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A exemplo do que ocorrera em outros países do Ocidente, a menoridade foi no Brasil um dos primeiros objetos de discursos psicológicos, mesmo quando ainda não havia sido regulamentada a profissão de psicólogo, inserindo-se nos aparelhos de controle judiciário e pedagógico. Contudo, na vigência do primeiro código de menores, o que predominava era o higienismo médico, cujas propostas educativas estavam associadas à atribuição de falhas da infância na etiologia do anormal.
Desse modo, segundo Jacques Donzelot, desde o século XIX, a infância tornou-se central para:
Desde os primeiros escritos, Freud procurou fazer a distinção entre psicose e neurose, cujo esforço é fundamental não somente para a direção do tratamento, assim como para a observação de certos fenômenos psíquicos. Sobre a psicopatologia psicanalítica, analise as afirmativas a seguir:
I. Apesar de remeter a aspectos psicológicos mais gerais e dotados de normalidade, a projeção predomina nos mecanismos alucinatórios e interpretativos das psicoses.
II. Enquanto na neurose a libido reflui para o Eu, na psicose o investimento de objeto persiste no sistema inconsciente.
III. No quadro da segunda tópica do aparelho psíquico, enquanto na neurose o ego recalca as reinvindicações pulsionais, na psicose há uma ruptura entre a realidade e o ego, deixando esse último sob domínio do Id.
Está correto somente o que se afirma em:
Freud destacou desde cedo um fenômeno que surgia no tratamento psicanalítico como sendo uma resistência ao trabalho de rememoração do material recalcado. Mas, posteriormente, passou a considerá-lo como força motriz para a direção da cura. Tal fenômeno consistia na repetição atualizada de protótipos infantis que interrompia o fluxo associativo do paciente, sendo chamado por Freud de:
Segundo Philippe Ariès, o sentimento moderno de infância, que corresponde à ideia de que a criança é portadora de particularidades distintas do adulto, surgiu a partir do movimento de escolarização iniciado no século XVII. O aprendizado da criança passaria a não mais ocorrer através da convivência direta dos adultos, ao mesmo tempo em que a família foi chamada a se transformar num espaço de afeição em relação aos filhos. Os responsáveis por esse movimento foram fundamentalmente:
Freud inaugurou uma perspectiva sobre a sexualidade infantil irredutível à dimensão cronológica presente na maioria das teorias evolucionistas sobre a criança. Segundo o pai da psicanálise, o caráter infantil da sexualidade comparece na vida adulta. Em sua origem, a sexualidade infantil está submetida à atuação das pulsões parciais, ligada à diversidade das zonas erógenas, cuja disposição é descrita como:
A acumulação compulsiva é um transtorno emocional com fortíssima repercussão comportamental e cognitiva, caracterizado por recolhimento excessivo e incapacidade para descartar coisas, geralmente sem utilidade. O comportamento de acumulação compulsiva geralmente causa, para a pessoa que sofre da doença e para membros da família, prejuízo emocional, social, financeiro, físico e até mesmo legal.
A acumulação compulsiva é um transtorno pouco explorado pelas pesquisas científicas, e ainda não há critérios estabelecidos para um diagnóstico diferencial dessa patologia psíquica.
Do ponto de vista da psicanálise freudiana, porém, comportamentos acumuladores ou colecionistas costumam ser explicados como uma fixação na fase:
Abraham Maslow foi um psicólogo americano que apresenta, entre suas contribuições teóricas mais conhecidas, a Hierarquia de Necessidades, graficamente representada por uma pirâmide com diversos níveis.
João, 40 anos, pai de três filhos em idade escolar, está cumprindo aviso prévio em uma metalúrgica. De acordo com essa teoria, João estaria no nível de busca de satisfação das necessidades:
Teresa pediu a interdição judicial de seu marido Carlos, por prodigalidade, alegando que ele passara a dissipar os bens do casal, fazendo gastos supérfluos que ultrapassavam suas possibilidades econômicas, organizando noitadas com os amigos, pagando jantares e distribuindo gordas gorjetas para os garçons. O conceito de prodigalidade é jurídico e não psiquiátrico, embora transtornos mentais possam ser responsáveis pelo comportamento pródigo.
O comportamento pródigo descrito no exemplo pode se manifestar como um dos sintomas de estados:
Antônio foi sentenciado pelo Juiz do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher a frequentar um grupo de reflexão, destinado a homens agressores. Durante a reunião, Antônio definiu-se como um homem calmo e religioso, mas admitiu bater às vezes na esposa, ressaltando que só o fazia porque ela o provocava por ciúmes.
No exemplo acima, é correto afirmar que o mecanismo de defesa utilizado é:
Com relação ao fenômeno da violência cometida contra a infância, é possível distinguir a vitimização da vitimação. A vitimização pode ser definida como:
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