Questões de Psicologia do ano 2008

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Da mesma forma como nas psicoterapias individuais, também as grupoterapias podem funcionar psicanaliticamente com uma finalidade voltada ao insight destinado a mudanças

  • A.

    organo-socio-psicológicas.

  • B.

    do humor.

  • C.

    de opinião.

  • D.

    de cultura.

  • E.

    caracterológicas.

Um grupo, seja de natureza operativa ou terapêutica, caracteriza-se por algumas condições básicas mínimas. Por exemplo:

  • A.

    um grupo soma indivíduos de experiências distintas que decidem por um enquadre (setting) e o cumprimento das combinações nele feitas, com ou sem a concordância de seu coordenador.

  • B.

    um grupo não é um mero somatório de indivíduos, pelo contrário, ele se constitui como nova entidade, com leis e mecanismos próprios específicos.

  • C.

    um grupo não precisa ter objetivos claramente definidos, necessariamente, apenas deve levar em conta a preservação do espaço (os dias e o local das reuniões) e do tempo (horário, tempo de duração das reuniões, plano de férias etc.).

  • D.

    o grupo não é uma unidade que se comporta como uma totalidade, mas nele, também as especificidades de seus membros não devem ser sempre consideradas, pois perturbaria o acompanhamento conjunto.

  • E.

    a coexistência de duas forças confluentes ou consonantes, permanentemente em jogo: uma tendente à sua coesão e a outra, à sua desintegração.

Estudiosos das situações que envolvem o abuso sexual infantil mencionam a utilização da Câmara de Gessel para a escuta das crianças, ou seja, de salas com vidro espelhado, com filmagem em vídeo ou áudio direto. O objetivo desse dispositivo em relação à criança seria

  • A.

    conferir maior transparência ao destino dado ao dinheiro público.

  • B.

    conferir maior celeridade ao processo.

  • C.

    garantir o bem-estar da autoridade julgadora.

  • D.

    garantir a proteção da criança, para que ela não seja revitimizada.

  • E.

    garantir que o suposto abusador seja avaliado psicodinamicamente.

As crianças que sofreram abuso sexual freqüentemente são obrigadas a não revelar para ninguém dentro da família ou fora dela. Entretanto, em casos de prolongado abuso da criança dentro do contexto familiar, a criança tenta comunicar o abuso a alguém dentro ou fora da família. As crianças mentem sobre o abuso sexual porque estão com medo de

  • A.

    serem responsabilizadas pelos adultos, em geral.

  • B.

    perder o amor dos colegas.

  • C.

    serem castigadas, não acreditadas e não protegidas.

  • D.

    serem acusadas pela equipe multiprofissional de não saberem manter segredos.

  • E.

    passar vergonha diante das demais pessoas.

Ao falarmos que o diagnóstico envolvendo abusos não tem apenas finalidade terapêutica, mas também coleta de evidências para fins judiciais, queremos dizer que:

  • A.

    o relato da criança poderá ser dispensado, uma vez que ouve a oitiva pelo psicólogo.

  • B.

    a criança poderá ser solicitada a relatar os fatos da forma mais clara possível.

  • C.

    a avaliação da criança após o relato do abuso deverá ser legitimada por psiquiatra.

  • D.

    os pais deverão receber a aplicação de Medida de Segurança.

  • E.

    a criança e o suposto abusador deverão sofrer acareação de suas colocações.

Dentre as alternativas abaixo, o papel do psicólogo na entrevista lúdica é vivenciar

  • A.

    uns elementos contra-transferenciais e entender apenas os fatores psicopatológicos que configuram a queixa familiar.

  • B.

    uma experiência pré-moldada pelo psicólogo, já que ele necessita organizar e prever todos os passos que deverão transcorrer quando estiver com a criança.

  • C.

    uma experiência que deve ser tomada pelo psicólogo como útil para traçar planos de abordagem com a equipe interdisciplinar.

  • D.

    uma experiência nova, tanto para o psicólogo como para a criança, em que se refletirá o estabelecimento de um vínculo transferencial breve.

  • E.

    uma autonomia de procedimentos clínicos, já que não há materiais a serem apresentados para a criança.

A autora que desenvolveu amplamente em nosso meio a posição kleiniana e que afirma que durante a primeira hora de jogo ou primeira vez de hora de jogo diagnóstico, a criança expressa as suas fantasias de doença e cura foi

  • A.

    Arminda Aberastury.

  • B.

    M. Baranger.

  • C.

    Françoise Dolto.

  • D.

    Maud Mannoni.

  • E.

    D. W. Winnicott.

A teoria da entrevista foi enormemente influenciada por conhecimentos provenientes da psicanálise, da Gestalt, da topologia e do behaviorismo. A Gestalt

  • A.

    levou a delinear e reconhecer o campo psicológico e suas leis, assim como o enfoque situacional.

  • B.

    influenciou com o conhecimento da dimensão inconsciente do comportamento, da transferência e da contratransferência, da resistência e a repressão, da projeção e a introjeção.

  • C.

    reforçou a compreensão da entrevista como um todo no qual o entrevistador é um de seus integrantes, considerando o comportamento deste como um dos elementos da totalidade.

  • D.

    influenciou com a importância da observação do comportamento.

  • E.

    conduziu à possibilidade de realizar a entrevista em condições metodológicas mais restritas, convertendo- a em instrumento científico no qual a "arte da entrevista" foi reduzida em função de uma sistematização das variáveis.

No psicodiagnóstico clínico, a linguagem gráfica e a lúdica são valorizadas na avaliação diagnóstica porque

  • A.

    oferecem uma avaliação completa e sempre dispensam a aplicação de outros materiais.

  • B.

    são de alto impacto quando apresentadas para indivíduos sem escolaridade.

  • C.

    estão mais próximas das situações que envolvem o complexo edipiano.

  • D.

    são de alto impacto para aquelas crianças diferenciadas culturalmente.

  • E.

    estão mais próximas do inconsciente e do ego corporal.

O uso do psicodiagnóstico constituiu-se em um interjogo de circunstâncias conjugando práticas e teorias diversas. O psicólogo atuante nas instituições deve

  • A.

    evitar questionamentos, análises e intervenções nas instituições em que se inserir para realizar o trabalho psicodiagnóstico, uma vez que sua entrada é sempre pontual e está desvinculada da natureza das demandas institucionais.

  • B.

    valorizar a utilização dos testes psicológicos, já que são a única prática exclusiva da profissão e se não utilizados poderão ser banalizados por outras áreas profissionais.

  • C.

    aplicar o mesmo raciocínio utilizado para o psicodiagnóstico clínico ao psicodiagnóstico solicitado pela instituição, independentemente da natureza desta.

  • D.

    desvincular o setor de triagem do setor que realiza psicodiagnóstico, uma vez que o profissional experiente poderá suprir os elementos trazidos por essas equipes de triagem e desburocratizar o trabalho desejado pela instituição.

  • E.

    considerar que a possibilidade de mudanças para a melhor adequação do emprego do psicodiagnóstico em instituições deve ser focalizada como parte de um conjunto que envolve o trabalho institucional.

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