Questões de Português

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Leia o texto a seguir.


Você ainda vai comer insetos


    Há pouco tempo, uma amiga que mora em Nova York me falou que tinha comprado farinha de grilo para fazer cookies. A princípio achei que “grilo” se tratasse de uma nova marca, mas estava completamente enganado. Ele se referia precisamente à farinha – cada vez mais popular – feita dos abundantes insetos, sobre os quais pouca gente no Brasil pensa como comida.

    O fato é que insetos estão se tornando, lentamente, a nova onda gastronômica no ocidente. Prova disso é que varias startups (empresas em fase inicial que desenvolvem serviços inovadores) estão surgindo nesse mercado da entomofagia. Dentre seus produtos estão grilos, larvas e barras de proteína feitas de insetos comestíveis.

    Basta um passeio rápido pela internet (e pelos principais supermercados de produtos orgânicos nos EUA) para ver a chegada desses produtos. Os rótulos são bem claros: nenhum deles contém glúten, aditivos, corantes ou alimentos geneticamente modificados. Além disso, a cada 10 gramas, 6 em média são de pura proteína.

    Hoje, são dois bilhões de pessoas no mundo que comem insetos todos os dias como parte de sua alimentação básica, conforme relatório das Nações Unidas. Mais do que isso, a alta gastronomia descobriu há algum tempo esse nicho. Restaurantes que estão no topo da lista dos melhores do mundo têm pratos com insetos em seu cardápio. 

    A ONU publicou até o ranking dos insetos-comida mais populares. Em primeiro lugar vêm os besouros, seguidos das lagartas, abelhas, vespas e formigas. Gafanho tos e grilos vêm a seguir. As posições seguintes são ocupadas pelas cigarras, os cupins e as libélulas.

    Do ponto de vista da sustentabilidade e da segurança alimentar, insetos fazem todo sentido como comida. Do ponto de vista nutricional, são ricos em proteínas, ácidos graxos, açúcares e têm altas concentrações de vitaminas. Além disso, são baratos.

    É claro que o aspecto cultural no ocidente torna o consumo de insetos praticamente um tabu entre nós. Mas as barras de proteínas e a farinha de grilo adicionada a outros produtos funcionarão como a porta de entrada para a entomofagia ocidental.


(Ronaldo Lemos. Folha de S. Paulo. Mercado, 03.09.2018. Adaptado.)

Leia a frase:


Mais do que isso, a alta gastronomia descobriu há algum tempo esse nicho.


Assinale a alternativa em que o verbo haver foi empregado com o mesmo sentido dessa frase.

    A) Este obstáculo não há de comprometer os resultados.

    B) Há muitas pessoas que se alimentam de insetos.

    C) Eles vêm se preparando há meses para a abertura do restaurante.

    D) Não há motivos para desistir da viagem agora.

Analise o texto abaixo para responder a questão:

A bola

    O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar sua primeira bola do pai. Uma número 5 oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola. O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “legal”, ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

- Como é que liga? – Perguntou.
- Como, como é que liga? Não se liga.

O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
- Não tem manual de instrução?

    O pai começou a desanimar e pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
- Não precisa manual de instrução.
- O que é que ela faz?
- Ela não faz nada, você é que faz coisas com ela.
- O quê?
- Controla, chuta...
- Ah, então é uma bola.
- Uma bola, bola. Uma bola mesmo. Você pensou que fosse o quê?
- Nada não.

    O garoto agradeceu, disse “legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da TV, com a bola do seu lado, manejando os controles do vídeo game. Algo chamado Monster Ball, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de Blip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente. O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio. Estava ganhando da máquina.

    O pai pegou a bola nova e ensinou algumas embaixadinhas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.

- Filho, olha.

    O garoto disse “legal”, mas não desviou os olhos da tela.
O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro do couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês pra garotada se interessar.

Veríssimo, Luis Fernando. A bola. Comédias da vida privada;
edição especial para as escolas. Porto Alegre: L&PM, 1996.
O texto de Veríssimo é uma narrativa. A sucessão de fatos narrados apresenta uma predominância de verbos em:

    A) Pretérito perfeito do indicativo

    B) Presente do indicativo

    C) Pretérito imperfeito do indicativo

    D) Pretérito mais que perfeito do indicativo

    E) Passado.

