Questões de Química do ano 2004

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Ao se desenvolver e validar uma metodologia analítica de dosagem de vitamina C em um suco de acerola por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), um dos maiores desafios se encontra no fato:

  • A. de ser difícil conseguir uma resposta linear entre as áreas dos picos dos cromatogramas obtidos e a concentração da amostra durante o estudo da linearidade do método, visto a oxidação do ácido ascórbico na solução de análise;
  • B. da dificuldade na detecção da vitamina C pelo detector de UV, visto seu cromóforo ser incapaz de absorver luz ultravioleta a uma intensidade adequada para sua análise;
  • C. de ser impossível a análise de produtos de origem vegetal por CLAE, visto que a grande quantidade de metabólitos nestes materiais impede que a análise seja realizada mesmo com preparo de amostra adequado;
  • D. da dificuldade de se estabilizar a pressão e o fluxo do equipamento durante a análise, uma vez que somente se avalia a vitamina C com o uso de heptanossulfonato de sódio na fase móvel;
  • E. de somente existir vitamina C no fruto verde, o que impossibilita a realização da análise se não houver informações prévias sobre a caracterização do fruto que se utilizou para a produção do suco.

Um carregamento de aguardente de cana, que entrou ilegalmente no Brasil, foi apreendido pelas autoridades competentes, sendo retido no posto de fronteira da Receita Federal. Suspeita-se que esse produto esteja contaminado com metanol. Em termos da possível ação deste álcool no organismo humano e de sua análise quantitativa, podese afirmar que:

  • A. em sendo feita a análise por refratometria, o transporte de um refratômetro tipo Zeiss, ao local de apreensão, proporcionaria uma medida precisa e inquestionável do teor de metanol na bebida, através da determinação de seu peso específico, após medida realizada no posto de fronteira;
  • B. o uso de técnicas de cromatografia gasosa para a quantificação do metanol presente na amostra irá requerer impreterivelmente o uso de coluna capilar, visto que a DL50 do álcool metílico e a dose requerida para produzir efeitos danosos ao organismo humano é muito reduzida;
  • C. no caso do paciente intoxicado com metanol, a hemodiálise não fará parte de seu tratamento, sendo apenas indicado o uso de etanol como terapia;
  • D. a formação de formato dependente de folato, que ocorre no organismo humano, é a principal responsável pela toxicidade de metanol após sua ingestão;
  • E. a formação exclusiva de formaldeído, decorrente da oxidação do metanol, é a principal responsável pela toxicidade de metanol após sua ingestão.

Um dos principais problemas ambientais, em regiões onde se explora economicamente a mineração de ouro, refere-se à bio-acumulação de mercúrio em peixes, podendo esta determinar problemas de intoxicação crônica em pessoas que venham a consumir periodicamente peixes contaminados com mercúrio elementar, aquil mecuriais ou derivados inorgânicos. Sobre esta intoxicação, é INCORRETO afirmar que:

  • A. após absorção de derivados voláteis de mercúrio por inalação, sua distribuição se verifica em poucas horas, havendo uma maior acumulação deste material nos rins;
  • B. o ácido etilenodiaminotertacético na sua forma de seu sal dissódico ou similar, o dimercaprol, o succimer (ácido dimercaptossuccínico) e a D-pinicilamina são os fármacos mais indicados para o tratamento da intoxicação por mercúrio;
  • C. a tríade clássica de sintomas referentes à intoxicação por mercúrio refere-se ao aparecimento de tremores, distúrbios neuropsíquicos e gengivoestomatite;
  • D. uma das evidências de intoxicação crônica por mercúrio se relaciona ao aparecimento de anemia hemolítica e elevação dos níveis de aminotransferases;
  • E. o mercúrio elementar volátil, uma vez inalado, se mostra mais tóxico que seus derivados inorgânicos, ingeridos em peixes ou outras fontes de contaminação alimentares.

