Questões de Português

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Para que haja concordância, todos os elementos que compõem a oração precisam estar em harmonia. A partir disso, assinale a alternativa em que NÃO há erro de concordância nominal:

    A) Sempre educada e prestativa, a menina olhou para todos os convidados e disse: “Muito obrigado!”

    B) As taxas inclusa no pacote de viagem são muito altas.

    C) Os diretores mesmo realizaram a campanha na escola.

    D) Bebi meia garrafa de vinho e fiquei meia tonta.

    E) Gosto muito de ler Clarice Lispector. Na biblioteca há bastantes livros de sua autoria.

Texto II

Leia atentamente o texto II e responda a questão.



Na organização discursiva da frase “não sou pipoca, mas também dou meus pulinhos” (linha 25) percebemos uma relação de:

    A) adição.

    B) conclusão.

    C) adversidade.

    D) alternância.

    E) explicação.

A invenção do horizonte


Deu-me uma angústia danada a notícia de que, num futuro próximo, muito próximo, teremos toda a literatura do mundo na tela do computador. Angústia duplicada. Primeiro, pela minha intolerância figadal a esta maquinazinha dos infernos. Segundo, pela suspeita de desaparecimento dos livros, esses calhamaços impressos, cheirando a novo ou a mofo, roído pelo uso ou pelas traças, mas que são uma gostosura viajá-los pelas trilhas das letras como quem explora um mundo mágico, tanto mais novo quanto mais andado.

Sem o gozo de um livro nas mãos, fico cego, surdo e mudo, fico aleijado, penso, torto, despovoado. Espiá-los enfileirados nas estantes, gordos e magros, novos e velhos, empaletozados e esfarrapados, cobertos de pó e de teias de aranha, essa visão me transporta para todos os mundos e para todas as idades [...].

As minhas mãos ficariam nuas e inúteis quando não pudessem mais sustentar um livro, que não fosse pela velhice dos dedos. Mesmo assim, eles estariam por ali, nas prateleiras, amontoados na mesa, espalhados pelo chão, sempre comungando com o meu tempo, meu espaço, minha vida. Eles são a expressão digital da minha alma [...].

Um livro não é um simples objeto, um amontoado de folhas impressas. Vai mais longe, intangivelmente longe. É corrimão, é degrau, é escada, é caminho, é horizonte. Por mais que sonhe a tecnologia, jamais será capaz de inventar um horizonte.

(MARACAJÁ, Robério. Cerca de Varas. Campina Grande: Latus, 2014, p. 57. 

Dado o enunciado “As minhas mãos ficariam nuas e inúteis quando não pudessem mais sustentar um livro, que não fosse pela velhice dos dedos”, analise as proposições relativas ao modo de organização dos períodos:


I- O período é composto por duas orações.

II- “Quando não pudessem mais sustentar um livro” é uma oração subordinada que indica o tempo de ocorrência do fato expresso na oração principal.

III- “Que não fosse pela velhice dos dedos” contém uma negativa justificada pelo uso imperfeito do subjuntivo.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

    A) II e III.

    B) I e III.

    C) I e II.

    D) II.

    E) III.

TEXTO

Importância do Pantanal


    O Pantanal é um dos biomas mais importantes do Brasil e do mundo e é extremamente rico quando se trata da fauna brasileira. A região abriga grande parte dos animais existentes no país, com mais de 1,2 mil espécies de animais nativos e dezenas deles em extinção. Em suas dimensões, o Pantanal chega a cerca de 220 mil km², sendo que 120 mil km² estão em solo brasileiro, nos estados do Mato Grosso do Sul (65%) e Mato Grosso (35%), na região Centro-Oeste. O Pantanal também abrange os países da Bolívia e Paraguai, que fazem fronteira com a região. 

    A importância do Pantanal, além da fauna e de sua rica vegetação, também se destaca como uma das áreas contribuintes para a redução do aquecimento global, já que sua capacidade de absorção do carbono ajuda a conter o efeito estufa. As características do local levaram a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a considerar o Pantanal como Patrimônio Natural e Reserva da Biosfera Mundial.

