Questões de Medicina da Fundação Carlos Chagas (FCC)

Provas de função pulmonar em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica sintomática apresentam

• A. aumento da capacidade de difusão de CO, principalmente quando há predomínio de enfisema.
• B. volume expiratório forçado no 1o segundo pelo menos entre 70 e 80% do esperado.
• C. diminuição do volume pulmonar residual.
• D. aumento da capacidade pulmonar total.
• E. relação volume expiratório forçado no 1o segundo/ capacidade vital forçada ao menos entre 70 e 80% do esperado.

Um homem de 45 anos é internado por insuficiência cardíaca. A avaliação diagnóstica é de descompensação por uso irregular da medicação habitual: furosemida, espironolactona, carvedilol e captopril. Apresenta na radiografia de tórax aumento de área cardíaca, sinais de congestão pulmonar e derrame pleural moderado bilateral. Recebe furosemida IV e reconciliação da medicação habitual, com melhora parcial. No terceiro dia, como ainda estava desconfortável do ponto de vista respiratório, é realizada punção aliviadora do derrame pleural. A análise do fluido pleural mostra DHL 52% do limite superior sérico, relação DHL do líquido pleural/DHL sérico 0,56, relação da proteína total do líquido pleural/proteína total sérica 0,52, presença de 8000 leucócitos/mm3, com 54% linfócitos e células mesoteliais 8%, com bacterioscópico e cultura negativos. A causa mais provável do derrame pleural é

• A. insuficiência cardíaca.
• B. tuberculose pleural.
• C. tromboembolismo pulmonar.
• D. pneumonia.
• E. câncer.

Considere, abaixo, 3 diferentes pacientes com pneumonia.

1. diagnóstico feito após 48 horas internado em unidade semi-intensiva por síndrome coronária aguda.

2. história de internação hospitalar por 2 dias para colecistectomia por colecistite aguda, há 70 dias.

3. quimioterapia endovenosa há 45 dias em clínica especializada.

Para efeito de antibioticoterapia empírica devem ser considerados como portadores de pneumonia nosocomial, ou associada a cuidados de saúde,

• A. os pacientes 1 e 3.
• B. somente o paciente 2.
• C. os pacientes 1 e 2.
• D. somente o paciente 1.
• E. os pacientes 2 e 3.

A história natural da tuberculose primária, descrita após observação em uma determinada população por mais de 10 anos, mostrou que o sintoma inicial mais frequente dessa infecção é

• A. perda de peso.
• B. febre.
• C. tosse produtiva.
• D. escarro hemoptoico.
• E. dor pleural.

Algumas empresas, ou órgãos públicos, solicitam testes para o diagnóstico de sífilis em exames admissionais. Uma mulher de 28 anos, assintomática, apresenta VDRL positivo, título 1:32, e FTA-ABS negativo. Esse achado NÃO pode ocorrer em

• A. portadores de lúpus eritematoso sistêmico.
• B. portadores de hepatopatia crônica.
• C. pessoas normais.
• D. indivíduos que tiveram a doença há mais de 10 anos e foram tratados com sucesso.
• E. gestantes.

Um homem de 30 anos apresenta lesões escamosas com eritema discreto e leve prurido de evolução crônica, desde a infância, com períodos de exacerbação, afetando o couro cabeludo, face, principalmente o sulco nasogeniano, regiões retroauriculares e genitais. O diagnóstico mais provável é de dermatite

• A. psoriática.
• B. atópica.
• C. de Duhring, ou herpetiforme.
• D. de “berloque”, ou fitodermatite.
• E. seborreica.

Uma mulher de 24 anos, portadora de anemia falciforme, com estado vacinal desconhecido, procura atenção médica por apresentar febre e lesões cutâneas compatíveis com varicela há 1 dia. Tem filho de 3 anos com diagnóstico atual dessa infecção. Tem atraso menstrual de 40 dias e não realizou nenhum exame para diagnóstico de gravidez. A conduta mais adequada é tratar

• A. com ribavirina, somente se um teste hematológico confirmar gravidez.
• B. com aciclovir inicialmente, com intuito de evitar possíveis malformações fetais, e manter somente se for confirmada gravidez.
• C. com aciclovir para evitar complicações agudas da doença.
• D. com ribavirina, ou aciclovir, para evitar complicações tardias da doença, como herpes zoster.
• E. somente com sintomáticos e corticoesteroide sistêmico em dose baixa.

Uma mulher de 30 anos, na 9a semana de gravidez, assintomática, procura o médico do seu local de trabalho com urocultura positiva para E. coli, sensível a todos antibióticos do painel rotineiramente testado. A conduta terapêutica mais adequada é tratar

• A. com beta-lactâmico, ou outro antibiótico adequado para a idade gestacional.
• B. com fluorquinolona, preferencialmente.
• C. somente se vier a apresentar sintomas.
• D. com nitrofurantoina ou fosfomicina, somente.
• E. se persistir com cultura positiva, apenas após a 12a semana.

Na grande maioria dos pacientes que procuram os prontos socorros com lombalgia aguda, a causa é

• A. estenose espinhal na região lombar.
• B. compressão na emergência de raízes nervosas na coluna.
• C. diminuição crítica do espaço intervertebral.
• D. inespecífica, ou seja, sem um fator determinante identificável.
• E. contratura espasmódica da musculatura paravertebral.

Diante de um paciente com dor no joelho é aventada a hipótese diagnóstica de osteoartrite. Classicamente os achados clínico-laboratoriais dessa afecção NÃO incluem

• A. rigidez matinal com duração abaixo de 30 minutos.
• B. presença de líquido sinovial, claro, viscoso, com celularidade em torno de 40.000 /mm3.
• C. ausência de calor local à palpação.
• D. crepitação na mobilização ativa da articulação.
• E. VHS abaixo de 40 mm/1^ah.