Questões de Português do ano 2020

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Leia atentamente o trecho a seguir, extraído de um dos discursos do célebre orador brasileiro Rui Barbosa, para responder à próxima questão.

“Creio na liberdade onipotente, criadora das nações robustas; creio na lei, emanação dela, o seu órgão capital, a primeira das suas necessidades; creio que, neste regime, não há poderes soberanos, e soberano é só o direito, interpretado pelos tribunais; creio que a própria soberania popular necessita de limites, e que esses limites vêm a ser as suas Constituições, por ela mesma criadas, nas suas horas de inspiração jurídica, em garantia contra os seus impulsos de paixão desordenada; creio que a República decai, porque se deixou estragar confiando-se ao regime da força; creio que a Federação perecerá, se continuar a não saber acatar e elevar a justiça; porque da justiça nasce a confiança, da confiança a tranqüilidade, da tranqüilidade o trabalho, do trabalho a produção, da produção o crédito, do crédito a opulência, da opulência a respeitabilidade, a duração, o vigor; creio no governo do povo pelo povo; creio, porém, que o governo do povo pelo povo tem a base da sua legitimidade na cultura da inteligência nacional pelo desenvolvimento nacional do ensino, para o qual as maiores liberalidades do tesouro constituíram sempre o mais reprodutivo emprego da riqueza pública; creio na tribuna sem fúrias e na imprensa sem restrições, porque creio no poder da razão e da verdade; creio na moderação e na tolerância, no progresso e na tradição, no respeito e na disciplina, na impotência fatal dos incompetentes e no valor insuprível das capacidades”. (Trecho com adaptações).
Logo no início do trecho selecionado, o autor emprega a expressão “liberdade onipotente”. Em relação ao prefixo “oni-”, constitutivo da palavra onipotente”, pode-se afirmar que denota um sentido de:

    A) negação.

    B) precariedade.

    C) restrição.

    D) totalidade.

Leia atentamente o trecho a seguir, extraído de um dos discursos do célebre orador brasileiro Rui Barbosa, para responder à próxima questão.

“Creio na liberdade onipotente, criadora das nações robustas; creio na lei, emanação dela, o seu órgão capital, a primeira das suas necessidades; creio que, neste regime, não há poderes soberanos, e soberano é só o direito, interpretado pelos tribunais; creio que a própria soberania popular necessita de limites, e que esses limites vêm a ser as suas Constituições, por ela mesma criadas, nas suas horas de inspiração jurídica, em garantia contra os seus impulsos de paixão desordenada; creio que a República decai, porque se deixou estragar confiando-se ao regime da força; creio que a Federação perecerá, se continuar a não saber acatar e elevar a justiça; porque da justiça nasce a confiança, da confiança a tranqüilidade, da tranqüilidade o trabalho, do trabalho a produção, da produção o crédito, do crédito a opulência, da opulência a respeitabilidade, a duração, o vigor; creio no governo do povo pelo povo; creio, porém, que o governo do povo pelo povo tem a base da sua legitimidade na cultura da inteligência nacional pelo desenvolvimento nacional do ensino, para o qual as maiores liberalidades do tesouro constituíram sempre o mais reprodutivo emprego da riqueza pública; creio na tribuna sem fúrias e na imprensa sem restrições, porque creio no poder da razão e da verdade; creio na moderação e na tolerância, no progresso e na tradição, no respeito e na disciplina, na impotência fatal dos incompetentes e no valor insuprível das capacidades”. (Trecho com adaptações).
Em relação à interpretação do texto, marque a alternativa que NÃO apresenta uma das convicções políticas expressas pelo seu autor.

    A) O direito deve estar acima de todos os poderes.

    B) A vontade popular não deve ser limitada jamais.

    C) A justiça está na origem de diversos bens salutares.

    D) A força das nações tem relação com o grau de sua liberdade.

Leia atentamente o trecho a seguir, extraído de um dos discursos do célebre orador brasileiro Rui Barbosa, para responder à próxima questão.