    A principal característica do bioma é a planície inundada, mas também há a presença do Cerrado, Caatinga e Floresta Tropical. A área do Pantanal é cercada por planaltos com elevada altitude, o que faz o bioma ser a nascente de vários rios pantaneiros, e possuir a característica de inundações. A paisagem da região é diversificada, possui árvores de médio e grande porte, assim como árvores tortuosas, comuns no Cerrado. Também há vegetações aquáticas, muitas utilizadas de forma medicinal. Além disso, nas matas ciliares, a vegetação é densa e possui muitas árvores altas. 


Causas dos incêndios 

    

    Essa é uma região que possui duas estações climáticas muito bem definidas. Ocorre o verão, com grandes chuvas, tempo úmido e inundação das planícies. A outra estação, o inverno, tem poucas chuvas, a umidade do ar fica muito baixa e o clima extremamente seco. É no período do inverno que as queimadas costumam surgir em maior número, já que o tempo seco facilita para que os incêndios possam se propagar. No entanto, as ações do homem também interferem no aumento das queimadas, agravando ainda mais a situação. Por isso, as origens do fogo no Pantanal são causadas tanto pelos aspetos naturais da região como pelas atividades exercidas pelo homem no local, principalmente pelo desmatamento e da transformação de áreas vegetais em pastos para a prática agropecuária.

    Segundo a professora de Geografia e Atualidades do Colégio Oficina do Estudante, Andreza Bernardi, os atuais incêndios no Pantanal têm causas humanas, geralmente relacionadas ao desenvolvimento e à expansão de atividades agropecuárias: prática da queima da área de pastagem, incêndios em equipamentos agrícolas e fogo nas raízes das árvores para extração de mel. Mesmo que essas atividades sejam frequentes na região, muitas vezes são feitas de forma ilegal e as consequências têm sido grandes. “Apesar de o fogo poder ser utilizado em alguns casos, como forma de manejo, há a necessidade de autorização prévia dos órgãos públicos competentes para utilização da técnica, fato que tem sido negligenciado”, informou a professora.

    Neste ano, o clima registrado foi ainda mais seco que o de costume, assim como o nível de chuvas muito abaixo. Consequentemente, houve a contribuição do aumento das queimadas, chegando ao número recorde informado pelo Inpe. Dos mais de 2 milhões de hectares queimados, 1,2 milhão está registrado no Mato Grosso e mais de 1 milhão no Mato Grosso do Sul. O aumento começou a se tornar mais preocupante em julho, quando a umidade do ar era registrada abaixo de 10%. Neste período, queimadas começaram a ser registradas em propriedades privadas da região.


Fauna e os impactos

    

     Uma das maiores preocupações com os incêndios na região do Pantanal está ligada à sua riquíssima fauna. Por conter espécies raras de animas, a região já sofre com fatores, como a caça e a pesca, que, mesmo proibidas em algumas situações, ainda são frequentes no local e contribuem para a extinção de alguns animais.

    Com os incêndios, muitos animais estão morrendo queimados ou por falta de alimentação e água. Além disso, os hábitats estão sendo perdidos e o ecossistema da região sofrendo alterações. De acordo com a professora de biologia, Paula Gadioli, as consequências virão em médios e longos prazos. “A preocupação não é apenas com a morte direta dos animais incinerados ou mortos por asfixia, mas também com as consequências a médio e longo prazo, já que com a destruição de seus hábitats há uma consequente alteração das populações, uma vez que as queimadas estão eliminando as fontes de alimento, bem como os locais de abrigo, repouso e reprodução dos animais”, afirma.

    Entre as espécies presentes no Pantanal, é possível encontrar mamíferos, répteis, aves, anfíbios e peixes. Entre eles, estão alguns dos seguintes animais:

- Mamíferos: mais de 130 espécies entre antas, capivaras, veados, onças-pintadas, morcegos;

- Répteis: mais de 80 espécies, sendo a maior variedade de jacarés;

- Aves: mais de 400 espécies entre tucanos, araras, tuiuiú, carão;

- Anfíbios: mais de 30 espécies como a rã verde;

- Peixes: mais de 200 espécies de pacu, pintado, bagre, traíra, dourado, piau, jaú (o maior da região).

