Questões de Relações Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Em um mundo cada vez mais interconectado, as empresas têm investido em hotsites, redes sociais, microbloggings, virais, flashmobs, dentre outras estratégias, para se comunicar com seus públicos de interesse. Algumas, porém, continuam alheias às novas formas de publicação, engajamento e compartilhamento de dados na internet. O fato é que as tecnologias digitais não devem ser utilizadas como via de mão única, alijando o receptor de canais de interação com a empresa. A Assessoria de Comunicação deve se responsabilizar pelo monitoramento de tudo aquilo que circula nas redes e diz respeito à empresa ou sua área de atuação. Tal sistema de informação e processamento de dados exige, portanto, um efetivo mecanismo de:

  • A. transmissão de dados;
  • B. feedback;
  • C. comunicação empresarial;
  • D. percepção de valor;
  • E. marketing viral.

Uma jornalista entrou em contato com a área de assessoria de comunicação de uma gravadora para entrevistar um renomado artista. Foi solicitado então o envio da pauta para avaliação e, no dia seguinte, a jornalista recebeu um texto. A assessoria afirmava que não havia apreciado grande parte das perguntas direcionadas ao cliente e que, por esse motivo, havia elaborado outras para complementar a pauta.

O procedimento adotado pela assessoria, do ponto de vista ético, foi:

  • A. correto, pois visava resguardar a imagem do cliente por intermédio da veiculação de informações positivas sobre a carreira e filtragem de polêmicas ou episódios controversos, ainda que verídicos;
  • B. correto, pois a imprensa adota a retórica do sensacionalismo para alavancar vendas em detrimento do direito à privacidade;
  • C. correto, pois a “autoentrevista” destacou fatos de interesse dos fãs e evitou possíveis danos à imagem tanto do artista quanto da gravadora;
  • D. errado, pois deveria ter se restringido a filtrar determinadas perguntas e encaminhar as outras para o entrevistado responder;
  • E. errado, pois houve cerceamento à liberdade de expressão e manipulação da verdade.

Certa vez, uma empresa do setor têxtil foi acusada de compactuar com práticas de trabalho que expunham os empregados a situações análogas à escravidão. Isso porque uma das manufaturas que confeccionavam roupas para a empresa foi autuada pelo Ministério Público do Trabalho que, por sua vez, flagrou ilegalidades como jornadas extenuantes, precarização do ambiente fabril, fragilidades contratuais, entre outras. O fato é que a empresa contratante também respondeu judicialmente e a imagem pública foi prejudicada.

Para evitar que situações como a descrita acima aconteçam, a área de Comunicação Organizacional Integrada deve:

  • A. adotar a prática de logística reversa;
  • B. evitar a terceirização de mão de obra;
  • C. exercer lobby junto ao Poder Judiciário;
  • D. investir em programas de media training;
  • E. dar visibilidade aos projetos patrocinados de responsabilidade social

Empresas têm procurado implementar processos de comunicação que favoreçam os fluxos de mensagens. Alguns teóricos acreditam que isso se deve, também, ao cenário no qual a globalização força empresas a se descentralizarem, tanto geográfica quanto administrativamente. Novos fluxos de informações têm sido postos em prática para substituir a unilateralidade da comunicação e é possível verificar que as informações se movem tanto na direção vertical, de modo recíproco, quando na direção horizontal. Dessa maneira, os “canais” que a área de Relações Públicas deve disponibilizar para funcionários se comunicarem, sem intermediários com a alta direção da empresa, são:

  • A. reuniões, memorandos, e-mails, intranet, relatórios;
  • B. caixa de sugestões, relatórios, reuniões, cartazes, intranet;
  • C. cartazes, boletins, intranet, cartas pessoais, business blogs;
  • D. e-mails, intranet, business blogs, conversas, circulares;
  • E. memorandos, panfletos, circulares, reuniões, cartazes.

Empresa do setor automotivo lançou um novo veículo. Foram tomados todos os cuidados relativos à qualidade do produto, preço e distribuição. Além disso, diretores de marketing da empresa utilizaram os meios de comunicação usuais para anunciar o produto. Contudo, não foram atendidas as expectativas de vendas e o veículo deixou de ser fabricado dois anos depois.

O fracasso pode ser explicado na medida em que:

  • A. a recepção envolve processos de seleção e interpretação da mensagem a partir da idiossincrasia do indivíduo;
  • B. foi negligenciada a pesquisa de opinião, instrumento indicativo para que se conheça o público-alvo;
  • C. o consumidor é inexorável e não se influencia, como supunha a Teoria Hipodérmica, pelos meios de comunicação de massa;
  • D. não se atingiram os líderes de opinião do público-alvo, tidos como essenciais segundo a Teoria Two-step-flow;
  • E. o produto não sensibilizou os grupos responsáveis pela definição da agenda de cobertura e, portanto, a percepção do consumidor não foi impactada de modo efetivo.

