Questões de Psicologia da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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Situações de emergência e desastres trazem efeitos impactantes sobre indivíduos, comunidades e nações, pois causam medo, insegurança e desequilíbrio. Lidar com o sofrimento em situações de emergência requer uma forma particular de atuação. Franco (2005; 2012) apontou que o objetivo da intervenção na crise desencadeada por desastres é resolver situações de grande pressão, em um período

  • A. reduzido e com uso de intervenção direta e focalizada, por meio de instrumentos de que a psicologia dispõe, para que os atingidos possam desenvolver novas estratégias adaptativas.
  • B. de seis meses e com uso de intervenção relativa, por meio de instrumentos de que a psicologia dispõe, para que os atingidos possam eliminar lembranças traumáticas.
  • C. ideal e com uso de intervenção profunda e substancial, por meio de instrumentos de que a psicologia dispõe, para que os atingidos possam elaborar estratégias de prevenção.
  • D. de um ano e com uso de intervenção mediada e confortante, por meio de instrumentos de que a psicologia dispõe, para que os atingidos possam compreender os danos sofridos.
  • E. contínuo e com uso de intervenção prolongada e significativa, por meio de instrumentos de que a psicologia dispõe, para que os atingidos possam partilhar responsabilidades afetivoemocionais com outros envolvidos.

O conjunto de escolhas de bem-estar para gestão da qualidade de vida no trabalho pressupõe uma visão integrada e dinâmica das necessidades biológicas, psicológicas, sociais e organizacionais e se concretiza em programas, ações, ferramentas gerenciais, inovações tecnológicas, melhorias ergonômicas, dentre outras iniciativas, que ocorrem em alguns níveis de aplicação e decisão. O nível operacional externo refere-se

  • A. às condições de cada pessoa, como sua personalidade, história de vida, dinâmica de autoestima, grau de exigência para si, experiência profissional anterior, bons desempenhos comprovados, competências e habilidades identificadas, desejo de aprimoramento e ascensão.
  • B. a produtos e serviços realizados com os profissionais e recursos da própria organização, como: benefícios legais, treinamentos com pessoal interno, compartilhamento de políticas de equidade e justiça social, diversidade, inclusão de pessoas com deficiência, paridade de gênero, integração geracional, primeiro emprego, habilidades nutricionais, arte e lazer, reciclagem, por exemplo.
  • C. à missão, valores, imagem da organização, impacto e posicionamento na comunidade e no mercado, especialmente integração com os demais eixos da organização, de forma a garantir o bem-estar pessoal e organizacional.
  • D. à formação e desenvolvimento de competências, lideranças e equipes, metas, atividades de mobilização, comunicação interna e externa, ou seja, a implementação da política, diagnóstico, ferramentas, orçamento e condições para difusão de um ambiente saudável e controle dos fatores de mal-estar.
  • E. á contratação de especialistas ou empresas especializadas em atividades de práticas saudáveis, como ginástica laboral, orientação nutricional, teatro educativo, suporte psicoterápico, semanas temáticas, consumo sustentável, competições esportivas, programas de preparação para a aposentadoria, dentre outros.

Muitas mudanças no mundo do trabalho constituem um cenário de risco para o bem-estar e para a saúde mental e física do trabalhador, favorecendo o desenvolvimento do estresse ocupacional e do burnout, que se configura como uma resposta multidimensional ao estresse caracterizada por comportamento e atitudes negativos em relação aos clientes, ao trabalho e às organizações. Trata-se de síndrome constituída pelas dimensões: exaustão emocional, despersonalização e

  • A. aceleração no ritmo da evolução das tarefas.
  • B. aumento do interesse interpessoal.
  • C. declínio da compreensão de sinais.
  • D. diminuição da realização pessoal.
  • E. proliferação de queixas sensoriais.inuição da realização pessoal.

A clínica do trabalho pode ser desenvolvida por meio de sessões coletivas com grupos de trabalhadores que estão inseridos na mesma organização do trabalho e/ou vinculados à mesma demanda. Existem importantes dispositivos na condução da clínica, dentre eles, a construção de laços que corresponde

  • A. à formação clínica e à supervisão.
  • B. à análise da história individual e da organizacional.
  • C. à elaboração e perlaboração.
  • D. à interpretação dos comentários coletivos, preservando o indivíduo.
  • E. ao acolhimento das falas e dos gestos como algo suportável.