    Entre toda a atual situação enfrentada pelas queimadas na região, a professora também relembrou a presença do Parque Estadual Encontro das Águas. No local há a maior concentração de onças-pintadas do mundo e mais de 80% do território foi destruído pelas queimadas, de acordo com dados da ONG SOS Pantanal. “A onçapintada (Panthera onca) é um dos animais em risco de extinção, juntamente com a onça-parda (Puma concolor), que já sofriam com a caça punitiva. Além destes, o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus), a ariranha (Pteronura brasiliensis) e o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) também estão nas listas de ameaçados de extinção”, comentou Paula.


Fumaça e a população

    

   Um outro fator preocupante é a fumaça proveniente das queimadas. Nos últimos dias, algumas cidades, já incluindo também a região Sul e Sudeste do país, relataram que houve uma chuva de tom escuro. De acordo com o Inpe, essas partículas de fumaça são liberadas na atmosfera e levadas pelos ventos para as demais localidades. No entanto, além do Pantanal, a Amazônia e o Cerrado também têm sofrido com queimadas, contribuindo mais ainda para a ocorrência desse tipo de fenômeno.

    Essa fumaça que chega às cidades é altamente prejudicial à saúde da população. Podem acarretar novas doenças ou piorar quadros de situações já existentes, como até mesmo a situação de pandemia do coronavírus. “As queimadas podem liberar diferentes gases tóxicos, como óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos, monóxido de carbono e dióxido de enxofre, além de material particulado. Essas substâncias podem causar problemas a curto, médio e longo prazo, provocando desde problemas oftálmicos, doenças dermatológicas, cardiovasculares e pulmonares, até câncer, devido aos efeitos carcinogênicos de substâncias tóxicas liberadas”, informou a professora de biologia.

    Além disso, as queimadas alteram totalmente as questões ambientais como a temperatura, o que pode influenciar na vegetação, populações animais e, consequentemente, na distribuição de insetos vetores de doenças. Já nas áreas atingidas pelo fogo, além dos animais, os moradores ribeirinhos também são diretamente afetados, ficando desabrigados e necessitando, em alguns casos, de serem resgatados.

    Nesse sentido, de acordo com a professora de Geografia e Atualidades do Colégio Oficina do Estudante, Andreza Bernardi, os impactos que estão sendo causados no Pantanal podem ser irreversíveis. “Apesar de haver a possibilidade de regeneração da flora em algumas localidades, a perda de extensas áreas com cobertura vegetal causa queda na evapotranspiração, aumento dos poluentes na atmosfera e perda da diversidade vegetal”, afirmou. Animais estão morrendo, pessoas estão sendo desabrigadas e a fumaça das queimadas já atingem as cidades, sendo extremamente prejudicial à saúde humana. Com isso, a situação do Pantanal, assim como dos biomas Amazônia e Cerrado, que também estão sofrendo com as queimadas neste período, é muito preocupante.


Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/atualidades/queimadas-no-pantanal-causas-e-impactos-no-meio-ambiente.htm (com adaptações). Acesso em 30-09-20.

Na seguinte passagem “Essa fumaça que chega às cidades é altamente prejudicial à saúde da população.” (12º parágrafo), o uso do acento grave indicativo de crase está correto. O mesmo ocorre na alternativa:

    A) Não me referi à ela.

    B) A disciplina naquela escola era comparada à dos militares, por ser tão rígida.

    C) A aula vai de 10h à 12h.

    D) Chegaremos à Florianópolis mais cedo do que o esperado.

    E) Não me dirigi à qualquer pessoa, dirigi-me ao diretor.

INSTRUÇÃO: A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la. 




Acerca do verbo “haver” (linha 23), no contexto em que está inserido, assinale a alternativa correta:

    A) Poderia ser corretamente substituído por “hão”.