O Instituto para Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) realizou pesquisa em 2005, na qual identificou que na Câmara dos Deputados, 51 dos 513 parlamentares eram concessionários diretos de rádio e televisão. Embora contrária à Constituição de 88, a prática das concessões públicas a políticos é recorrente na Nova República. Intitula-se coronelismo eletrônico o fenômeno de posse e utilização de meios de comunicação para a formação de redutos eleitorais.

Diante da análise desse quadro, é correto afirmar que:

  • A. a função da concessão de outorgas a políticos é garantir aos eleitores a pluralidade de opiniões e a diversidade regional, face ao monopólio da mídia exercido pelos grandes grupos internacionais;
  • B. o controle social da mídia, previsto desde 1962, pelo Código Brasileiro das Telecomunicações, se posto em prática, dificultaria a formação de monopólios ou oligopólios.
  • C. diversas Ações Civis Públicas do Ministério Público Federal visam assegurar o exercício da outorga dos meios de comunicação por políticos, na medida em que a liberdade de expressão e de imprensa não podem ser alvo de censura;
  • D. as mídias digitais posicionam-se como caminhos alternativos à política de concessões, pois esse sistema de comunicação carece de regulação;
  • E. a concentração ou o monopólio dos meios de comunicação, quer pelo Estado, quer por grupos particulares, dificultam a sociedade de receber informações plurais.

Uma menina de treze anos questionou o professor de filosofia da escola sobre o desaparecimento repentino de uma cantora da mídia. Há poucos meses a artista figurava como detentora da canção mais tocada nas emissoras de rádio comerciais do país e era convidada para participar de muitos programas televisivos. A estudante observara que artistas antes desconhecidos do grande público emplacavam hit parades para, pouco tempo depois, caírem no ostracismo. O professor aproveitou então a oportunidade para introduzir o conceito de Indústria Cultural. Sobre essa indústria, é correto afirmar que:

  • A. o público é soberano na determinação de permanência na mídia do produto cultural, pois o mercado da música é regido pela lei da oferta e da procura;
  • B. a projeção de retorno financeiro e o lucro efetivamente obtido orientam a produção e o tempo de permanência dos artistas na mídia;
  • C. há considerável espaço para o experimentalismo, pois o público se mostra ávido por lançamentos de novos artistas, ritmos e performances musicais;
  • D. a crítica dos teóricos da escola de Frankfurt foca no caráter estético do mercado de bens simbólicos que, por sua vez, atende aos padrões de produção musical de rimas fáceis e de mau gosto;
  • E. as vanguardas artísticas têm lugar cativo na linha de produção da cultura de massa, pois a pluralidade de opções propiciada abarca todos os gêneros musicais.

A área de Comunicação Integrada redesenhou a arte gráfica de identificação dos sanitários masculinos e femininos, que atendem clientes e funcionários das lojas físicas. Contudo, devido à utilização de ícones desconhecidos nas portas dos banheiros, o SAC da empresa recebeu inúmeras reclamações. Os usuários relataram que era praticamente impossível identificar os ambientes, o que acabava por gerar situações de constrangimento.

Daí se infere que o fato ocorreu devido a problemas de recepção relativos ao(à):

  • A. meio;
  • B. mensagem;
  • C. código;
  • D. redundância;
  • E. ruído.

Uma tradicional instituição de formação militar, localizada em São Paulo, na década de 1960, utilizava determinado suporte comunicacional para transmitir instruções de ensino à tropa. As orientações se relacionavam aos modos de marchar baseados nos comandos de voz proferidos pelos superiores. De acordo com Marshall Mcluhan, os “meios quentes” não possibilitam a efetiva interação do receptor com o emissor da mensagem, embora forneçam volume expressivo de informação. Já um “meio frio”, como o aparelho telefônico, prolonga nossos sentidos em “baixa definição”.

Tendo em vista as especificidades da instituição acima mencionada e o contexto histórico, o “meio quente” utilizado para atingir o objetivo proposto era:

  • A. o uso do computador em sala de aula;
  • B. a leitura do códex de bandeiras e flâmulas;
  • C. a veiculação de videoteipes produzidos em linguagem televisiva;
  • D. o alto-falante para transmitir mensagens em linguagem radiofônica;
  • E. o uso do telefone para recepção de informação personalizada.

Muitas empresas investem na promoção de eventos a fim de tornar suas marcas conhecidas do público, pois ele tem a capacidade de gerar uma espécie de “mídia espontânea” favorável à empresa. A produção de um evento passa pelas fases de pré-evento, evento e pós-evento.

Assinale a afirmativa que apresente as atividades inerentes ao pós-evento.

  • A.

    a decoração do local e a reserva de mesas para os convidados

  • B.

    a identificação dos canais de divulgação e o envio de brindes aos jornalistas

  • C.

    a distribuição de convites e o follow up dos releases enviados

  • D.

    a elaboração do cerimonial e a recepção de convidados

  • E.

    a confecção do clipping e a prestação de contas à alta administração

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