Questões de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC - PR)

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Segundo a RDC n. 63 de julho de 2000, o nutricionista é o responsável pela qualidade da Nutrição Enteral que processa, conserva e transporta. De acordo com as boas práticas de preparação de nutrição enteral (BPNE), pode-se afirmar que:

  • A.

    Na avaliação microbiológica da amostra de formulação de nutrição enteral, é permitida a existência de coliformes em quantidades menores que 100 unidades formadores de colônia por grama.

  • B.

    As formulações de nutrição enteral industrializadas podem ser adquiridas desde que o fabricante apresente um certificado de análise a cada semestre.

  • C.

    Toda formulação de nutrição enteral preparada deve ser conservada sob refrigeração em geladeira exclusiva, com temperatura de 2 a 8ºC.

  • D.

    A apresentação de certificado de análise por parte do fabricante de dietas para nutrição enteral industrializada dispensa a inspeção visual pelo nutricionista.

  • E.

    Frascos de dietas industrializadas para nutrição enteral devem ser limpos e sanitizados dentro da sala de manipulação com uso de álcool.

Um paciente do sexo masculino, 72 anos, está internado com diagnóstico de doença de Alzheimer em estágio 3. Recebe 1000 ml de uma dieta enteral industrializada por jejunostomia, com densidade calórica de 1,5 kcal/mL e 14% de proteína, em gotejamento contínuo por bomba infusora. Com base nesses dados, afirma-se que esse paciente:

  • A.

    Recebe 1500 kcal e 52,5 g de proteína.

  • B.

    Recebe 1000 kcal e 210 g de proteína.

  • C.

    Recebe 1400 kcal e 56 g de proteína.

  • D.

    Recebe 1000 kcal e 140 g de proteína.

  • E.

    Recebe 1550 kcal e 54 g de proteína.

A sarcopenia presente no idoso produz:

  • A.

    Aumento do peso absoluto da gordura corporal que induz a obesidade com o avanço da idade.

  • B.

    Diminuição da força muscular, comprometendo a capacidade funcional.

  • C.

    Aumento da necessidade energética para evitar evolução para desnutrição do idoso.

  • D.

    Aumento de 10 a 20% do metabolismo basal no idoso.

  • E.

    Diminuição da ação da 1-25 diidroxicolecalciferol, reduzindo a absorção de cálcio intestinal.

A proteína constitui o maior componente estrutural de todas as células. Em relação a esse macronutriente, afirma-se CORRETAMENTE que:

  • A.

    O consumo de proteína pela pessoa idosa deve ser diminuído, já que apresenta redução da massa muscular com o envelhecimento.

  • B.

    Pessoas idosas que apresentam processos inflamatórios e infecciosos devem ingerir maiores quantidades de proteína, pois esses aspectos elevam a necessidade protéica, reduzem a eficiência da utilização de nitrogênio dietético e aumentam a excreção de nitrogênio.

  • C.

    A recomendação de ingestão protéica para o idoso é maior que a do adulto jovem, para compensar a menor necessidade de carboidratos por essa população.

  • D.

    A ingestão diária de referência (DRI, Dietary Reference Intakes) de proteína, para homens e mulheres acima de 51 anos , é de 1,4 g/kg/dia.

  • E.

    A proporção de proteína de origem animal, em relação ao total proteico, deve ser de 20%, considerando que o consumo de proteínas de boa qualidade pode estar prejudicado nos indivíduos idosos em decorrência do menor poder aquisitivo, que ocorre em razão da aposentadoria.

Os lipídeos são substâncias muito diferentes entre si, porém estão agrupados pela característica físicoquímica de insolubilidade em água. Essa característica condiciona uma série de etapas na digestão e absorção desses nutrientes. É CORRETO afirmar que:

  • A.

    Os quilomícrons são formados de glicose + TG + colesterol + fosfolipídeos que favorecem a solubilidade dos lipídeos permitindo seu transporte no sangue.

  • B.

    Após processos de digestão e absorção, os lipídeos entram na circulação pelo sistema linfático na forma de micelas.

  • C.

    As micelas são formadas por ácidos graxos, glicerol, colesterol, fosfolipídeos e sais biliares.

  • D.

    A bile é responsável pela emulsificação dos lipídeos para permitir que esses passem da luz intestinal para o enterócito na forma de lipoproteína.

  • E.

    A liberação da colecistocinina permite a liberação de bile que é produzida pela vesícula biliar.

Uma paciente de 66 anos, com diagnóstico de tumor de laringe em tratamento radioterápico, foi internada com sintomas de disfagia moderada a alimentos sólidos e xerostomia. Houve perda de peso nos últimos 3 meses, pois a cuidadora ofereceu somente líquidos à paciente. Constatou-se, pelo serviço de fonoaudiologia, boa aceitação da dieta de consistência pastosa. A paciente apresenta função gástrica e intestinal preservadas. Encontra-se lúcida, orientada no tempo e no espaço, porém, acamada e dependente de alimentação assistida devido a astenia. O nutricionista prescreveu dieta pastosa e suplementação calórico protéica, com auxílio e fará visita diária para avaliação da evolução clínica e nutricional.

Para essa paciente, recomenda-se:

  • A.

    Evitar os alimentos ácidos e líquidos calóricos como sucos de frutas e sucos de vegetais, pois os primeiros produzem odinofagia e os últimos causam saciedade precoce.

  • B.

    Suplemento calórico protéico industrializado de alta densidade calórica, pois proporcionará a esta paciente alto valor calórico em baixo volume, associado a uma dieta pastosa de alto fracionamento.

  • C.

    Fracionamento de 3 refeições de alto volume durante o dia associadas a uma dieta por jejunostomia durante a noite, complementando a alimentação, para garantir evolução clínica e nutricional rápida e segura.