Um ambiente ideal para fazer as refeições é sem dúvida aquele harmônico e tranquilo. O prazer de se sentar à mesa e desfrutar esse momento com a família é tão importante quanto o valor nutricional que a refeição contempla. O estresse gera a liberação de determinados hormônios que em nada ajudam na absorção e assimilação dos nutrientes ingeridos. Alguns estudos mostram que o estresse está diretamente relacionado a riscos cardíacos, dificuldade de concentração, baixa na resistência do organismo, propiciando o aparecimento de outras doenças como asma, alergia e algumas doenças gastrointestinais. Portanto, se você está começando a introdução alimentar do seu bebê, procure ajuda, informação e orientação para não entrar no estresse e acabar desandando o que pode ser uma experiência deliciosa.

(Gabriela Kapim. “O estresse e suas consequências durante a introdução alimentar”. Adaptado. Revista Isto É. 2021). 
A frase do texto que apresenta um elemento de afirmação entre os seus elementos textuais é:

    A) Um ambiente ideal para fazer as refeições é sem dúvida aquele harmônico e tranquilo.

    B) Alguns estudos mostram que o estresse está diretamente relacionado a riscos cardíacos.

    C) O estresse gera a liberação de determinados hormônios que em nada ajudam na absorção e assimilação dos nutrientes ingeridos.

    D) Portanto, se você está começando a introdução alimentar do seu bebê, procure ajuda.

Após a leitura do enunciado apresentado a seguir, leia as assertivas:
Quintanilha engendrou Gonçalves. Tal era a impressão que davam os dois juntos, não que se parecessem. Ao contrário, Quintanilha tinha o rosto redondo, Gonçalves comprido, o primeiro era baixo e moreno, o segundo alto e claro, e a expressão total divergia inteiramente. Acresce que eram quase da mesma idade. A ideia da paternidade nascia das maneiras com que o primeiro tratava o segundo; um pai não se desfaria mais em carinhos, cautelas e pensamentos.
(Machado de Assis. “Pílades e Orestes”. In: Os cem melhores contos brasileiros do século, p.63.)
I. Em “A ideia da paternidade nascia das maneiras com que o primeiro tratava o segundo”, considerando a totalidade do texto, tem-se um caso de coesão referencial. II. Os adjetivos empregados ao longo do texto evidenciam uma comparação entre os personagens. III. O texto é narrado em terceira pessoa e predomina a linguagem coloquial.
Pode-se afirmar que:

    A) Apenas as assertivas I e II estão corretas.

    B) Apenas as assertivas II e III estão incorretas.

    C) As assertivas I, II e III estão corretas.

    D) Apenas a assertiva III está correta.

Analise o texto abaixo para responder a questão:

A bola

    O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar sua primeira bola do pai. Uma número 5 oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola. O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “legal”, ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

- Como é que liga? – Perguntou.
- Como, como é que liga? Não se liga.

O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
- Não tem manual de instrução?

    O pai começou a desanimar e pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
- Não precisa manual de instrução.
- O que é que ela faz?
- Ela não faz nada, você é que faz coisas com ela.
- O quê?
- Controla, chuta...
- Ah, então é uma bola.
- Uma bola, bola. Uma bola mesmo. Você pensou que fosse o quê?
- Nada não.

    O garoto agradeceu, disse “legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da TV, com a bola do seu lado, manejando os controles do vídeo game. Algo chamado Monster Ball, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de Blip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente. O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio. Estava ganhando da máquina.

    O pai pegou a bola nova e ensinou algumas embaixadinhas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.

- Filho, olha.

    O garoto disse “legal”, mas não desviou os olhos da tela.
O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro do couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês pra garotada se interessar.

Veríssimo, Luis Fernando. A bola. Comédias da vida privada;
edição especial para as escolas. Porto Alegre: L&PM, 1996.
Crônica é um gênero textual que é uma narrativa que aborda temáticas do cotidiano, geralmente com uma perspectiva irônica. A ironia neste caso se constrói a partir de alguns elementos. Assinale aquele que NÃO se encaixa neste parâmetro:

    A) Desilusão do pai em relação à reação do filho com o seu presente.

    B) Reação inesperada do filho com um presente que historicamente sempre agradou a meninos dessa faixa etária.

