Questões de Odontologia da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Alguns dos critérios atuais para o enquadramento de um determinado microrganismo como patógeno periodontal primário incluem a sua associação com a maioria dos casos de doença periodontal ativa, a presença de resposta inflamatória do hospedeiro na sua presença, e a produção de metabólitos destrutivos para os tecidos periodontais por certas espécies. Sendo assim, podem ser considerados como os principais patógenos periodontais os seguintes microrganismos:

  • A. A. actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis e Bacteroides forsythus;
  • B. Streptococcus mutans, Fusobacterium nucleatum e Prevotella intermedia;
  • C. A. actinomycetemcomitans, Enterococcus faecalis e Porphyromonas gingivalis;
  • D. Staphylococcus aureus, Porphyromonas gingivalis e Fusobacterium nucleatum;
  • E. Fusobacterium nucleatum, Prevotella intermedia e Streptococcus sobrinus.

Dos antibióticos indicados para tratamento das doenças periodontais, aquele que possui atividade anticolagenase, inibindo a destruição tecidual e auxiliando a regeneração óssea é:

  • A. tetracilina;
  • B. amoxicilina;
  • C. metronidazol;
  • D. clindamicina;
  • E. ciprofloxacina.

O cirurgião-dentista recebe em seu consultório um paciente para exame de rotina. Ao examinar as radiografias periapicais, ele detecta um nódulo bem definido e radiopaco na superfície mesial da raiz do terceiro molar superior. O paciente não relata nenhuma queixa associada a esse sítio. O diagnóstico mais provável da condição e seu prognóstico a longo prazo é:

  • A. uma extensão cervical de esmalte, muito associada ao aparecimento de cistos de bifurcação vestibular;
  • B. uma cúspide em garra, que pode favorecer a instalação de perda óssea periodontal na região em questão;
  • C. uma pérola de esmalte, que pode favorecer a instalação de perda óssea periodontal na região em questão;
  • D. uma cúspide em garra, que, se possuir um extensão pulpar, pode levar à pulpite do elemento em questão;
  • E. uma extensão cervical de esmalte, que pode favorecer o aparecimento de lesões de cárie radicular.

O cirurgião dentista realiza o agendamento de um paciente para a realização de tratamento endodôntico no elemento 35, cujo acesso endodôntico foi realizado uma semana antes. Na ocasião, o elemento dentário apresentava polpa necrosada, sem sinais de absesso agudo e, apesar de a sintomatologia dolorosa que o paciente apresentava ter sido reduzida após o procedimento de acesso dos canais radiculares, o paciente relata, por telefone, que ainda apresenta intensa dor à percussão no elemento dentário. O cirurgião dentista, portanto, preocupa-se com a possibilidade de o paciente apresentar dor pós operatória após a sessão de preparo químico-mecânico dos canais radiculares.

Considerando que o paciente não relata alergia a nenhum medicamento, a prescrição pré-operatória mais adequada nesse caso é:

  • A. um analgésico do tipo anti-inflamatório não esteroidal 30 minutos antes do procedimento para o paciente;
  • B. antibioticoterapia profilática 30 minutos antes do procedimento para o paciente;
  • C. antibioticoterapia sete dias antes da realização do preparo químico-mecânico do canal;
  • D. antibioticoterapia durante 7 dias após a realização do preparo químico-mecânico do canal;
  • E. a combinação de antibioticoterapia e analgésicos durante 7 dias após o preparo químico mecânico do canal.

Representa(m) uma indicação absoluta para profilaxia antibiótica na a prevenção da infecção das feridas cirúrgicas:

  • A. procedimentos cirúrgicos em pacientes diabéticos mesmo com a glicemia controlada;
  • B. procedimentos que envolvem a manipulação de tecido gengival, região periapical ou perfuração da mucosa oral em pacientes portadores de válvulas cardíacas protéticas;
  • C. cirurgias em pacientes submetidos à substituição completa de uma articulação biológica por outra protética;
  • D. exodontias em pacientes recebendo imunodepressores para transplante de órgãos;
  • E. a realização de raspagem em pacientes infectados pelo HIV.

Embora a pasta de óxido de zinco e eugenol tenha sido considerada como o material de escolha para a realização de pulpectomias de dentes decíduos, mais recentemente um outro material com boa propriedade antisséptica tem sido adicionado às pastas obturadoras para canais radiculares decíduos. Corresponde a esse material o:

  • A. iodofórmio;
  • B. guta percha;
  • C. cimento fosfato de zinco;
  • D. cimento óxido de zinco e eugenol de presa rápida;
  • E. cimento policarboxilato de zinco.

A esterilização é o processo que visa destruir ou eliminar todas as formas de vida microbiana presentes nos instrumentos odontológicos utilizados no paciente, por meio de processos físicos ou químicos. A esterilização através de processos químicos deve ser utilizada somente nas situações em que não exista outro recurso disponível. A substância química e sua concentração mais indicada atualmente para esse procedimento é:

  • A. glutaraldeído a 0,2%;
  • B. ácido peracético a 0,2%;
  • C. álcool 70%;
  • D. hipoclorito de sódio a 1%;
  • E. álcool iodado a 10%.

Em um paciente com terapia contínua com um anticoagulante (warfarin) e que precisa de uma cirurgia oral eletiva, a necessidade da anticoagulação contínua deve ser avaliada em relação à necessidade da coagulação sanguínea após a cirurgia. Sendo assim, o médico responsável pelo paciente deverá ser consultado para que ajuste o seu tempo de protombina (TP) segundo a razão internacional normalizada (INR). Para que o cirurgião dentista tenha segurança na realização do procedimento cirúrgico, o TP do paciente deve estar, no momento da cirurgia:

  • A. entre 2 e 3 INR;
  • B. maior que 3 INR;
  • C. entre 4 e 5;
  • D. menor que 5;
  • E. maior que 6.

Corresponde a uma contraindicação absoluta para a realização de exodontias em um paciente adulto:

  • A. a gravidez, em seu segundo trimestre;
  • B. o uso de anticoagulantes sistêmicos;
  • C. a presença de um abscesso dentoalveolar agudo;
  • D. a idade muito avançada com sintomas de senilidade;
  • E. dentes localizados dentro de uma área de tumor maligno.

Um paciente compareceu ao consultório odontológico 2 dias após realizar exodontia do elemento 48, que se encontrava completamente irrompido, apresentando sintomatologia dolorosa exacerbada no local da ferida cirúrgica, halitose e linfadenopatia cervical. Relatava ainda mal-estar geral e um estado ligeiramente febril. Ao exame clínico, o dentista observou a mucosa gengival marginal edemaciada, hiperêmica e o alvéolo dentário com tecido ósseo exposto, sem a presença de coágulo sanguíneo. O dentista diagnosticou o quadro como alveolite, explicando ao paciente que se tratava de uma complicação pós-cirúrgica. Em que pese a diversificação de fatores desencadeantes dessa complicação, todos eles têm origem na:

  • A. quebra da cadeia cirúrgica asséptica;
  • B. liberação de catecolaminas pelo paciente devido ao estresse transoperatório;
  • C. ação do componente vasoconstrictor do anestésico;
  • D. ausência de formação de um coágulo sanguíneo intraalveolar normal e estável;
  • E. auto hemostasia do paciente, acarretando a lise do coágulo sanguíneo situado dentro do alvéolo dentário.
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