Questões de Medicina do ano 2020

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No Brasil e no mundo, o comportamento das hepatites virais tem apresentado grandes mudanças nos últimos anos. A melhoria das condições de higiene e de saneamento básico das populações, a vacinação contra a hepatite B e as novas técnicas moleculares de diagnóstico do vírus da hepatite C constituem fatores importantes que se vinculam às transformações no perfil dessas doenças. (Ministério da Saúde, 2017)


Sobre as Hepatites virais, é INCORRETO afirmar que:

    A) Apesar de não haver forma crônica da Hepatite A, há a possibilidade de formas prolongadas e recorrentes, com manutenção das aminotransferases em níveis elevados, por vários meses.

    B) As aminotransferases (transaminases)transferase são marcadores de agressão hepatocelular.

    C) Nos casos crônicos das hepatites B, D e E pode ocorrer cirrose hepática e suas complicações, além de carcinoma hepatocelular.

    D) A fisiopatologia da hepatite fulminante está relacionada à degeneração e necrose maciça dos hepatócitos. O quadro neurológico progride para o coma ao longo de poucos dias após a apresentação inicial.

São fatores de risco inquestionáveis para trombose venosa profunda, EXCETO:

    A) Imobilização e câncer.

    B) Varizes e tabagismo

    C) História prévia de trombose venosa profunda e insuficiência cardíaca.

    D) Uso de hormônios (estrógenos e derivados) e gravidez e puerpério.

Dentre os aneurismas viscerais, qual o mais frequente?

    A) Esplênica.

    B) Hepática própria.

    C) Hepática Comum.

    D) Mesentérica superior.

Sobre a Doença de Buerger é correto afirmar, EXCETO:

    A) As características clínicas são obstrução da artéria infrapopliteal, atingindo membros inferiores e superiores, causando flebite e dor forte.

    B) É mais comum em mulheres e tem os primeiros sintomas a partir da faixa etária de 35 anos.

    C) Afeta as artérias, tanto de pequeno ou médio calibre, de caráter inflamatório, de causa desconhecida, relacionada ao tabagismo.

    D) O principal tratamento da doença é a suspensão do uso do cigarro ou o uso de medicamentos como vasodilatadores, anticoagulantes e prostaglandinas.

Sobre os aneurismas de aorta abdominal, considere:

I. A causa mais comum é a degeneração da parede pela doença aterosclerótica e, entre outras causas, incluem-se infecção, necrose cística da túnica média, artrite, trauma, doença do tecido conjuntivo e degeneração anastomótica.

II. Diâmetro do aneurisma maior que 4 centímetros no momento do diagnóstico é um fator de risco significante e independente para sua ruptura.

III. Devido às limitações do exame clínico, os exames de imagem são fundamentais para o rastreamento, diagnósticos e seguimento do aneurisma de aorta abdominal, sendo mais utilizados: ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética.


Está CORRETO o que se afirma em:

    A) I, II, III.

    B) III, apenas.

    C) I e II, apenas.

    D) I e III, apenas

Em relação ao pé diabético, marque a alternativa INCORRETA:

    A) O Pé de Charcot agudo é caracterizado pela presença dos sinais da inflamação (edema, hiperemia, hipertermia e dor) sem infecção.

    B) O Pé de Charcot crônico e a fase avançada da complicação, caracterizada por deformidades osteoarticulares importantes, principalmente do médio-pé, com desenvolvimento de calos e úlceras plantares.

    C) A Neuropatia Autonômica acarreta perda gradual da sensibilidade tátil e dolorosa que torna os pés vulneráveis a traumas, denominada de “perda da sensação protetora”.

    D) O exame clínico é o método diagnóstico mais efetivo, simples e de baixo custo para diagnóstico da neuropatia.

Na abordagem clínica de paciente diagnosticado com claudicação intermitente, porém sem limitação da qualidade de vida, com índice tornozelo-braço de 0,78, todas as medidas abaixo são fundamentais, EXCETO:

    A) Solicitar duplex scan arterial ou outro exame de imagem disponível.

    B) Combater o tabagismo e usar drogas antiagregantes plaquetárias, associado a controle do colesterol plasmático com medicamentos se necessário.

    C) Controlar pressão arterial para mantê-la abaixo de 140 x 90 (ou 130 x 80 se for paciente diabético ou com insuficiência renal crônica).

    D) No paciente diabético, rigoroso controle da glicemia para manter a hemoglobina glicosilada (HbA1c) abaixo de 7,0%.

São objetivos da cirurgia convencional de varizes primárias de membros inferiores, EXCETO:

    A) Melhorar a estética.

    B) Retirar as veias e lagos varicosos.

    C) Prevenir a trombose venosa profunda.

    D) Abolir as comunicações entre os sistemas venosos superficial e profundo que apresentem refluxo, como a junção safeno-femoral e veias perfurantes.

Marque a alternativa certa. Paciente feminina, de 27 anos, hígida, em terceiro dia de pós-operatório de cesárea por parto programado, apresentou edema súbito de todo o membro inferior esquerdo. Na própria maternidade foi solicitado duplex scan que revelou extensa trombose aguda que comprometeu o segmento ilíaco-femoral. No mesmo dia iniciou-se uso de heparina não fracionada em dose plena por via endovenosa. Após 24 horas apresentou volumoso sangramento pela incisão operatória, com formação de hematoma na parede anterior abdominal. O cirurgião vascular então sugeriu:

    A) Rever o hemograma e se não houve perda significativa, deve-se manter a anticoagulação na mesma dose.

    B) Repetir os exames de coagulação na urgência e corrigir (reduzir) a dose de heparina.

    C) Suspender imediatamente o uso de heparinas e implantar filtro de veia cava.

    D) Suspender heparina não fracionada e iniciar o uso de heparinas de baixo-peso molecular.

Paciente feminina, de 26 anos, relata história de início de edema insidioso em membro inferior direito aos 18 anos de idade. Não apresenta varizes. Duplex scan não demonstrou nenhuma anormalidade venosa ou arterial. Relatou também que a avó apresentava edema similar. O diagnóstico mais provável é:

    A) Linfedema tardio familiar.

    B) Linfedema tardio não familiar.

    C) Linfedema congênito familiar (doença de Milroy).

    D) Linfedema praecox familiar (doença de Meige).

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