Questões de Psicologia da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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Marta testemunhou a morte de um homem baleado por um assaltante à porta do banco em que possui conta bancária. Passou a ter lembranças angustiantes e recorrentes do episódio, sem que pudesse controlá-las, embora tentasse evitá-las; demorava a dormir e quando já dormia, acordava lembrando-se de sonhos relacionados ao assassinato presenciado; adiava sua ida ao banco, mesmo quando muito precisava, pois a cena lhe vinha à mente, na entrada do estabelecimento, o que lhe causava mal-estar e seu corpo paralisava como se estivesse na eminência do episódio vivido; não conseguia mais ficar feliz, mesmo quando algo favorável ocorria; seus familiares preocupavam-se com ela dizendo que estava muito lenta, percebiam-na irritadiça e passou a ter surtos de raiva, o que não era seu costume; passou a se sobressaltar com pequenos fatos e a manter-se hipervigilante; começou a ter dificuldade de concentrar-se em leituras, atividade anterior constante. Transtornada com os sintomas que desenvolveu, procurou ajuda profissional em uma clínica de Psiquiatria e Psicologia. Para determinar um diagnóstico, a equipe consultou o Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais – DSM 5 e considerou uma diferença entre o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e o transtorno de estresse agudo é que no TEPT a perturbação

  • A. fica restrita à duração de três dias a um mês depois da exposição ao evento traumático.
  • B. atenua em um prazo de duas semanas.
  • C. dura por mais de um mês.
  • D. ocorre no prazo de três semanas e desaparece.
  • E. emerge com intensidade no prazo de uma semana, atenuando-se nas duas subsequentes.

Na área de gestão de pessoas, há uma multiplicidade de definições de competência. Apesar das abordagens diferentes, quase todas colocam a competência como atributo da ação humana e de seus resultados, desempenho bem-sucedido e

  • A. independente do contexto de trabalho.
  • B. vinculada à personalidade.
  • C. dependente da existência de recursos ideais.
  • D. habilidades inatas do indivíduo.
  • E. comportamento observável dependente do contexto.

A Teoria do Fluxo desenvolvida por Csikszentmihalyi (1996) considera a motivação como

  • A. um estado emocional de curta duração e de alta ativação, caracterizado pela clareza de metas, intensa concentração e percepção de total controle da atividade que está sendo realizada.
  • B. um estado racional de pequena duração e baixa regulação em que todo o esforço motivacional se concentra na busca de resultados superiores, oportunizando ao trabalhador que coloque todo o seu potencial à prova.
  • C. momento único em que o estado de flow é vivenciado de forma intensa e que a pessoa não tem controle emocional sobre aquilo que faz, realizando de forma automática deixando de lado preocupações com qualidade e senso de corresponsabilidade para com a entrega do resultado final.
  • D. momento único em que o foco no trabalho e no resultado sobrepõem qualquer preocupação emocional, em que a carga de dopamina aumenta e o colaborador enfrenta alto grau de excitação e perde total noção sobre seus movimentos musculares, entregando-se totalmente a um fluxo de trabalho automático que o fará entregar resultados surpreendentes de trabalho que nunca atingira no passado. Isso ocorrerá somente em poucos momentos de sua vida profissional.
  • E. um estado racional de longa duração e de alta autorregulação emocional em que todo o esforço motivacional se concentrará somente na qualidade do trabalho que o colaborador se esforçará para entregar.

A Teoria X, primeira a ser formulada por McGregor para falar sobre motivação, apoiava-se em três princípios básicos: o homem tem aversão ao trabalho; precisa ser controlado e punido para que se esforce e cumpra os objetivos organizacionais; e evita a responsabilidade, pois está interessado apenas

  • A. em contribuir significativamente com seu trabalho para a sociedade.
  • B. na autorrealização e satisfação total em seu trabalho.
  • C. na sua segurança pessoal e financeira.
  • D. no desenvolvimento de todo o seu potencial intelectual no ambiente de trabalho.
  • E. ser reconhecido como um membro efetivo do grupo de trabalho na empresa.

O pensamento grupal é um fenômeno que ocorre quando os membros do grupo

  • A. restringem a comunicação interpessoal em um processo de tomada de decisão, até que todos os membros possuam uma opinião formada que será compartilhada com o grupo por meio da exposição individual de cada um de seus membros.
  • B. comparam as decisões individuais com a decisão tomada pelo grupo, e identificam grandes divergências entre elas, exacerbando as posições iniciais, e retomando as discussões que pareciam superadas.
  • C. exercem pressão sobre um elemento que conta com ponto de vista divergente, fazendo prevalecer a opinião da maioria, sem contudo considerar os novos elementos que essa pessoa possa trazer para a discussão.
  • D. estão tão preocupados em conseguir unanimidade que as normas em relação ao consenso “atropelam” a avaliação realista das alternativas de ação e a possibilidade de expressão dos pontos de vista divergentes, minoritários ou impopulares.
  • E. concordam sobre uma mesma posição e/ou ideia de forma espontânea, não havendo necessidade de gerar longas discussões ou aprofundar o tema em questão, para que todos se sintam satisfeitos.