    B) Poderia ser corretamente substituído por “houveram”.

    C) Foi empregado no Texto em sua forma impessoal, logo, incorreta.

    D) No sentido de “ter existência ou ser realidade; existir” é verbo impessoal.

Na Síria e na Palestina, logo após os mares terem chegado a seu novo nível, uma pequena revolução parecia estar começando. Ao contrário da bem conhecida Revolução Industrial, ela foi incrivelmente lenta, e a força de seu impacto não seria sentida durante milhares de anos. Mas a vida humana tomara um rumo do qual não havia como escapar. O vilarejo de Jericó era a vitrine da revolução por volta de 8.000 a.C. Consistia de pequenas casas de tijolos de barro, lá cultivando trigo e cevada em minúsculos pedaços de terra. Esses cereais, que originalmente cresciam a ermo, foram selecionados para cultivo porque seus grãos eram grandes em comparação aos outros cereais silvestres e um grão maior era mais fácil de colher e de moer, sendo transformado em farinha integral rudimentar. Provavelmente, os habitantes dos vilarejos preparavam a terra, selecionavam um tipo firme de semente que não se despedaçava quando madura e plantavam as sementes de forma mais concentrada que a natureza o fazia. O grão, colhido com facas e foices de pedra, era armazenado no vilarejo. Hoje, metade das calorias do mundo vem de uma pequena variedade de cereais, os primeiros dos quais eram cultivados pelos habitantes desses vilarejos do Oriente Médio. A princípio, os habitantes de Jericó e de outros vilarejos semelhantes não possuíam nenhum animal doméstico. A maior parte da carne que consumiam ainda vinha de gazelas selvagens e de outros animais e aves que eles diligentemente caçavam. Mas, nos cerca de 500 anos que passaram tentando dominar o trigo, a cevada e certas ervilhas e grãos de leguminosas, começaram também a criar cabras e ovelhas em pequenos rebanhos, provavelmente nas proximidades dos vilarejos. Aí estava mais uma forma de provisão de alimentos, pois o rebanho é um alimento. Evidências sugerem que as primeiras espécies de animais foram domesticadas inicialmente em regiões distintas – ovelhas na fronteira da atual Turquia e Iraque, cabras nas montanhas do Irã, gado no planalto da Anatólia. (BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Mundo. São Paulo: Fundamento, 2007, p. 15). 
No texto, o autor utiliza o verbo “consistir”, que apresenta como sinônimos os seguintes verbos, EXCETO:

    A) equivaler a.

    B) resumir-se.

    C) basear-se.

    D) frear.

    E) constar.

Aspectos da história da formação docente no Brasil e processos de institucionalização das didáticas disciplinares
Por NONATO, 2019 (trecho de artigo adaptado). 