Define-se a clínica psicodinâmica do trabalho como o espaço da escuta e da fala do trabalhador, no qual se alimenta a possibilidade de

  • A. sedimentação de um processo delineado de modo mais estruturado e conclusivo, promovendo saúde mental.
  • B. ação clínica assistencial, evitando incômodo protagonismo no ambiente profissional.
  • C. construir/reconstruir, resgatar e potencializar a mobilização subjetiva no cotidiano do coletivo do trabalho.
  • D. constituir uma racionalidade instrumental, sendo uma construção com começo, meio e fim.
  • E. gerar a oportunidade de tornar invisível o visível das relações entre a organização do trabalho e as vivências de prazer-prazer.

A clínica psicodinâmica do trabalho pode ser usada como uma prática de melhoria da qualidade do trabalho, da gestão e, principalmente, da promoção de saúde mental nos mais diferentes contextos de trabalho formal e informal e tem como objeto central compreender a mobilização subjetiva no trabalho. Nesta

  • A. direção, trata-se de uma técnica de intervenção organizacional que visa o treinamento de habilidades necessárias ao convívio entre os trabalhadores de equipes de trabalho em empresas, indústrias e grandes instituições, visando a melhoria e eficácia dos processos.
  • B. perspectiva, não é uma técnica, é uma teoria e um método de pesquisa e de intervenção que busca transformar o sujeito em protagonista do seu trabalho e atua apontando o sintoma que interdita a mudança, elaborando, com o grupo, os sentimentos invisíveis, desnudando os cenários prescritos, repetitivos, opressores.
  • C. ótica, trata-se de uma terapia dos vínculos interpessoais estabelecidos no âmbito do trabalho, que utiliza somente o aporte teórico e técnico da psicologia positiva, objetivando a compreensão das ações e posturas de um trabalhador em relação ao seu contexto na organização.
  • D. forma de focalização do mundo do trabalho, busca-se a elaboração e utilização de técnicas de intervenção no mundo laboral, que se originem a partir das necessidades diagnosticadas somente no grupo de lideres, voltadas ao desenvolvimento operacional.
  • E. opção escolhida pela gestão organizacional, busca-se incluir os interesses dos dirigentes e também dos trabalhadores, para que se possa criar melhores técnicas de seleção e de desenvolvimento de pessoal, promovendo a percepção da corresponsabilidade nas metas estabelecidas e restituição de sentido no desempenho das tarefas cotidianas.

O trabalho terapêutico (therapeutic work) significa um programa de

  • A. atendimento terapêutico ao trabalhador, anterior ao seu retorno ao trabalho, por meio de uma equipe multidisciplinar que identifique as atividades que serão restritas no retorno ao trabalho e elabore uma nova descrição de cargos a ser cumprida rigorosamente pela empresa.
  • B. retorno ao trabalho gradual e progressivo, por meio da flexibilização da jornada de trabalho em termos de carga horária e da adaptação das tarefas de forma monitorada, com vistas a prevenir as consequências negativas decorrentes de longos períodos de afastamentos.
  • C. preparação da equipe de trabalho para receber o colega que será reabilitado ao trabalho, favorecendo o entendimento de suas limitações e possibilitando a sua reintegração ao grupo de trabalho, minimizando possíveis preconceitos.
  • D. treinamento dos profissionais de recursos humanos para receberem e realocarem e/ou adaptarem os postos de trabalho aos profissionais que serão reabilitados na empresa, de forma a manter sua produtividade.
  • E. preparação dos gestores da empresa para receber os profissionais que sofreram longos períodos de afastamento, realizando acordos claros de trabalho com relação a atividades que podem ser realizadas e monitorando sua execução.

O grupo focal ou de discussão é um método de pesquisa qualitativa em que se cria um setting de interação social entre quatro a doze pessoas, com a finalidade de

  • A. coletar dados sobre a cultura da empresa em um ambiente informal.
  • B. discutir um tema de interesse do grupo de forma livre.
  • C. discutir um tema específico, sob a mediação de um moderador.
  • D. observar o comportamento das pessoas diante de uma situação de pressão.
  • E. observar a interação do grupo criando um gráfico sociométrico.

A abordagem moderna nos processos de recompensar pessoas utiliza predominantemente o modelo de homem

  • A. complexo.
  • B. orgânico.
  • C. político.
  • D. social.
  • E. humanista.

A entrevista comportamental é uma técnica de entrevista por competências estruturada para investigar o comportamento passado da pessoa numa situação similar da competência a ser investigada. Suas perguntas são planejadas para obter respostas que contenham três elementos, identificados pelo acróstico CAR.

Um entrevistador obtém a seguinte resposta a uma pergunta comportamental: O líder alertou que estávamos com problemas de comunicação. Então fiz um levantamento e identifiquei que o problema era treinamento.

A resposta está incompleta pois não há menção

  • A. à referência.
  • B. ao contexto.
  • C. á ação.
  • D. ao resultado.
  • E. ao contato.
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