Um supervisor, que admira grandemente seu gerente, quando se dirige aos membros de sua equipe, adota as filosofias e crenças desse gerente. Diante desse comportamento, é correto afirmar que está ocorrendo um processo de influência interpessoal denominada

  • A. legitimação.
  • B. concordância.
  • C. internalização.
  • D. projeção.
  • E. identificação.

O trabalho em equipe só terá expressão real e verdadeira se e quando os membros do grupo desenvolverem sua competência interpessoal. Segundo C. Argyris (1968) competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com relações interpessoais de acordo com três critérios: percepção acurada da situação interpessoal, de suas variáveis relevantes e respectiva interrelação; habilidade de resolver realmente os problemas interpessoais, de tal modo que não haja regressões; e

  • A. uso da preocupação empática de tal forma que haja disposição para gerar auxílio mútuo e entendimento das diferenças individuais.
  • B. solução alcançada de tal forma que as pessoas envolvidas continuem trabalhando juntas tão eficientemente, como quando começaram a resolver os problemas.
  • C. respeito à competência técnica de cada profissional e ao seu passado de realizações no grupo como forma de estabelecer a hierarquia informal.
  • D. capacidade para criar novas soluções que contemplem as várias necessidades individuais identificadas, chegando a uma solução de consenso.
  • E. habilidade para estabelecer sinergia entre as tarefas e os membros do grupo, criando foco no objetivo e visão comum.

Os membros de uma equipe verdadeiramente coesa possuem os seguintes comportamentos: confiam um nos outros, envolvemse em conflitos de ideias sem qualquer censura, se comprometem com as decisões e planos de ação, chamam uns ao outros à responsabilidade quando alguma coisa não sai de acordo com os planos, e

  • A. possuem uma liderança forte e diretiva.
  • B. atuam sempre questionando a cultura empresarial.
  • C. se concentram na realização dos resultados coletivos.
  • D. se submetem à liderança de seu membro mais experiente.
  • E. estabelecem seu próprio ritmo sem ater-se aos objetivos empresariais.

O campo da psicopatologia está relacionado com o estudo científico dos transtornos psicológicos, sendo que um transtorno psicológico corresponde a uma disfunção psicológica no indivíduo que está associada com angústia ou prejuízo para o funcionamento (diminuição da capacidade adaptativa) e é uma resposta que não é normal nem esperada no que diz respeito ao aspecto

  • A. organofisiológico.
  • B. cultural.
  • C. metabólico.
  • D. dimensional.
  • E. neurocientífico.

A publicação “Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde”, divulgada pelo Ministério da Saúde do Brasil (2001) utiliza a taxonomia da CID-10, para identificar algumas doenças identificadas como do grupo LER/DORT: Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT), também conhecidas por Lesões por Esforços Repetitivos (LER). Consta no Manual, que uma intervenção multi ou interdisciplinar é fundamental para a gestão de programas de prevenção de LER/DORT e que sintomas de fadiga podem ser decorrentes de tarefas que solicitam tratamento controlado de informações e ainda atenção múltipla, como tomada de decisões e amabilidade com o público, sendo que a fadiga pode ser agravada em presença de ruído. Se o trabalhador puder estabelecer estratégias para evitar o risco, a doença terá menos chance de se manifestar. Os estudos mostram que o ruído originado de fontes variadas, como sinal sonoro das leitoras vizinhas, conversas paralelas, equipamentos e outros, é perturbador das atividades

  • A. mentais, pois aumenta a exigência cognitiva e essa interfere sobre os efeitos da carga física sobre o aparelho musculoesquelético.
  • B. perceptuais, pois diminui a exigência cognitiva e essa interfere sobre os efeitos da carga física sobre o aparelho cerebral.
  • C. sensoriais, pois estabiliza a exigência cognitiva e essa interfere sobre os efeitos da carga física sobre o dinamismo fisiológico.
  • D. motoras, pois acresce sinais perceptuais à exigência cognitiva e essa interfere sobre os efeitos da carga física sobre o dinamismo glandular.
  • E. fisiológicas, pois dispersa a atenção e isso interfere sobre os efeitos da carga física sobre o aparelho molecular.
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