  • D.

    Alimentos como sucos coados com adoçante artificial e suplementos calórico proteicos de baixa osmolaridade, pois serão absorvidos mais eficazmente, acelerando a recuperação nutricional.

  • E.

    Contraindicar líquidos durante a refeição, por dificultar a digestão e absorção dos alimentos e indicar suplementos calórico proteicos de baixa densidade calórica nos intervalos das refeições.

Paciente R.J.M., 67 anos, portadora de dislipidemia, mantém níveis séricos elevados de LDL – colesterol e de triglicerídeos e baixos níveis de HDL – colesterol. Em sua última consulta, o nutricionista orientou a paciente a evitar alimentos que contenham ácidos graxos saturados e ácidos graxos trans e a aumentar a ingestão dos ácidos graxos poliinsaturados ômega-3, entre outras recomendações. Em relação à orientação nutricional para essa paciente, analise as afirmações.

I. Os ácidos graxos saturados reduzem o número de receptores de HDL no fígado, resultando no aumento do LDL – colesterol no sangue. Esses ácidos graxos saturados estão presentes apenas em alimentos de origem animal, os quais devem ter seu consumo reduzido pelos pacientes dislipidêmicos.

II. Os ácidos graxos trans possuem propriedades metabólicas semelhantes às dos ácidos graxos saturados, entretanto, além de elevarem o LDLcolesterol, possuem a propriedade de reduzir o HDL-colesterol. A maior contribuição dos ácidos graxos trans na dieta origina-se do consumo de óleos e gorduras hidrogenadas presentes em sorvetes, chocolates, pães recheados, molhos de salada, cremes para sobremesas e óleos para fritura industrial, devendo ser evitados por pacientes dislipidêmicos.

III. Os ácidos graxos ômega-3 reduzem os triglicerídeos séricos pela diminuição da síntese hepática de VLDL e aumentam os níveis séricos de HDL – colesterol. Além disso, esse ácido graxo apresenta outros efeitos cardiovasculares protetores, como a redução da viscosidade do sangue, o relaxamento das artérias e a redução da pressão arterial. Portanto, a ingestão de ômega-3 deve ser incentivada para pacientes dislipidêmicos, podendo, por exemplo, ser obtido a partir do consumo da linhaça e de peixes como salmão e sardinha.

Está(ão) CORRETA(S):

  • A.

    Somente a afirmação II.

  • B.

    Somente a afirmação I.

  • C.

    Somente as afirmações II e III.

  • D.

    Somente as afirmações II e III.

  • E.

    Somente as afirmações I e II.

M.F., 77 anos, apresenta sequela de AVE e recebe dieta por sonda nasoenteral, porém houve episódios de diarreia. Nessa situação, os fatores que causam diarreia são:

  • A.

    Contaminação da formulação por microorganismos patológicos, estase gástrica e posicionamento da sonda no intestino.

  • B.

    Posicionamento da sonda no intestino, broncoaspiração e hiperosmolaridade da formulação associada a gotejamento lento da dieta.

  • C.

    Posicionamento da sonda no intestino, obstrução mecânica da sonda e hipoalbuminemia.

  • D.

    Estase gástrica, obstrução mecânica da sonda e contaminação da formulação por microorganismos patogênicos.

  • E.

    Contaminação da formulação por microorganismos patológicos, hiperosmolaridade da formulação associada a gotejamento rápido da dieta e hipoalbuminemia.

A educação nutricional faz parte das atividades do nutricionista em todos os campos de atuação, e a diferenciação entre o processo de educação e orientação nutricional pode contribuir para definir o papel do nutricionista como educador. Com relação ao processo de educação nutricional, afirma-se:

I. Deve ser enfatizada a mudança imediata das práticas alimentares por meio do seguimento da dieta determinada pelo profissional nutricionista, que é considerado a autoridade nesse processo.

II. As necessidades de mudança de comportamento alimentar são discutidas com o paciente, sendo o nutricionista um parceiro na resolução dos problemas e dificuldades.

III. As representações sobre o comer e a comida, as atitudes e a valoração da alimentação para a saúde por parte do paciente devem ser consideradas pelo nutricionista.

Está(ão) CORRETA(S):

  • A.

    Somente as afirmativas I e III.

  • B.

    Somente a afirmativa I.

  • C.

    Somente a afirmativa II.

  • D.

    Somente as afirmativas II e III.

  • E.

    Somente a afirmativa III.

Os especialistas em administração determinam algumas etapas imprescindíveis na estruturação de uma empresa ou órgão que podem ser aplicadas na estruturação e organização de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) hospitalar recém inaugurada. Para permitir o início de seu funcionamento, as seguintes etapas devem ser desenvolvidas:

  • A.

    Definição de objetivos gerais e específicos, definição de atividades a serem desenvolvidas, estabelecimento de tarefas inerentes às atividades e determinação de unidades de trabalho especializado.

  • B.

    Elaboração de programas de educação nutricional para comunidade externa, elaboração de materiais educativos para orientação de alta hospitalar, definição de objetivos gerais e específicos e definição de atividades a serem desenvolvidas.

  • C.

    Elaboração de impressos para controle do número de refeições servidas, definição de localidades de procedência de pacientes a serem atendidos, determinação de unidades de trabalho especializado e estabelecimento de tarefas inerentes às atividades.

  • D.

    Definição de locais para encaminhamento de pacientes para atendimento ambulatorial após a alta hospitalar, definição do estatuto do hospital, definição de atividades a serem desenvolvidas e estabelecimento de tarefas inerentes às atividades.

  • E.

    Definição de localidades de procedência de pacientes a serem atendidos, definição do estatuto do hospital, elaboração de programas de educação nutricional para comunidade externa e elaboração de materiais educativos para orientação de alta hospitalar.

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