Questões de Psicologia da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

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Um psicólogo recebe, em seu consultório, uma jovem de 23 anos cuja vida pessoal e profissional vem sendo bastante prejudicada pela ocorrência de ataques de falta de ar, associados a calafrios e a um terrível medo de morrer. Esses ataques têm duração curta (cerca de 20 minutos). Nessa situação, ela relata ficar desorientada e ter, como único pensamento, fugir. A hipótese diagnóstica inicial, para esse caso, seria

  • A.

    neurose histérica.

  • B.

    transtorno do pânico.

  • C.

    agorafobia.

  • D.

    transtorno de ansiedade generalizada.

  • E.

    transtorno dissociativo.

Um homem de 40 anos queixa-se de que não consegue parar de pensar em ser contaminado pela bactéria do antraz. Embora saiba que isso é ilógico, não consegue impedir que tais pensamentos o assaltem; lava constantemente as mãos, teme permanecer em locais fechados e toma banhos sucessivos para diminuir seus receios. Frente a este quadro, é correto considerar que

  • A. por se tratar de um transtorno delirante, uma terapia cognitiva ajudará o paciente a entender melhor seus sintomas e assim passar a controlá-los.
  • B. por se tratar de uma fobia, uma terapia de apoio elucidará a relação entre aspectos de sua vida atual e o medo de contaminação por antraz.
  • C. por se tratar de um transtorno ciclotímico, uma terapia psicodinâmica esclarecerá a motivação do comportamento e o eliminará.
  • D.

    o diagnóstico é irrelevante, pois este paciente colaborará com qualquer tipo de terapia.

  • E.

    por se tratar de um transtorno obsessivo-compulsivo, uma terapia comportamental trará benefícios mais imediatos.

Uma senhora procura o psicólogo por estar preocupada com seu filho caçula, de 2 anos de idade. Ao contrário dos mais velhos, desde que nasceu é uma criança quieta, não estabelece contato "olho a olho", concentra-se em atividades repetitivas, alheia ao que se passa à sua volta. Embora tenha certo repertório verbal, raramente fala. Considerando-se esses dados, o diagnóstico mais provável é

  • A. transtorno anti-social.
  • B. transtorno desintegrativo da infância.
  • C. autismo infantil.
  • D. deficiência mental.
  • E. transtorno distímico.

Uma senhora procura o psicólogo por estar preocupada com sua filha de 19 anos. Relata que "a menina está sempre preocupada com o peso, sempre se olhando no espelho, mas às vezes come desesperadamente ou às escondidas. Depois enfia o dedo na garganta e vomita. Outro dia encontrei um laxante escondido em sua bolsa. Não sei mais o que fazer, pois para tudo que eu digo ela tem uma resposta. Ela não está gorda nem magra demais, mas tenho medo que fique doente". Esses dados indicam um quadro de

  • A. transtorno obsessivo-compulsivo.
  • B. anorexia nervosa.
  • C. transtorno dismórfico-corporal.
  • D. bulimia nervosa.
  • E. esquizofrenia

Uma das principais contribuições das terapias cognitivas no tratamento dos transtornos de pânico é

  • A.

    ajudar o paciente a diferenciar as sensações de pânico de outras sensações corporais.

  • B.

    substituir a farmacoterapia e favorecer a autopercepção.

  • C.

    possibilitar a superação da ansiedade, esclarecendo o simbolismo das situações evitadas.

  • D.

    fortalecer mecanismos de defesa do paciente em relação ao estresse.

  • E.

    modificar conceitos distorcidos sobre a auto-estima e a segurança básica do paciente.

É correto afirmar que o behaviorismo radical

  • A.

    nega a existência da mente como explicação para o comportamento.

  • B. nega a existência da mente e não aceita estudar eventos internos.
  • C.

    não nega a existência da mente e lhe confere status científico.

  • D.

    nega a existência da mente, mas reconhece a introspeção.

  • E.

    aceita a existência de eventos que escapem ao mundo físico.

No tratamento de abuso do álcool, o terapeuta de uma psicoterapia dinâmica deve

  • A.

    adotar uma postura firme e autoritária, desde o primeiro encontro.

  • B.

    adotar um papel passivo e neutro, desde o primeiro encontro.

  • C.

    mostrar-se receptivo e apoiador, desde o primeiro encontro.

  • D.

    adotar um papel neutro de início, porém apoiador após o estabelecimento do vínculo.

  • E. mostrar-se receptivo e apoiador de início, porém autoritário e reprovador por ocasião de recaídas.

Nos casos de abuso de substância, o procedimento mais indicado, de um modo geral, é

  • A. internação do paciente para desintoxicação, seguida de tratamento ambulatorial.
  • B. atendimento ambulatorial e mobilização do apoio psicossocial do paciente.
  • C. internação do paciente para desintoxicação e tratamento.
  • D.

    determinado pelo tipo de substância, padrão de abuso e disponibilidade de sistemas de apoio psicossocial.

  • E.

    determinado pelo grau de motivação do paciente no tratamento e atitude da família diante do problema.

É feita a avaliação da personalidade de uma jovem de 22 anos de idade, que desde os 16 vem apresentando sinais de profunda instabilidade, surtos de cólera e de agressividade, relacionamento promíscuo e rápidos episódios de alucinação. No WAIS, a paciente apresenta desempenho dentro da faixa média, mas seu protocolo do Rorschach contém elementos desviantes. Assinale, abaixo, a hipótese diagnóstica mais provável.

  • A.

    Transtorno da personalidade esquizóide.

  • B.

    Transtorno de ansiedade generalizada.

  • C.

    Transtorno obsessivo-compulsivo.

  • D.

    Transtorno de estresse pós-traumático.

  • E.

    Transtorno da personalidade borderline.

Na abordagem sistêmica, a ênfase da terapia familiar é colocada

  • A.

    no membro da família, portador do sintoma, e na patologia de suas relações com os outros membros da família.

  • B.

    na liberação das possibilidades não utilizadas ou infra- utilizadas do grupo familiar, acionando mecanismos já presentes no próprio sistema.

  • C.

    na recuperação da homeostase perdida, através de recursos de regulação externos ao sistema familiar.

  • D.

    no tratamento do sintoma do paciente a partir de sistemas teóricos abrangentes.

  • E.

    no apoio sistemático à família por ocasião da internação do membro portador do sintoma.

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