    C) A falta de conhecimento do pai com os gostos das crianças atuais.

    D) O fato de que o menino não se interessou pela bola, mas jogava um jogo eletrônico que utilizava bola.

    E) A conclusão de que com um manual de instruções em inglês o filho poderia ter tido interesse pelo brinquedo.

Um ambiente ideal para fazer as refeições é sem dúvida aquele harmônico e tranquilo. O prazer de se sentar à mesa e desfrutar esse momento com a família é tão importante quanto o valor nutricional que a refeição contempla. O estresse gera a liberação de determinados hormônios que em nada ajudam na absorção e assimilação dos nutrientes ingeridos. Alguns estudos mostram que o estresse está diretamente relacionado a riscos cardíacos, dificuldade de concentração, baixa na resistência do organismo, propiciando o aparecimento de outras doenças como asma, alergia e algumas doenças gastrointestinais. Portanto, se você está começando a introdução alimentar do seu bebê, procure ajuda, informação e orientação para não entrar no estresse e acabar desandando o que pode ser uma experiência deliciosa.

(Gabriela Kapim. “O estresse e suas consequências durante a introdução alimentar”. Adaptado. Revista Isto É. 2021). 
Com base nas ideias do texto e na posição que a autora assume, leia as assertivas:
I. A tese que a autora defende pode ser identificada na primeira frase do texto. II. Não há, no texto, nenhum argumento convincente que reforce a tese defendida pela autora. III. Na última frase do texto, a autora utiliza um tom de diálogo com o seu interlocutor.
Pode-se afirmar que:

    A) Apenas a assertiva II está incorreta.

    B) Apenas a assertiva I está correta.

    C) As assertivas I, II e III estão incorretas.

    D) Apenas as assertivas II e III estão corretas.

Medo da eternidade


LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, Caderno B, p.2, 6 jun. 1970.


A frase que apresenta todas as vírgulas corretamente empregadas, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, é:

    A) A menina que descobriu o chicle, também experimentou, a possibilidade da eternidade.

    B) São consideradas maravilhosas, aquelas histórias de príncipes e fadas, que vivem eternamente.

    C) Aproveitou, a textura, o sabor docinho do chicle, e ainda o comparou com o mundo impossível da eternidade.

    D) Muitas crianças, quando se deparam com o desconhecido, passam a fantasiar sobre ele na tentativa de entendê-lo.

    E) Quando as crianças sonham, em serem príncipes, princesas e fadas, elas fantasiam sobre viverem felizes para sempre.

Considere o seguinte excerto: Uma árvore bem gorjeada, com poucos segundos, passa a fazer parte dos pássaros que a gorjeiam. (Manoel de Barros. “Seis ou treze coisas que eu aprendi sozinho”. In: O Guardados de Águas. 2003, p.41.) Os vocábulos sublinhados são classificados, respectivamente, como:

    A) Artigo e pronome

    B) Numeral e preposição.

    C) Numeral e artigo.

    D) Artigo e artigo.

Leia o texto abaixo:
De maneira que o trigo que caiu na boa terra, nasceu e frutificou; o trigo que caiu na terra, não frutificou, mas nasceu; porque a palavra de Deus é tão funda, que nos bons faz muito fruto e é tão eficaz que nos maus ainda que não faça fruto, faz efeito; lançada nos espinhos, não frutificou, mas nasceu até nos espinhos; lançada nas pedras, não frutificou, mas nasceu até nas pedras.
(Pe. Antônio Vieira. “Sermão da Sexagésima”. Pregado na Capela Real, no ano de 1655).
Considerando os termos sublinhados no texto, pode-se afirmar que a construção de sentidos perpassa pelo emprego de:

    A)

    Figuras de linguagem.



    B) Inferências.

    C) Antonímias.

    D) Argumentos.

Medo da eternidade


LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, Caderno B, p.2, 6 jun. 1970.


Em que frase o verbo destacado está flexionado, quanto a número e pessoa, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa?

    A) No texto, relacionam-se aos chicles a ideia de eternidade.

    B) Referiu-se à eternidade, sem se dar conta, as duas meninas.

    C) Enganam-se a respeito da eternidade aqueles que creem nela.

    D) Todos os anos, consome-se muitas balas e chicletes em todo o país.

    E) Em muitas culturas, defendem-se calorosamente a existência da eternidade.

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