Sob uma perspectiva histórica ampla, a gênese da formação do professor (para o ensino) de língua portuguesa (2) e das demais disciplinas escolares encontra seu berço, por um lado, em um concerto de discursos institucionais produzidos já na segunda metade do século XIX, no Brasil, em torno da vontade (liberal, moderna) de instrução pública que supõe a necessidade de expansão do acesso à escolarização em nível primário para a população e, corolário direto, impõe a necessidade de formação de profissionais aptos a desempenhar o ofício de ensinar, mais especificamente, o de alfabetizar (Tanuri, 2000; Saviani, 2009).
Por outro lado, e de forma complementar, a consolidação da escola ou da ‘forma escolar’ (Lahire, 2008) entre nós (como ocorre com a cultura escolar moderna ocidental), ao implicar o progressivo fenômeno de especialização de saberes e sua ordenação em disciplinas escolares (o que supõe, entre outros elementos, a codificação escrita desses saberes, seu fracionamento conforme uma programabilidade determinada e o desenvolvimento de um aparelho docimológico de controle e regulação da aprendizagem), passa a exigir não apenas mais capacitação de profissionais como também formação cada vez mais especializada.
A hegemonia do modelo (3) das Escolas Normais como agência de formação de professores a partir do final do século XIX e seu redimensionamento ao longo das quatro primeiras décadas do século passado (Tanuri, 2000; Saviani, 2009), quando com elas entram em concorrência as faculdades como agências em que se passam a ofertar os primeiros cursos superiores de pedagogia e de licenciatura (a partir de meados dos anos 1930), consistem, entre outros aspectos, em um processo crescente de explicitação do objeto da formação docente.
 Assim, em um primeiro momento, nota-se um foco nos conteúdos escolares, estando a ‘arte de ensinar’ condicionada ao domínio do repertório de saberes codificados nas disciplinas escolares (língua, matemática, geografia, ciências etc.), elas próprias em processo de franca gestação e consolidação. Para Tanuri (2000, p. 64), esse traço de “[...] um ensino apoucado, estreitamente limitado em conteúdo ao plano de estudos das escolas primárias [...]” marca “[...] o início do desenvolvimento das escolas normais em outros países e estava presente na organização imprimida às primeiras instituições congêneres aqui instaladas” (4).
A essa acepção do objeto da formação agrega-se, progressivamente, no contexto de estabelecimento e expansão do padrão das Escolas Normais ou de uniformização do Ensino Normal, a ênfase sobre a ‘preparação pedagógico-didática’ ou técnico-profissional (preparo do formando nos ‘exercícios práticos’) como condição sinequa non de uma formação satisfatória do professor. Tanuri (2000) assinala o lugar dos princípios e fundamentos do movimento escolanovista nessa conjuntura, a partir dos anos 1920 e ao longo dos anos 1930. Esse progressivo prestígio da dimensão técnico-profissional afeta o currículo da formação nas Escolas Normais, configurandose, em algumas reformas, segundo a autora, como ampliação e diversificação da oferta de disciplinas de formação profissional, “[...] além da pedagogia, da psicologia e da didática [...]” “[…] a história da educação, a sociologia, a biologia e higiene, o desenho e os trabalhos manuais” (Tanuri, 2000, p. 70-71).

(NONATO, Sandoval. Metodologia de ensino de língua portuguesa na formação docente: incursão em um corpus de manuais pedagógicos. Rev. Bras. Hist. Educ, Maringá, v. 19, e077, 2019.)
Leia o texto 'Aspectos da história da formação docente no Brasil e processos de institucionalização das didáticas disciplinares' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. O texto leva o leitor a inferir que a consolidação da escola como ocorre com a cultura escolar moderna ocidental implica tolher a especialização de saberes e sua ordenação em disciplinas escolares. II. Uma das ideias presentes no texto é a de que a hegemonia do modelo das Escolas Normais e seu redimensionamento estão relacionados com o processo crescente de virtualização da educação, através dos mecanismos digitais e programas de computador que permitem e viabilizam o ensino a distância.
Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

Leitura, escrita e oralidade


Uma primeira orientação para aprimorar as aulas de Língua Portuguesa tem a ver com a definição de um programa de prioridades, que é, sem dúvida, o desenvolvimento de saberes em relação à leitura e à escrita. Na prática, o desenvolvimento de competências em leitura e escrita deveria vir antes de tudo. O que levaria a escola a promover, todos os dias, e não apenas eventualmente, diferentes atividades de leitura e de escrita.

A atenção do professor de Língua Portuguesa poderia, assim, estar voltada para descobrir, no que acontece na escola e em seu redor, motivações para essa prática de ensino de leitura e escrita, que, assim, seriam contextualmente diversificadas, pois cada dia é um novo dia. O ensino da nomenclatura de certas categorias gramaticais não deveria ocupar os primeiros interesses da criança no ambiente educacional.

Dessa forma, nas primeiras séries do Ensino Fundamental, não caberia o ensino de particularidades gramaticais, como, por exemplo, as diferenças entre ditongo crescente e ditongo decrescente, ou, pior ainda, o reconhecimento de dígrafos nasais, ou a contagem de letras e fonemas de uma palavra. A prioridade deve ser levar os alunos a lerem e escreverem.

Mas… ler e escrever o quê?

