Questões de Português do ano 2020

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O que é erro?
Como vimos na primeira parte do livro, o Mito nº 6 expressa a prática milenar de confundir língua em geral com escrita e, mais reduzidamente ainda, com ortografia oficial. A tal ponto que uma elevada porcentagem do que se rotula de “erro de português” é, na verdade, mero desvio da ortografia oficial. O vigor desse mito se depreende, por exemplo, num exercício de pesquisa sugerido por um livro didático chamado Nossa palavra. Após apresentar o poema “Erro de português”, de Oswald de Andrade, os autores (CARVALHO; RIBEIRO, 1998) pedem ao aluno:
1. Procure localizar erros de português em cartazes, placas, ou até mesmo na fala de pessoas que você conhece. Transcreva-os em seu caderno (p.125).
Ora, em cartazes e placas não aparecem “erros de português” e, sim, “erros” de ortografia. (BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 52. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2009. p. 147-148.)
Conforme o texto, “erro de português” e “erro” de ortografia, na visão do teórico apresentado:

    A) São “erros” interligados e têm associações linguísticas com a oralidade e com a escrita, respectivamente.

    B) Ocupam todos os usuários da língua, desde que haja um texto verbal.

    C) Dizem respeito à escrita, somente.

    D) Exercícios como esse só servem para transformar os estudantes em novos “comandos paragramaticais”.

    E) Na atividade proposta, o aluno que encontrar algum “erro” será capaz de inferiorizar a linguagem ali apresentada, estigmatizando um produto vendido, por exemplo.

Práticas de letramentos “configuram-se em unidades abstratas de análises que viabilizam a intepretação daquilo que é observável no evento”. Já evento de letramento caracteriza-se como uma unidade concreta [...]” (LOPES, 2005).
Baseada na opinião da autora, nas alternativas abaixo, apenas uma exemplifica eventos de letramento, a saber:

    A) Dona Maria nunca frequentou a escola, não sabe ler nem escrever, mas quando vai às compras cita o nome dos produtos e pede que a filha escreva.

    B) Paulo não sabe ler e nem escrever, mas ajuda os pais resolvendo diversas coisas como: pagar as contas de água e luz, faz compras e vai à farmácia.

    C) Dona Marta foi alfabetizada na fase adulta, no entanto, tem dificuldade de ler compreensivamente.

    D) Algumas pessoas não conseguem interpretar textos, são analfabetas funcionalmente.

    E) João não deve a oportunidade de ser presente na escola porque, quando criança, na sua cidade, era obrigado a trabalhar na lavoura. Hoje trabalha como pedreiro em uma grande cidade, às vezes tem dificuldade de pegar uma condução até o trabalho, outras vezes consegue sozinho e sem muito esforço.

Nas palavras entristecer e entardecer, temos os seguintes elementos mórficos: prefixo, radical e sufixo. Dentre os processos de formação das palavras elas se enquadram como:

    A) Composição por justaposição.

    B) Composição por aglutinação.

    C) Derivação prefixal.

    D) Derivação sufixal.

    E) Derivação parassintética.

Na fala, “[...] A mocinha, filha dele, dezoito, vinte, vinte e dois anos, sei lá, veio lá de dentro, atendeu [...]” há quebra de entoação do narrador observador. Nessa perspectiva, a construção de sentido se dá:

    A) porque a ausência de vírgula configura-se em “erro de português”, tão comum na linguagem oral.

    B) tendo em vista o narrador transcrever a observação de igual modo como aconteceu, ocasionando um “erro” de ortografia, já que a linguagem escrita é divergente da linguagem oral.

    C) de forma falha, portanto é fácil identificar que o narrador erra os padrões da escrita, já que poderia omitir esta parte: “[...] dezoito, vinte [...]”, na qual não traz qualquer sentido/informação ao texto.

    D) porque o texto foi escrito em conformidade com o contexto anunciativo de realização, em que existe proximidade das marcas de oralidade na linguagem escrita.

    E) por conta da quebra de sentido presente neste fragmento semelhante ao analisado: “Alô. Dois quatro sete um dois cinco quatro”, no qual, em decorrência da ausência de entoação, fere a gramática normativa.

O evento


    “O pai lia o jornal – notícias do mundo. O telefone tocou tirrim-tirrim. A mocinha, filha dele, dezoito, vinte, vinte e dois anos, sei lá, veio lá de dentro, atendeu: ‘Alô. Dois quatro sete um dois cinco quatro. Mauro!!! Puxa, onde é que você andou? Há quanto tempo! Que coisa! Pensei que tinha morrido! Sumiu! Diz! Não!?! É mesmo? Que maravilha! Meus parabéns!!! Homem ou mulher? Ah! Que bom!... Vem logo. Não vou sair não’. Desligou o telefone. O pai perguntou: ‘Mauro teve um filho?’ A mocinha respondeu: ‘Não. Casou’.”