“Creio na liberdade onipotente, criadora das nações robustas; creio na lei, emanação dela, o seu órgão capital, a primeira das suas necessidades; creio que, neste regime, não há poderes soberanos, e soberano é só o direito, interpretado pelos tribunais; creio que a própria soberania popular necessita de limites, e que esses limites vêm a ser as suas Constituições, por ela mesma criadas, nas suas horas de inspiração jurídica, em garantia contra os seus impulsos de paixão desordenada; creio que a República decai, porque se deixou estragar confiando-se ao regime da força; creio que a Federação perecerá, se continuar a não saber acatar e elevar a justiça; porque da justiça nasce a confiança, da confiança a tranqüilidade, da tranqüilidade o trabalho, do trabalho a produção, da produção o crédito, do crédito a opulência, da opulência a respeitabilidade, a duração, o vigor; creio no governo do povo pelo povo; creio, porém, que o governo do povo pelo povo tem a base da sua legitimidade na cultura da inteligência nacional pelo desenvolvimento nacional do ensino, para o qual as maiores liberalidades do tesouro constituíram sempre o mais reprodutivo emprego da riqueza pública; creio na tribuna sem fúrias e na imprensa sem restrições, porque creio no poder da razão e da verdade; creio na moderação e na tolerância, no progresso e na tradição, no respeito e na disciplina, na impotência fatal dos incompetentes e no valor insuprível das capacidades”. (Trecho com adaptações).
Ao longo de seu discurso, Rui Barbosa deixa transparecer a sua concepção democrática, entendida como “governo do povo pelo povo”. Contudo, para o autor, a legitimidade da democracia deve estar assentada na:

    A) tribuna sem fúrias

    B) imprensa sem restrições

    C) na moderação e na tolerância.

    D) cultura da inteligência nacional.

Leia o texto.

A Carroça

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.

Após algum tempo, ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, perguntou-me:

— Além do canto dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

— Estou ouvindo um barulho de carroça.

— Isso mesmo – disse meu pai – e é uma carroça vazia!

Perguntei a ele:

— Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

— Ora – respondeu meu pai – é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar ser o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

“Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz”.

Autor desconhecido
<https://www.refletirpararefletir.com.br/>
Assinale a alternativa em que a palavra destacada está adequada e corretamente escrita.

    A) Colocou em um caxote toda a mercadoria.

    B) Muitos cidadões de Coronel Freitas dedicam-se à agricultura.

    C) As carroças transportavam muitas melancias, era uma réstia de melancias.

    D) Se você mora em uma grande rua, mora em uma ruela.

    E) Se você vê muitos porcos passando, está vendo uma vara.

Leia o texto.

A Carroça

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.

Após algum tempo, ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, perguntou-me:

— Além do canto dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

— Estou ouvindo um barulho de carroça.

— Isso mesmo – disse meu pai – e é uma carroça vazia!

Perguntei a ele:

— Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

— Ora – respondeu meu pai – é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar ser o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

“Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz”.

Autor desconhecido
<https://www.refletirpararefletir.com.br/>
Leia a frase: “Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz” e assinale a alternativa correta sobre ela.

    A) Possui dois adjetivos.

    B) Possui dois substantivos comuns.

    C) Possui dois substantivos masculinos.

    D) Há um substantivo no aumentativo.

    E) A palavra “barulho” está no plural.

Assinale a alternativa em que a frase está corretamente escrita.

    A) A paralisação de ônibus foi para reivindicar preços mais justos nas passagens.

    B) Tomei uma chícara de café e depois um duxa de água fria.

    C) A salchicha estava quente e eu quiz esperar um pouco para comer o cachorro-quente.

    D) É preciso fazer a análize das finanças antes da viajem para o exterior.

    E) Nesses tempos de crise, iorgute e mortandela são opção de comida mais acessível à população.

Leia o texto.

A Carroça

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.

Após algum tempo, ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, perguntou-me:

— Além do canto dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

— Estou ouvindo um barulho de carroça.

— Isso mesmo – disse meu pai – e é uma carroça vazia!

Perguntei a ele:

— Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

— Ora – respondeu meu pai – é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar ser o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

“Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz”.

Autor desconhecido
<https://www.refletirpararefletir.com.br/>
Assinale a alternativa que apresenta o sentido correto da expressão retirada do texto.

    A) apurei os ouvidos – tapei os ouvidos

    B) grosseria inoportuna – agir com violência física

    C) tratando o próximo – falar da pessoa quem está próxima de si

    D) o dono da razão – pessoa que pensa estar sempre certa

    E) gritando para intimidar – falando alto para uma pessoa tímida

Leia o texto.

A Carroça

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.

Após algum tempo, ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, perguntou-me:

— Além do canto dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

— Estou ouvindo um barulho de carroça.

— Isso mesmo – disse meu pai – e é uma carroça vazia!

Perguntei a ele:

— Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

— Ora – respondeu meu pai – é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar ser o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

“Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz”.

