Questões de Odontologia da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Paciente de 50 anos de idade comparece ao consultório odontológico para um exame de rotina. Durante o exame da região perioral, o cirurgião dentista notou atrofia da borda do vermelhão do lábio inferior, resultando em um apagamento da margem entre a zona do vermelhão e a porção cutânea do lábio. Nota-se também a presença de algumas áreas cobertas de escamas e crostas e pequenas ulcerações em regiões do lábio inferior. Quando questionado, o paciente revelou histórico de exposição contínua ao sol, pois exerce a profissão de pescador. O diagnóstico mais provável para essa condição bucal é:

  • A. papiloma escamoso;
  • B. hiperplasia epitelial multifocal;
  • C. condiloma acuminado;
  • D. lêntigo actínico;
  • E. queilite actínica.

Um paciente de 5 anos de idade comparece ao consultório odontológico junto com seu responsável. A mãe relata que vem notando episódios de sangramento espontâneo na gengiva do paciente há aproximadamente 1 semana, além de episódios febris e fadiga. A responsável apresenta um hemograma completo da criança, que foi solicitado pelo pediatra. Nele, o cirurgião-dentista observa uma considerável redução nos números de leucócitos e hemácias. O exame clínico extra oral evidencia linfadenopatia cervical, e, na cavidade bucal, notam-se inúmeras petéquias ao longo dos sulcos gengivais e sangramento espontâneo em algumas áreas da papila gengival. Radiograficamente, o paciente apresenta aspecto de normalidade na dentição. Frente a esse quadro clínico, o dentista pode suspeitar de:

  • A. osteomielite;
  • B. leucemia linfoblástica aguda;
  • C. síndrome de papillon-lefèvre;
  • D. impetigo;
  • E. tuberculose.

Paciente de 13 anos de idade compareceu ao consultório para uma consulta de urgência. Relata que “seu dente saiu do lugar” após uma queda de bicicleta ocorrida há menos de 1 hora. Ao exame clínico, o dentista notou que a coroa do elemento 21 apresentava-se inclinada para a região palatina, saindo completamente da linha demarcada pelos outros dentes do arco. O elemento apresentava pouca mobilidade, porém havia sangramento através do sulco gengival. O exame radiográfico descartou a presença de fraturas radiculares, porém evidenciou espessamento considerável do ligamento periodontal. Diagnosticada a lesão como uma luxação lateral do elemento 21, a opção de tratamento mais adequada para essa consulta de urgência é:

  • A. prescrever ao paciente uma dieta líquida e pastosa por 1 semana e acompanhar o reposicionamento espontâneo do elemento;
  • B. acesso endodôntico do elemento 21 para evitar o risco de infecção e reabsorção radicular;
  • C. anestesia, reposicionamento do dente através de pressão digital ou uso de fórceps, esplintagem flexível ou semirrígida por um mínimo de 4 semanas;
  • D. anestesia, reposicionamento do dente através de pressão digital ou uso de fórceps, esplintagem rígida por um mínimo de 4 semanas;
  • E. prescrever ao paciente uma dieta líquida e pastosa por 1 semana e acesso endodôntico do elemento 21 para evitar o risco de infecção e reabsorção radicular durante o tempo de acompanhamento.

Ao avaliar uma radiografia periapical do elemento 36 em um paciente saudável, o dentista observa uma grande área radiolúcida na região de furca com possível envolvimento de ambas as corticais e uma extensa lesão de cárie com envolvimento pulpar. O exame clínico confirmou o envolvimento pulpar pela cárie, e presença de bolsa periodontal de 6 mm de profundidade na região de furca, sem que houvesse, porém, sinais de doença periodontal ativa em outros sítios da cavidade bucal do paciente. A sequência de plano de tratamento mais adequada para esse paciente seria:

  • A. tratamento endodôntico do elemento 36, cirurgia para raspagem e alisamento radicular e acompanhamento clínico e radiográfico da remissão da lesão;
  • B. tratamento endodôntico do elemento 36 e acompanhamento clínico e radiográfico da remissão da lesão antes da intervenção periodontal e da reabilitação protética definitiva;
  • C. raspagem e alisamento radicular, tratamento endodôntico do elemento 36 e acompanhamento clínico e radiográfico da remissão da lesão;
  • D. raspagem e alisamento radicular, tratamento endodôntico do elemento 36 e acompanhamento clínico e radiográfico da remissão da lesão;
  • E. raspagem e alisamento radicular, tratamento endodôntico do elemento 36 e acompanhamento clínico e radiográfico da remissão da lesão;