Entre as alternativas terapêuticas para o tratamento de processos inflamatórios agudos ou crônicos, o desenvolvimento de antiinflamatórios não esteroidais inibidores seletivos da ciclooxigenase II (COX2) representou um grande avanço médico. Sobre os fármacos desta classe, especificamente em comparação aos antiinflamatórios inibidores não seletivos da ciclooxigenase I (COX1), é correto afirmar que:

  • A. o maior volume molecular dos antiinflamatórios inibidores seletivos da COX2, responde por sua seletividade, ao passo que o menor volume molecular apresentado pelos inibidores COX1 permite que estes interajam com ambas as enzimas, apesar desta interação se dar de forma diferenciada;
  • B. os antiinflamatórios não esteroidais inibidores tanto da COX1 quanto da COX2 apresentam como um de seus efeitos colaterais o desenvolvimento de úlcera gástrica ou gastrites, em especial com o uso crônico destes fármacos;
  • C. a presença de um grupo funcional ionizado na molécula do fármaco, especificamente um substituinte aniônico, é fundamental para a atividade farmacológica dos inibidores seletivos da COX2. Este, em geral, é um carboxilato ou um enol,os quais interagem com o sítio ativo da enzima, sendo um ponto muito importante de interação;
  • D. a maior vantagem dos antiinflamatórios não esteroidais refere-se à possibilidade de interagir especificamente com a enzima COX2, responsável pelos processos fisiológicos usuais de nosso organismo, e nesse caso também, pelo processo inflamatório;
  • E. a biodisponibilidade desses fármacos, uma vez formulados, pode ser diminuída se os mesmos forem veiculados como cápsulas gelatinosas duras quando em comparação a comprimidos revestidos por película de Eudragite E.

Dentre os medicamentos fabricados no parque industrial farmacêutico brasileiro, os produtos veterinários apresentam a peculiaridade de terem sua fabricação e comercialização reguladas pelo Ministério da Agricultura. Desses medicamentos destacam-se os injetáveis polivitamínicos, contendo, entre outros ingredientes e ativos, a vitamina B1 (tiamina), a vitamina B2 (riboflavina) e a vitamina B12 (cianocobalamina). Sobre as características desse tipo de produto, é correto afirmar que:

  • A. o ar do ambiente de fabricação destinado à preparação desse produto deve ser filtrado por filtro absoluto (capacidade de retenção de partículas maior ou igual 99,9%) com 0,3 micrômetros de diâmetro de poro (menor ou igual), sendo desnecessário o uso de pré-filtro tipo bolsa ou similar;
  • B. o vidro a ser utilizado, seja para ampola ou frasco para rolha de borracha butílica, deve ser tipo III, o mais adequado para preparações vitamínicas;
  • C. o uso de metabissulfito de sódio é recomendado, em especial, para se estabilizar a vitamina B1;
  • D. em termos do controle de qualidade das formulações injetáveis, apenas o teste de pirogênio, realizado segundo preconiza a farmacopéia americana, garante a qualidade microbiológica da formulação;
  • E. a riboflavina, vitamina B2, deve ser doseada preferencialmente por fluorimetria, pela maior sensibilidade deste método.

Na preparação de um comprimido vermífugo, o qual associa 3 ativos diferentes em sua constituição, neste caso, febantel, praziquantel e pamoato de pirantel, verificou-se, após sua fabricação, que a dureza e o peso dos mesmos variava intensamente, assim como o desvio padrão relativo destas propriedades, avaliado com a execução de medida apropriada em 30 comprimidos para cada se mostrou maior que 6,0%.

Tal comportamento pode estar relacionado somente aos seguintes aspectos:

  • A. secagem excessivamente rápida do granulado, concentração de aglutinante abaixo do ideal e não adição de lubrificantes ao granulado após calibração;
  • B. secagem excessivamente rápida do granulado, concentração de aglutinante abaixo do ideal e uso de concentração de praziquantel 10% em peso menor que o ideal, sendo o mesmo de diâmetro médio de partícula igual a 40 micrômetros;
  • C. secagem excessivamente rápida do granulado, não adição de lubrificantes ao granulado após calibração e uso de febantel para compressão direta;
  • D. incompatibilidade físico-química entre o febantel e o praziquantel, o que determina a formação de uma mistura eutética, não adição de lubrificantes ao granulado após calibração e uso de estufa para secagem de granulado com variação de temperatura entre 55-56o C;
  • E. adição de 0,5% de Lauril Sulfato de Sódio na fase externa do granulado, não adição de lubrificantes ao granulado após calibração e adição de corante amarelo no líquido de granulação, o que dá a cor característica destes comprimidos.

