Questões de Psicologia da Fundação Mariana Resende Costa (FUMARC)

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Figueiredo (1997) afirma:

• "A doença, vista como um acometimento biológico, e o conflito, como fruto de uma interioridade conturbada, devem levar a uma assistência que vise à reconstrução das relações sociais, de trabalho e de convívio".
• "O sujeito é entendido como dotado de inconsciente e poder de decisão imanentes e autônomos em relação à ordem social e à cultura que o circunscrevem e o constituem como sujeito de linguagem".

São modelos epistemológicos subjacentes a cada uma das afirmativas, respectivamente:

  • A.

    Modelo psicológico e modelo psicanalítico.

  • B.

    Modelo psicossocial e modelo psicológico.

  • C.

    Modelo psicossocial e modelo psicanalítico.

  • D.

    Modelo psicanalítico e modelo psicossocial.

As afirmativas abaixo são críticas comumente feitas aos manuais de psiquiatria (DSM e CID), considerados como manuais de diagnóstico, EXCETO:

  • A.

    São uma inversão do procedimento psiquiátrico, no âmbito da ética médica, em que os medicamentos determinam os diagnósticos e servem ao discurso capitalista.

  • B.

    São uma opção pela descrição e comunicação dos transtornos entre colegas de trabalho.

  • C.

    Os manuais de diagnóstico são a-teóricos e qualquer hipótese etiopatogênica é excluída, assim como o conceito de doença.

  • D.

    Os manuais de diagnóstico descrevem fenômenos relatados pela psiquiatria clássica sem a contextualização sócio-histórica dos pacientes.

Figueiredo (1997) considera que o atendimento clínico em instituições de saúde tem um eixo central que é a recepção ao cliente. No entendimento dessa autora, a recepção:

  • A.

    realiza a triagem dos casos, decidindo quais especialistas irão atendê-los.

  • B.

    realiza a coleta de dados anamnésicos do cliente através de entrevistas iniciais.

  • C.

    decide sobre o destino de cada caso, no sentido de destinação (encaminhamento) e desígnio (futuro).

  • D.

    realiza uma função burocrática na instituição, no sentido de coletar os dados da identificação e da queixa do cliente.

A doença para Szpirko (In: Alberti e Elia, 2000) é "uma carteira de identidade" adquirida através do nome aceito da doença crônica. Essa "carteira de identidade" refere-se a:

  • A.

    sintomas adquiridos pelo sujeito no decorrer de suas experiências de vida e, especificamente, na sua vida familiar.

  • B.

    conflitos advindos dos traumas vivenciados pelo sujeito nas interrelações com as pessoas importantes de sua vida.

  • C.

    identificações imbuídas de carga afetiva/erótica marcada pela história familiar do sujeito.

  • D.

    transtornos psicológicos apresentados pelo sujeito e categorizados pelos manuais de psiquiatria e diagnóstico.

Refletindo sobre "ser doente, ter uma doença", Szpirko (In: Alberti e Elia, 2000) afirma que o que se transmite de uma geração à outra:

  • A.

    são as doenças psicossomáticas.

  • B.

    é a linguagem e o código genético.

  • C.

    é a predisposição para adquirir doenças psíquicas.

  • D.

    são as doenças psíquicas e as doenças somáticas.

Malta Campos (In: Patto, 1984) afirma que, "se as forças econômicas e sociais atuam no sentido da deterioração da qualidade de vida de grandes parcelas da população, não há de ser a pré-escola ou a creche que poderão inverter o sentido e as conseqüências deste processo". Para minimizar as desvantagens, a privação e a exclusão das camadas oprimidas da população, ela sugere:

  • A.

    o atendimento psicológico das crianças com déficits cognitivos e distúrbios emocionais que prejudicam seu bom desempenho escolar.

  • B.

    o acompanhamento das famílias, para que possam proporcionar às suas crianças os estímulos ambientais necessários a seu pleno desenvolvimento.

  • C.

    a integração dos programas de atendimento nas áreas de saúde, nutrição, grupos de pais e escolarização, realmente efetivos e com equipes profissionais atuantes.

  • D.

    o atendimento dessas populações por profissionais que trabalhem sob o foco da disciplina de sua competência.

Para Patto, a formação do psicólogo que atuará junto às classes oprimidas deve contemplar os seguintes aspectos, EXCETO:

  • A.

    O estudo voltado para a reeducação dessas populações que tenha o objetivo de incluí-las e integrá-las à sociedade.

  • B.

    A formulação de um corpo de conhecimento sobre a dimensão psicológica dos integrantes dessas classes sociais.

  • C.

    Uma compreensão da classe operária e das populações" marginais" e uma interação com elas sem estereótipos ou preconceitos.

  • D.

    Uma observação orientada antropologicamente para o real conhecimento das condições pessoais dos membros dessas populações.

Patto (1984) afirma que as populações excluídas, marginalizadas, "não integradas", mantêm uma relação de "participação-exclusão" com a sociedade a que pertencem, garantindo a acumulação de capital e a riqueza da camada que as oprime. Assim, de acordo com essa autora, a atuação do psicólogo, no nível escolar, institucional ou terapêutico, deve focalizar:

  • A.

    a avaliação psicológica do potencial cognitivo dessas populações, a fim de propor intervenções.

  • B.

    um objetivo claramente definido e uma visão crítica sobre o seu papel junto às populações "marginais".

  • C.

    a utilização de programas de educação compensatórios, a fim de diminuir as diferenças educacionais e minimizar "a probabilidade de que a pobreza seja auto-perpetuadora".

  • D.

    a intervenção junto às famílias, para que propiciem os estímulos adequados ao desenvolvimento e à aprendizagem das crianças.

O termo "social" abrange diferentes saberes e práticas - assistente social, educador social, psicologia, psiquiatria - que abarcam fenômenos diversos como evasão escolar, violência juvenil, drogadição, gravidez de adolescentes, crianças de/na rua, entendidos como sintomas sociais. Como a clínica psicanalítica, de acordo com Cirino (2001), lida com esses sintomas de mal-estar social?

  • A.

    Privilegia o modo particular com que o sujeito lida com o desejo e o gozo, interrogando-o a partir de seu sintoma.

  • B.

    Procura entender os conflitos subjacentes aos sintomas para interpretá-los e possibilitar sua elaboração pelo sujeito.

  • C.

    Trata-os como sinais de distúrbios psicológicos, provavelmente adquiridos nos primeiros anos de vida do sujeito.

  • D.

    Considera-os como significantes de relações alteradas com as figuras parentais e com o mundo externo.

Cirino (2001) relata que a responsabilidade da psicanálise em relação à criança difere, e até opõe-se à responsabilidade legal, porque:

  • A.

    a psicanálise da criança trabalha com a história familiar como fator etiológico do sintoma infantil.

  • B.

    no campo analítico, a responsabilidade começa com uma desestabilização da adaptação à realidade que o sintoma e o fantasma buscam.

  • C.

    no campo analítico, a responsabilidade também é colocada nos pais ou responsáveis legais pela criança.

  • D.

    no campo analítico, a patologia da criança revela-se como conseqüência da patologia dos pais.

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