MORAL: JÁ NÃO SE ENTENDEM OS DIÁLOGOS COMO ANTIGAMENTE(FERNANDES, Millôr. Evento. In: FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. 11. ed. São Paulo: Ática, 2006. p. 78-79.) 
Pelos comentários feitos pelo narrador, pode-se concluir CORRETAMENTE que:

    A) O pai tem um conhecimento de mundo que lhe permite supor que Mauro teve um filho, já que a mocinha dissera: “Que maravilha! Meus Parabéns!!! Homem ou mulher?” Entretanto, houve uma quebra da linguagem artificial ao se aproximar da linguagem natural, quando a filha responde que Mauro havia se casado; essa quebra confirma-se na moral apresentada.

    B) O conhecimento de mundo do pai é limitado e age em desconformidade com o texto apresentado, uma vez que ao perceber o que Mauro dissera à mocinha, na reação dela em: “É mesmo? Que maravilha! Meus parabéns!!! Homem ou mulher?” é aplicado, no fim do texto, uma moral divergente com a realidade, já que o mundo moderno difere do “de antigamente” e, consequentemente, as nuances textuais são feitas em conformidade com os textos usuais.

    C) Percebe-se que, todas as análises interpretativas do texto são auferidas pelo narrador em 1ª pessoa, no qual consegue manipular o sentido do texto para o leitor. Assim, o texto por si consegue cumprir o processo de construção de sentido, dispensando todos os pressupostos e subentendidos.

    D) No texto, há apenas a presença de coesão em um nível microtextual, uma vez que há quebra da linguagem natural ao se aproximar da linguagem artificial, quando a mocinha responde que Mauro havia se casado; essa quebra confirma-se na moral em destaque.

    E) A moral apresentada no texto é prova categórica do entendimento do pai de todo o contexto discursivo, já que a ideia central da tessitura textual gira em torno do que foi dito pela mocinha em: “Homem ou mulher? Ah! Que bom!...”, fazendo o narrado observador ironizar o suposto casamento de Mauro, no qual se dá de forma desconhecida, posto que não se sabe se foi com um homem ou uma mulher.

O evento


    “O pai lia o jornal – notícias do mundo. O telefone tocou tirrim-tirrim. A mocinha, filha dele, dezoito, vinte, vinte e dois anos, sei lá, veio lá de dentro, atendeu: ‘Alô. Dois quatro sete um dois cinco quatro. Mauro!!! Puxa, onde é que você andou? Há quanto tempo! Que coisa! Pensei que tinha morrido! Sumiu! Diz! Não!?! É mesmo? Que maravilha! Meus parabéns!!! Homem ou mulher? Ah! Que bom!... Vem logo. Não vou sair não’. Desligou o telefone. O pai perguntou: ‘Mauro teve um filho?’ A mocinha respondeu: ‘Não. Casou’.”


MORAL: JÁ NÃO SE ENTENDEM OS DIÁLOGOS COMO ANTIGAMENTE(FERNANDES, Millôr. Evento. In: FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. 11. ed. São Paulo: Ática, 2006. p. 78-79.) 
Apresente a afirmativa que traz o nome do gênero textual classificado no texto em destaque e a sequência tipológica predominante nele, respectivamente.

    A) Narração e fábula.

    B) Fábula e narração.

    C) Telefonema e narração.

    D) Narração e telefonema.

    E) Fábula e telefonema.


Em conformidade com o bom uso da crase quando relacionada à ideia de movimento, já prescrita na gramática normativa, mencionada na tira em análise, assinale a frase INCORRETA quanto ao uso ou não do assento grave.

    A) Vou à Bahia.

    B) Fui a Roma.

    C) Fui a Roma antiga.

    D) Vou à velha Curitiba.

    E) Vou à praia amanhã.

        Os produtos derivados de soja sempre foram conhecidos por duas características. A primeira é a fama de que fazem bem à saúde. Essa fama é justificada pelos nutricionistas. Eles dizem que bebidas ou alimentos feitos a partir da soja aumentam o colesterol bom no sangue e são indicados como fonte de cálcio, entre outros nutrientes. A segunda característica é bem menos lisonjeira para o grão, nativo da China. Pelo menos no Brasil, a soja sempre foi tida como um alimento de sabor desagradável. E é por isso que as bebidas derivadas de soja nunca fizeram muito sucesso por aqui.
        Então como se explica que as vendas de sucos de soja tenham crescido em torno de 25% ao ano desde 2002? É uma taxa oito vezes maior que a dos refrigerantes comuns, segundo o instituto A/C Nielsen, especializado em pesquisas de mercado. A explicação está nos pesados investimentos que a indústria de bebidas fez na soja, nos últimos cinco anos. O que moveu os grandes fabricantes foi o crescente mercado de produtos saudáveis no mundo inteiro. Além disso, as bebidas derivadas de soja são mais elaboradas e podem ser vendidas por um preço maior que os sucos comuns – e dar mais lucro.


