndrome de Sjögren primária.
A nefrocalcinose associada com cólica renal é uma expressão clínica de disfunção tubular distal nos pacientes com Síndrome de Sjögren.
Sobre a ARTRITE REATIVA, assinale a alternativa INCORRETA.
Podem ocorrer disúria e balanite circinada tanto em Artrite Reativa que teve como gatilho infecção intestinal quanto infecção do trato gênito-urinário.
A recorrência é mais comum nos casos que tiveram como gatilhos infecção intestinal que nos subsequentes à infecção gênito-urinária.
A artrite reativa pós-estreptocóccica se distingue da febre reumática pela ausência de cardite, coreia, eritema marginatum e nódulos subcutâneos.
O HLA-B27 é encontrado em cerca de 50% dos pacientes, sendo a positividade típica em doença mais grave e presença de uveíte anterior.
O uso de antibióticos não é consensual.
Sobre a ARTRITE PSORIÁSICA, assinale a alternativa INCORRETA.
A apresentação clínica mais comum é a oligoartrite assimétrica, que ocorre em certo de 70% dos casos.
Ao contrário da Doença Reumatoide, não há nítido predomínio na distribuição entre gêneros.
O aparecimento de doença cutânea grave e artrite, ou mudança dramática na gravidade da doença cutânea associada à artrite pode ser indicativo de possível associação com infecção por HIV.
Os pacientes com artrite psoriásica têm maiores riscos de doença cardiovascular, que pode estar relacionado com anormalidades metabólicas associada, incluindo hiperlipidemia e hiperuricemia, assim como a fatores como obesidade e tabagismo.
Cerca de 10% dos pacientes com psoríase desenvolvem quadro articular, não havendo correlação entre extensão do acometimento cutâneo e a quadro articular.
A DOENÇA DE STILL DO ADULTO foi descrita originalmente por Eric Bywaters em 1971. Sobre a mesma, assinale a alternativa INCORRETA.
É uma condição marcadamente inflamatória, com acometimento multiorgânico, caracterizado por poliartralgias, febre alta e rash salmon evanescente.
O fator reumatoide e anticorpos anti-CCP em geral não são detectados nos pacientes com essa condição.
A faringite é frequentemente um sintoma inicial. Outros achados comuns incluem leucocitose, trombocitose, aumento de AST/ALT, esplenomegalia e serosites.
A Doença de Still do Adulto em geral é uma condição autolimitada em cerca de 90% dos pacientes, com ótimo prognóstico.
No quadro articular, é frequente o acometimento dos punhos, com presença de efusão e dano articular.
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