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Figueiredo (1997) afirma:
"A doença, vista como um acometimento biológico, e o conflito, como fruto de uma interioridade conturbada, devem levar a uma assistência que vise à reconstrução das relações sociais, de trabalho e de convívio".
"O sujeito é entendido como dotado de inconsciente e poder de decisão imanentes e autônomos em relação à ordem social e à cultura que o circunscrevem e o constituem como sujeito de linguagem".
São modelos epistemológicos subjacentes a cada uma das afirmativas, respectivamente:
Modelo psicológico e modelo psicanalítico.
Modelo psicossocial e modelo psicológico.
Modelo psicossocial e modelo psicanalítico.
Modelo psicanalítico e modelo psicossocial.
As afirmativas abaixo são críticas comumente feitas aos manuais de psiquiatria (DSM e CID), considerados como manuais de diagnóstico, EXCETO:
São uma inversão do procedimento psiquiátrico, no âmbito da ética médica, em que os medicamentos determinam os diagnósticos e servem ao discurso capitalista.
São uma opção pela descrição e comunicação dos transtornos entre colegas de trabalho.
Os manuais de diagnóstico são a-teóricos e qualquer hipótese etiopatogênica é excluída, assim como o conceito de doença.
Os manuais de diagnóstico descrevem fenômenos relatados pela psiquiatria clássica sem a contextualização sócio-histórica dos pacientes.
Figueiredo (1997) considera que o atendimento clínico em instituições de saúde tem um eixo central que é a recepção ao cliente. No entendimento dessa autora, a recepção:
realiza a triagem dos casos, decidindo quais especialistas irão atendê-los.
realiza a coleta de dados anamnésicos do cliente através de entrevistas iniciais.
decide sobre o destino de cada caso, no sentido de destinação (encaminhamento) e desígnio (futuro).
realiza uma função burocrática na instituição, no sentido de coletar os dados da identificação e da queixa do cliente.
A doença para Szpirko (In: Alberti e Elia, 2000) é "uma carteira de identidade" adquirida através do nome aceito da doença crônica. Essa "carteira de identidade" refere-se a:
sintomas adquiridos pelo sujeito no decorrer de suas experiências de vida e, especificamente, na sua vida familiar.
conflitos advindos dos traumas vivenciados pelo sujeito nas interrelações com as pessoas importantes de sua vida.
identificações imbuídas de carga afetiva/erótica marcada pela história familiar do sujeito.
transtornos psicológicos apresentados pelo sujeito e categorizados pelos manuais de psiquiatria e diagnóstico.
Refletindo sobre "ser doente, ter uma doença", Szpirko (In: Alberti e Elia, 2000) afirma que o que se transmite de uma geração à outra:
são as doenças psicossomáticas.
é a linguagem e o código genético.
é a predisposição para adquirir doenças psíquicas.
são as doenças psíquicas e as doenças somáticas.
Malta Campos (In: Patto, 1984) afirma que, "se as forças econômicas e sociais atuam no sentido da deterioração da qualidade de vida de grandes parcelas da população, não há de ser a pré-escola ou a creche que poderão inverter o sentido e as conseqüências deste processo". Para minimizar as desvantagens, a privação e a exclusão das camadas oprimidas da população, ela sugere:
o atendimento psicológico das crianças com déficits cognitivos e distúrbios emocionais que prejudicam seu bom desempenho escolar.
o acompanhamento das famílias, para que possam proporcionar às suas crianças os estímulos ambientais necessários a seu pleno desenvolvimento.
a integração dos programas de atendimento nas áreas de saúde, nutrição, grupos de pais e escolarização, realmente efetivos e com equipes profissionais atuantes.
o atendimento dessas populações por profissionais que trabalhem sob o foco da disciplina de sua competência.
Para Patto, a formação do psicólogo que atuará junto às classes oprimidas deve contemplar os seguintes aspectos, EXCETO:
O estudo voltado para a reeducação dessas populações que tenha o objetivo de incluí-las e integrá-las à sociedade.
A formulação de um corpo de conhecimento sobre a dimensão psicológica dos integrantes dessas classes sociais.
Uma compreensão da classe operária e das populações" marginais" e uma interação com elas sem estereótipos ou preconceitos.
Uma observação orientada antropologicamente para o real conhecimento das condições pessoais dos membros dessas populações.
Patto (1984) afirma que as populações excluídas, marginalizadas, "não integradas", mantêm uma relação de "participação-exclusão" com a sociedade a que pertencem, garantindo a acumulação de capital e a riqueza da camada que as oprime. Assim, de acordo com essa autora, a atuação do psicólogo, no nível escolar, institucional ou terapêutico, deve focalizar:
a avaliação psicológica do potencial cognitivo dessas populações, a fim de propor intervenções.
um objetivo claramente definido e uma visão crítica sobre o seu papel junto às populações "marginais".
a utilização de programas de educação compensatórios, a fim de diminuir as diferenças educacionais e minimizar "a probabilidade de que a pobreza seja auto-perpetuadora".
a intervenção junto às famílias, para que propiciem os estímulos adequados ao desenvolvimento e à aprendizagem das crianças.
O termo "social" abrange diferentes saberes e práticas - assistente social, educador social, psicologia, psiquiatria - que abarcam fenômenos diversos como evasão escolar, violência juvenil, drogadição, gravidez de adolescentes, crianças de/na rua, entendidos como sintomas sociais. Como a clínica psicanalítica, de acordo com Cirino (2001), lida com esses sintomas de mal-estar social?
Privilegia o modo particular com que o sujeito lida com o desejo e o gozo, interrogando-o a partir de seu sintoma.
Procura entender os conflitos subjacentes aos sintomas para interpretá-los e possibilitar sua elaboração pelo sujeito.
Trata-os como sinais de distúrbios psicológicos, provavelmente adquiridos nos primeiros anos de vida do sujeito.
Considera-os como significantes de relações alteradas com as figuras parentais e com o mundo externo.
Cirino (2001) relata que a responsabilidade da psicanálise em relação à criança difere, e até opõe-se à responsabilidade legal, porque:
a psicanálise da criança trabalha com a história familiar como fator etiológico do sintoma infantil.
no campo analítico, a responsabilidade começa com uma desestabilização da adaptação à realidade que o sintoma e o fantasma buscam.
no campo analítico, a responsabilidade também é colocada nos pais ou responsáveis legais pela criança.
no campo analítico, a patologia da criança revela-se como conseqüência da patologia dos pais.
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