Textos, textos, textos. Inclusive os literários. Não frases soltas, inventadas, descontextualizadas, vazias de sentido e de função. Textos de diferentes gêneros (listas, avisos, recomendações, recados, mensagens, notas, poemas, resumos, bilhetes, cartas, provérbios, formulação de perguntas, respostas a questões...). Basta ver o que circula à nossa volta ou que está estampado em outdoors, cartazes, paredes das escolas, dos estabelecimentos públicos, das lojas, das igrejas. Basta estar atento à multiplicidade de textos com os quais a gente convive no dia a dia.

O interesse por encontrar objetos de leitura e de escrita pode ser também um cuidado dos alunos: eles podem passar a enxergar a leitura e a escrita não como coisas restritas ao mundo da escola, mas como coisas do seu dia a dia social, como ações que fazem parte diretamente de sua vida como participantes de grupos, de comunidades, com necessidades que só serão atendidas pelas atividades da linguagem.

Concretamente, em face das novas configurações do mundo virtual, as demandas pela ação da linguagem tornam-se imperiosas e imprescindíveis. Portanto, textos: todos os dias. Lidos, falados, entendidos e escritos. Exercitar a prática de ensino. Sem pressa para a introdução das categorias gramaticais. Não existem textos sem gramática.

Ou seja, a gramática está lá, compondo, com o vocabulário e o contexto, os sentidos que os textos expressam. Sem pressa na explanação de definições, categorias, subcategorias, sobretudo aquelas da morfologia e da sintaxe. Prioridade para a interpretabilidade da linguagem; para os sentidos expressos e para as intenções pretendidas pelos textos.

Uma terceira orientação para enriquecer as aulas de Língua Portuguesa seria conceder espaço também à exploração das atividades que envolvem a oralidade, em contextos mais formais. Por exemplo, que os alunos tenham a oportunidade de participar como debatedores ou como ouvintes de discussões, de debates, defendendo ou refutando pontos de vista, ligados às questões que mais de perto atingem suas vidas. As normas que regulam e disciplinam a vida na escola poderiam ser objeto dessas discussões, favorecendo a participação de todos na promoção do bem comum e da satisfação dos interesses da coletividade.


Adaptado. Disponível em: https://bit.ly/2FSZO4t.
Leia o texto 'Leitura, escrita e oralidade' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. Os textos de diferentes gêneros (listas, avisos, recomendações, recados, mensagens, notas, poemas, resumos, bilhetes, cartas, provérbios, formulação de perguntas, respostas a questões) são aliados de uma estratégia que prioriza a leitura e a escrita, de acordo com o texto.

II. De acordo com o texto, com a ampliação de acesso dos alunos às mídias sociais, os professores de Língua Portuguesa devem dar prioridade às práticas educacionais que tolhem a interpretabilidade da linguagem pelo estudante.

Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

Como o coronavírus está transformando as relações humanas


Como um símbolo de confirmação, confiança e amizade entre duas pessoas, o aperto de mãos remonta aos primórdios da humanidade. Trata-se de gestual inconfundível: uma mão espalmada é estendida, apontada na direção da pessoa com quem se quer selar tais sentimentos – que segura de volta a mão ofertada, balançando o encaixe das palmas para cima e para baixo.

Registros do gesto são encontrados em antigos hieróglifos egípcios, mas historiadores garantem que a origem do aperto de mão está nas cavernas do passado, entre os remotos homo sapiens: era uma maneira de mostrar ao interlocutor que não se estava carregando nenhuma arma – já como um símbolo de boa vontade. Os apertos de mão aparecem diversas vezes, por exemplo, na “Ilíada” e “Odisseia” do poeta grego Homero, escritas por volta do século VIII a.C., e já eram usados como uma forma de acordo entre duas partes desde então.

Em suma, a cultura e as circunstâncias pautam o surgimento dos gestos que depois se tornam tão familiares, como se fossem naturais, feito respirar ou caminhar – e, num salto de alguns bons milhares de anos, a atual epidemia do coronavírus pode estar não só tornando o aperto de mãos obsoleto, como fazendo nascer novos códigos e cumprimentos, alterando a maneira com que diretamente nos relacionamos. No lugar do apertar das palmas, entram em cena saudações tocando os pés, os cotovelos, ou mesmo somente com acenos ou gestos ao longe – sem que as mãos se encostem.