Uma radiografia panorâmica de um paciente evidenciando osteomas maxilares na região dos ângulos mandibulares, que podem estar associados a características de deformidade facial proeminente e desenvolvimento de pólipos intestinais caracteriza um paciente que apresenta:

  • A. osteoesclerose idiopática;
  • B. síndrome de Gardner;
  • C. displasia cleidocraniana;
  • D. doença de Paget;
  • E. histiocitose de células de Langerhans.

Na prática clínica, o dentista frequentemente deduz da radiografia informações tridimensionais, como, por exemplo, durante a localização de um corpo estranho ou de um dente impactado no interior dos maxilares. Um dos métodos utilizados para identificar a posição espacial de um objeto é a técnica do tubo modificado, também conhecida como “regra do objeto” ou “método de Clark”. Na execução e interpretação das informações obtidas através dessa técnica, executam-se duas radiografias, sendo a segunda com o tubo de raio-X posicionado mais mesialmente em relação ao ponto de referência. É correto afirmar que, se o objeto em questão:

  • A. mover distalmente em relação ao ponto de referência, o objeto localiza-se lingual/palatinamente em relação ao ponto de referência;
  • B. parecer não se mover em relação ao ponto de referência, o objeto localiza-se lingual/palatinamente em relação ao ponto de referência;
  • C. também se mover mesialmente em relação ao ponto de referência, o objeto localiza-se vestibularmente em relação ao ponto de referência;
  • D. também se mover mesialmente em relação ao ponto de referência, o objeto localiza-se lingual/palatinamente em relação ao ponto de referência;
  • E. parecer não se mover em relação ao ponto de referência, o objeto localiza-se vestibularmente em relação ao ponto de referência.

Paciente do sexo masculino, de 50 anos de idade, comparece ao consultório odontológico para uma consulta de avaliação, portando um exame radiográfico periapical completo. Ao exame da radiografia dos incisivos superiores, notou-se uma lesão radiolúcida com formato de pera invertida, com margem esclerótica bem delimitada entre os ápices dos incisivos centrais sem evidência de reabsorção radicular. A lesão não apresenta sintomatologia clínica. O diagnóstico mais provável da lesão é o cisto:

  • A. nasolabial;
  • B. do ducto nasopalatino;
  • C. do ducto tireoglosso;
  • D. da fenda branquial;
  • E. linfoepitelial oral.

Imagens anatômicas normais sobrepostas aos tecidos apicais podem ser tanto radiolúcidas como radiopacas, dependendo da estrutura envolvida. A estrutura anatômica radiopaca que pode se sobrepor aos ápices dos molares inferiores, dificultando sua visualização, é:

  • A. a linha milo-hióidea;
  • B. o processo zigomático;
  • C. a cortical do seio maxilar;
  • D. o canal mandibular;
  • E. o processo coronoide da mandíbula.

Se a integridade do arco dentário em crianças for comprometida pela perda precoce dos dentes decíduos, é possível a deflagração de problemas que afetam o alinhamento adequado da dentição permanente devido à perda de comprimento do arco. Em um paciente com perda bilateral dos segundos molares decíduos superiores após a completa irrupção dos primeiros molares permanentes, pode-se indicar um:

  • A. aparelho banda e alça;
  • B. arco extra oral;
  • C. arco lingual;
  • D. distal shoe;
  • E. arco de Nance.

Criança de 5 anos foi levada ao consultório odontológico para avaliação de rotina. Após o exame clínico e radiografias interproximais, o cirurgião-dentista não detectou nenhuma lesão de cárie ativa ou cavitação que necessitasse de tratamento operatório. O exame da oclusão revelou uma dentição decídua completa, e ainda sem elementos permanentes irrompidos. O plano terminal dos molares decíduos apresentava-se com um leve degrau para a mesial. A observação dessa característica oclusal indica, com maior frequência, o estabelecimento de uma relação de molares permanentes do tipo:

  • A. classe I de Angle;
  • B. classe II, subdivisão 1 de Angle;
  • C. classe II, subdivisão 2 de Angle;
  • D. plano terminal reto;
  • E. degrau distal.
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