(Disponível em:< http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR80476- 8056,00.html>. Acesso em: 15 fev 2020.)
“Pelo menos no Brasil, a soja sempre foi tida como um alimento de sabor desagradável. E é por isso que as bebidas derivadas de soja nunca fizeram muito sucesso por aqui.” Aponte a alternativa que, ao alterar a pontuação, mantém a mesma função semântica e correção gramatical.

    A) Pelo menos, no Brasil a soja sempre foi tida como um alimento de sabor desagradável. E, é por isso, que as bebidas derivadas de soja nunca fizeram muito sucesso por aqui.

    B) Pelo menos, no Brasil, a soja sempre foi tida como um alimento de sabor desagradável. E, é por isso que, as bebidas derivadas de soja nunca fizeram muito sucesso por aqui.

    C) Pelo, menos no Brasil, a soja sempre foi tida como um alimento de sabor desagradável. E é por isso que, as bebidas derivadas de soja nunca fizeram muito sucesso por aqui.

    D) Pelo menos no Brasil, a soja sempre foi tida como um alimento de sabor desagradável e, é por isso que as bebidas derivadas de soja, nunca fizeram muito sucesso por aqui.

    E) Pelo menos, no Brasil, a soja sempre foi tida como um alimento de sabor desagradável, e é por isso, que as bebidas derivadas de soja, nunca fizeram muito sucesso por aqui.

        Os produtos derivados de soja sempre foram conhecidos por duas características. A primeira é a fama de que fazem bem à saúde. Essa fama é justificada pelos nutricionistas. Eles dizem que bebidas ou alimentos feitos a partir da soja aumentam o colesterol bom no sangue e são indicados como fonte de cálcio, entre outros nutrientes. A segunda característica é bem menos lisonjeira para o grão, nativo da China. Pelo menos no Brasil, a soja sempre foi tida como um alimento de sabor desagradável. E é por isso que as bebidas derivadas de soja nunca fizeram muito sucesso por aqui.
        Então como se explica que as vendas de sucos de soja tenham crescido em torno de 25% ao ano desde 2002? É uma taxa oito vezes maior que a dos refrigerantes comuns, segundo o instituto A/C Nielsen, especializado em pesquisas de mercado. A explicação está nos pesados investimentos que a indústria de bebidas fez na soja, nos últimos cinco anos. O que moveu os grandes fabricantes foi o crescente mercado de produtos saudáveis no mundo inteiro. Além disso, as bebidas derivadas de soja são mais elaboradas e podem ser vendidas por um preço maior que os sucos comuns – e dar mais lucro.


(Disponível em:< http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR80476- 8056,00.html>. Acesso em: 15 fev 2020.)
“[...] bem menos lisonjeira para o grão, nativo da China.” A palavra sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo semântico para o texto, por:

    A) Natal.

    B) Genuíno.

    C) Inato.

    D) Adventício.

    E) Exótico.

        Os produtos derivados de soja sempre foram conhecidos por duas características. A primeira é a fama de que fazem bem à saúde. Essa fama é justificada pelos nutricionistas. Eles dizem que bebidas ou alimentos feitos a partir da soja aumentam o colesterol bom no sangue e são indicados como fonte de cálcio, entre outros nutrientes. A segunda característica é bem menos lisonjeira para o grão, nativo da China. Pelo menos no Brasil, a soja sempre foi tida como um alimento de sabor desagradável. E é por isso que as bebidas derivadas de soja nunca fizeram muito sucesso por aqui.
        Então como se explica que as vendas de sucos de soja tenham crescido em torno de 25% ao ano desde 2002? É uma taxa oito vezes maior que a dos refrigerantes comuns, segundo o instituto A/C Nielsen, especializado em pesquisas de mercado. A explicação está nos pesados investimentos que a indústria de bebidas fez na soja, nos últimos cinco anos. O que moveu os grandes fabricantes foi o crescente mercado de produtos saudáveis no mundo inteiro. Além disso, as bebidas derivadas de soja são mais elaboradas e podem ser vendidas por um preço maior que os sucos comuns – e dar mais lucro.


(Disponível em:< http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR80476- 8056,00.html>. Acesso em: 15 fev 2020.)
Os produtos derivados de soja sempre foram conhecidos por duas características.” Na reconstrução dessa ideia, tem-se:

“É de conhecimento de todos que, os produtos extraídos dos grãos de soja são possuidores de pelo menos duas características bastante pecuriares”.

Na retextualização foi utilizado um recurso intertextual conhecido como:

    A) Intertextualidade.

    B) Perífrase.

    C) Paráfrase.

    D) Alusão.

    E) Síntese.

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