Com o avanço da epidemia, além da recomendação de se lavar as mãos por 20 segundos, alguns hábitos costumeiros e calorosos passam a ter de ser evitados. As mãos, afinal, podem carregar restos de tudo que tocamos entre uma e outra lavagem – inclusive o vírus. Evitar encostar uma mão em outra passou a ser recomendação da Organização Mundial de Saúde, mas nem por isso devemos perder as boas maneiras e as demonstrações de afeto e felicidade ao encontrar alguém. [...]


(Adaptado. Trecho extraído de PAIVA, V. Como o coronavírus está transformando as relações humanas. Disponível em: https://bit.ly/39O5Nk2. Acesso em: mar 2020.) 
Leia o texto 'Como o coronavírus está transformando as relações humanas' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. Segundo o texto, um dos símbolos dos nossos antepassados para mostrar ao interlocutor que não se estava carregando alguma arma era o aperto de mão. Essa prática está, inclusive, registrada nas cavernas.

II. De acordo com o texto, a epidemia do coronavírus vem provocando uma mudança profunda no modo como nos relacionamos presencialmente, pois hábitos como o aperto de mãos têm se tornado recorrentes, frente a novos códigos e cumprimentos antiquados, como o encontro dos pés.

III. Pode-se depreender, a partir da leitura do texto, que, após a epidemia provocada pelo coronavírus, a humanidade passará a mudar seus hábitos gestuais para cumprimentos. Isso será uma maneira de garantir o mínimo de contato e evitará a disseminação.

Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

Alimentação escolar

Por Lorena Medeiros (adaptado).


Você já deve ter ouvido falar que “saco vazio não para em pé”. Isso significa que criança que não se alimenta, não consegue ser saudável, ficando doente com mais frequência. Então, podemos concluir que uma alimentação saudável é essencial para a saúde, pois uma criança sem se alimentar pode não conseguir aprender o que o professor está ensinando na sala de aula.

Quando uma criança chega à escola em jejum (sem ter comido), ela pode ficar sonolenta na sala de aula e não conseguir prestar atenção às aulas, consequentemente, prejudicando seu desempenho. Por isso, é importante que todas as crianças estejam bem alimentadas durante sua permanência na escola 

Pensando nisso, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) torna-se um programa de direito, pois todo estudante tem o direito de ter alimentação na escola, para que suas necessidades nutricionais sejam supridas e, assim, possa participar, com qualidade, das atividades desenvolvidas em sala de aula, obtendo-se melhores resultados no processo de ensino-aprendizagem.

Esse direito foi incluído de forma explícita na legislação do Programa, a partir da publicação da Lei que o estabelece (Lei 11.947/2009, art. 2º, inciso VI). Sendo um programa de direito, o PNAE não pode ser visto como um programa de governo, de forma assistencialista, nem utilizado por políticos como forma de “moeda de troca”.

Sendo assim, a alimentação é fundamental para uma educação de qualidade e o sucesso de cada estudante.

(Políticas de Alimentação Escolar / Lorena Gonçalves Chaves Medeiros - 4ª ed. atualizada e revisada - Cuiabá: Universidade Federal de Mato Grosso / Rede e-Tec Brasil, 2013. Disponível em: https://bit.ly/3mMN0wW).

Leia o texto 'Alimentação escolar' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. O texto leva o leitor a entender que o Programa Nacional de Alimentação Escolar não pode ser visto como um programa de governo, de forma assistencialista, nem utilizado por políticos como forma de “moeda de troca”.

II. O texto procura deixar claro para o leitor que uma criança que não se alimenta não consegue ser saudável e fica doente com mais frequência.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

Provas e Concursos

O Provas e Concursos é um banco de dados de questões de concursos públicos organizadas por matéria, assunto, ano, banca organizadora, etc

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