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Em relação ao processo de envelhecimento, é correto afirmar que:
A esclerose de aorta é um processo sempre associado à doença aterosclerótica.
Existe calcificação de aorta, em especial no arco aórtico, em grande parte dos indivíduos com mais de 50 anos.
Nos idosos, sempre existem alterações eletrocardiográficas consideradas específicas, em especial na repolarização ventricular, independente da ocorrência de doenças.
Mesmo que não haja calcificação, a aorta descendente proximal e a valva aórtica, costumam ser percebidas em exame radiológico simples.
Em relação ao efeito de fármacos sobre o sistema cardiovascular, NÃO é correto afirmar:
Os antidepressivos tricíclicos oferecem elevada possibilidade de causar complicações graves, sendo absolutamente contra-indicados para os cardiopatas isquêmicos.
Alguns anti-inflamatórios não-esteróides, especialmente a fenilbutazona, devido retenção hídrica, pode ocasionar descompensação cardíaca em pacientes predispostos
É comum ocorrência de hipotensão postural, decorrente do uso de L-dopa.
Os antidepressivos clássicos possuem efeitos antiarrítmicos e próarrítmicos similares aos dos antiarrítmicos do grupo IA (quinidina).
No que diz respeito ao QT Longo, NÃO é correto afirmar:
O QT longo pode ocorrer pelo efeito de drogas, distúrbio eletrolítico, substâncias tóxicas, hipotermia e doença expansiva de sistema nervoso cerebral.
A Síndrome do QT longo é doença familiar com elevada mortalidade, ocasionada por episódio de taquicardia ventricular polimórfica, desencadeada por estresse.
O termo torsade de pointes (torção de pontas) refere-se a uma morfologia de taquicardia ventricular polimórfica, comum às formas congênita e adquirida.
Na forma adquirida, a exemplo da forma congênita, recomenda-se sistematicamente terapêutica com agonistas simpáticos.
Em relação aos portadores da síndrome de resistência à insulina é correto afirmar que:
Os diuréticos tiazídicos são drogas de primeira escolha para o tratamento de eventual hipertensão arterial tendo em vista que têm sido relatados raros efeitos indesejáveis, tais como redução de HDLcolesterol e elevação de triglicérides, somente no longo prazo.
O uso de betabloqueadores pode prejudicá-los, por estarem relacionados ao aumento da chance de desenvolvimento de diabetes mellitus, redução de HDL-colesterol e elevação de triglicérides.
Os inibidores das enzimas conversoras de angiotensina estão contra-indicados, tendo em vista o seu efeito metabólico deletério: redução de HDL-colesterol, elevação de triglicérides e acentuação do quadro de intolerância à glicose.
Os antagonistas dos canais de cálcio estão contra-indicados, tendo em vista o seu efeito na redução de fluxo sanguíneo para os rins e outros órgãos vitais.
Assinale a principal causa de internações hospitalares no Brasil:
Insuficiência cardíaca.
Acidentes vasculares cerebrais.
Hipertensão arterial sistêmica.
Cardiopatia isquêmica.
No que diz respeito à profilaxia de endocardite bacteriana é correto afirmar que:
Nos pacientes com próteses cardíacas, de material biológico ou metálico, considerando que os procedimentos dentários, orais e de trato respiratório superior freqüentemente causam bacteremia por estreptococos alfa-hemolíticos do grupo viridans, a amoxicilina é antibiótico de primeira escolha.
Nos casos de prolapso de valva mitral, considerando que o risco de endocardite é pequeno, recomenda-se a sistemática profilaxia apenas quando houver insuficiência mitral.
Considerando a freqüência de ocorrência de endocardite em portadores de marca-passo cardíaco definitivo, por ocasião de procedimentos potencialmente causadores de bacteremia, como o tratamento dentário que causa sangramento de gengiva, recomenda-se a adoção sistemática de profilaxia com antibióticos.
Deve ser dado o medicamento profilático 1 a 2 horas antes da intervenção potencialmente produtora de bacteremia, não sendo, em geral, necessária proteção além de 6 a 8 horas após a intervenção.
Em relação à estenose aórtica valvar crônica de origem reumática, NÃO é correto afirmar que:
A ocorrência de morte súbita está relacionada à presença de sintomas, sendo independente do grau de comprometimento valvar.
Enquanto a adaptação do miocárdio for eficiente, não há relação direta entre o grau da lesão e os sintomas.
A decisão cirúrgica deve ser tomada tão logo surjam os sintomas, sendo o quadro clínico, sintetizado na capacidade funcional do paciente, considerado soberano.
A presença de extra-sístoles ventriculares sempre exige o tratamento antiarrítmico.
Em relação ao prolapso idiopático da valva mitral, NÃO é correto afirmar que:
Pela sua natureza funcional, existe a possibilidade de desaparecimento sem qualquer intervenção terapêutica, como evolução natural do quadro.
Em pacientes jovens, sem sopros e com cúspides sem espessamento, associação com acidente vascular cerebral e endocardite bacteriana é tão incomum, que não deve ser cogitada.
A degeneração mixomatosa tem sido observada freqüentemente, o que significa a existência de lesões orgânicas na maioria dos casos.
Deve ser descartado o conceito de que em mulheres jovens a existência de precordialgia atípica, ansiedade e dispnéia, se relaciona ao prolapso.
Em relação à estenose mitral crônica de origem reumática, NÃO é correto afirmar que:
Os pacientes de classe funcional III / IV e com área inferior a 1,5 cm2 medida na ecodopplercardiografia devem ser submetidos à correção anatômica por cirurgia ou cateter-balão.
Os pacientes da classe funcional I / II, com área valvar menor do que 1,1 cm2 necessitam apenas de acompanhamento clínico e raramente de medicamentos.
São semelhantes os resultados imediatos e no médio prazo advindos da intervenção por meio de cateter-balão e comissurotomia cirúrgica.
O estudo da capacidade funcional, tanto por meio de teste ergométrico quanto cardiopulmonar, está sempre contra-indicado, tendo em vista o risco latente de tromboembolismo e arritmia cardíaca.
No que diz respeito às cardiopatias congênitas no adulto NÃO está correto afirmar que:
Deve existir especial atenção nos procedimentos cirúrgicos nãocardíacos em portadores de comunicação interatrial, mesmo pequena, pela possibilidade de embolia paradoxal.
Os portadores de comunicação interventricular pequena, com menos de 50 anos, caso já apresentem discreta repercussão clínica e hemodinâmica, apresentam indicação formal de tratamento cirúrgico.
Existe sempre a necessidade de profilaxia em relação à endocardite infecciosa em qualquer tipo de comunicação intercavitária.
A grande maioria dos pacientes que atingem a idade adulta sem possibilidade de correção cirúrgica se compõe de casos de reação ou síndrome de Eisenmenger.
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