Durante a aplicação de um injetável anestésico local, contendo adrenalina e lidocaína, foi verificado que o tempo de duração da ação anestésica local deste lote de produto era menor que a normalmente apresentada pelos lotes anteriores da mesma marca, fabricado pela mesma empresa, na mesma sede. Ao mesmo tempo, verificou-se em outro lote deste mesmo produto a inquietação do animal que recebeu esta injeção, neste caso um gato de cerca de 8,0 Kg. Esses problemas NÃO podem estar relacionados ao seguinte fator:

  • A. uso de tanque reator de aço inox de baixa qualidade contendo soldas expostas;
  • B. não adição de metabissulfito de sódio na água onde se dissolve a adrenalina e posteriormente a lidocaína, sendo a concentração do metabissulfito igual a 0,1% p/v;
  • C. borbulhamento de oxigênio na solução ao invés do borbulhamento de nitrogênio, o que pode ter gerado alguma incompatibilidade entre gás e os ativos da formulação;
  • D. mau funcionamento da balança do almoxarifado que não se encontrava calibrada e qualificada;
  • E. borbulhamento de nitrogênio na solução antes de dissolver a adrenalina, o que pode ter gerado alguma incompatibilidade entre o gás e os ativos da formulação.

Na análise de uma massa de guaraná, enviada de Santarém no Pará, para a Cidade de São Paulo, foi proposto que se utilizasse a metodologia de extração da massa, descrita na Farmacopéia Brasileira, 3ª Edição (uso de Soxhlet e clorofórmio como líquido extrator) com análise quantitativa posterior por espectrofotometria de ultravioleta. Caso se substituísse o processo de extração por dissolução da massa em clorofórmio, e posterior extração por colocação do becher ou similar, contendo o material dissolvido, em banho de ultra-som por 30 minutos, poderiam ser esperadas em termos teóricos as seguintes modificações nos resultados do método e na tentativa de se validar o mesmo:

  • A. um aumento no teor de cafeína, em relação ao método farmacopéico, mostrando o método novo ser mais eficiente em termos de rendimento, mas não necessariamente em termos de seletividade;
  • B. no desenvolvimento dos experimentos para determinar a linearidade do método, serão obtidos valores de absorvância maiores que aqueles obtidos com o uso do método farmacopéico, visto que ocorre um aumento no teor de cafeína na amostra;
  • C. nenhuma alteração poderá ser detectada, uma vez que a massa de guaraná é totalmente solúvel em clorofórmio, não sendo a forma de extração de vital importância nesta análise;
  • D. o teor final de cafeína medido poderá ser menor que o obtido no método farmacopéico, uma vez que o uso de Soxhlet é reconhecidamente mais eficiente que o uso de ultra-som apenas;
  • E. a cafeína degrada pela ação do ultra-som, sendo inviável a análise pela nova metodologia proposta.

Sobre um produto comercializado como pó de guaraná energético composto, levantou-se a suspeita de que o mesmo tinha menos pó de guaraná do que o rotulado em sua embalagem. Pensando em se resolver este problema através de técnicas de análises químicas, foi proposta a quantificação de cafeína neste produto e o confronto com os teores usuais de cafeína descritos na Farmacopéia Brasileira para este tipo de matériaprima. Sabendo que neste pó, além do pó de guaraná (frutos secos pulverizados), se adiciona lactose, Estearato de magnésio e corante caramelo em pó, na etapa de avaliação da exatidão do método, durante sua validação, deve se utilizar no preparo de amostra:

Nota: Placebo; mistura de Iactose, estearato de magnésio e corante caramelo em pó nas concentrações utilizadas no produto.

SQR; mesmo que substância química de referência ou padrão secundário.

  • A. placebo, o pó de guaraná e cafeína SQR;
  • B. placebo, pó de guaraná padronizado e cafeína SQR;
  • C. lactose (muito reativa), cafeína SQR e pó de guaraná;
  • D. cafeína padrão primário, placebo e estearato de magnésio (insolúvel em água);
  • E. lactose (muito reativo), cafeína SQR e metabissulfito de sódio para estabilizar a cafeína.

Sabendo que o E0 para a semi-reação Eu3+ + e- 6 Eu2+ é igual a  -0,43 V, julgue os itens a seguir, considerando o texto de referência.

Os íons Eu2+ são capazes de reduzir espontaneamente os íons H+ presentes em uma solução aquosa a H2, na condição padrão.

  • C. Certo
  • E. Errado
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