Autor desconhecido
<https://www.refletirpararefletir.com.br/>
Assinale a alternativa que mostra o ensinamento que o texto traz.

    A) Pessoas que falam muito sempre estão erradas.

    B) Um passeio com os pais sempre ensina lições para a vida.

    C) Se estivermos em silêncio, sempre ouviremos o canto dos pássaros.

    D) Quando uma pessoa grita, ela sempre ofende seu semelhante e mostra-se cheia de razão.

    E) Quem fala muito, ofende e quer ter sempre razão em tudo pode ter a mente vazia.

Leia o poema de João Cabral de Melo Neto

O ferrageiro de Carmona

Um ferrageiro de Carmona,
que me informava de um balcão:
“Aquilo? É de ferro fundido,
foi a fôrma que fez, não a mão.

Só trabalho em ferro forjado
que é quando se trabalha ferro;
então corpo a corpo com ele;
domo-o, dobro-o, até onde quero.

O ferro fundido é sem luta,
é só derramá-lo na fôrma.
Não há nele a queda de braço
e o cara a cara de uma forja.

Existe grande diferença
do ferro forjado ao fundido;
é uma distância tão enorme
que não pode medir-se a gritos.

Conhece a Giralda em Sevilha?
De certo subiu lá em cima.
Reparou nas flores de ferro
dos quatro jarros das esquinas?

Pois aquilo é ferro forjado.
Flores criadas numa outra língua.
Nada têm das flores de fôrma
moldadas pelas das campinas.

Dou-lhe aqui a humilde receita
ao senhor que dizem ser poeta: O ferro não deve fundir-se, nem a voz ter diarreia.

Forjar: domar o ferro à força,
não até uma flor já sabida,
mas ao que pode até ser flor…
se flor parece a quem o diga.
Observe os pares de frases. Eles possuem pontuação diferenciada.
Assinale a alternativa em que o uso (ou não) da vírgula deixa inalterado o sentido das frases.

    A) Vamos beber vovô! Vamos beber, vovô!

    B) Não espere; ele vai desaparecer deste lugar. Não, espere; ele vai desaparecer deste lugar.

    C)

    João Cabral de Mello Neto trabalha sua poesia. João Cabral de Mello Neto, trabalhe sua poesia.



    D) Seu pedido parece autoritário! Aceito, obrigado! Seu pedido, parece autoritário! Aceito obrigado!

    E) Quando a pandemia chegou, estavam desprevenidos. Estavam desprevenidos quando a pandemia chegou.

Leia o poema de João Cabral de Melo Neto

O ferrageiro de Carmona

Um ferrageiro de Carmona,
que me informava de um balcão:
“Aquilo? É de ferro fundido,
foi a fôrma que fez, não a mão.

Só trabalho em ferro forjado
que é quando se trabalha ferro;
então corpo a corpo com ele;
domo-o, dobro-o, até onde quero.

O ferro fundido é sem luta,
é só derramá-lo na fôrma.
Não há nele a queda de braço
e o cara a cara de uma forja.

Existe grande diferença
do ferro forjado ao fundido;
é uma distância tão enorme
que não pode medir-se a gritos.

Conhece a Giralda em Sevilha?
De certo subiu lá em cima.
Reparou nas flores de ferro
dos quatro jarros das esquinas?

Pois aquilo é ferro forjado.
Flores criadas numa outra língua.
Nada têm das flores de fôrma
moldadas pelas das campinas.

Dou-lhe aqui a humilde receita
ao senhor que dizem ser poeta: O ferro não deve fundir-se, nem a voz ter diarreia.

Forjar: domar o ferro à força,
não até uma flor já sabida,
mas ao que pode até ser flor…
se flor parece a quem o diga.
Considere as frases segundo a norma culta.
1. Gostei da peça de arte a que me referi. 2. Lembro-me sempre que todos os ferrageiros possuem a arte na alma. 3. Sobrou ainda, naquele concurso realizado muitas vagas a serem preenchidas. 4. Prefiro isto àquilo. 5. Para quem a felicidade está proibido?
Assinale a alternativa correta.

    A) Se em 1 os verbos fossem invertidos, teríamos a seguinte construção e escrita corretas: Me referi a peça de que gostei.

    B) A frase 2 está correta.

    C) Em 3, temos dois desvios da norma culta.

    D) Em 4, temos uma frase sem sentido pela sequência de dois pronomes demonstrativos.

    E) A frase 5 apresenta corretamente um exemplo de concordância nominal.

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